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Pontualmente às dez horas da manhã, de um outro dia vinte de maio, pude avistar meu entrevistado, que ao vir elegantemente trajado de calça e camisa social me abordou com um simpático abraço e justificou seu traje, por ter sido convidado a participar como jurado num concurso de poesia entre escolas públicas de ensino médio realizado no município.

Ao chegarmos mais uma vez à casa de café, fomos notados pela equipe e pela gerência, que, curiosamente, nos perguntou do que se tratava aquele trabalho. Para nos vermos livres daquela situação, optamos por dar uma breve explicação e pedimos duas xícaras de chocolate e uma porção de pães de queijo, tudo para afugentar aquela roda de funcionários que começava a se juntar e, para retomarmos a atividade, perguntei “W, você lembra-se de onde paramos28?”

Sim, Marcel. Sei que estávamos falando de Carapicuíba, te falei da minha vizinhança, do terreiro, da minha trágica experiência pela escola de freiras, falei da minha escola, dos meus colegas e parei propositalmente no Marcelo.

Sabe por que parei propositalmente?

Estava sem coragem de afirmar algo que deve já ter ficado na entrelinha, e após uma longa reflexão sobre a experiência de ontem, acho que devo deixar na entrelinha, mas você entenderá, pois acho que é assim que eu devo me posicionar. Hoje me vejo como um homem que não tem mais vergonha das experiências que tive e daquelas que posso vir a viver, pois “não tenho mais o tempo que passou, mas tenho muito tempo, tenho todo o tempo do mundo” (você se lembra de Renato Russo?).

Esse meu amigo, o Marcelo, acho que foi a primeira forma de gostar que pude sentir, era um gostar ingênuo, um gostar que envolvia um estado de estar próximo e de querer o bem, e nada mais.

Quando eu estava terminando a 4a série, já com quase 11 anos, meu pai fora

mais uma vez despedido e, como havia comentado, não tínhamos nenhum parente que podia nos ajudar. Ficamos mais alguns meses em Carapicuíba, pois meu pai tentava localizar um novo emprego, porém minha mãe me dizia que era um período de crise que estávamos vivendo e, apesar da longa procura, nenhum emprego ele conseguia localizar. Esse período de procura me deu condições de terminar a 4a série do ensino fundamental e no início do outro ano retornamos para a cidade de Limeira,

28

Lembro o leitor que esse é o nome escolhido pelo pesquisador e pelo entrevistado, para preservar a identidade do entrevistado.

para morar nos fundos da casa do meu avô, pois minha família estava sem condições financeiras de pagar qualquer aluguel.

Lá, em Limeira, começamos uma nova fase da nossa vida. Morar na casa do meu avô foi duro para o meu pai, porém acho que foi bom. Lá em Carapicuíba, minha mãe e meu pai tinham amizade com o supervisor do meu pai na fábrica em que ele trabalhava, e um dia ele fora em casa e afirmara para os dois que meu pai só tinha perdido o emprego, pois era uma pessoa de difícil trato e todos na empresa já tinham discutido com ele. Meu avô ficou sabendo disso, conversava contínua e severamente com ele. Era um arrimo de família, pessoa simples, sem formação, mas ponderado e educado; sabia se posicionar e, argumentando com clareza, constantemente colocava meu pai em xeque.

Acho que de tanto ensaboar meu pai, acho que meu avô ficou com remorso e financiou a abertura de um pequeno armazém ao meu pai. Esse processo de localização de um ponto, de compra de equipamentos e estoque inicial demorou uns seis meses e, enquanto isso ficamos morando nos fundos da casa do meu avô.

Foi um período difícil, porque a minha avó não cozinhava à noite e há vários anos eles tinham cortado essa refeição do cardápio da casa; por essa razão, minha mãe e meu pai também não jantavam e a minha mãe, para não pedir para usar a cozinha da casa do meu avô e não me deixar sem janta, me levava na casa de um dos seus primos para jantar. Eu chamava e considerava o primo da minha mãe como meu tio, eu o chamava de tio Cido. Ele tinha duas filhas que se chamavam Mara e Tânia. Mara tinha quase a minha idade e freqüentemente brincávamos juntos. Eles moravam numa casa que ficava nos fundos da casa da minha bisavó Carolina.

Como eu estudava de manhã e durante o dia minha mãe sabia que eu podia ir sozinho para a casa da minha bisavó, eu ia depois do almoço para a casa da Bisavó Carolina e ali ficava até a janta, horário que minha mãe ia me buscar.

Apesar de ter sido difícil para a minha mãe e para o meu pai, para mim aquela vida era uma farra, Marcel! Naquele bairro moravam vários parentes da minha mãe e nós todos nos reconhecíamos como primos (independentemente do grau de parentesco). Durante as tardes, todos esses primos postiços se juntavam e éramos em mais de dez crianças, que ficavam em frente da casa da “bisa”, que era muito brava.

Minha bisavó Carolina morreu com 102 anos; ela, apesar de idosa, era uma bisavó brava, me lembro que na frente da casa tinha um pé de feijão guandu e de vez em quando ela arrancava um galho daquele e corria atrás da molecada que estava fazendo arte. Eu me lembro que na casa da minha bisavó, o muro da frente era construído com tijolos até uma certa altura e depois disso vinha em cima desse muro

uma grade feita de concreto, toda desenhada, e que completava a separação da casa com a rua e, uma certa vez, quando minha bisavó correu atrás da gente, eu fiquei enroscado nos desenhos da grade de concreto e levei umas lambadas da minha bisavó (não por ter feito a arte, mas por ter ficado enroscado no muro). Todos gostávamos muito dela, pois brincávamos na frente de sua casa para poder ficar próximo dela. De vez em quando apareciam umas formigas grandes, que chamávamos de saúva. Você conhece, Marcel?

(pesquisador) Sim.

Então, sempre que apareciam essas formigas, minha bisavó Carolina pedia que todos os primos saíssem à rua para catar essas formigas. Depois da coleta, ela tirava a parte de trás da saúva, a bundinha dela, e fritava para a gente comer. Detestava essa parte da história, porém comia, porque a minha bisavó e a minha avó diziam que matava lombrigas.

Foi uma fase muito boa da minha juventude, corríamos a tarde inteira, brincávamos na rua, de bolinha de gude, de taco e bola; íamos passear em vários sítios de pessoas conhecidas ou de parentes, parecíamos cabras, pois comíamos de tudo no meio dos sítios, porém os passeios em sítios que tinham rios, eram as nossas atrações preferidas, adorávamos nadar, sempre que sabíamos que tinha um passeio assim ninguém perdia.

Nesse período em que moramos na casa do meu avô, ficamos sabendo que minha mãe estava grávida de vários meses e após 12 anos como filho único eu passaria a ter uma irmã. Acho que foi a fase mais dura para a minha mãe, pois ainda estávamos nos fundos da casa do meu avô, a situação estava difícil, pois minha mãe dependia dos meus avós para comprar um litro de leite. Porém, graças ao apoio dos irmãos e tios da minha mãe, tínhamos alimento suficiente para alimentar a todos. Foi uma fase difícil, que prefiro nem lembrar, mas sei que isso ficará marcado na minha memória.

Quando eu estava quase terminando a 5a série, mudamos para Rio das Pedras, uma cidade pequena, localizada perto de Piracicaba.

Lá em Rio das Pedras, meu pai começou a tocar o armazém, trocando a profissão de torneiro para comerciante e nos primeiros meses de moradia nessa cidade, minha vida era basicamente estudar pela manhã e cuidar da minha irmã pela tarde. Alguns meses depois minha mãe já conseguia dar conta das tarefas de casa sozinha e aí minha vida tornou-se um inferno, pois minha mãe e meu pai quiseram que eu fosse trabalhar com ele durante o dia todo, me transferindo [na escola] para o período noturno.

Sabe, não reclamava do serviço, pois acho que gostava do que fazia. No armazém fazia quase de tudo, arrumava a mercadoria, atualizava preços, limpava o chão, as paredes, o banheiro, atendia no balcão, a única coisa que não fazia era receber, pois meu pai afirmava para todos que por ali passavam que não confiava em ninguém, inclusive em mim. Nunca entendi bem essa postura dele que tanto me incomodava, era uma necessidade de impor uma posição de empregado e patrão, tanto que ele começou a me pagar por mês como um funcionário comum, pois dizia que era assim que era a nossa relação no armazém.

Assim, aos treze anos passei a conviver com um estranho pai, que impunha uma relação de patrão e empregado, me destratando diariamente em público. Tive muita vergonha dessa época, pois era tratado aos gritos, era humilhado constantemente na frente das pessoas e hoje faço questão de me destacar pela educação que meu pai nunca teve, mas, se alguém grita comigo, eu perco o controle e levanto a voz no mesmo tom.

Acho que vender é uma profissão que exige trato, boa educação, pois ninguém compra freqüentemente num local em que é maltratado. Meu pai não tinha esse perfil. Era uma pessoa de pouco trato, tratava mal os clientes e quase diariamente me destratava na frente das pessoas. Vivemos por anos naquele bairro, porque as pessoas não tinham outro local próximo para comprar as coisas do dia-a-dia.

Lembro-me que minha mãe ficava na linha de tiro, pois sempre tinham brigas que começavam no armazém e que terminavam em casa; foi uma fase terrível, pois a maior parte das brigas se dava porque o meu pai queria que eu parasse de estudar, pois o armazém ficava aberto até as oito horas da noite e ele queria que eu ficasse no armazém para ele poder ir jogar futebol com os bêbados que, durante o dia, rondavam pelo armazém. Minha sorte é que minha mãe me apoiava e entrava nas brigas para me proteger.

Nunca sofremos nenhum tipo de violência física, porém a psicológica era uma constante na minha vida e na vida da minha mãe, que afirmava para nós que permanecia casada para poder criar os dois filhos que tinha.

Nessa época, apesar de ter que trabalhar com o meu pai, eu também consigo lembrar de boas recordações, uma delas era a casa onde morávamos, que era localizada num bairro distante do armazém e que tinha mais uma cara de chácara, pois ali minha mãe criava galinhas, patos, marrecos, porcos, cachorros e de vez em quando minha mãe me liberava de ir trabalhar no armazém para ajudá-la a cuidar da criação.

Eu procurava no mato as galinhas que estavam chocando e marcava o local, pois se tirasse a galinha ou os ovos do lugar, ela abandonava a ninhada. Eu tratava

diariamente dos porcos, separava os frangos que seriam mortos no sábado para a minha mãe vender, eu colhia os ovos que seriam vendidos no armazém.

Teve uma época que minha mãe arranjou uma vaca, só para ter leite em casa; com esse leite a minha mãe fazia os queijos que eram vendidos também no armazém. Esse dinheiro era dela e com ele era comprada roupa para ela e para nós, pois a partir do momento em que comecei a trabalhar como assalariado para o meu pai, [ele] não pagara mais nenhuma despesa comigo. Sabe, Marcel, essa situação me chega a dar nó na garganta de raiva, porém vamos deixar isso de lado.

Sabe, Marcel, vou deixar de lado essa parte chata e vou relatar um momento importante da minha vida, a escola.

Eu tinha 13 anos quando fui estudar na 6a série. Nessa fase, estudava com um monte de gente que trabalhava na cana de açúcar, eram bóias frias, e como o armazém era perto da escola todos me conheciam. Uma certa vez, um deles até me convidou para ir cortar cana com eles, pois já tinha presenciado algumas das cenas marcantes do meu pai e achava que eu o deveria deixar sozinho trabalhando lá no armazém. Porém, naquele momento, eu pensava na minha mãe, não podia deixar o armazém, pois daí ela teria que ocupar o meu lugar e passar por aquilo tudo. Não podia deixar e tive que agüentar.

Na escola conheci um rapaz mais velho (eu tinha 13 anos e ele 17 anos); ele era um moço claro, bem afeiçoado, do tipo quieto, magro, usando óculos quase intelectual, boa pinta, sabe. Ele era popular na escola, pois vendia lança-perfume e toda moçada sabia dessa sua atividade.

A partir do momento em que vi esse rapaz eu tive uma enorme necessidade de conhecê-lo, nem que para isso fosse necessário comprar o produto que ele vendia. Passei a me aproximar dele, até que em uma festa na escola (algumas semanas após vê-lo), fui apresentado e, a partir dali, fiz de tudo para estreitar uma amizade.

Acho que consegui atingir esse primeiro objetivo, pois em um curto prazo de tempo eu já tinha conquistado um contato maior com o Jairo. Éramos apenas amigos, saíamos perambulando pelas ruas sempre em grupo, conversávamos muito, até cheguei a fumar maconha na sala de sua casa; era uma oportunidade ótima aquele momento. Tinha a necessidade de revelar uma segunda intenção; entretanto, o medo de perder a amizade conquistada era maior e com isso sufoquei por meses as minhas intenções.

Tive a oportunidade de freqüentar a casa desse meu amigo e quase diariamente eu tinha a necessidade de ver como ele estava, eu passava ali a me preocupar com uma questão ainda maior: ele estava se envolvendo com muita

maconha e sob o efeito delas ele era alegre, comunicativo e carinhoso, mas sem ela (a maconha) ele era um rapaz triste e deprimido. Certa vez, até me disse que tinha vontade de experimentar algo mais forte, para ver se sua tristeza fosse embora de vez. Naquela noite, eu passei o tempo todo com ele, fui conversando, tentando distraí-lo, para evitar que ele entrasse na coca. Acho que deu certo, pelo menos naquela noite. E por uns quatro meses vivi essa vida de acompanhar de perto um rapaz que eu tinha uma verdadeira fascinação.

Nessa época, eu passava a me envolver com música e começava a tocar violão, coisa que faço muito bem até hoje. Isso foi me tornando uma pessoa mais conhecida, já que nos intervalos da escola e na praça, após a aula, eu sempre tocava violão para o pessoal cantar.

Cantávamos músicas de cantores nacionais conhecidos da década de oitenta, gostávamos de Titãs, do Ira, do Kid Abelha, dos Engenheiros do Havaí, de Marina Lima, de Sandra de Sá, do Capital Inicial, mas principalmente da Legião Urbana, pois suas músicas tocavam situações vividas; até hoje canto para os meus alunos que “(...) é preciso amar as pessoas como se não houvesse o amanhã, porque se você for parar para pensar, na verdade não há (...)”.

O Jairo morava com a avó dele, pois seus pais estavam se separando lá em Campinas e, numa tarde de domingo, ele me ligou para bebermos em sua casa. Em sua casa fumamos (maconha), bebemos e cantamos a tarde inteira, éramos só eu e ele, e naquela tarde cantei uma música do Lulu Santos que jamais me esquecerei; seu refrão era uma revelação: “

Não existiria som Se não houvesse o silêncio

Não haveria luz Se não fosse a escuridão

A vida é mesmo assim, Dia e noite, não e sim...

Cada voz que canta o amor não diz Tudo o que quer dizer,

Tudo o que cala fala Mais alto ao coração.

Silenciosamente eu te falo com paixão... Eu te amo calado,

Como quem ouve uma sinfonia De silêncios e de luz. Mas somos medo e desejo, Somos feitos de silêncio e som, Tem certas coisas que eu não sei dizer...

A vida é mesmo assim, Dia e noite, não e sim...

Eu te amo calado, Como quem ouve uma sinfonia

De silêncios e de luz, Mas somos medo e desejo, Somos feitos de silêncio e som, Tem certas coisas que eu não sei dizer...

E digo.

(Nesse momento, o entrevistado pára, se emociona e enche os olhos de

lágrimas. No princípio fiquei apavorado, pois não sabia bem o que fazer, porém após rapidamente pensar, tomei a posição de ouvinte e me detive a ouvi-lo e, após um gole de chocolate, o entrevistado reagiu e retomou a narrativa)

Sabe, esses momentos me davam condições de passar pelos desaforos do meu pai, aliás eles eram suficientes para me fazer esquecer por completo a existência do meu pai.

Umas duas semanas após esse domingo, ele me liga, dizendo que estava perdido e que precisava da minha ajuda. Sem pensar, dei uma corridinha na casa dele e percebi que sua avó foi bastante áspera comigo, porém não havia entendido o motivo. Quando eu o vi, percebi que estava bastante chateado e já foi me dizendo que sua avó havia encontrado um pouco de maconha em seu bolso da calça e que já tinha chamado sua mãe para levá-lo embora para Campinas. Depois de me dar essa notícia, me pediu que fosse dar fim a um pedaço grande de maconha que estava escondido em seu quarto. Sem pensar, fui para a calçada da casa e fiquei aguardando o Jairo trazer a maconha para que eu desse fim. Ali mesmo, ele me entregou a maconha e em seguida me abraçou, me agradeceu e deixou na entrelinha que estava aguardando uma iniciativa minha para algo a mais, mas não tomou posição, pois tinha receio de perder a minha amizade.

Essa situação veio como uma bomba na minha cabeça; estava perdendo uma pessoa preciosa na minha vida, a pessoa que me dava condições de suportar os desaforos do meu pai; ele era a minha rota de fuga.

Fiquei sozinho e com fama de maconheiro para a avó do Jairo, e nessa condição fiquei por quase dois anos, sentindo e cantando a dor de não ter ido adiante e, por essa razão, eu só me arrependo na minha vida das coisas que não fiz.

Não sou do tipo que deixa a peteca cair, mas aqueles dois anos foram sombrios na minha vida. No serviço, meu pai me atormentava, pois acho que também não era feliz com a vida que tinha. Eu quase não saía de casa e aos finais de semana ficava sempre na área de casa, estudando violão, decorando uma nova música; alguns colegas de vez em quando pediam para eu descer na praça com o violão, para cantar e beber, pois a droga já tinha sido uma página virada na minha vida.

Quando concluí o primeiro grau, passei por uma outra guerra em casa, pois meu pai dizia que eu não mais deveria estudar e tentava enfiar na minha cabeça que aquele armazém seria um dia meu e por essa razão não mais deveria estudar. Foi uma guerra e, mais uma vez, minha mãe me ajudou a manter meus estudos.

Nessa época eu tinha dezesseis anos e era um rapaz sem nenhuma experiência amorosa até aquele momento. Eu era um meninão bonito, tinha pernas grossas de tanto entregar botijão de gás de bicicleta para a cidade inteira e, com essa idade, já tinha mais de 1m80, tanto que participei de dois times importantes de vôlei em Piracicaba.

Minha aparência sempre foi foco da minha atenção; sou cuidadoso com ela desde pequeno, acho que deve ser coisa de libriano. Sabe, Marcel, não acredito no horóscopo diário, daqueles que dizem como será o seu dia; entretanto, acho que as descrições de como as pessoas são batem precisamente, me vejo como alguém equilibrado, que gosta de coisas bonitas como o cinema, a música, o teatro, a dança, a poesia, que prima por uma boa relação, me acho flexível, quase um perfeito mediador.

Nessa época, intencionalmente começo a sair à noite para bares, boates e