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Dimensão Difusão e Transferência Tecnológica

3.5. Exemplos de transferência de tecnologia

3.5.1. Tecnologias de base física

Para potencializar ações de transferência de tecnologias de base física, a Embrapa procura ampliar parcerias público-privadas.

O Quadro 3.17 relaciona algumas das principais parcerias institucionais mantidas pela Embrapa.

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Quadro 3.17 - Principais parceiros institucionais da Embrapa

Empresa Características da Parceria

Monsanto do Brasil

Acordo de cooperação para pesquisa e desenvolvimento genético e teste de novas variedades de soja Intacta RR2 PRO com tolerância ao glifosato e resistência a insetos

Cooperação para o melhoramento genético não comercial de

linhagem de algodão contendo o evento mon 88913 ou combinação de eventos mon 88913 e mon 15985 por meio do uso de

germoplasma da Embrapa e da tecnologia Monsanto

Basf

Cooperação técnica em pesquisa agropecuária para definir, planejar, coordenar e executar estudos, levantamentos, pesquisas, planos e programas destinados ao aprofundamento do conhecimento técnico- científico e para geração de tecnologias; validação e

desenvolvimento de tecnologias (produtos e processos) de interesse comum; atividades de transferência de tecnologias e ações de desenvolvimento social sustentável

Basf e Abrasem (Associação Brasileira de Sementes e

Mudas)

Externar o propósito de conjugação de esforços para o fortalecimento da cadeia produtiva de sementes

Basf e Tropical Melhoramento em Genética

Contrato de direitos de autor/licenciamento para licença de direitos de propriedade intelectual da tecnologia Cultivance para a Tropical Melhoramento em Genética, para continuidade de desenvolvimento de cultivares de soja Cultivance, bem como a venda ou distribuição de sementes do obtentor sob esta marca registrada

Abrange (Associação Brasileira dos Produtores de Grãos não GM)

Cooperação técnica para definir, planejar, coordenar e executar estudos, levantamentos, planos, programas e atividades destinados ao desenvolvimento do mercado de cultivares de soja não

geneticamente modificada, com recomendação de uso para o estado do Mato Grosso

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Quadro 3.17 - Principais parceiros institucionais da Embrapa (continuação)

Empresa Características da Parceria

Agrisinos do Brasil Fertilizantes

Biológicos

Cooperação técnica para desenvolvimento, adaptação e divulgação de modelos técnicos, expertise e know-how que contribuam para o desenvolvimento de uma agricultura sustentável e competitiva, de escala industrial e de alto desempenho, por meio da utilização de produtos e tecnologias da Agrinos do Brasil e de suas empresas coligadas

Du Pont (E.I. Du Pont de Nemours

e Cia.)

Acordo de confidencialidade internacional para determinar possíveis colaborações futuras, o que poderá requerer às partes divulgar, uma para a outra, informações que possuem relacionadas a

melhoramento genético de cana-de-açúcar, incluindo soluções

genéticas e químicas para a proteção da cultura e seu melhoramento

Syngenta Seeds

Remessa de amostra de componente do patrimônio genético para fins de pesquisa científica sem potencial econômico à Embrapa, que deverá ser utilizado nos projetos estudos de resistência de cultivares aos patógenos e experimentos laboratoriais

Fonte: Contini e Andrade (2013, p. 583).

Parcerias com o setor sementeiro é uma das estratégias para Embrapa potencializar suas ações de transferência de tecnologias. Como exemplo, pode-se citar a parceria com a Unimilho (União dos Produtores de Sementes de Milho), em 1989, que estabelecia uma franquia para uso da genética BR, de milho híbrido da Embrapa. Outro exemplo é a parceria em soja com a Fundação Mato Grosso (composta por produtores de soja deste estado), estabelecida em 1993. Essa última parceria se expandiu para algodão posteriormente, conforme relatam Contini e Andrade (2013). Esta estratégia da Embrapa com parceiros privados tem sido objeto de análise de trabalhos de Fuck e Bonacelli (2006, 2007, 2009a, 2009b).

Todavia, como apontam Fuck e Bonacelli (2009a), as parcerias da Embrapa com instituições de maior porte, como era o caso da Unimilho e da Fundação Mato Grosso, ficavam comprometidas pelo fato da Embrapa não admitir a co-titularidade dos materiais desenvolvidos com os parceiros privados. Em decorrência disso, foi rompida a parceria

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com a Fundação Mato Grosso que não aceitou a regulação da Embrapa quanto à titularidade e divisão dos royalties.

Quanto ao segmento de milho, com a desestruturação da Unimilho, outras articulações semelhantes foram propostas, com a expansão do modelo de parcerias com associações de empresas e produtores de sementes (conforme mostra o Quadro 3.18).

Estas parcerias preveem tanto a participação do setor privado no custeio parcial das fases finais de programas de melhoramento, como também a ampliação da rede de testes de validação das cultivares e multiplicam a capacidade de transferência de tecnologia da Embrapa, por meio de suas redes de comercialização das empresas produtoras de sementes, como esclarecem Contini e Andrade (2013).

Quadro 3.18 - Parcerias público-privadas da Embrapa com o setor sementeiro para

desenvolvimento de cultivares (situação em fev. 2013) Parceria Produto Cultivares licenciadas

Início Principais regiões de atuação Fundação Bahia

Algodão

3 2001 Bahia, Piauí e Tocantins

Fundação Goiás 2001 Goiás e Mato Grosso

Unipasto

Bran- quiária

2 2002 Centro Oeste, Sudeste e Norte Guandu 1 2002 Centro Oestes,

Sudeste e Norte Sulpasto Aveia 1 2009 Sul Capim Sudão 1 2009 Sul Fundação Triângulo

Milho 6 2008 Centro Oeste,

Sudeste e Nordeste

Sorgo 4 2008 Bahia, Piauí e

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Quadro 3.18 - Parcerias público-privadas da Embrapa com o setor sementeiro para

desenvolvimento de cultivares (situação em fev. 2013) (continuação) Parceria Produto Cultivares

licenciadas

Início Principais regiões de atuação Fundação Meridional

Soja

23 1999 SC, PR, SP e MS

Fundação Triângulo 13 2000 Centro-Oeste e

Sudeste Centro Tecnológico para

Pesquisas Agropecuárias

30 1997 GO, TO, BA e MA

Fundação Cerrados 19 1998 Centro Oeste,

Sudeste e MA

Fundação Bahia 18 2001 BA, PI e Tocantins

Fundação de Apoio à Pesquisa do Corredor de Exportação Norte

12 1997 Nordeste e Centro Oeste

Fundação Meridional Trigo 6 1999 SC, PR, SP e MS Triticale 1 1999 SC, PR, SP e MS Fonte: Contini e Andrade (2013, p. 585).

A Embrapa mantém a Página de Negócios de Cultivares (Figura 3.13).

Figura 3.13 - Página inicial do site Negócios de Cultivares

No site, são fornecidas as seguintes informações ao cliente interessado em adquirir tecnologias com a marca Embrapa: descrição do produto, foto, pontos de comercialização e download com informações detalhadas.

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Na sequência, é detalhada a operacionalização de três parcerias público-privadas para exemplificar o trajeto percorrido desde o desenvolvimento até a transferência da tecnologia (Quadro 3.19).

Quadro 3.19 - Parcerias público-privadas com estratégias variadas

Parcerias Estratégia Instrumentos

Embrapa e Monsanto

cooperação técnica

Contrato de licenciamento para uso comercial da tecnologia Embrapa e Produtores de Semente licenciamento de linhagens

Processo de oferta de parentais de híbridos de milho e de informação técnica associada

Embrapa e

empresa incubada

incubação de empresa

Norma do Proeta – processo de incubação de empresas da Embrapa

Fonte: elaboração própria.

O primeiro exemplo de parceria estabelecida para pesquisa, geração e transferência de tecnologia agrícola é a mantida com a Monsanto (Box 3.1).

Box 3.1 - Parceria público-privada Embrapa e Monsanto

A Embrapa tem parceria de cooperação técnica com a Monsanto desde 1997. No âmbito da parceria, foram desenvolvidas cultivares de soja transgênica usando germoplasma da Embrapa e a tecnologia Roundup Ready®, da Monsanto, resistente a herbicida à base de glifosato.

Com base na Lei de Proteção de Cultivares (LPC) brasileira, todas as cultivares transgênicas obtidas pela Embrapa são protegidas em nome exclusivo da Embrapa. A tecnologia Roundup Ready® da Monsanto, representada pela construção gênica, está protegida em seu nome no Brasil, com fundamento na Lei de Propriedade Industrial. Disso decorre que todo o germoplasma e as cultivares (inclusive as transgênicas) são de propriedade exclusiva da Embrapa. A Monsanto apenas licencia sua tecnologia para a Embrapa.

Agentes que participam desta estratégia de licenciamento de cultivares são: a) Embrapa: licencia diversas empresas produtoras de semente.

b) Empresas produtoras de sementes licenciadas: recebem da Embrapa o material vegetal avançado para que, sob supervisão desta, efetuem os testes de valor de

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cultivo e uso, necessários para registrar a semente comercial; ajudam a desenvolver e a multiplicar cultivares e sementes de soja; assinam com a Monsanto contrato de licenciamento para uso comercial da tecnologia Monsanto e pagam taxa tecnológica; pagam royalties à Embrapa pelo uso da cultivar protegida em seu nome; multiplicam semente básica a ser vendida aos agricultores;

c) Monsanto: recebe das empresas produtoras de sementes uma taxa tecnológica pelo uso de sua tecnologia protegida com amparo na Lei de Propriedade Industrial brasileira;

d) agricultores: compram sementes das empresas produtoras de sementes; podem guardar grãos para uso próprio em novos plantios, conforme LPC.

Fonte: Embrapa (2004a).

Dentre as razões para a Embrapa utilizar esta estratégia para transferência de tecnologia destacam-se cinco. A primeira é a necessidade da Embrapa buscar parcerias com empresas transnacionais que detenham tecnologia de interesse do país, para desenvolvimento de alternativas tecnológicas para o agricultor brasileiro, no entanto desde que seja garantido o controle do material genético. A segunda refere-se à participação de empresas produtoras de sementes. A Embrapa entende que essa participação confere maior capilaridade as suas ações fazendo com que a cultivar de soja transgênica esteja disponível para o agricultor em diversos pontos do país, o que seria oneroso manter uma infraestrutura própria.

A terceira diz respeito à estratégia de proteção. A proteção exclusiva garante à Embrapa autonomia para decidir o quê e onde produzir, quanto produzir e quem deverá produzir. Isso garante também à empresa zelar pelo germoplasma, que é um patrimônio estratégico da sociedade brasileira. Esse germoplasma é um instrumento fundamental de negociação, pois sob domínio de uma instituição pública, permite dar suporte e fortalecer a indústria nacional de sementes, contribuindo para sua maior competitividade. A quarta razão é que a parceria firmada entre Embrapa e Monsanto não impede que a primeira mantenha programa de melhoramento da soja convencional e acordos de pesquisa com outras empresas de biotecnologia visando criar alternativas para os produtores. A quinta razão é o respaldo conferido pela Lei de Proteção de Cultivares que assegura ao agricultor guardar sementes para uso próprio em novos plantios.

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Outro exemplo de parceria público-privada é com os produtores de semente (Box 3.2).

Box 3.2 - Parceria público-privada Embrapa e Produtores de Semente

A Embrapa disponibiliza por oferta pública aos produtores de sementes de milho – que podem ser pessoas físicas ou jurídicas – parentais de híbridos de milho e as informações técnicas associadas, geradas pela sua unidade de pesquisa denominada Embrapa Milho e Sorgo.

São selecionados produtores de sementes que celebrarão contratos de licenciamento com a Embrapa para a utilização dessas linhagens na obtenção de novos híbridos de milho.

O objetivo da parceria é estabelecer as condições para a transferência, pela Embrapa, de parentais de híbridos de milho, ou seja, de linhagens, para os produtoras de semente efetuarem os cruzamentos com linhagens ou híbridos de sua propriedade e a realização dos testes para avaliação dos cruzamentos resultantes, visando a geração de novos híbridos de milho.

Os novos híbridos são obtidos a partir do cruzamento das linhagens parentais da Embrapa, que serão licenciadas por meio do edital, com linhagens de programas de melhoramento de outras empresas.

Para celebração da parceria, é assinado um Acordo de Transferência de Parentais de Híbridos de Milho e de Informação Técnica Associada. Serão objeto de licenciamento os parentais de híbrido de milho componentes dos híbridos de milho, obtidos em decorrência do referido Acordo.

O Acordo estabelece que a propriedade intelectual (das linhagens e da informação técnica transferida) é de propriedade exclusiva da Embrapa. No entanto, os novos híbridos de milho obtidos a partir do cruzamento das linhagens parentais da Embrapa com as linhagens de programas de melhoramento dos produtores de sementes de milho, e aprovados para comercialização, serão de titularidade exclusiva destes produtores. O novo híbrido de milho apto para comercialização é objeto de Contrato de Licenciamento das linhagens, firmado entre a Embrapa e os produtores, por 10 anos.

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A estratégia para transferência de tecnologia utilizada pela Embrapa para obtenção de novos híbridos a partir do cruzamento de suas linhagens parentais com as linhagens de programas de melhoramento de outras empresas é uma forma da Embrapa repassar à sociedade brasileira componente chave do programa de melhoramento de milho – a linhagem –, numa forma de associação público-privada.

No segmento de milho no Brasil, historicamente a iniciativa privada tem grande participação no mercado. A Embrapa desenvolve parcerias com empresas produtoras de sementes de milho, de pequeno e médio porte, para que elas possam permanecer competitivas no mercado dominado por transnacionais e como forma de continuar ofertando e difundindo sementes desenvolvidas por ela. A parceria também tem por objetivo ganhar escala na produção comercial da semente de milho o que é possível com a participação das empresas produtoras de semente.

Como mencionado no início do capítulo, a incubação também é utilizada pela Embrapa para fomentar a criação de novas empresas de base tecnológica interessadas na comercialização de tecnologias por ela geradas. O Box 3.3 relata um caso desta natureza.

Box 3.3 - Parceria público-privada Embrapa e empresa incubada

O Programa de Apoio ao Desenvolvimento de Novas Empresas de Base Tecnológica e à Transferência de Tecnologia (Proeta), criado em 2001, visa à promoção do agronegócio, mediante a transferência de tecnologias por meio da incubação de empresas.

Um exemplo de empresa incubada na Embrapa é o da Sabor Tropical28, graduada do Proeta. Em 2012, a Embrapa Agroindústria Tropical, uma das unidades de pesquisa da Embrapa, e suas parceiras29, depositaram, no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), um pedido de patente referente à tecnologia para concentração de extrato com elevado teor de carotenoides (corante), a partir do resíduo do pedúnculo do caju.

O pedido de patente é resultado de um trabalho de pesquisa entre os parceiros que têm como objetivo a obtenção de produtos de alto valor agregado, utilizando como

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http://hotsites.sct.embrapa.br/proeta/noticias/incubacao/graduadas/embrapa-agroindustria-tropical/sabor-tropical

29 As parcerias são com o Centro de Cooperação Internacional em Pesquisa para o Desenvolvimento Agronômico – CIRAD, da França, e o Centro Internacional de Estudos Superiores em Ciências Agronômicas (Montpellier Supagro).

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matéria prima o resíduo da produção industrial do suco de caju. O objetivo é potencializar o uso do resíduo (bagaço) descartado após seu processamento na indústria de sucos. O processo viabiliza a obtenção de um extrato concentrado e purificado de carotenoides, que é um produto de alto valor agregado para a indústria alimentícia, resultando em um corante natural usando o caju. O bagaço de caju – resíduo da indústria de suco – tinha com destino final o descarte. Com a tecnologia corante natural este bagaço é reaproveitado viabilizando o aproveitamento integral a matéria-prima. O bagaço do caju pode ser usado para a produção de corante natural graças a sua alta concentração de carotenoides (pigmentos naturais) que variam entre as cores vermelha, laranja e amarela.

Fonte: Embrapa (2012b).

Mendes e Buainain (2013) esclarecem que a Embrapa utiliza a incubação de empresa como uma das estratégias para a transferência de tecnologia por alguns motivos: a) possibilitar o desenvolvimento da pesquisa, desde o seu início, em parceria com a empresa privada, neste exemplo com a empresa Sabor Tropical que participou do processo de desenvolvimento da tecnologia; b) realizar testes e avaliações da tecnologia em escala maior que a laboratorial, comprovando a viabilidade da tecnologia para o mercado; c) licenciar a tecnologia para empresa privada responsável pela produção e inserção da tecnologia no mercado.

Considerando o marco teórico do capítulo 2, pode-se inferir na parceria entre a Embrapa e a Monsanto que ocorre um intercâmbio de conhecimentos para a geração de uma nova cultivar. Foi celebrado um contrato de pesquisa, com o objeto de avaliação de eficiência do gene e da construção gênica da soja resistente ao herbicida à base de glifosato. As cultivares de soja transgênicas resultantes da pesquisa, usando germoplasma da Embrapa e contendo a tecnologia Roundup Ready®, da Monsanto, foram objeto de um licenciamento da tecnologia Monsanto para a Embrapa.

Com a empresa incubada a tecnologia foi gerada conjuntamente entre as partes. O objetivo é ganhar escala com a comercialização da tecnologia realizada pela empresa incubada. Nesta parceria, ocorre o intercâmbio de conhecimentos a partir da ideia inicial até a criação final do produto. A utilização de incubação de empresa possibilita o desenvolvimento da pesquisa, desde o seu princípio, juntamente com a empresa privada,

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bem como a realização de testes e avaliações da tecnologia em escala maior que a laboratorial. Também viabiliza o licenciamento da tecnologia para empresa privada responsável pela produção e inserção da tecnologia no mercado.

Na parceria com as empresas produtoras de semente de milho há uma transferência de tecnologia por meio da concessão de uma licença à empresa parceira, para multiplicação e comercialização de sementes da nova cultivar. A articulação entre a Embrapa e as empresas sementeiras envolve intercâmbio de informações técnicas associadas às linhagens de híbridos de milho. Este mecanismo de transferência de tecnologia é uma forma do instituto de PD&I permitir que suas linhagens de milho híbrido possam ser combinadas com outros híbridos das empresas produtoras de sementes. Como resultado, espera-se que ocorram ganhos de escala para a produção comercial destas sementes por meio das empresas sementeiras (ou produtoras de sementes).

O relato das três parcerias evidencia a relevância da interação entre múltiplos agentes, públicos e privados, tal como preconiza o sistema de inovação – apresentado no capítulo 2 –, de forma a fortalecer e fomentar a adoção de resultados da pesquisa e sua efetiva incorporação ao ambiente produtivo agrícola.