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Uso de telhados verdes no controle quantitativo do escoamento superfi cial urbano

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Revista Atitude - Faculdade Dom Bosco de Porto Alegre • Ano IV • Número 7 • Janeiro - Junho de 2010

Data do Evento Início da Chuva Total Prec. (mm) chuva (h:mm:seg)Duração totak da

28/05/2008 13h 66,33 34:55:00 07/06/2008 13h55 71,58 55:00:00 20/06/2008 6h 11,87 05:30:00 20/07/2008 5h 21,44 48:00:00 27/07/2008 3h55 139,54 71:50:00 01/08/2008 21h40 38,30 8:00:00 16/08/2008 13h40 72,70 71:40:00 05/09/2008 4h 100,37 33:10:00

Tabela 1 – Características da precipitação para os seis eventos estudados.

Data do Evento Início do escoam. c/ telhado verde Início do escoam. s/ telhado verde

Terraço Telhado Terraço Telhado

28/05/2008 17h40 (4:40:00) 14h40 (1:40:00) 13h10 (00:10:00) 13h10 (00:10:00) 07/06/2008 2h40 (12:45:00) 15h20 (0:25:00) 14:00:00 (00:05:00) 15h (01:05:00) 20/06/2008 S/ escoamento S/ escoamento 6h05 (0:05:00) 6h05 (0:05:00) 20/07/2008 S/ Escoamento 7h35 (2:35:00) 5h10 (0:10:00) 5h10 (0:15:00) 27/07/2008 15h40 (12:05:00) 14h15 (10:40:00) 3h40 (0:05:00) 1h15 (4:50:00) 01/08/2008 1h30 (3:50:00) 0h25 (2:45:00) 21h50 (10min) 23h20 (1:40:00) 16/08/2008 17/08/2008 15h10 (25:30:00) 17/08/2008 15h05 (25:25:00) 14h15 (00:35:00) 14h20 (00:40:00) 05/09/2008 15h20 (11:20:00) 9h45 (5:45:00) 4h00 (0:00:00) 4h05 (0:05:00) Tabela 2 – Horário de início do escoamento superfi cial e tempo para início do escoa-

mento do início da chuva para os 4 módulos experimentais.

Data do Evento Intensidade da chuva para as primeiras 3hs (mm/h) Dias antece- dentes sem chuva

Vol. Escoado (mm) após 3h (c/ cobertura verde)

Vol. Escoado (mm) após 3h (s/cobertura verde)

Terraço Telhado Terraço Telhado

28/05/2008 6,27 14 0 4,53 12,76 13,20 07/06/2008 2,95 4 0 0,58 6,26 3,11 20/06/2008 3,28 5 0 0 7,02 7,12 20/07/2008 1,68 11 0 0,16 3,31 3,90 27/07/2008 0,75 4 0 0 1,36 1,71 01/08/2008 5,84 1 0 0,29 12,07 11,51 16/08/2008 2,78 3 0 0 6,21 6,32 05/09/2008 1,26 11 0 0 3,02 3,13

Tabela 3 – Volumes escoados nos 4 módulos experimentais após 3 horas do início da recipitação.

Data do Evento Intensidade da chuva para as primeiras 12h (mm/h) Dias antece- dentes sem chuva

Vol. Escoado (mm) após 12h (c/cobertura verde)

Vol. Escoado (mm) após 12h (s/cobertura verde)

Terraço Telhado Terraço Telhado

28/05/2008 4,19 14 4,61 27,16 31,52 32,33 07/06/2008 1,35 4 0 10,79 11,36 10,74 20/06/2008 0 (evento já fi nalizado) 5 0 0 8,68 8,62 20/07/2008 0,74 11 0 0,57 6,28 6,79 27/07/2008 2,52 4 0 8,91 19,33 20,26 01/08/2008 0 (evento já fi nalizado) 2 9,84 2,50 26,27 25,74 16/08/2008 0,74 3 0, 0 6,39 6,46 05/09/2008 3,16 11 2,21 16,66 27,34 27,64

Tabela 5 – Volumes escoados nos 4 módulos experimentais após 12 horas do início da precipitação

Data do Evento Intensidade da chuva para as primeiras 6h (mm/h) Dias antece- dentes sem chuva

Vol. Escoado (mm) após 6h (c/ cobertura verde)

Vol. Escoado (mm) após 6h (s/cobertura verde)

Terraço Telhado Terraço Telhado

28/05/2008 7,37 14 3,75 21,09 28,03 28,69 07/06/2008 2,28 4 0, 7,39 10,52 10,69 20/06/2008 0 (evento já fi nalizado) 5 0 0, 8,50 8,56 20/07/2008 0,84 11 0,12 0 3,68 3,89 27/07/2008 0,38 4 0, 0 1,89 1,95 01/08/2008 6,09 1 7,.67 2,04 25,15 24,68 16/08/2008 1,39 3 0, 0, 6,27 6,26 05/09/2008 1,77 11 0 0,14 8,88 8,80

Tabela 4 – Volumes escoados nos 4 módulos experimentais após 6 horas do início da precipitação.

Os resultados preliminares do módulo terraço com cobertura vegetal mostram que, para os oito eventos estudados não houve escoamento superfi cial nas primeiras três horas após o início da chuva. Já para o módulo telhado com cobertura vegetal, houve escoamento superfi cial nas primeiras três horas após o início da chuva somente para quatro eventos, sendo os volumes escoados bem menores em comparação com um telhado sem cobertura vegetal.

Após seis horas do início da chuva ocorreu escoamento superfi cial no terraço

com cobertura vegetal somente para três eventos. Já para o telhado, houve escoamento superfi cial para quatro eventos após seis horas do início da chuva.

Após 12 horas do início da chuva, o terraço com cobertura vegetal continua retendo todo o escoamento superfi cial em 63% dos eventos analisados. Já o telhado retém a totalidade do escoamento em 25% dos eventos. Os volumes escoados no módulo telhado com cobertura vegetal são ligeiramente maiores do que no terraço com cobertura vegetal em 63% dos eventos que

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Revista Atitude - Faculdade Dom Bosco de Porto Alegre • Ano IV • Número 7 • Janeiro - Junho de 2010 geram escoamento após 12hs do início da

chuva.

Os resultados preliminares mostram que, para os eventos estudados, os telhados e terraços com cobertura vegetal têm uma redução no escoamento superfi cial de até 50 e 100% respectivamente nas primeiras três horas após o início da chuva. Já seis horas após o início da chuva, a redução no escoamento superfi cial diminui, com uma taxa de 63% a 100% no terraço e de 50 a 100% no telhado, dependo

do evento de chuva.

Após 12 horas após o início da chuva, houve redução da capacidade de retenção do escoamento, para o telhado e terraço. Mesmo assim, a cobertura

verde retém a totalidade do escoamento superfi cial em 25% dos eventos analisados no telhado e em 63% no terraço.

Para os oitos eventos analisados, os dias antecedentes sem chuva parecem não contribuir pra a diminuição dos volumes escoados. Os eventos que possuem os maiores números de dias antecedentes sem chuva não correspondem aos menores volumes de escoamento superfi cial.

Nas primeiras três horas do início da chuva, a intensidade média parece não ter infl uencia nos volumes escoados superfi cial- mente. É importante considerar que para os eventos analisados a intensidade média de chuva (3h do início da chuva) foi menor do que 7 mm/h. A infl uência da intensidade mé- dia da chuva passa a ser percebida a partir das 12h do início da chuva, quando as maio- res intensidades correspondem aos maiores volumes acumulados.

Conclusões

Os dados indicam que terraços e telhados com cobertura vegetal fazem um controle adequado do volume de escoamento superfi cial, mesmo passando 12 horas do início da chuva.

Os resultados sugerem um melhor desempenho hidrológico dos terraços em relação aos telhados na maioria dos eventos estudados. Isso indica que a inclinação do telhado pode ter infl uência nos volumes escoados.

Os dados preliminares indicam que o uso

de coberturas vegetais pode proporcionar uma melhor distribuição do escoamento superfi cial ao longo do tempo através da diminuição da velocidade de liberação do excesso de água retido nos poros do substrato. Além disso, os dados demonstram uma redução no volume de água escoado, já que o telhado verde é composto por plantas que têm a capacidade de reter água.

Para os oito eventos analisados, a intensidade da chuva parece ter maior infl uência nos volumes de escoamento superfi cial se comparados com os dias antecedentes sem chuva.

Agradecimentos Ao CNPq que concedeu fi nanciamento da pesquisa, bolsa de doutorado à primeira autora (Andréa Souza Castro) e bolsa de produtividade em pesquisa para o segundo autor (Joel Avruch Goldenfum). Daiane M. Lino contribuiu para o trabalho e recebeu bolsa de iniciação científi ca da FAPERGS.

Referências

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SIMMONS, Mark T.; GARDINER, Brian; WINDHAGER, Steve; TINSLEY, Jeannine (2008). Green roofs are not created equal: the hydrologic and thermal performance of six different extensive green roofs and refl ective and non-refl ective roofs in a sub- tropical climate. Urban Ecosystems. v.11, p. 339–348.

Os dados demonstram uma redução no volume de água escoado, já que o telhado verde é composto por plantas que têm a capacidade de reter água.

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VAN WOERT, N. D.; ROWE, D. B.; ANDRESEN, J. A.; RUGH, C. L.; FERNANDEZ, R. T.; XIAO, L. 2005. Green Roof Stormwater Retention: Effects of Roof Surface, Slope, and Media Depth. Journal of Environmental Quality. v. 34, p. 1036-1044.

Tratamento de chorume de aterro empregando

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