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SER MOÇAMBICANO

No documento reflexões sobre lusofonia e identidade (páginas 99-160)

2 MOÇAMBIQUE E A LÍNGUA PORTUGUESA

4.5 SER MOÇAMBICANO

A identidade moçambicana já está constituída, uma vez que a primeira coisa que deve

existir num indivíduo de uma dada sociedade e/ou nação é o sentimento de pertença. Nas

palavras do professor H:

Ser moçambicano é ser um cidadão que consegue, dentro do seu país, ter áreas de intervenção em todas as áreas. Sentir-se moçambicano pra mim é isso, é eu poder estar no meu país e poder sentir-me que posso atuar. Embora isto não é assim como estou a dizer. Estou a falar aqui de uma forma literal. Na realidade há coisas que não são, não tem um... Como eu posso dizer? Não é... Não é capacidade, mas não tem um, não sei se é autorização também. Sinto-me com limites para poder fazer. Porque o próprio estado não permite que eu faça. Mas, a partir da altura que eu me sinto realizada em alguns aspectos onde tenho área de manobra, eu posso dizer que me sinto feliz por ser moçambicana. O que não posso fazer em qualquer outro país. Eu me sinto, eu posso, consigo sair, estar na minha casa, poder sair, convidar pessoas. Em Portugal eu tive uma grande dificuldade. A vida em Portugal é muito fechada. Principalmente a falar de Portugal, Lisboa.

Nessa fala, podemos observar que o moçambicano, embora tenha vivido em outros

lugares, identifica-se com a sua própria história e com a história do seu país. Esse sentimento

de pertença a Moçambique, ainda que alguns sintam falta de outro idioma, já está

consolidado. Como podemos observar na fala do Professor K:

[...] eu acho que ser moçambicana é como ser qualquer outra nacionalidade, não é. É estar ligada a um território, estar ligada a um grupo de pessoas, mas ao mesmo tempo também ter quer dizer, ter esse sentimento de pertença a um país, mas também ter uma pertença maior. Porque eu penso, eu sempre pensei que eu não estou apenas ligada a este país. Eu vejo-me, com o cheiro do meu país, com as cores deste meu país, mas penso este meu país em função também dos outros países, porque eu não tenho essa noção estreita de nacionalidade, etc, não é, de cidadania. Eu

vejo-me como uma cidadã do mundo. Mas que tem os pés aqui assim. [em

Moçambique].

Dentre os entrevistados, são essas duas as respostas acerca do que é ser moçambicano

que nos chamam a atenção, pois apontam respectivamente a importância de se identificar

internamente com seu país, mas também estar disposto a dialogar com outras culturas a fim de

contribuir para a sua própria construção identitária, como bem lembra o Professor D: “O que

eu posso fazer é olhar para eles [outros povos] e ver o que eu consigo buscar deles para

aplicar dentro da moçambicanidade”.

Para o entrevistado E,

O moçambicano me surpreende [...]. Não sei se existiriam características, por assim dizer, são inquestionáveis. O que caracteriza o moçambicano é a surpresa. Ele não é, quer dizer, elevai mostrando coisas que nos fazem admirar. Há vezes que a gente tem que perguntar: “Aquele é moçambicano mesmo?” Porque tem, digamos, traços novos, não é?[...] o moçambicano é um indivíduo que facilmente se adapta a novas coisas.

Diante do exposto nos trechos assinalados, podemos afirmar que a língua portuguesa e

a identidade moçambicana não são mais questionamentos. As preocupações de Moçambique

agora são outras, como por exemplo, o ensino bilíngue e a sistematização de línguas bantu

para que possam atingir também o estatuto de língua oficial.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Identidade, língua, marcas culturais: são três fantasmas partilhando a mesma cama. E quando se entra no quarto, acreditando surpreendê-los em flagrante delito eis que descobrimos que não há cama, nem quarto, nem amantes.

Mia Couto22

O presente estudo, intitulado Moçambique é maningue nice: reflexões sobre lusofonia

e identidade, teve como propósito responder a duas questões que nortearam esta investigação.

A primeira questão buscava saber se Moçambique, país de língua oficial portuguesa, poderia

ser considerado (ou não) um país lusófono. A segunda pretendia identificar se a língua

portuguesa, ainda que herança do colonizador, poderia ser compreendida como elemento

coesivo e identitário do povo moçambicano.

Para isso, foram traçados como objetivos de pesquisa discutir os conceitos atribuídos

ao termo Lusofonia, buscando identificar e relacionar o mais adequado à proposta desta

pesquisa; abordar o conceito de identidade e de identidade linguística; verificar se há

características que delineiam uma identidade lusófona; contextualizar histórica e

linguisticamente Moçambique; e averiguar se há identificação dos moçambicanos com a

língua portuguesa e se por ela se sentem representados.

Para atingir os objetivos e responder às questões, compilamos informações acerca do

contexto histórico-linguístico de Moçambique e partimos de reflexões sobre Lusofonia e

identidade para analisarmos as entrevistas realizadas in loco, com 11 professores

moçambicanos, da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, da Universidade Eduardo

Mondlane, localizada na cidade de Maputo, capital do país.

A partir do desdobramento teórico, podemos compreender Moçambique como um país

lusófono, como partícipe desse continente imaginário, a Lusofonia, desde que

compreendamos o conceito de Lusofonia na contemporaneidade, na perspectiva da

22

Nasceu na Beira, em Moçambique, em 1955, e é um dos principais escritores africanos, comparado a Gabriel Garcia Márquez, Guimarães Rosa e Jorge Amado. Seu romance Terra sonâmbula foi considerado um dos dez melhores livros africanos do século XX. Em 1999, o autor recebeu o prêmio Vergílio Ferreira pelo conjunto de sua obra e, em 2007 o prêmio União Latina de Literaturas Românicas.

globalização, de comunidades imaginárias. Entretanto, se, com olhar retrógrado, entendermos

a Lusofonia sob a ótica do passado, é fato que nos depararemos com a dominação imperialista

portuguesa, o que pode nos levar a duvidar da intenção dessa congregação de povos falantes

de língua portuguesa. Quando restringimos nosso olhar ao período colonialista, é difícil

acreditarmos que possam existir relações recíprocas e aproximações identitárias no espaço da

Lusofonia, dada à supremacia portuguesa que permeia esse contexto. Nesse sentido, a

Lusofonia seria um disfarce para a implantação de um imperialismo (neocolonialismo)

linguístico, no qual a imperatriz seria a língua portuguesa, a mesma que, por período

multissecular, impôs-se culturalmente sobre os povos colonizados. Contudo, sabemos que o

olhar restrito ao passado não revela o presente e, por isso, torna-se um olhar simplista e

descontextualizado, desconsiderando as condições de produção do momento histórico

presente, no qual se insere a construção ou reconfiguração da palavra Lusofonia.

Na era da globalização, discorrer sobre Lusofonia não é desconsiderá-la sob a ótica do

passado, da colonização, mas é, também, associá-la ao presente, ao período pós-colonial,

quando se procura congregar e agregar diversas culturas e várias línguas numa determinada

comunidade, em que a relação cultural entre os diversos povos, se dá por meio de uma língua

que é concomitantemente una, mas não é singular; é plural. Una porque consegue congregar

os povos de oito países em torno de única língua e plural porque consegue agregar a essa

mesma língua características de línguas locais desses diferentes povos, a fim de demonstrar a

pluralidade cultural, étnica e linguística existente em cada uma das regiões de uso da língua

portuguesa. É nesse sentido que afirmamos que Moçambique é um país lusófono.

Ainda que mais tarde este país venha a ter outra(s) língua(s) autóctones elevadas ao

estatuto de língua oficial, permanecerá como lusófono. É importante ressaltar que, na

contemporaneidade, as identidades são diversas, nenhuma identidade fecha-se em si mesma.

Vivemos a era de identidades múltiplas; logo, Moçambique pode ser lusófono, mas pode

também ser paralelamente “bantófono”.

Essa multiplicidade de culturas existentes em Moçambique já há muito tempo

evidencia-se no seu próprio contexto linguísitico, a exemplo do título deste trabalho,

Moçambique é maningue nice, em que “Moçambique” é um nome derivado do árabe, “é” é o

verbo ser, conjugado no presente do indicativo em língua portuguesa, “maningue” é um

advérbio de intensidade de uma língua nacional moçambicana e “nice” é um adjetivo do

inglês. Assim, na Lusofonia, Moçambique destaca-se como um dos países multilíngue e

multicultural.

Ainda sob o ponto de vista teórico, no que se refere à segunda questão, podemos

entender a língua portuguesa como elemento coesivo e identitário do povo moçambicano,

uma vez que identificamos a constituição do português moçambicano – posto que é por meio

da língua portuguesa que moçambicanos têm (com)partilhado valores culturais, que os

identificam e os diferenciam e, também, estabelecido acordos de cooperação para divulgação

e promoção de suas culturas neste mundo globalizado, bem como apresentado ao mundo a

necessidade de sistematização de suas línguas nacionais, seja para o ensino bilíngue ou para a

adoção da(s) língua(s) nacional(is) como língua oficial.

O desdobramento analítico das 11 entrevistas, embora seja um corpus reduzido e, por

isso, que não nos permite generalizações, aponta para uma recusa da caracterização de

Moçambique como um país lusófono. A maioria dos entrevistados ainda não reconhece

Moçambique como integrante da comunidade lusófona, embora reconheça a importância da

língua portuguesa como oficial. Possivelmente, o fato de a maioria dos entrevistados não

reconhecer Moçambique como um país lusófono esbarra ainda em questões de um passado

histórico ainda recente, em que o termo luso associa-se ao colonizador português. Além disso,

questões históricas apontam que Moçambique, ocupa-se, e preocupa-se, atualmente, com a

sua identidade cultural e linguística, como por exemplo, com a necessidade de elevar uma ou

mais línguas moçambicanas ao estatuto de língua oficial ou como língua de ensino.

Moçambique tem, portanto, questões internas que se sobrepõem a essa comunidade, global e

imaginada, a comunidade lusófona.

Para a maior parte dos entrevistados, integrar a Comunidade de Países de Língua

Portuguesa, da CPLP, não significa pertencer, necessariamente, à comunidade lusófona. A

CPLP é uma instituição oficial, e Moçambique é constitucionalmente um país de língua

portuguesa. Identificar-se como membro dessa comunidade imaginada para os entrevistados

envolvem muitas questões que ultrapassam a oficialidade da língua.

Diferentemente disso, no que se refere à língua portuguesa como elemento coesivo e

identitário de Moçambique, notamos que há unanimidade, principalmente pelo fato de que

grande parte dos entrevistados falam somente o português e, também, porque eles veem o

português como a língua de comunicação entre os moçambicanos de língua nacional diversa

um do outro. É na língua portuguesa que os moçambicanos de línguas maternas diversas se

encontram para compartilhar suas culturas.

No entanto, atingidos os objetivos de pesquisa e respondias as questões propostas,

reconhecemos Moçambique como um país pertencente à comunidade lusófona, não só pela

oficialidade da língua, mas por vermos essa língua assumindo contornos moçambicanos,

configurando-se, portanto, como a variedade do português moçambicano. Sabemos que a

língua oficial de Moçambique é portuguesa, mas é também moçambicana; uma língua

transformada e enriquecida pelos aspectos linguísticos e sócio-histórico-culturais desse país,

os quais já se refletem na estrutura e no léxico da língua europeia. Se por meio da língua que

partilhamos cultura, é esse português moçambicano que partilha, na própria língua, a sua

cultura e a sua história, e faz, consequentemente, esta nação pertencer à comunidade lusófona.

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APÊNDICE

ROTEIRO DE ENTREVISTA

Parte I. PERFIL

1. Idade:

2. Estado civil:

3. Zona/Região:

4. Nacionalidade:

5. Naturalidade:

6. Profissão:

7. Religião:

8. Quando você pensa em Língua, qual a primeira resposta que lhe vem à mente?

9. Quantas línguas você fala? E quais são?

10. Qual a língua da sua mãe?

11. Qual a língua do seu pai?

12. Qual língua você mais gosta?

Parte II. FORMAÇÃO EDUCACIONAL

13. Grau de Instrução:

14. Ano de formação:

15. Local de formação:

16. Você estudou em Moçambique? Se sim, até que nível? Se não, onde estudou? Por quê?

(Diversidade de formação)

Parte III. ATUAÇÃO PROFISSIONAL

18. Disciplinas ministradas:

19. Em qual universidade você atua?

20. Você se considera um intelectual de base ( ) africana, ( ) europeia ou ( ) americana.

Parte IV. ENTREVISTA

No documento reflexões sobre lusofonia e identidade (páginas 99-160)