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6.5. TESTE DE USABILIDADE

Os testes de usabilidade têm como objetivo verificar a facilidade com que o utilizador usa uma interface, descobrir possíveis problemas existentes e pontos que devam ser melhorados (Caelum 2004).

Antes de serem realizados os testes, foi necessário definir, compreender e planear todos os passos deste estudo com objetivo de obter os melhores resultados possíveis. Para tal deu-se início à elaboração de um plano que seguisse os seguintes pontos: quais seriam as características dos indivíduos a participar neste teste; como seria apresentado o teste aos indivíduos; qual a estrutura que o teste iria ter; quais as características a avaliar e por fim a recolha de dados dos respetivos resultados. Assim, com todos estes pontos foi possível compreender quais as dificuldades e espectativas que o indivíduo tinha acerca deste projeto e, consequentemente avaliar se este correspondia a essas mesmas espectativas.

Segundo Jakob Nielsen, “To identify a design's most important usability problems, testing 5 users is typically enough” 56 (2012), e segundo o estudo deste autor, que comprova que com apenas 5 utilizadores, já se conseguem identificar 85% dos erros de um projeto (Nielsen 2000). No entanto, ainda nos iram restar 15% dos erros. Como tal, este autor considera que com a realização de mais 5 testes, iremos obter praticamente os restantes 15% de problemas de usabilidade.

Tendo como base estes dados, foram contactados 11 indivíduos para a realização deste teste. Para a escolha dos indivíduos pretendeu-se que todos eles tivessem como característica, a frequência no ensino superior ou ser trabalhador, mas que tenha frequentado o ensino superior há pouco tempo.

Para o decorrer deste teste, foram elaboradas tarefas que o utilizador tinha que seguir ao longo do teste, enquanto ia respondendo a questões referentes a essas mesmas ações. No início do teste, foram apresentados aos indivíduos quais os objetivos desse mesmo teste, demonstrada a importância das suas respostas para o sucesso da concretização deste serviço e foi informado que todos os dados recolhidos seriam utilizados de forma anónima,.

O teste foi iniciado por três perguntas, referentes às características dos indivíduos. Ao analisar os dados, podemos concluir que as idades dos participantes variaram entre os 19 e os 30 anos, onde quatro destes eram estudantes, cinco eram trabalhadores estudantes e dois trabalhadores. Como última pergunta referente ás suas características, procurou-se saber quais as suas áreas de estudo. Aqui obtivémos respostas variáveis, em que um dos nossos objetivos seria ter acesso a uma visão diversificada, a partir de utilizadores de diferentes áreas de estudo. Assim obtivemos indivíduos das áreas de Design, Educação, Animação Sociocultural, Secretariado

e Contabilidade e Finanças.

Posteriormente a estas perguntas, foi apresentado ao utilizador um breve paragrafo acerca do serviço desenvolvido e foi-lhe solicitado, aceder a um link que lhe daria acesso ao protótipo da interface do serviço 'Selectfly'.

56T.L.Para identificar os

problemas mais importantes de usabilidade de um projeto, geralmente são necessários apenas 5 utilizadores.

Dando início ao teste propriamente dito, foram pedidas diversas tarefas ao utilizador, e efetuadas perguntas. Relativamente à facilidade em encontrar o local onde se efetua o registo no serviço, entre 1 (muito difícil) e 5 (encontrei facilmente), dando a média de respostas sido a de uma avaliação positiva de 4,5. Ao efetuar o registo, a interface direciona o utilizador para a sua página de perfil, onde se encontram as suas áreas de favoritos e pesquisas guardadas.

Aqui é questionado ao utilizador se gosta ou não desta possibilidade de poder guardar e voltar a aceder a estes dados para uma consulta posterior. A resposta a esta questão foi unanimemente positiva, tanto para o facto de poderem guardar e aceder a estes dados como, todos os utilizadores referiram que gostaram da organização destas mesmas opções.

“Acho que é interessante e útil. É sempre bom ter essa espécie de "reservatório" para poder consultar assim que for pertinente.” “Acredito que enriquece a experiência do utilizador.”

Foi solicitada, posteriormente, a opinião dos utilizadores acerca das opções de pesquisa 'filtrar conhecimento'. Maioritariamente os indivíduos consideraram vantajosas e pertinentes as opções apresentadas. “Novamente o essencial está lá! São opções de pesquisa que certamente levarão a uma pesquisa mais profunda sobre qualquer tema num menor espaço de tempo possível.” (Anónimo, 2019). No entanto, quando foi pedido ao utilizador que mudasse a área de pesquisa web, para pesquisa de imagens e outras, três dos indivíduos consideraram difícil o acesso a estas, um consideraram que era pouco

visível ao início e os restantes sete consideraram ser de fácil acesso (gráf. 9). Ainda enquanto os utilizadores percorriam as páginas de pesquisa, foi-lhes solicitado que permaneceram na página do mapa.

Gráfico 9 | Percentagem de facilidade de acesso em mudar de área de pesquisa web para imagens, vídeos, livros e mapa (Autora 2019).

Aqui foi solicitado que acedessem ao menu de pesquisa deste, onde oito indivíduos acederam facilmente, dois consideraram de difícil acesso e um dos utilizadores referiam que “A partir do momento em que se descobre onde está a ferramenta, torna-se fácil” (gráf. 10).

Depois de abrir o menu de pesquisa, pretendeu-se saber qual a opinião dos utilizadores ácerca da possibilidade de pesquisar neste mapa, através de categorias e tipos de documentos. Muitos dos utilizadores consideraram uma mais valia e que “Considero que enriquece a experiência do utilizador.” (Anónimo 2019). Como última tarefa neste teste, foi solicitado ao indivíduo acederam às páginas de 'Páginas mais guardadas' e 'Autores mais pesquisados'. Depois de o indivíduo visualizar as páginas, foi-lhe questionado sobre a facilidade de acesso às páginas e qual a importância que estas têm para si. Quanto á facilidade de acesso, nove dos indivíduos consideraram de fácil acesso, um considerou que no início se apresenta pouco intuitivo e apenas um considerou que não foi de fácil acesso (gráf. 11). No entanto quanto á importância destas, entre uma avaliação de 1 (não tem importância) e 5 (Muito importante), os onze utilizadores consideraram em média uma importância de 3,9.

Gráfico 10 | Percentagem de facilidade de acesso ao menu de pesquisa na página de pesquisa mapa (Autora 2019).

Gráfico 11 | Percentagem de facilidade de acesso às páginas, 'Páginas mais guardadas' e 'Autores mais pesquisados' de uma dada área (Autora 2019).

Para dar este teste como terminado, resolveu-se questionar os utilizadores a quem recomendariam este serviço. As respostas que obtivémos foram

unanimemente a estudantes, no entanto foram também referidas recomendações a professores e investigadores.

Como conclusão a este teste, conseguiu-se compreender que os botões inferiores, para mudança de pesquisa ao nível da web, imagens, vídeos, livros e mapa e para o acesso às páginas de 'Páginas mais guardadas' e 'Autores mais pesquisados' de uma dada área, estão num local pouco intuitivo. No entanto conseguimos dar como positivo o impacto que este serviço teve nos utilizadores e a curiosidade por estes em quererem experimentar este serviço futuramente em funcionamento.

Contudo, estes resultados foram retirados de todos os onze testes

elaborados. No entanto, podemos verificar que dos 11 indivíduos, apenas 9 deles seguiram a risca as tarefas e pedidos efetuados no teste.

6.6. SÍNTESE DO CAPÍTULO

É importante referir que todas as decisões tomadas durante o processo de desenvolvimento do projeto, aconteceram depois de um estudo sobre o processo de criação de um serviço online como este, e de diversos questionários. Questionários estes, baseados na experiência pessoal de 65 indivíduos, na realização de pesquisas online e das suas espectativas e motivações para a criação de um serviço com esta dinâmica. Posteriormente à criação do modelo deste serviço, foram realizados testes de usabilidade, com a finalidade de verificar a facilidade com que o utilizador utiliza esta interface e se as espectativas destes indivíduos foram correspondidas com sucesso. As respostas foram unanimemente positivas, onde apenas foram apontados pequenos erros a melhorar posteriormente. Como pontes fortes neste serviço, foi demonstrado o agrado, por parte dos indivíduos, à possibilidade de filtrar conhecimentos por áreas e à procura de documentos próximos de si, mas também, ao nível do design, pela possibilidade de existirem dois temas (fundo) para utilização do serviço e pelo agrado ao nível geral do aspeto visual do serviço, que referem como “plataforma digital está super apelativa” (Anónimo 2019).

Como pontos menos fortes, considerou-se aspetos como, a cor azul utilizada no tema (fundo) escuro, onde esta em alguns casos se poderia tornar pouco visível, e os botões inferiores do serviço, que dão acesso ás páginas de ‘páginas mais guardadas’, ‘autores mais pesquisados’ e menu para alteração de modo de pesquisa (como por exemplo por imagens ou vídeos), que em alguns casos se tornaram pouco intuitivos.

Posto todos estes pontos, consideramos que todo o projeto teve um bom suporte na sua execução ao nível teórico e que ao nível de execução do mesmo, foi projetado com sucesso, dentro do tempo estipulado para o seu efeito. Para uma melhor perceção da interface final, no apêndice 8.4. encontram-se todos os ecrãs elaborados para o serviço.

6.7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Nielsen, J. (2012) “Usability 101: Introduction to Usability”, Human Computer Interaction, User Testing, Web Usability, acedido a 14 de outubro de 2019 (https://www.nngroup.com/articles/ usability-101-introduction-to-usability/)

Nielsen, J. (2000) “Why you only need to test with 5 users”, User Testing, acedido a 08 de Outubro de 2019 (https://www.nngroup. com/articles/why-you-only-need-to-test-with-5-users/)

Caelum (2004) “UX e Usabilidade aplicados em Mobile e Web”, Apostila do Curso WD-41, Brasil, acedido a 14 de outubro de 2019 (https://www.caelum.com.br/apostila-ux-usabilidade-mobile-web/ usabilidade/)

“The finish line is just the