• Nenhum resultado encontrado

Solidariedade: um novo saber e um novo paradigma

No documento Download/Open (páginas 153-167)

4. Sentido e ideologia na análise de discurso

4.5 O sumak kauwsay / bem-viver andino

4.5.2 Solidariedade: um novo saber e um novo paradigma

“O ser individualizado da modernidade tem que reconhecer a existência ontológica de outros seres que têm direito a existir e viver com sua alteridade” (Idem). Com estas palavras, Suess chama nossa atenção para o individualismo moderno e para sua necessária antítese: a solidariedade. Esta encontra ambiente propício no sumak kawsay e é, ao mesmo tempo, condição sine qua non para sua existência, como o é, também, para o cristianismo:

A vida dos cristãos é atravessada pela cruz que assumimos por causa do bem-viver dos outros e pela gratuidade. Anunciamos o Reino de Deus como libertação da servidão, nos fazendo servos de todos. A radicalidade da encarnação (e inculturação) tem o nome de solidariedade (cf. Gaudium et spes, 32) (Idem).

A solidariedade é uma das virtudes humanas mais propensas a criar a melhor sociedade possível. Os instrumentos de controle das elites, dos governos e corporações dominantes, aliados ao individualismo pós-moderno têm sido um poderoso obstáculo para a

154 educação e a sensibilidade solidárias. Além disso, há uma crescente produção de anestésicos

sociais que temos sentido também em nosso país, como a prioridade tecnológica sobre a

humanista, a sensação de desenvolvimento econômico, o ocultamento de populações tidas como marginais pela mídia como é o caso das comunidades andinas, a proliferação de eletrônicos, a indústria de entretenimentos, a disseminação de modos alienados de religião, etc. Boaventura de S. Santos aponta para um lugar, um topos, uma “metáfora cultural” onde existem condições sociais e humanas para o desenvolvimento desta solidariedade: o Sul. Este é, segundo ele, o “metatopos que preside à constituição do novo senso comum ético”, porque é o lugar privilegiado para se fazer uma “escavação arqueológica da modernidade, necessária à reinvenção das energias emancipatórias e da subjetividade da pós -modernidade” (SANTOS, 2005, p.367). Tanto o Sul como o Oriente, e as regiões de povos excluídos e marginalizados em todo mundo, sofreram e sofrem os efeitos da subordinação ao Norte e ao Ocidente e, por isso, encarnam esta “metáfora fundadora da subjetividade emergente”; o Sul expressa o sofrimento produzido pelo capitalismo moderno (Ibid, p.368) e deve ser aí o topos de onde se originam as mudanças. Os povos de ‘Abya Yala’ fazem parte deste topos. Esta expressão é utilizada pelos indígenas da América Latina para designar esta porção do continente, vem da cultura Kuna do Panamá e significa terra fértil e abundante (ESTERM ANN, 2006, p.142, nota 10).

Pode haver, não obstante as claras diferenças, uma ponte entre o Sumak Kawsay e o programa sociopastoral do Papa Francisco? Parece que sim. As propostas e os anseios que transparecem de seus discursos e gestos se aproximam da ideia do bem-viver andino; tanto este como o cristianismo profético são irredutíveis ao modelo de vida pregada nas entrelinhas do sistema de produção econômica vigente e na cultura que torna este sistema possível. Estas experiências sociais são alternativas de inspiração profético/utópicas que denunciam o vazio da existência numa modernidade subordinada a forças econômicas . O sumak kawsay ressurge na cena política da região andina como um novo paradigma social ou “macroecológico” que aponta para um velho horizonte. Velho no sentido de que, para esta mentalidade, o que está diante dos nossos olhos não é o futuro, mas o passado: é nele que aprendemos como a vida se manteve e desenvolveu até nossos dias e como poderemos colaborar com este “ciclo vital”. O futuro é desconhecido, não o podemos contemplar, é como se estivesse às nossas costas como as crianças que são carregadas às costas por suas mães nas montanhas dos Andes (ESTERM ANN, 2011, p.11).

155

156 O tema proposto nesta tese foi da relação entre o Catolicismo social no pontificado do

Papa Francisco e os Movimentos Populares, nos EMMPs. Da análise das tendências

centrais da figura e do discurso do atual pontífice a partir de um referencial teórico sócio teológico das margens nos permitiu evidenciar suas principais influências, seu significado, sentido, relevância e as plenitudes existenciais para as quais aponta. O estudo pretendeu apresentar o pontificado de Francisco como elemento ‘catalisador’ das ‘energias utópicas’ do catolicismo social que chamamos de Cristianismo Profético e que, segundo nossa avaliação, tem sido de capital importância para a visibilidade, perseverança e legitimação de atividades como os M ovimentos Populares que aceitaram o DIÁLOGO com a fé cristã para encontrar soluções e inspirações recíprocas. Estes encarnam de fato o que Francisco tem costumado denominar como “periferias humanas” 155 tanto “geográficas” como “existenciais”. O tema das “margens” religiosas e sociais de Henri Desroche iluminou o significado e serviu de ferramenta hermenêutica para a compreensão das Periferias e do Profetismo de Francisco. Estas “margens” refletem bem os M ovimentos Populares como grupos que se organizaram em prol da transformação de suas condições de vida perseguindo a esperança de “novos céus e nova terra” 156; sua fertilidade social se liga à tendência profética de renovação religiosa

profética que o Papa Bergoglio representa.

O pontificado do Papa Francisco continua causando-nos perplexidade. Nosso esforço foi o de buscar elementos para a compreensão do movimento Bergoglio, o que permanece um desafio para a academia e para a Igreja. Este desafio é o de entender a centralidade da escolha de Francisco pelas periferias do mundo, os deixados à margem da sociedade e do sistema. São certamente os que constituíram a preocupação também de Desroche tanto em sua sociologia da esperança/religiosa/marginal, como em sua sociologia da cooperação. O objetivo do profetismo de periferia de Francisco é que ele seja difundido pelas igrejas, que seu conteúdo seja conhecido, que haja uma contaminação da solidariedade a partir do Evangelho pregado nas comunidades de fé. O Evangelho tem esta força, este dinamismo. M as se as estruturas não servem a isso, este profetismo s e dirige a outros grupos humanos, outras comunidades na mesma Igreja, só que não no centro, mas nas periferias.

155 Papa Francisco. Evangelii Gaudium, 46.

157 Este estudo quis se debruçar sobre as palavras e gestos do Papa Francisco, buscando entender o contraditório profetismo sacerdotal – ao menos aos olhos weberianos – do líder maior do catolicismo mundial que veio de uma periferia, o fim do mundo, segundo suas palavras iniciais depois de eleito. Buscamos compreender também o catolicismo social que há tempos chamamos de profético, por sua dinâmica própria de unir o sagrado ao social. Os EM M Ps foram uma experiência concreta que revelou desde o início o alcance da imaginação utópica de Francisco e das periferias. A biografia de Francisco nos ajudou a entender as contradições que são vivas em seu país de origem quanto à ditadura argentina, mas que serviu para mostrar o outro lado do provincial jesuíta que foi amado pelo povo e temido ou desprezado por alguns de seus próprios irmãos de ordem.

O referencial teórico que utilizamos neste estudo, embora s em grandes aprofundamentos, serviu para evidenciar que toda esta atividade profética é parte da função social da Igreja no meio da sociedade e do mundo. O olhar de Desroche, de esperança e de transformação messiânica, ofereceu-nos uma valiosa contribuição para percebermos as periferias como margens pelas quais a sociedade e a religião crescem para além dos seus estáticos centros de poder.

Perseguindo o objetivo de contribuir para uma melhor compreensão do sentido, significado e relevância das “periferias humanas” de Francisco, esperamos ter contribuído para aclarar este conceito a partir das experiências dos EM M P. Estes são ocasiões incomuns nas quais se pode perceber o lado profético da Igreja em sua função social. É claro, porém, que este lado não é o único que história afora ela tem mostrado; de fato, há um conjunto de situações que evidenciam justamente o lado contrário, aquele da legitimação do status quo, da cumplicidade com os poderosos do mundo e da distância das periferias. É o pêndulo da história que ora pende sobre a profecia, ora sobre a conservação. O tema das oposições

polares de que tratamos no segundo capítulo oferece um caminho de compreensão deste

contraste eclesial.

Desroche investigou diversos messianismos cristãos pela história e entendeu que a interação do reino messiânico com a sociedade separada, a igreja, pode apontar para uma “reescatologização da igreja” através das seitas como indica E. Troeltsch, mas também através das Ordens religiosas que são uma espécie de “reeclesialização das seitas”. O

jesuitismo franciscano de Bergoglio aponta nesta direção, ou seja, mostra como a atitude

158 de dentro pra fora. A pobreza franciscana, aliás, já havia encontrado Bergoglio nas villas

misérias de Buenos Aires e parece que não saiu de sua companhia que era também companhia

de Jesus. O programa de Bergoglio não seria o de assumir o posto de um messias, mas de ser um de seus profetas, apesar de sua função institucional na “administração do sagrado”, profetismo, contudo, que se desenvolve no âmbito de um messianismo latente que se movimenta no subterrâneo da instituição e da sociedade.

Este messianismo trava batalhas constantes com os sistemas dominantes de cada época e em nossos dias não é diferente, embora estas batalhas sejam, talvez, menos percebidas na atualidade tecnológica anestesiante. Diante destas lutas o messianismo não está diante de um dilema “(ter sucesso ou fracassar), mas diante de um destino (ter sucesso e fracassar)” (DESROCHE, 1949, p.60). Se os EM M P não produzirem uma mudança significativa na sociedade, ao menos terão produzido uma marca na Igreja que ficará registrada na memória dos cristãos e na história destes movimentos, desta forma, serão também combustível para colocar em órbita a imaginação utópica, mesmo que depois estes foguetes se desintegrem ao voltar para a atmosfera da indiferença humana frente às periferias sofredoras do mundo.

159

REFERÊNCIAS

ANDINO, Cristian. FUNDAMENTACIÓN ANALÉCTICA DE LA LIBERACIÓN LATINOAMERICANA[1] in: Silvero Arevalos, José M Anuel y Cáceres M ercado Sergio. Comps. Pensar, discutir y escribir. Tres años de filosofía en el CCEJS). 2010 pp. 49-68. Disponível em <http://cristianandino.blogspot.com/2011/01/fundamentacion-analectica-de- la_10.html>. Acesso em outubro de 2017.

BERGER, Peter L.. O Dossel Sagrado. Elementos para uma teoria sociológica da religião. São Paulo, Paulus, 1985.

BERGER. Rumor de anjos: a sociedade moderna e a redescoberta do sobrenatural. Petrópolis, Vozes, 1996.

BORGUESI, M assimo. Una biografía intelectual de Jorge M ario Bergoglio. In HUMANITAS, Revista de Antropología y Cultura Cristiana da Pontifícia Universida Católica de Chile, n° 86, año XXII, 2017, p. 32-47. Disponível em < https://issuu.com/humanitas60/docs/borghesi- h86>.

BORGHESI, M . Entrevista a Alver M etalli no site Terre d’America em 3 de novembro de 2017, traduzido e publicado pelo IHU Unisinos online, disponível em <

http://www.ihu.unisinos.br/78-noticias/573330-descobrindo-o-pensamento-do-papa-

bergoglio-e-publicada-a-primeira-biografia-intelectual-de-bergoglio-entrevista-com-o-autor- massimo-borghesi>. Acesso em novembro de 2018.

BOURDIEU, Pierre. A economia das trocas simbólicas. São Paulo: Perspectiva, 1992. BOURDIEU, Pierre. O poder simbólico. Lisboa/Rio de Janeiro: Difel/Bertrand, 1989. CAM ACHO, Daniel e M ENJÍVAR, Rafael. Los Movimientos Populares en América Latina. Cidade do M éxico, Siglo XXI Editores, 2005.

CAM ARA, Helder. Cristianismo, socialismo, capitalismo. Salamanca, Sígueme, 1975. CAM ARA, Helder. Obras completas .Circulares Pós-Conciliares. ROCHA, Zildo (org.). Vol. III, Tomo III. Recife, CEPE, 2012.

CAM URÇA, M. A. Cosmologia e estrutura de longo curso do catolicismo na dinâmica da

modernidade. Periódico Puc-M inas, 2011. Disponível em

<http://periodicos.pucminas.br/index.php/horizonte/article/view/P.2175- 5841.2011v9n23p746>, acessado em 20 de maio de 2017.

CARTILHA DO II ENCONTRO MUNDIAL M OV. POP. com Papa Francisco 21agosto de 2015, documentos. Disponível em <http://fmclimaticas.org.br/wp -content/uploads/2015/08/II- Encontro-M undial-M ov-Pop-com-Papa-Francisco-21ago15-documentos.pdf>.

CASALDÁLIGA, Pedro e VIGIL, José M aría. ESPIRITUALIDADE DA LIBERTAÇÃO. 4ª Ed., Petrópolis, Vozes, 1996.

CIPRIANI, Roberto. Manual de sociologia da religião. São Paulo, Paulus, 2007. COM BLIN, José. A profecia na Igreja. Paulus, São Paulo, 2008.

COM BLIN, José. Sinais dos Novos Tempos, 40 anos depois do Vaticano II. In M OREIRA, A. da S. et al. A primavera interrompida. O projeto Vaticano II num impasse. Livros digitais

160 Koinonia, vol. II, 2006. Disponível em

<http://www.servicioskoinonia.org/LibrosDigitales/LDK/LDK2.pdf>.

CONSELHO EPISCOPAL LATINO-AMERICANO (CELAM ) Documento de Aparecida: texto conclusivo da V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe. São Paulo, Paulus, 2007.

COTRIM, Policarpo. A Ética das Virtudes em Romano Guardini e Josef Pieper: Diversidade e Analogia (I). In. Sapientia Crucis: revista filosófico-teológica, nº. 10, 2009, págs. 147-202. Disponível em <https://institutumsapientiae.files.wordpress.com/2013/02/sc-2009-04.pdf>. Acesso em outubro de 2017.

CUDA, Emilce. Para leer a Francisco : teología, ética y política - 1a ed . - Ciudad Autónoma de Buenos Aires, M anantial, 2016.

CZERNY, M ichael e FOGLIZZO, Paolo. La forza degli esclusi. L’Incontro mondiale dei movimenti popolari in Vaticano. In. Aggiornamenti Sociali, 2015 (pp.14-25). Acessível em <http://www.iustitiaetpax.va/content/dam/giustiziaepace/InterventiOfficialieM embri/Czerny_ La%20forza%20degli%20esclusi.pdf>.

Delegação dos M ovimentos Populares brasileiros. Cartilha II Encontro Mundial dos

Movimentos Populares com o Papa Francisco – Documentos. São Paulo, Secretaria

Operativa, 2015. Acessível em <http://fmclimaticas.org.br/wp-content/uploads/2015/08/II- Encontro-M undial-M ov-Pop-com-Papa-Francisco-21ago15-documentos.pdf>.

DE M ARZO, Giuseppe. Buen Vivir, para una democracia de la Tierra. La Paz, Plural, 2010. DESROCHE, Henri. Les religions de contrebande. Paris, M ame, 1974.

DESROCHE, Henri. Socialismes e sociologie religieuse. Paris, Cujas, 1965. DESROCHE, Henri. Sociologia da esperança. São Paulo, Paulinas, 1985 a.

DESROCHE, Henri. Dicionário de Messianismos e Milenarismos. São Bernardo do Campo, Umesp, 2000.

DESROCHE, Henri. O homem e suas religiões. Ciências humanas e experiências religiosas. São Paulo, Paulinas, 1985 b.

DESROCHE, Henri. Les shakers américains: d’un néo-christianisme a un pré-socialisme? Paris, M inuit, 1955.

DESROCHE, Henri. O marxismo e as religiões. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1968. DESROCHE, Henri. Approches du non-conformisme français. In: Archives des sciences

sociales des religions. N. 2, 1956. pp. 45-54.

DESROCHE, Henri. M essianismes et Utopies. Note sur les origines du Socialisme occidental. In: Archives des sciences sociales des religions. N. 8, 1959. pp. 31-46.

161 DESROCHE, Henri. Cinquième Congrès mondial de Sociologie : Washington, 2-8 septembre 1962. Compte rendu des séances du groupe de travail : Religion et Développement. In:

Archives des sciences sociales des religions. N. 15, 1963. pp. 5-19.

DESROCHE, Henri. M icromillénarismes et communautarisme utopique en Amérique du Nord du XVIIe au XIXe siècle. In: Archives des sciences sociales des religions. N. 4, 1957. Disponível em :

<http://www.persee.fr/web/revues/home/prescript/article/assr_0003- 9659_1957_num_4_1_1677> acesso em 20 jul 2013.

DESROCHE, Henri. Signification du marxisme. Paris, Éditions Ouvrières, 1949. DUSSEL, Enrique. 1492: Ética da libertação – na idade da globalização e da exclusão. Petrópolis, Vozes, 2000.

DUSSEL, Enrique. Ética comunitária. Petrópolis, Vozes, 1987.

ESTERM ANN, Josef. “Vivir bien” como utopía política. La concepción andina del “vivir bien” (suma qamaña/allin kawsay) y su aplicación en el socialismo democrático en Bolivia. 2011. Disponível em: <

http://csh.xoc.uam.mx/produccioneconomica/Coloquio_nuevoparadigma/ponencias.html >. Acesso em abril, 2017.

ESTERM ANN, Josef. Teologia Andina, O tecido diverso da fé indígena. La Paz, ISEAT/Plural, 2006.

FERREIRA, Silvana M aria. Agricultura familiar na Comissão Pastoral da Terra. Do sonho socialista ao paraíso ecológico. Juiz de Fora, Livraria Editora Notas e Letras, 2004.

FERREIRA, Sonia M aria. A mídia e o MST: heróis e vilões na trama do discurso jornalístico. Tese de Doutorado em Políticas Públicas e Formação Humana. Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Faculdade de Educação. Rio de Janeiro, UERJ, 2012.

FRANCISCO, Papa. Evangelii Gaudium. São Paulo, Paulinas, 2013.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 7a. ed. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1979.

GOHN, M aria da Glória. TEORIA DOS MOVIMENTOS SOCIAIS. Paradigmas Clássicos e Contemporâneos. São Paulo, Loyola, 1997.

GRABOIS. J. «Capitalismo de exclusión, periferias sociales y movimientos populares», in Emergenza esclusi. The Emergency of the Socially Excluded, Pontificia Accademia delle Scienze, Città del Vaticano, 2013.

<www.casinapioiv.va/content/accademia/it/publications/scriptavaria/excluded.html>. GRABOIS. J. Precariedad laboral, exclusión social y economía popular, intervento al Seminario congiunto «Umanità sostenibile, natura sostenibile: la nostra responsabilità», Roma, 2-6 maggio, 2014a <www.casinapioiv.va/content/dam/accademia/pdf/es41/es41- grabois.pdf>.

GRABOIS. J.Trabajo informal, trabajo precario y economía popular, 16 ottobre 2014. <http://alainet.org/active/78072>.

162 GRAM SCI, A. Os intelectuais e a organização da cultura. Rio de Janeiro, Civilização

Brasileira, 1981.

GUTIÉRREZ, G. e M ÜLLER, G.L.. Ao lado dos pobres: teologia da libertação. São Paulo, Paulinas, 2014.

HALBWACHS, M aurice. A memória coletiva. São Paulo, Edições Vértice, 1990.

HERVIEU-LÉGER, Danièle e WILLAIM E, Jean-Paul. Sociologia e Religião: Abordagens

clássicas. Aparecida, SP, Idéias & Letras, 2009.

HERVIEU-LÉGER, Danièle. La religión, hilo de memoria. Barcelona, Herder, 2005. HINKELAM M ERT, Franz. Pensar en alternativas: capitalismo, socialismo y la possibilidad de otro mundo. In: PIXLEY, Jorge. Por um mundo outro. Alternativas al mercado global. Quito, Clai, 2003.

HOUTART, François. Religião e Modos de Produção Pré-Capitalistas. São Paulo, Paulinas, 1982.

HOUTART, François. Mercado y Religión. San José, Costa Rica, DEI, 2001.

IVEREIGH, Auten. El Grande Reformador. Francisco, retrato de um papa radical. Barcelona, Ediciones B, S.A., 2015, versão Kindle.

KLOPPENBURG, Boaventura. Concílio Vaticano II: Quarta Sessão (set.-dez. 1965). Petrópolis: Vozes, 1966.

LÖWY, M ichael. A guerra dos deuses: Religião e política na América Latina. Petrópolis, Vozes, 2000.

LÖWY, M ichael. Marxismo e a Teologia da Libertação. São Paulo, Cortez, 1991. LÖWY, M ichael. Sobre o conceito de “afinidade eletiva” em M ax Weber. In. PLURAL, Revista do Programa de pós‑Graduação em Sociologia da USP, São Paulo, v.17.2, 2011, p. 139. Tradução de Lucas Amaral de Oliveira e M ariana Toledo Ferreira. Disponível em <http://www.revistas.usp.br/plural/article/view/74543/78152>. Acessado em 15 de agosto de 2017.

LÖWY, M ichael. M essianismo e utopia no pensamento de M artin Buber e Erich Fromm.

WebMosaica, revista do centro cultural M arc Chagall, vol. 1, n.1 (jan-jun), 2009.

LÖWY, M ichael, GARCIA-RUIZ, Jesús. Les Sources françaises du christianisme de la libération au Brésil / The French Sources of Liberation Christianity in Brazil. In: Archives des

sciences sociales des religions. N. 97, 1997. pp. 9-32.

M ACHADO, M. das D. C. História das Ciências Sociais da Religião. In: PASSOS, J. Décio e USARSKI, Frank (orgs). Compêndio da Ciência da Religião. São Paulo, Paulinas, Paulus, 2013.

M ADURO, Otto. Religião e luta de classes. Petrópolis, Vozes, 1981.

M ANNHEIM , Karl. Ideologia e Utopia. Rio de Janeiro, Zahar Editores, 1972. M ARCUSE, H. O fim da utopia. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1969.

163 M ARIANO, Ricardo. Sociologia da religião e seu foco na secularização. In: PASSOS, J. Décio e USARSKI, Frank (orgs). Compêndio da Ciência da Religião. São Paulo, Paulinas, Paulus, 2013.

M ENDONÇA, A.G. A experiência religiosa e a institucionalização da religião. ESTUDOS

AVANÇADOS, 18 (52), 2004. Disponível em:

<http://www.scielo.br/pdf/ea/v18n52/a04v1852.pdf>.

M OVIM ENTOS POPULARES. La larga tarde de Santa Cruz: “el futuro de la humanidad está en su capacidad de organizarse”. Site EM M P, 10 julio 2015. Disponível em

<http://movimientospopulares.org/la-larga-tarde-de-santa-cruz-los-movimientos-populares- entregaron-el-documento-final-al-papa-y-el-el-futuro-de-la-humanidad-esta-en-sus-manos-en- su-capacidad-de-organizarse/>.

M OVIM ENTOS POPULARES. Terra, moradia, trabalho: as discussões dos participantes EM M P da Carta de Santa Cruz. 7-8 de Julho Ed 2015. Acessível em <

http://movimientospopulares.org/tierra-techo-trabajo-de-los-debates-de-los-participantes-al- emmp-a-la-carta-de-santa-cruz/>.

M UJICA, Pepe, FRANCISCO, Papa, CHAVES, Hugo e DAVIS, Ângela. Testemunhos da

Utopia. São Paulo, Expressão Popular, 2016.

NUÑEZ, Alberto Gonzales. Profetas, Sacerdotes y Reyes en el Antiguo Israel. M adrid, Instituto español de estudios eclesiásticos, 1962. Disponível em <

https://ia802308.us.archive.org/34/items/profetassacerdot00gonz/profetassacerdot00gonz.pdf >.

ORLANDI, Eni Puccinelli. Análise de Discurso: princípios & procedimentos. 8. ed. Campinas, Pontes, 2009.

ORLANDI, E. P. As formas do silêncio no movimento dos sentidos. Campinas: Editora da Unicamp, 1997.

PACE, Enzo. Longa vida a “As formas elementares da vida religiosa”: a contribuição de Durkheim à sociologia crítica das modernidades. Estudos de Religião, v. 26, n. 42, p. 27-33. São Bernardo do Campo, SP, 2012. Disponível em:

https://www.metodista.br/revistas/revistas-ims/index.php/ER/article/view/3534/3213. Acesso em 27 de julho de 2016.

PALUM BO, M ercedes. Un desplazamiento semántico, político y geográfico en la tradición de estudios sobre M ovimientos Sociales: Aportes del concepto de movimiento popular. In. Revista ESTUDIOS, N° 32 -ISSN 0328-185X (Julio-Diciembre 2014) 25-48, Universidad Nacional de Córdoba, Argentina. Disponível em

<http://www.scielo.org.ar/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S1852-15682014000200003>.

No documento Download/Open (páginas 153-167)