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TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA (TMO)

No documento [RESUMO]HEMATOLOGIA - COMPLETA (páginas 47-49)

MED RESUMOS

TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA (TMO)

O tratamento através do TMO tem uma maior eficácia devido ao paciente apresentar uma resposta completa, ou seja, o portador de anemia aplástica tem uma remissão do quadro de anemia mais efetivo. Entretanto, enquanto que as complicações dos imunossupressores são relativamente leves, a principal complicação da TMO é o óbito. Estima-se que

O procedimento caracteriza-se pela substituição de tecido danificado pelo tecido novo de um doador. Este pode ser o único tratamento de sucesso para pessoas com anemia aplástica grave. O TMO só poderá ser feito para aqueles pacientes que apresentam as seguintes condições:

 < 40 anos de idade  Doador HLA compatível. Tipos de Transplantes.

O transplante de medula óssea pode ser:

Autogenênico: quando a medula ou as células precursoras de medula óssea provêm do próprio indivíduo transplantado (receptor). Por isso, não há indicação para pacientes portadores de anemia aplástica. Esse tipo de transplante também está indicado como medida terapêutica para linfomas, especialmente nos casos resistentes, na qual as doses de quimioterapia seriam altas, ocorrendo assim à lesão da medula do paciente. Com isso, é feita a retirada da medula, realiza-se a quimioterapia e posteriormente reinfunde e medula do paciente.

Alogênico: quando a medula ou as células provêm de outro indivíduo (doador), podendo ter ou não grau de parentesco. Entretanto, sabe-se que a resposta será melhor se o paciente receber de um parente próximo, como por exemplo, o irmão, devido aos menores riscos de rejeição. Esse tipo de transplante é largamente utilizado nos pacientes diagnosticados com leucemia, anemia aplástica.

Transplante singênicos: em que o doador é um irmão gêmeo idêntico. É a modalidade mais rara de transplante devido a pouca frequência de gêmeos idênticos na população.

As chances de sucesso do tratamento com o TMO é tanto maior quanto menor for o número de infusões de concentrado de hemácias e plaquetas. Naqueles pacientes que tiveram menos que 15 transfusões, com um tempo menor que 2 meses entre o diagnóstico e realização da TMO, as taxas de cura são de até 90%. Entretanto, essa realidade vem se modificando devido ao uso correto de imunossupressores prévios, impedindo a progressão da lesão. Formas de coleta.

As células progenitoras hematopoiéticas podem ser coletadas das seguintes formas:

Diretamente na crista ilíaca, através de múltiplas punções e aspirações da medula óssea. Nesses casos é necessária a presença de 2 x 108células, para que haja possibilidade de êxito no transplante. A técnica correta para retirada da medula do doador é feita com o paciente sob anestesia geral, no centro cirúrgico, especialmente por ser um procedimento doloroso e incômodo para o paciente. Após aspiração, a medula do doador é colocada em um recipiente que contém diversas substâncias, como gorduras, anticoagulantes etc. Depois disso será filtrada, para a retirada de fragmentos ósseos, e colocada em uma bolsa de sangue. E por fim o contemplado receberá a medula no seu leito, como se estivesse realizando uma doação de sangue.

Do sangue periférico, através de máquinas de aférese. Nesses casos espera-se coletar 3 a 5 x 106 células para obter sucesso no transplante. Geralmente o doador recebe diversas injeções de fatores estimuladores de granulócitos, que estimula a medula óssea a intensificar a produção de células de forma que as células hematopoiéticas transbordam da medula óssea e tornam-se circulantes. Desta forma, é coletado o sangue do paciente através de uma máquina específica. Depois disso, o líquido é passado em outra máquina para contagem de células específicas.

Do sangue de cordão umbilical: atravƒs desse procedimento s€ ƒ poss†vel obter cerca de 70 a 100 ml de medula €ssea †ntegra para transplante. Por isso, essa fonte est„ reservada somente para crian•as, j„ que n‚o ƒ poss†vel a obten•‚o de um nˆmero de cƒlulas suficientes para os pacientes adultos.

Se for encontrado doado compat†vel, o procedimento come•a por submeter a medula do receptor (paciente) a radia•‚o e ou quimioterapia. Depois, ƒ extra†da a medula saud„vel do doador e injetada via intravenosa na corrente sangu†nea do receptor, onde vai migrar atƒ as cavidades da medula €ssea e, dentro de 3 a 4 semanas, poder„ come•ar a originar novas cƒlulas.

Complicações.

Somente ap€s 3 a 4 semanas, a medula que foi transfundida inicia o processo de produ•‚o de cƒlulas hematopoiƒticas (ou seja, o sangue), sendo este diferente de sua tipagem sangu†nea anterior. Nos transplantes aut€logos, n‚o h„ risco de rejei•‚o, entretanto, aumentam-se os riscos de ocorrŽncia de infec•…es nesse per†odo em que a medula permanece n‚o funcionante. Nessa etapa o paciente ƒ conduzido com administra•‚o de antibi€tico profil„tico, concentrado de hem„cias e plaquetas.

No transplante AlogŽnico, a maior complica•‚o ƒ a rea•‚o do Enxerto x Hospedeiro. Essa rea•‚o ƒ caracterizada pelos leuc€citos produzidos pela nova medula, que reagem contra diversos €rg‚os, tais como f†gado, pele, pulm‚o, rins. Essa rea•‚o pode ocorrer de forma leve ou grave, podendo levar ao €bito.

Indicação Terapêutica em Relação à Idade e Neutropenia.

 Nos pacientes menores que 20 anos de idade, com a forma grave da doen•a, pode-se realizar o TMO, caso tenha um irm‚o HLA compat†vel.

 Entre 20 a 40 anos podemos ter as seguintes condi•…es:  Menor que 200 neutr€filos – transplante de medula

€ssea

 Maior que 200 neutr€filos – tratamento com imunossupress‚o

 Em pacientes com idade superior a 40 anos, independente do nˆmero de neutr€filos h„ indica•‚o absoluta somente para imunossupress‚o. Isso ocorre, pois nesses pacientes o risco dos transplante ƒ grande.

DIAGN•STICO DIFERENCIAL

No documento [RESUMO]HEMATOLOGIA - COMPLETA (páginas 47-49)

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