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Reuniões Clínicas

No documento 7 REFLEXÃO CRÍTICA FINAL 8 ANEXOS 9 (páginas 69-73)

Nestas  reuniões  abordavam-­‐se  questões  de  ordem  organizacional,  casos  internados,  assim  como  a  evolução   de   casos   anteriores,   sendo   fomentada   a   possibilidade   de   discussão   multidisciplinar.   Estas   reuniões   destacaram  a  importância  do  trabalho  em  equipa  e  a  abordagem  integradora  do  doente  nesta  instituição.   Durante   o   estágio   houve   a   possibilidade   de   participar   em   3   sessões   clínicas   do   serviço   de   Ginecologia   e   Obstetrícia.  

Workshops  

Nos  dias  28  de  Novembro  e  5  de  Dezembro  decorreu  a  apresentação  dos  workshops  realizados  pelos  alunos   do  6ºano,  sob  moderação  dos  respectivos  tutores  e  director  do  serviço  Dr.  António  Fonseca.  

Neste,   foi   apresentado   o   tema   Modeladores   dos   Receptores   da   Progesterona   (MRP)   –   actualidade   e  

perspectivas   futuras.   A   escolha   do   tema   surgiu   oportunisticamente   na   discussão   de   casos   clínicos   e   foi  

considerado   de   interesse   pela   sua   actualidade   e   abrangência.   A   realização   deste   trabalho   permitiu   aprofundar   a   dinâmica   hormonal   durante   o   ciclo   menstrual,   a   importância   dos   MRP   e   a   diversidade   de   indicações  actuais  e  em  estudo.  Os  slides  da  apresentação  encontram-­‐se  em  anexo  (vide  Anexo  II).  

Assistiu-­‐se,   ainda,   à   apresentação   dos   trabalhos   realizados   pelos   restantes   colegas,   que   incluíram   as   seguintes  temáticas:  

§ Anomalias  uterinas.   § Isoimunização  Rh.   § Massas  anexiais.  

Reflexão  Crítica  do  Estágio  

O  Estágio  Clínico  em  Ginecologia  e  Obstetrícia  do  6º  Ano,  que  surge  na  actual  programação  do  MIM,  foi  um   estágio  muito  prolífico  que  excedeu  as  expectativas  iniciais  e  que  colmatou  muitas  das  lacunas  deixadas  pelo   estágio  em  ginecologia  e  obstetrícia  anterior,  realizado  no  4º  ano.  

Sentiu-­‐se   adequado   acolhimento   e   integração   na   dinâmica   e   diversidade   de   actividades   do   serviço,   destacando-­‐se  o  contacto  com  diferentes  especialistas  e  a  participação  em  diversas  actividades  inerentes  à   prática  desta  especialidade.    

A   presença   em   diversas   consultas   externas   de   subespecialidades   foi   muito   enriquecedora,   permitindo   conhecer   especificidades   de   abordagem   na   saúde   da   mulher   em   diversos   aspectos   e   fases   da   vida,   adquirindo-­‐se   competências   semiológicas,   técnicas   de   exame   ginecológico   e   obstétrico,   abordagem   terapêutica,  princípios  de  rastreio  e  competências  na  relação  médico-­‐doente/grávida/casal.  

Sempre  que  possível  foi  facultado  o  contacto  com  a  doente/grávida,  tendo  sido  recebidas  orientações  que   permitiram   a   aquisição   de   competências   médicas   oportunistas   além   daquelas   definidas   como   objectivos   pessoais   de   aprendizagem,   sendo   estas   uma   mais-­‐valia   futura   e   que   implicaram   estudo   e   pesquisas   adicionais.  

Durante   a   permanência   na   Unidade   de   Atendimento   Urgente   foi   possível   assistir   a   algumas   situações   de   urgência   ginecológica,   mas   mais   frequentemente   a   actividades   no   Bloco   de   Partos,   tendo   sido   possível   a   observação  de  diferentes  tipos  de  partos  e  sido  dada  a  possibilidade  de  participação  directa.  

No   Bloco   Operatório   foi   possível   a   observação   de   alguns   tipos   de   intervenção   cirúrgica   ginecológica,   convencional  e  histeroscópica  em  ambulatório,  onde  também  foi  possível  a  participação  como  2º  assistente.   A   participação   em   sessões   clínicas   e   workshops   permitiu   a   consolidação   e   a   aquisição   de   novos   conhecimentos,  tendo  sido  considerados  de  interesse  prático.  

De  um  modo  geral,  considera-­‐se  muito  positivo  o  grau  de  cumprimento  dos  objectivos  pessoais  inicialmente   propostos,  embora  a  diversidade  de  temas  e  especificidades  da  especialidade  tenha  suscitado  a  necessidade   de  adquirir  habilitações  de  carácter  prático  (vide  Anexo  III).    

Este   estágio   conferiu   um   maior   grau   de   autonomia   na   abordagem   ginecológica   e   obstétrica,   incluindo   aquisição  de  competências  em  ambiente  cirúrgico  e  de  interpretação  de  ecografia  ginecológica  e  obstétrica.     Refere-­‐se,  ainda,  a  diversidade  de  questões  éticas  inerentes  à  prática  desta  especialidade,  desde  o  início  de   vida  (como  questões  relacionadas  com  a  PMA,  por  exemplo)  até  morte  fetal  (induzida  ou  inesperada),  bem   como   a   importância   de   uma   relação   médico-­‐doente/grávida/casal   esclarecida   com   vista   a   uma   adequada   tomada  de  decisão.  

Como  aspecto  negativo  refere-­‐se  o  curto  tempo  de  duração  do  estágio,  atendendo  à  diversidade  da  prática   da   especialidade   e   a   sua   importância   futura   na   consideração   de   especialidades   mais   generalistas   ou   cirúrgicas.  O  facto  de  se  tratar  de  uma  instituição  privada  também  caracterizou  um  perfil  mais  homogéneo   de  doentes  mas  que  foi  colmatado  com  a  discussão  de  diversos  casos  clínicos.  

Finalmente  fica  o  agradecimento  a  todos  os  tutores  que  me  acolheram  e  orientaram  durante  este  estágio,   em   particular   e   em   especial   ao   Dr.   Pedro   Martins   cuja   disponibilidade,   pedagogia,   orientações   e   zelo   constante,  pelas  suas  doentes  e  alunos,  serão  sempre  para  mim  uma  referência  futura  a  alcançar.    

 

Lisboa,  5  de  Dezembro  de  2014   Ana  de  Carmo  Santana  Campos    

Anexo  I  -­‐  Referências  Bibliográficas  Consultadas  

1. Exames Ecográficos na Gravidez de baixo risco. Norma da Direcção Geral da Saúde. N.º 023/2011 de 29/09/2011.

2. Exames laboratoriais na Gravidez de Baixo Risco. . Norma da Direcção Geral da Saúde. N.º37/2011 actualizada a 20/12/2013. 3. Prestação de Cuidados Pré-concepcionais. Norma da Direcção Geral da Saúde. N.º02/DSMIA de 14/01/2006.

4. Programa Nacional de Saúde Infantil e Juvenil. Norma da Direcção Geral da Saúde. N.º10/2013 de 31/05/2013.

5. Diagnóstico e conduta na Diabetes Gestacional. Norma da Direcção Geral da Saúde. N.º 007/2011 de 31/01/2011.

6. Exames Ecográficos na Gravidez de baixo risco, Norma da Direcção Geral da Saúde nº. 23/2011, actualizada a 21/05/2013. 7. Protocolos de Urgência em Ginecologia e Obstetrícia do Hospital de Santa Maria (2012).

8. Protocolos em Urgência Obstétrica e Ginecológica da Maternidade Alfredo da Costa (2006).

9. Directiva Europeia que aplica a Directiva 2004/23/CE do Parlamento Europeu e do Conselho no que se refere aos requisitos de rastreabilidade, à notificação de reacções e incidentes adversos graves e a determinados requisitos técnicos para a codificação, processamento, preservação, armazenamento e distribuição de tecidos e células de origem humana. Directiva 2006/86/CE da Comissão, de 24 de Outubro.

10. Lei que regula a utilização de técnicas de procriação medicamente assistida e cria o Conselho Nacional de Procriação Medicamente Assistida. Lei n.º 32/2006, de 26 de Julho (DR I Série n.º 143, de 26 de Julho)

11. Directiva Europeia que aplica a Directiva 2004/23/CE do Parlamento Europeu e do Conselho no que respeita a determinados requisitos técnicos aplicáveis à dádiva, colheita e análise de tecidos e células de origem humana. Directiva 2006/17/CE da Comissão, de 8 de Fevereiro.

12. Lei que define o conceito de informação de saúde e de informação genética, a circulação de informação e a intervenção sobre o genoma humano no sistema de saúde, bem como as regras para a colheita e conservação de produtos biológicos para efeitos de testes genéticos ou de investigação. Lei n.º 12/2005 (DR I Série n.º 18, de 26 de Janeiro).

13. Directiva Europeia relativa ao estabelecimento de normas de qualidade e segurança em relação à dádiva, colheita, análise, processamento, preservação, armazenamento e distribuição de tecidos e células de origem humana. Directiva 2004/23/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 31 de Março.

14. Decreto do Presidente da República que ratifica a Convenção para a Protecção dos Direitos do Homem e da Dignidade do ser Humano Face às Aplicações da Biologia e da Medicina. Decreto do Presidente da República n.º 1/2001 (DR I Série-A n.º 2, de 3 de Janeiro).

15. Despacho que estabelece a Rede de cuidados de saúde – esterilidade/infertilidade. Despacho n.º 28/95, de 19 de Setembro (DR II Série n.º 234, de 10 de Outubro).

16. Decreto-Lei que cria as Comissões de Ética para a Saúde. Decreto-Lei n.º 97/95, de 10 de Maio (DR I Série-A n.º 108, de 10 de Maio).

17. Despacho sobre medicina Familiar, fertilidade e reprodução humana. Despacho de 8 de Fevereiro de 1995 (DR II Série n.º 81, de 5 de Abril).

18. Parecer N.º 79/CNECV/2014 sobre a Proposta de Lei do Governo n.º 215/XII/3ª - Regime jurídico da qualidade e segurança relativa à dádiva, colheita, análise, processamento, preservação, armazenamento, distribuição e aplicação de tecidos e células de origem humana.

19. Parecer sobre Procriação Medicamente Assistida e Gestação de Substituição (63/CNECV/2012).

20. Parecer sobre os Projectos de Lei nº126/X (Estabelece os princípios da investigação científica em células estaminais e a utilização de embriões) e nº376/X (Estabelece o regime jurídico de utilização de células estaminais, para efeitos de investigação e respectivas Aplicações Terapêuticas) (53/CNECV/2007).

21. Parecer sobre a Procriação Medicamente Assistida (44/CNECV/2004).

Anexo  II  –  Slides  da  apresentação  Modeladores  dos  Receptores  da  

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