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Após duas entrevistas realizadas entre os dias 22 e 23 de Maio de 2006, em uma casa de café, localizada num Shopping Center, decidimos (pesquisador e entrevistado) mudar de local, pois procurávamos um ambiente que fosse o mais reservado possível.

Por parte do pesquisador essa preocupação fazia-se presente, pois essa seria a terceira parte da entrevista, que deveria abordar momentos da atividade profissional do entrevistado (foco de interesse do pesquisador). Assim, escolhemos a residência do pesquisador, pois tal espaço atendia às necessidades apresentadas.

Assim, numa manhã de junho de 2006, na residência do pesquisador, iniciamos a terceira entrevista, em que começo perguntando ao entrevistado: W, você se lembra do ponto em que paramos?

Nesse momento, o entrevistado, sorridente, afirma: Claro, Marcel, pois já li as duas primeiras entrevistas (revelando que concorda com o conteúdo digitado).

Meu ensino médio foi especial, gostei de vários professores. Cheguei até a citar dois deles no encontro passado; eram realmente pessoas fabulosas. Acho que não posso reclamar da escola pública que tive. Sei de vários problemas, tinham muitas faltas naquela época (como ainda tem), passei quase um semestre sem aulas de química porque não tinha professor com formação específica; alguns professores passavam pela sala de aula como se fôssemos boçais; mas, apesar de tudo isso, tínhamos alguns professores muito bons.

A escola também era o ponto de encontro da moçada. Não tinha nada na cidade durante a semana, por essa razão a escola era o nosso ponto de encontro. Era interessante, pois apesar de termos professores que incentivavam as faltas coletivas, íamos todos, sabíamos que vários professores acabavam cedo seus conteúdos para dispensarem os alunos; então, usávamos esse tempo vago para nos reunir, para conversar e até cantar. Fazíamos roda de música. Na escola, éramos quatro alunos que tocavam violão e sempre que possível nos reuníamos para tocar e cantar. Era a Bia, eu, Gilmar e o Marcelo; éramos todos amigos e eu tinha um maior contato com a Bia (que também tinha uma opção sexual semelhante a minha); não chegamos a formar um conjunto, nunca tivemos essa pretensão, só cantávamos porque gostávamos.

O Gilmar era o mais afastado desse grupo, ele era todo certinho, sempre limpinho, cheiroso, bonito, participava dos corais da igreja, trabalhava num banco, o tipo de rapaz que toda moça de família queria casar. Lembro-me que, uma certa vez,

ele me convidou para participar do coral da escola, pois naquela época estava surgindo a pastoral de juventude que acolhia os jovens por meio da música.

Aquela experiência foi marcante, nunca mais me esquecerei. Após aceitar o convite do Gilmar, fui em alguns ensaios na igreja, que aconteciam nos sábados pelas manhãs (para esse tipo de coisa meu pai me liberava, achando que o filhinho dele estava se tornando mais dócil, pois brigávamos todos os dias) e, em um deles, ouvi um dos integrantes do grupo afirmar que estaria desistindo de participar por vergonha, porque aquele conjunto da paróquia estava parecendo um grupo de “bichas”. Entendi na hora o alvo daquela fala e ali se encerrou a minha participação em qualquer atividade na igreja. Mas não deixei passar barato; na hora respondi a ele que já que ele estaria saindo do grupo, nós, os demais integrantes do grupo, não precisariam mais se preocupar com aquela questão. Naquele dia, eu avancei o sinal e não deixei que zombassem da minha opção; não preciso sair revelando isso para os quarteirões da rua, porém não admitia ser mais humilhado. Quase entrei no braço com aquele moleque, mas tive uma sensação de orgulho que me movia e me fortalecia, não por ser uma pessoa com uma outra opção sexual, mas por ser uma pessoa que se defende diante da humilhação presente nas posturas preconceituosas das pessoas com as quais vivemos.

Sabe, Marcel, naquele momento eu descobri que tinha que escolher uma profissão que me fizesse ajudar as pessoas que sofrem com o preconceito. Queria e quero ainda ajudar aqueles que sofrem por não poder enfrentar e defender suas próprias escolhas. Pensei em psicologia, mas não sabia bem o que era, então deixei essa opção de lado e parti para o magistério e escolhi o curso de história, pois a Roseli [sua professora de história] era uma professora fantástica e com ela eu me apaixonei pela história. Depois disso, percebi que precisava mais, então fiz Língua Portuguesa29.

A primeira faculdade pela qual passei ficou marcada como a minha chave para a liberdade. Foi muito difícil de conseguir pagar esse curso, meu pai reclamava todo mês, e como ele sempre me considerava um empregado, não via por que pagar a minha Faculdade. Lembro-me que quando tentei fazer o vestibular para o curso de História da USP, meu pai me disse: “Você está gastando dinheiro e perdendo o seu

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Ao ser questionado sobre o motivo que o levou a escolher o curso de História e posteriormente o curso de Letras, o entrevistado afirmou que o curso de História foi se tornando uma possibilidade de carreira ainda no ensino médio, graças às aulas professora (Roseli) de ensino médio, na qual trabalhava o referido componente de uma forma envolvente e relevante para o aluno, dotando a disciplina de significado levando o aluno ao conhecimento da verdade, revelando ideologias e conscientizando a todos os presentes. “Compreender a História possibilita um rompimento com a

alienação, pois a compreensão das sociedades e dos valores da humanidade e promove uma melhora na vida das pessoas”. O curso de Letras surgiu após a formação como Historiador e tinha dois motivos: o primeiro deles era uma

melhor posição no mercado de trabalho, pois é significativamente superior o número de aulas deste componente curricular; a segunda, era pela presença de deficiências no domínio da norma culta da língua fato que em muito me desagradava como profissional da educação.

tempo, pois você acha que lá eles querem alguém como você?” Não entendi bem do

que ele estava tratando, ignorei e com uma profunda raiva fui fazer a prova. Não passei, e vou levar essa mágoa comigo para sempre, pois me lembro desse acontecimento como uma cena, todos os detalhes permanecem em minha memória [o

entrevistado, demonstra estar tocado pela emoção e, com os olhos cheios de lágrimas, reage]. Dei a volta por cima, fiz o vestibular da UNIMEP e passei com uma ótima

classificação. Nesse momento tive mais uma briga pela minha liberdade, pois tive a duras penas que convencer o meu pai a deixar de pagar o meu registro trabalhista para usar esse mesmo dinheiro para pagar parte da minha faculdade. Foi uma fase terrível, minha mãe entrou para o meio e até ameaçou a largar o meu pai caso isso não fosse feito.

Só sei que era um período entre céu e inferno, onde o trabalho era o meu castigo, a mãe, a faculdade e os amigos eram a minha dose de liberdade. Tive muitos amigos, todos com opções semelhantes a minha. Na UNIMEP tinham sempre aqueles engraçadinhos que de vez em quanto faziam uma brincadeira e com o tempo passei a lidar com isso numa boa, sem estresse; até cheguei a participar como reserva do time de Vôlei oficial da turma da UNIMEP, entrando na quadra algumas vezes.

Acho que o violão sempre me ajudou nesse ponto, pois universitário adora bar, bebida e música; essa parte (música) era minha e da Bia, pois fazíamos o mesmo curso e participávamos de todas as festas juntos. Éramos convidados a participar e tocar nas festas nas repúblicas, que existem aos montes em Piracicaba; éramos convidados para tocar nos bares da cidade (durante a semana) sempre depois das aulas. Piracicaba é uma cidade universitária; as pessoas pouco se importam com a sua opção sexual, somente tínhamos que saber onde estávamos pisando (pois havia pessoas de todos tipos).

Gostava muito daquela época, ralava durante o dia feito um cachorro com o meu pai e estudava e festejava à noite. Tinha tão pouco dinheiro que passei a contar com a ajuda da Bia, que era cheia da grana, tinha carro zero e, geralmente, bancava a balada. Ela era tão amiga que parecíamos namorados, isso sempre ajudava com família dela e eu com a minha família. Meu pai desconfiava de algo, porém acho que não tinha coragem de perguntar por causa da Bia.

Sem planejar nada, essa amizade se configurou numa situação muito boa para nós, estudamos e curtimos o curso de história, festejamos muito juntos, íamos aos cinemas quase todas as semanas, até o momento que a Bia conheceu a Tâmie e por ela se encantou de imediato. A Tâmie tinha um certo ciúme e por essa razão

passamos alguns meses afastados; nesse momento conheci uma pessoa muito boa e que modificou muito a minha vida.

Um outro Marcelo surgia em minha vida. O conheci num bar. Estive nesse bar por duas semanas e nessas noites era apenas troca de olhares; a princípio, um tanto estranho, depois já se tinha claro os objetivos de tanta apreciação. Esse bar era conhecido por abrigar boêmios e solteirões e fora construído numa casa antiga, de paredes amarelas, dotada de várias pequenas salas, era um lugar diferente, pequeno e aconchegante. Nesse bar, o músico ficava de frente ao balcão de recepção, pois dessa forma as pessoas de imediato conferiam o cantor da noite, isso me dava a possibilidade de ver cada um que entrava. Detalhe: estava sempre cheio e abria somente à meia noite e isso me arrebentava, no serviço e na faculdade, mas eu estava lá sempre! Apostava alto naquela remota possibilidade de encontrar alguém, mas mesmo assim eu estava lá, apavorado de medo de não cometer o mesmo erro cometido com o Jairo (erro de não tentar). Às vezes eu estava lá no bar cantando, às vezes estava lá bebendo com os amigos, mas estava sempre lá, em busca de um encontro, por mil vezes planejado. Até que, numa quinta-feira de abril de 1990, aconteceu um primeiro encontro, onde ele após me cumprimentar, perguntou se eu não cantaria naquela noite, pois queria pedir uma música que até hoje tenho a felicidade de cantar para ele. Você conhece a música.

Estava mais angustiado que o goleiro na hora do gol quando você entrou em mim

como um sol no quintal Aí, um analista amigo meu disse Que desse jeito não vou ser feliz direito Porque o amor é uma coisa mais profunda

que um encontro casual Aí, um analista amigo meu disse Que desse jeito não vou ser satisfeito Por que o amor é uma coisa mais profunda

Que uma transa sensual Deixando a profundidade de lado

Eu quero ficar colado ao lado dela noite e dia Fazendo tudo de novo e dizendo: Sim, a paixão morando na filosofia.

Marcel, hoje conto essa história para você, que hoje acho linda e sem sentir vergonha, mas já senti muita vergonha. Você é a primeira pessoa fora de meu rol de amigos que ouviu esta história. E mais, só conto hoje a você porque sei que não está mais na Oficina Pedagógica e que essa história poderá contribuir para que essa história possa vir a ajudar as outras pessoas.

Sentia-me no passado como um fraco ramo de uma árvore, que ao não ser quebrado pelo vento, se tornava mais forte, e hoje tenho tamanha força, que me dá condições de sustentar a posição que tenho, quem sou, do que gosto, e isso de cabeça erguida, pois descobri que os limites que via somente eram limites porque os via assim, e, pior, os considerava limites.

Aquele bom moço que surgia em minha vida, jamais se afastou de mim e somos companheiros, amigos e cúmplices de nossas vidas há dezesseis anos. Marcelo era um arquiteto recém-formado e eu um estudante de história. Eram dois mundos diferentes, duas pessoas com formação bem diferente, porém pessoas que viviam um mesmo medo. O medo de assumir uma opção para si mesmos e de defender essa posição.

Já estando juntos, passamos uns quatro anos com uma preocupação de esconder essa relação, andávamos com colegas, como a Bia e a Tâmie para forjarmos uma situação. Sabe, tentar tapar o sol com a peneira.

Nessa época, eu já estava começando a trabalhar como professor, tinha conquistado a minha libertação do armazém, era tudo aquilo que eu sempre quis. Acho que o medo de retornar ao armazém me fazia ser tão rígido comigo mesmo. Comecei dando aulas em Piracicaba, e logo aluguei um apartamento e fui morar com a Bia, justamente para manter as aparências. Era um ótimo negócio para ambos. Porém, fomos amadurecendo nossa relação e em 1995 fui fazer um curso de história da arte, produzido pelo MASP, em São Paulo. Nessa época, resolvemos tentar a vida em São Paulo, tínhamos amigos influentes e eu sabia que para a carreira do Marcelo essa seria uma oportunidade importante e que ele não poderia perder.

Logo consegui arranjar algumas aulas numa escola estadual ali perto da Vila Mariana e também em uma escola particular. O Marcelo estava começando a atuar

num escritório de arquitetura de uma de suas tias e assim fomos nós viver sob o mesmo teto, alugado, mas nosso, numa cidade onde os nossos medos foram minimizados.

São Paulo foi fundamental para vermos o quanto éramos incompletos vivendo separados, não somente por questões sentimentais, que são também extremamente relevantes, mas por questões de direito, direito este que tenho e que, por padrões sociais completamente ultrapassados, são sufocados por uma população pouco esclarecida, como bem trata a parábola da rosa e da violeta. Ele disse qual é? Eu não conheço.

De lá para cá algumas coisas mudaram. Em São Paulo, passei a cantar somente em casa, com a presença do Marcelo e de amigos; quando dava saudade ia para Piracicaba e cantava no bar que nós nos conhecemos. Saíamos pouco, no início por falta de grana, depois por opção mesmo.

Começamos a juntar dinheiro e logo compramos o nosso primeiro apartamento, ele ficava a uma quadra atrás da estação Santa Cruz, era perto do nosso apartamento onde morávamos.

Nesse momento, tive que enfrentar uma barra, pois tive medo de informar a minha mãe que estava comprando um apartamento junto com o meu colega, pois essa desculpa não estava mais colando. Até que, antes de mudar, convidei minha mãe para conhecer o apartamento novo e lá eu disse a ela: “Mãe, veja só o que eu e o Marcelo

compramos para nós.” Nisso ela me pergunta: “Você gosta dele?” Na hora respondi:

“Sim mãe, gosto. Gosto muito”. Aí ela me disse: “Ele é um bom moço, você esta

seguro com ele”.

Nunca mais toquei no assunto. Vi explícita e implicitamente naquele diálogo a aprovação da minha opção de vida e de meu companheiro. Sabe, Marcel, ela era a única pessoa que poderia ficar decepcionada comigo, pois foi ela quem me criou, me deu amor, educação, formação, ela era a única opinião que eu precisava para viver. Naquele momento, com aquela aprovação, eu conquistava a consolidação da minha opção de vida.

São Paulo também foi um local em que crescemos muito profissionalmente, fiz vários cursos na área de história e pude também fazer um curso de letras para melhorar a minha produção textual e uma complementação pedagógica, Pedagogia, para um dia ser diretor de escola. Essas escolhas foram feitas para dar ao meu curriculum uma maior abrangência no mercado de trabalho, tática esta que deu muito

certo, pois tive aulas em colégios particulares ótimos. Eles gostavam porque eu usava as letras das músicas para trabalhar o português, eu cantava, envolvia os alunos e ensinava com música, tanto na história como na Língua Portuguesa.

O domínio do violão é um “plus” no meu curriculum; as escolas ficam satisfeitas com o meu trabalho e eu, cada ano que passa, tenho mais aulas nos colégios particulares (isso só porque paga mais, quero deixar isso muito claro, pois gosto até mais dos alunos da escola pública, pois sou filho de uma).

Sabe, Marcel, a primeira vez que tentei usar essa técnica foi em uma escola da rede estadual. Levei para a sala o violão, apresentei as letras das músicas a serem cantadas e cantei; no final daquele dia recebi uma advertência por escrito da minha diretora. Em sua advertência ela afirmava que eu estava incentivando a bagunça e a desordem na escola dela e que ela jamais permitiria que isso pudesse ocorrer novamente.

Infeliz essa diretora, ela não conhecia os alunos que tinha dentro de sua escola, ela os considerava marginais, dizia aos professores que o conhecimento que ensinávamos eram iguais a pérolas que eram jogadas aos porcos, isso porque o mundo de hoje não tem jeito; e você acredita que uma diretora dessa era efetiva?

Deixei de lado essa minha proposta e fiz o meu trabalho da melhor maneira que ali era possível. Não deixei a música por essa ordem, apenas mudei o método, não mais cantava; dessa vez, estudávamos as letras e pedia que os alunos ouvissem as músicas em casa. Novamente essa diretora me chamou; porém, dessa vez, me elogiou, pois aquela escola privava pelo silêncio e o método que passava a adotar era adequado aos princípios que ela defendia.

Você acredita?

Não tive dúvida, no ano seguinte troquei de escola, pois aquela falta de perspectiva poderia acabar com o meu interesse em dar aula. Vejo que as aulas podem fazer com que os alunos possam entender de forma mais clara e sem preconceito a si e ao mundo em que vivem, vejo a escola como um espaço de conscientização ou de alienação, pois se a minha matéria não puder atingir essa possibilidade de conscientização, acredito que não terá valor nenhum para o meu aluno e para mim.

Na segunda escola em que passei a trabalhar em São Paulo pude desenvolver um trabalho muito bacana. A diretora da escola era uma professora super motivada e

essa energia era passada para todos. Ali aprendi algo que me despertou o interesse para a gestão escolar. A liderança era uma arma que aquela diretora tinha e que por meio de sua capacidade de envolver a todos conseguia fazer daquela escola uma referência no bairro.

Imagine uma escola localizada na periferia de São Paulo, rodeada pelo tráfico de drogas e pela marginalidade, ser vista pelos moradores como um local importante e seguro para a comunidade e para os alunos. Não é isso uma conquista? Essa conquista não foi sonhada por aquela diretora? As escolas precisam de lideranças positivas, pessoas que acreditam que é possível, sim, ter um país melhor, sem malas e cuecas lotadas de dinheiro. Somente tendo pessoas assim, podemos ter uma esperança de um futuro melhor.

Não precisávamos de pessoas nas escolas dizendo que não tem jeito. Tem muita gente ligada à imprensa que ganha dinheiro por aí somente criticando a escola pública, só que a maioria delas nunca oferece uma saída, ou mesmo nunca entrou numa escola para saber de suas reais necessidades para atender uma delas que seja. Isso é uma vergonha.

Assim, em 1999, após realizar um concurso público para PEB-II30 da rede pública, me tornei professor efetivo de história, escolhendo um cargo nessa DE (região de Itu), pois aqui era o local mais próximo a Piracicaba que consegui. Queríamos uma vida simples, não numa cidade pequena como em Rio das Pedras, cidade da minha mãe, mas queríamos retornar para Piracicaba, pois já havíamos sentido na pele o medo presente na cidade de São Paulo.

Sabe Marcel, uma certa vez, fomos a um cinema conhecido na rua Augusta, para assistirmos uma mostra de filmes, depois da seção nos dirigimos ao estacionamento para pegar o carro e nisso fomos abordados por dois homens claros e bem vestidos, que nos renderam e levaram o carro, além de mil reais que nos fizeram tirar do caixa eletrônico.

Tive um medo tão grande, naquele momento, porque eles abraçaram o Marcelo e por baixo da blusa eles apontavam uma arma para a barriga dele. Achei que fôssemos morrer, pois tive medo de sermos vistos como homossexuais e sofrermos

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Denominação adotada pela Secretaria de Estado da Educação de São Paulo, sendo o PEB-II (Professor de Educação Básica – II) nomenclatura usada para o professor que atua no ciclo-II do Ensino Fundamental (5a. à 8a. série) e no ensino médio e o PEB-I (Professor de Educação Básica – I) o professor que atua no ciclo-I do ensino fundamental