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é o tal desassossego que se instala que eu acho que é fundamental, a gente instalar algum

Capítulo

A: é o tal desassossego que se instala que eu acho que é fundamental, a gente instalar algum

desassossego

Sessão Mat.Com, 4 de Fevereiro de 2009

Foi a primeira vez que se declararam tão abertamente tocadas pelo projecto, mostrando que ele permitiu que reestruturassem o seu pensamento acerca da avaliação, segundo elas proporcionando-lhes maior predisposição para inovarem as suas práticas avaliativas. Estavam quase lá!

Nesta sessão não chegámos a pensar na grelha de observação do professor (que apresento na Figura 5), mas na semana seguinte, embora não estivesse no plano do projecto, falámos sobre ela e resolvi escrever nas minhas notas sobre isso:

Vimos novamente a ficha de auto-avaliação para o trabalho de grupo. Não se modificou nada, mas fiquei de a enviar a elas para poderem introduzir alguma questão caso achem necessário. Também lhes mostrei a ficha que elaborei para a observação do professor e elas discutiram comigo e vimos a melhor forma de fazer. Fiquei de a enviar por e-mail a todas para poderem dar sugestões.

Diário de Investigação, 11 de Fevereiro de 2009

A grelha de observação foi aplicada por duas de nós numa aula da colega C, por mim e por ela, em que os alunos trabalharam em grupo.

Figura 5

Grelha de registo de observação das tarefas realizadas em grupo (frente)

Escola EB2,3 de Lamaçães

Registo de observação de tarefas realizadas em grupo na aula de Matemática,___ºAno, Turma___ Período___

Elementos do grupo:

Preencher com: 1, 2, 3, 4, 5 ou 6 - número de cada aluno atribuído no grupo; 3 - todos; ¯- nenhum

Datas/ tarefas

Itens a observar Não Sim Às vezes Não Sim Às vezes Não Sim Às vezes

Os alunos mostram estar concentrados e envolvidos na tarefa? Os alunos distraem-se com outros assuntos?

Os alunos participam todos na resolução da tarefa?

Os alunos mostram compreender as questões colocadas na tarefa? Os alunos colaboram na resolução da tarefa?

Os alunos debatem em conjunto as questões colocadas com a tarefa? Os alunos procuram resolver as em conjunto as dificuldades encontradas? Os alunos procuram a ajuda da professora para esclarecer dúvidas? Os alunos ouvem atentamente a opinião dos colegas?

Os alunos estabelecem um bom ambiente de trabalho? Os alunos intervêm de forma organizada?

Os alunos procuram informação necessária para resolver a tarefa (no caderno diário, no manual, consultando outros livros ou a internet)?

Os alunos conseguem resolver a tarefa no tempo previsto?

Os alunos resolvem conjuntamente conflitos, quando estes emergem?

1.________________________ .3.________________________ 5.________________________ 2.________________________ .4.________________________ 6.________________________

Figura 5 (cont.)

Grelha de registo de observação das tarefas realizadas em grupo (verso)

A ponte

No início da sessão de 11 de Março distribui o guião que se segue, que incluía uma síntese de todo o percurso que fizemos de construção da experiência conjunta, para todas termos uma visão mais real sobre o trabalho desenvolvido.

Quadro 33

Guião da 15ª sessão de trabalho do Mat.Com 11 de Março de 2009

Debate e reflexão sobre o desenvolvimento da experiência de avaliação formativa planeada em conjunto. Após a reunião de 28 de Janeiro em que debatemos a construção desta experiência conjunta e se elaborou a grelha de registo de observação para o professor, a qual complementará a auto-avaliação do aluno, procedeu-se à aplicação em situação de aula com o objectivo de verificar na prática como é que elas funcionam.

Proponho o relato desta aplicação prática pelas envolvidas e o debate em torno dessa experiência, não esquecendo de apontar:

- a percepção sobre as fragilidades/pontos fortes da grelha de registo de observação do professor - o mesmo para a grelha de registo de auto-avaliação do aluno

- sugestões de reformulação nas grelhas caso seja considerado pertinente pelo grupo - sugestões de formas de exploração destes instrumentos da avaliação formativa

14 de janeiro

O grupo decidiu que seria interessante e útil preparar a experiência de avaliação formativa nas tarefas de aula de resolução de problemas que são realizadas ou individualmente ou em pequenos grupos. Acordou- se que seria importante elaborar uma ficha de auto-avaliação para os alunos a complementar com uma grelha de observação do desempenho dos alunos para o professor.

Eis o ponto de partida para o desafio:

apresenta-se uma proposta de grelha de auto-avaliação para os alunos com o propósito de facilitar a construção conjunta da experiência.

Mesmo assim, importa não esquecer e debater sobre: - que competências a avaliar?

- qual o significado dessa avaliação para o aluno e para o professor? - como pode ser feita essa avaliação?

- quando deve ser feita essa avaliação? - como será utilizada essa avaliação?

21 de janeiro

Ainda na reunião anterior, o grupo decidiu partir para a construção da ficha de auto-avaliação dos alunos, com a sua participação e preparou o processo de negociação. A aplicação foi feita com os alunos da colega C, que responderam a um questionário. É nosso trabalho fazer o tratamento da informação assim recolhida. A construção da ficha decorrente desta tarefa será proposta novamente aqueles alunos para nova apreciação e possível reformulação.

Podemos ainda pensar na grelha de observação do desempenho dos alunos para o professor, e ter em mente de novo:

….

28 de janeiro

Como a reunião anterior foi muito curta, acabamos por não adiantar muito à construção da experiência. Além disso, a aula da colega C tinha sido nesse dia e a informação recolhida com o questionário aos alunos ainda não estava tratada.

Por isso hoje proponho o debate em torno das respostas dos alunos, da construção da ficha de auto- avaliação e ainda da ficha de registo da observação do desempenho dos alunos pelo professor.

Dias antes desta sessão, combinei com a colega C a minha ida à aula em que fomos observar os seus alunos e escrevi nas minhas notas:

Conversei com a C sobre a tarefa a aplicar na aula de quarta para depois podermos aplicar as grelhas. Ela disponibilizou-se para que eu fosse à aula dela e as duas faremos observação para testarmos as grelhas. É bom sentir que há abertura para isso, e sei que essa atitude decorre da nossa relação já prolongada nestas andanças. Eu tentei encontrar uma actividade para a aula sobre monómios e polinómios mas não consegui encontrar nada do tipo das tarefas investigativas. A C ficou de procurar uma, pois as que eu encontrei são muito fechadas.

Diário de Investigação, 9 de Março de 2009

No próprio dia, escrevi ainda:

De manhã, encontrámo-nos e falámos um pouco na forma de gerir a nossa observação. Ficou mais ou menos combinado que iríamos observar cada uma o nosso grupo de alunos, sem no entanto discutirmos a estratégia de observação.

A observação

A turma do 8ºano é um pouco barulhenta, mas acolheram as indicações da C e formaram grupos. Quando peguei na folha para observar, a C indicou-me o nome dos alunos de um grupo que ela considera melhor e a minha tentação foi preencher logo. Não conhecia a tarefa e não consegui esclarecer os alunos nesse sentido, mas respondi-lhes devolvendo-lhes as perguntas e tentando que eles reflectissem.

Diário de Investigação, 11 de Março de 2009

Na primeira parte desta sessão, eu e a colega C fizemos o relato da nossa visão da observação e da forma como utilizámos a grelha. Tomei a palavra e contei o que senti. Depois do primeiro impasse, em que não sabia como preencher a grelha, encontrei uma estratégia que me resolveu o problema: registei no verso da folha, num espaço aberto para observações, o que estava realmente a observar. A minha colega também sentiu o mesmo problema:

Olga: eu já me tinha esquecido de como era a grelha, eu virei a grelha ao contrário e vi observações, pois é! eu vou começar a descrever o que é que eles estão a fazer. Então em vez de

me estar a concentrar nas questões que estão aqui, não é