• Nenhum resultado encontrado

Valores de referência na população geriátrica: estudos populacionais recentes

No documento Bioquímica clínica em geriatria (páginas 133-152)

3 – PROCESSO BIOLÓGICO DE ENVELHECIMENTO

5 – BIOQUÍMICA CLÍNICA EM GERIATRIA

5.5 Valores de referência na população geriátrica: estudos populacionais recentes

A importância de construir um intervalo de referência robusto e confiável, para os parâmetros laboratoriais, tem ganho atenção mais recentemente (Siest & Henny, 2013). Em 2005, a IFCC, criou um grupo de trabalho para estabelecer os valores de referência em bioquímica clínica e as suas publicações têm liderado a investigação nesta área (Ichihara & Boyd, 2010; Siest & Henny, 2013). A maioria dos recursos na saúde são gastos com os idosos e os valores de referência estabelecidos para a maioria dos parâmetros laboratoriais são escassos. Até agora, são poucos os estudos que tiveram como objetivo definir os valores normais para os analítos mais comuns, com exceção do estudo Canadian Health Measures Survey (Adeli et al., 2015), mas que incluiu menos de 40 parâmetros (Carlsson et al., 2010; Janu et al., 2003; Ryden et al., 2012; Tietz et al., 1992).

Em 2003 foi publicado um estudo Australiano, cujo objetivo foi determinar os valores de referência para parâmetros hematológicos e bioquímicos, em mais de 300 indivíduos com idade igual ou superior a 75 anos, residentes na comunidade. Este estudo mostrou que a maioria dos resultados laboratoriais saía fora do intervalo de referência estabelecido (31 dos 35 parâmetros laboratoriais analisados). Os autores concluíram que são poucos os intervalos de referência, para os testes hematológicos e bioquímicos, que podem ser aplicados diretamente na população idosa não institucionalizada. No entanto, não encontraram correlação com a variável idade, mas sim com condições de doença, incapacidade e toma de fármacos. Assumem que as diferenças intraindividuais podem ter mais validade na população idosa, do que a interpretação dos resultados dentro do contexto dos valores de referência. Os resultados deste estudo sugerem que a idade cronológica, só por si, não deve ser a base para a decisão sobre os testes a realizar, e condicionar a respetiva interpretação dos resultados. Para cada individuo, deve avaliar-se os fármacos que tomam, as comorbilidades e as incapacidades existentes, para se decidir que testes efetuar e como interpretar os resultados (Janu et al., 2003).

Em 2010 foi publicado um estudo Sueco, com 1016 indivíduos caucasianos com 70 anos de idade, tendo sido determinados 27 parâmetros bioquímicos e em que a população selecionada respondeu a um questionário para determinar a sua condição clínica. Aproximadamente 10% da coorte reportou história de doença coronária, 4% de acidente vascular cerebral e 9% diabetes mellitus. Os autores decidiram excluir os indivíduos com história de diabetes mellitus ou os que tinham valores de glicose em jejum alterados. Os indivíduos com doença cardiovascular foram incluídos, porque 70% tomavam medicação cardíaca. Se fossem excluídos, a população restante no

122

estudo seria muito pequena e seria discutível se esse número seria representativo da população idosa no geral. Os resultados mostraram que nos homens, a albumina, apolipoproteína A1 e B, cHDL, cLDL, cálcio, creatinina, ácido úrico e ureia tinham diferenças significativas entre a população total e o subgrupo da população sem doença cardiovascular (Carlsson et al., 2010).

Um estudo espanhol, publicado em 2012, comparou os valores laboratoriais de alguns parâmetros hematológicos e bioquímicos de rotina, numa população de 600 indivíduos não institucionalizados, com idades a partir dos 65 anos, com os valores de referência usados nos jovens adultos. Observaram uma elevada percentagem de idosos com valores laboratoriais fora dos intervalos de referência, na maioria dos parâmetros bioquímicos. A proporção de participantes que desconheciam a possibilidade de sofrer de alguma patologia foi mais elevada nos que não iam a uma consulta médica há mais de 6 meses (Millán-Calenti et al., 2012).

Estes estudos acima referidos incluíram um elevado número de indivíduos, com mais de 65 anos e apresentaram diferenças em relação aos indivíduos adultos jovens. No entanto, alguns estudos efetuados na população idosa, que incluíram indivíduos com mais de 60 anos que não sofriam de nenhuma condição clínica grave, mostraram que os valores de muitos parâmetros bioquímicos de rotina estavam dentro dos valores de referência convencionados para a população de adultos jovens (Boulat et al., 1998; Huber et al., 2006).

Bourdel-Marchasson e colaboradores (2010) apresentaram um trabalho de revisão sobre publicações que reportavam valores de referência para parâmetros bioquímicos efetuados em indivíduos idosos. Alguns parâmetros bioquímicos de rotina mostraram ter um intervalo de referência mais alargado nos indivíduos idosos, do que nos indivíduos adultos jovens, mesmo nos grupos aparentemente saudáveis. A questão que se levanta é se estas alterações, embora ligeiras, poderão estar associadas a processos patológicos ou se fazem parte do processo de envelhecimento saudável. Os autores concluíram que a resposta pode estar em considerar estas alterações como marcadores de vulnerabilidade dos indivíduos a alterações metabólicas ou patologias relacionadas com a idade, não devendo ser negligenciadas (Bourdel- Marchasson et al., 2010).

Iniciou-se recentemente um estudo suíço de coorte prospetivo observacional, que recrutou 1467 indivíduos, considerados saudáveis, com 60 anos ou mais, propondo fazer o follow-up destes indivíduos a cada 3-5 anos, para avaliar a sua qualidade de vida, morbilidade e mortalidade. Foram realizadas medições antropométricas iniciais, revista a história clínica e feita uma colheita de sangue em jejum em condições pré- analíticas ótimas. Foram testados mais de 110 parâmetros laboratoriais. O algoritmo

123

do estudo foi recentemente publicado, em 2017, e segundo os autores representa o estudo de maiores dimensões até agora publicado. O objetivo principal é estabelecer intervalos de referência para parâmetros laboratoriais relacionados com a idade. O objetivo secundário deste estudo é identificar associações entre os diferentes parâmetros, identificar características para diagnosticar situações diferentes, identificar a prevalência de doenças ocultas nos indivíduos considerados saudáveis e identificar fatores prognósticos de ocorrências futuras, incluindo a mortalidade. Os autores têm, como expectativa, que este trabalho possa esclarecer a influência do fator idade, na determinação dos parâmetros laboratoriais. Pretendem, também, no final do estudo, ser capazes de definir a precisão dos intervalos de referência e os limites de decisão, dos parâmetros laboratoriais mais prescritos nos indivíduos idosos. Do ponto de vista metodológico pretende estabelecer o follow-up longitudinal, como um critério relevante para selecionar os indivíduos apropriados a integrar a população de referência. Segundo os autores, este follow-up poderá ser um passo importante na definição teórica e prática do estabelecimento dos intervalos de referência na população idosa (Risch et al., 2017).

6 – CONCLUSÃO

As alterações demográficas têm proporcionado um aumento de pessoas idosas na população geral, em quase todos os países do mundo. As expectativas são de que a longevidade nos seres humanos aumente. As intervenções que possam diminuir a morbilidade na última etapa da vida, com o objetivo de aumentar o número de anos de vida com saúde e com plena capacidade funcional e mental, tornaram-se cada vez mais importantes. O reconhecimento de que grande parte dos custos da saúde e assistência social, nos países economicamente desenvolvidos, está concentrada na última década de vida, direcionou o foco da pesquisa científica sobre o envelhecimento. O envelhecimento saudável e o bem-estar são objetivos a alcançar, nas sociedades modernas. O estudo do envelhecimento saudável engloba: os processos biológicos; a exposição a fatores socioeconómicos e ambientais ao longo da vida que modulam o envelhecimento, o risco de fragilidade, a incapacidade e a doença relacionados com a idade, e o desenvolvimento de intervenções que possam modular o processo de envelhecimento. O envelhecimento saudável depende do equilíbrio entre a perda gradual e natural das diversas capacidades individuais, mentais e físicas e o alcançar dos objetivos a que o indivíduo se propõe. Por estar interligado ao bem-estar, é importante estudar os vários domínios que o caracterizam

124

como a condição física, a cognição, a função fisiológica e músculoesquelética, a função endócrina, imune e sensorial.

É necessário encontrar formas de medir o envelhecimento biológico a nível individual que, conjuntamente com a idade cronológica, possam caracterizar e quantificar funções orgânicas ou fisiológicas importantes, que diminuem de forma rápida ou lenta, durante o processo de envelhecimento humano. Os marcadores bioquímicos poderão, neste contexto, ser úteis como biomarcadores do processo de envelhecimento e ajudar a determinar a idade biológica do indivíduo.

Não há nenhum parâmetro até hoje que constitua um padrão de envelhecimento saudável, com o qual possamos comparar os biomarcadores existentes ou os que ainda estão em investigação. Se for bem estabelecida a relação entre os marcadores bioquímicos e os processos fisiológicos de envelhecimento, aqueles poderão ser parâmetros confiáveis e facilmente mensuráveis do envelhecimento saudável, de forma a avaliar os resultados dos ensaios clínicos e intervenções sociais, concebidos para aumentar a saúde da população.

O foco principal da literatura tem sido a morbilidade e a mortalidade, como fenótipos de envelhecimento. Estão em investigação, mas ainda não estão estabelecidos, marcadores bioquímicos que sejam enquadrados nos fenótipos da síndrome de fragilidade e pré fragilidade. A sua determinação será muito importante na deteção dos indivíduos em risco, permitindo uma intervenção precoce, na população idosa.

Parece ser consensual a importância da determinação dos valores de referência, dos parâmetros bioquímicos e hematológicos. Enquanto a medicina laboratorial utilizar intervalos de referência inapropriados para a população idosa, continuará a haver desperdício de recursos económicos. Por outro lado, o objetivo é limitar ao máximo a intervenção médica, porque procedimentos desnecessários, nesta fase da vida, são passíveis de causar danos, a nível físico e/ou psicológico, e podem ser considerados como não éticos. É de esperar que a utilização de intervalos de referência mais apropriados reduza a frequência de procedimentos médicos potencialmente agressivos, nesta população.

São necessários mais estudos, para encontrar marcadores precoces de doença e estabelecer valores de referência, que permitam diferenciar entre o normal processo de envelhecimento e uma condição patológica. Apesar do número crescente de estudos, os resultados são ainda limitados, difíceis de comparar e muitas vezes contraditórios, tornando difíceis as conclusões sobre as alterações de muitos parâmetros bioquímicos com a idade. São necessários estudos mais alargados e comparáveis entre si, que estabeleçam valores de referência para a população idosa, na bioquímica clínica.

125

Um objetivo a alcançar é estabelecer um score, que permita determinar a idade biológica dos indivíduos, a partir de variáveis mesuráveis, onde os parâmetros bioquímicos poderão ser de suma importância.

126

7 – BIBLIOGRAFIA

Adeli K, Higgins V, Nieuwesteeg M, Raizman JE, ChenY, Suzy L, Wong SL, Blais D. Biochemical Marker Reference Values across Pediatric, Adult, and Geriatric Ages: Establishment of Robust Pediatric and Adult Reference Intervals on the Basis of the Canadian Health Measures Survey. Clinical Chemistry. 2015; 61:1-8.

Alstrom T, Grasbeck R, Lindblad B, Solberg HE, Winkel P, Viinikka L. Establishing reference values from adults: recommendation on procedures for the preparation of individuals, collection of blood, and handling and storage of specimens. Scand J Clin Lab Invest. 1993.; 53: 649-652.

Anesi A, Rondanelli M, Trotti R, Melzi d´Eril GV. Biological variability of myoglobin in healthy elderly and younger subjects. Aging Clin. Exp. Res. 2000; 12: 168-172.

Araujo A B, Wittert G.A. Endocrinology of the Aging Male. Best Pract Res Clin Endocrinol Metab. 2011;25(2): 303–319.

Arseneau E. Biochemical Intervals in Geriatrics: A systematic review and examination of the influence of morbidity on creatinine reference intervals. (Tese de mestrado não publicada). McMaster University; 2014.

Artandi SE. Telomeres, Telomerase, and Human Disease. N Engl J Med. 2006; 355: 1195-1197.

Ascott-Evans BH, Kinvig T. Endocrine Disorders in the Elderly. CME. 2004; 22(11): 623-627.

Atzmon G, Barzilai N, Hollowell JG, Surks MI, Gabriely I. Extreme Longevity Is Associated with Increased Serum Thyrotropin. J Clin Endocrinol Metab. 2009; 94: 1251-1254.

Bartke A. The somatotropic axis and aging: Mechanisms and persistent questions about practical implications. Exp Gerontol. 2009; 44: 372–374.

Baulieua E-E, Thomas G, Legrain S, Lahlou N, Roger N, Debuire B. Dehydroepiandrosterone (DHEA), DHEA sulfate, and aging: Contribution of the DHEAge Study to a sociobiomedical issue. PNAS. 2000; 97(8): 4279-4284.

127

Baynes JW. The Role of AGEs in aging: causation or correlation. Experimental Gerontology. 2001; 36: 1527-1537.

Baylis D, Bartlett DB, Syddall HE, Ntani G, Gale CR, Cooper C, Lord JM, Sayer AA. Immune-endocrine biomarkers as predictors of frailty and mortality: a 10-year longitudinal study in community-dwelling older people. AGE. 2013; 35:963–971.

Berman N, Hostetter TH. Comparing the Cockcroft–Gault and MDRD equations for calculation of GFR and drug doses in the elderly. Nature Clinical Practice. 2007; 3 (12):644-645.

Best tests. Testing for CVD, diabetes and renal diseases in elderly people. [mar 2012]. [cited 2017 fev 5].

Availablefrom http://www.bpac.org.nz/BT/2012/March/03_elderly.aspx

Bolignano D, Mattace-Raso F, Sijbrands EJG, Zoccali C. The aging kidney revisited: A systematic review. Ageing Researsh Reviews. 2014; 14: 65-80.

Borsch-Supan A, Brandt M, Hunkler C, Kneip T, Korbmacher J, Malter F. Data Resource Profile: The Survey of Health, Ageing and Retirement in Europe (SHARE). International Journal of Epidemiology. 2013; 42: 992–1001.

Boulat O, Krieg MA, Janin B, Burckhardt P, Francioli P, Bachmann C. Clinical chemistry variables in normal elderly and healthy ambulatory populations: comparison with reference values. Clinica Chimica Acta. 1998; 272: 127–135.

Bourdel-Marchasson I, Laksir H, Puget E. Interpreting routine biochemistry in those aged over 65 years: A time for change. Maturitas. 2010; 66: 39-45.

Burgers AM, Biermasz NR, Schoones JW, Pereira AM, Renehan AG, Zwahlen M, Egger M, Dekkers OM. Meta-Analysis and Dose-Response Metaregression: Circulating Insulin-Like Growth Factor I (IGF-I) and Mortality. J Clin Endocrinol Metab. 2011; 96 (9): 2912–2920.

Carlsson L, Lind L, Larsson A. Reference Values for 27 Clinical Chemistry Tests in 70- Year-Old Males and Females. Gerontology. 2010; 56:259–265.

128

Cefalu CA. Theories and Mechanisms of Aging. Clin Geriatr Med. 2011; 27: 491-506.

Certo A, Sanchez K, Galvão A, Fernandes H. A síndrome da fragilidade nos idosos: revisão da literatura. Actas de Gerontologia. 2016; 2 (1): 1-11.

CLSI. Defining, Establishing, and Verifying Reference Intervals in the Clinical Laboratory: Approved Guideline. In: C28-A3.[3th] ed. Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI) [October 2008].

Available from shop.clsi.org/site/Sample_pdf/EP28A3C_sample.pdf.

Crane PK, Walker R, Hubbard RA, Li G, Nathan DM, Zheng H. Glucose Levels and Risk of Dementia. The New England Journal of Medicine. 2013; 369: 540-548.

Di Angelantonio E, Gao P, Pennells L, Kaptoge S, Caslake M, Thompson A. Lipid- Related Markers and Cardiovascular Disease Prediction. Journal American Medical Association. 2012; 307(23): 2499- 2506.

Diamond DM, Branch BJ, Fleshner M. The neurosteroid dehydroepiandrosterone sulfate (DHEAS) enhances hippocampal primed burst, but not long-term, potentiation. Neurosci Lett. 1996; 202: 204–208.

Direção-Geral de Saúde (2008) Programa Nacional para a saúde das pessoas idosas: Envelhecimento Saudável. In: Ministério da Saúde. [cited: 24 de abril de 2017]. Available from http://www.dgs.pt/documentos-e-publicacoes/envelhecimento- saudavel.aspx

Dong MH, Bettencourt R, Barrett-Connor E, Loomba R. Alanine Aminotransferase Decreases with Age: The Rancho Bernardo Study. PLoS ONE. 2010; 5(12): e14254.

Eggers KM, Lind L, Ahlstrom H, Bjerner T, Barbier CE, Larsson A, Venge P, Lindahl B. Prevalence and pathophysiological mechanisms of elevated cardiac troponin I levels in a population-based sample of elderly subjects. European Heart Journal. 2008; 29: 2252–225.

Eggers K M, Al-Shakarchi J, Berglund L, Lindahl B, Siegbahn A, Wallentin L. High- sensitive cardiac troponin T and its relations to cardiovascular risk factors, morbidity, and mortality in elderly men. American Heart Journal. 2013; 166: 541-548.

129

Eggers KM, Venge P, Lindahl B, Lind L. Cardiac Troponin I levels measured with a high-sensitive assay increase over time and are strong predictors of mortality in an elderly population. Journal American College Cardiology. 2013; 61: 1906-1913.

Farinatti PTV. Teorias biológicas do envelhecimento: do genético ao estocástico. Rev. Bras. Med Esporte. 2002; 8 (4): 129-138.

Fliser D. Assessment of renal function in elderly patients. Current Opinion in Nephrology and Hypertension. 2008; 17: 604-608.

Forti P, Maltoni B, Olivelli V, Pirazzoli GL, Ravaglia G, Zoli M. Serum Dehydroepiandrosterone Sulfate and Adverse Health Outcomes in Older Men and Women. Rejuvenation Research. 2012; 15 (4): 349-358.

Francisco J, Félix-Redondo FJ, Grau M, Bergés DF. Cholesterol and Cardiovascular Disease in the Elderly. Facts and Gaps. Aging and Disease. 2013; 4(3): 154-159.

Franklin SS, Wong ND. Hypertension and Cardiovascular Disease: Contributions of the Framingham Heart Study. Global Heart. 2013; 8(1): 49-57.

Fried LP, Tangen CM, Walston J, Newman AB, Hirsch C, Gottdiener J. Frailty in Older Adults: Evidence for a Phenotype. Journal of Gerontology. 2001; 56A (3): M146– M156.

Gallucci M, Mazzuco S, Ongaro F, Di Giorgi E, Mecocci P, Cesari M. Body Mass Index, Lifestyles, Physical Performance and Cognitive Decline: The "TREVISO LONGEVA (TRELONG)" STUDY. The Journal of Nutrition, Health & Aging. 2013;17 (4): 378- 384.

Gesing A, Lewinski A, Karbownik-Lewinska M. The thyroid gland and the process of aging; What is new? Thyroid Research. 2012; 5: 1-5.

Hamer M, Endrighi R, Venuraju SM, Lahiri A, Steptoe A. Cortisol Responses to Mental Stress and the Progression of Coronary Artery Calcification in Healthy Men and Women. PLoS ONE. 2012; 7(2): e31356.

130

Hanlon T, Gray SL, Slattum PW, Starner CI, Maher Jr RL, Hersh LR, Hanlon JT. Geriatrics. In: Section 1- Foundation issues. E-Chapter 8. McGraw-Hill Education. 2014 [Internet]. Available from:

http://www.mhpharmacotherapy.com/0071800530/online_pdfs/08_Dipi_Web_Ch08_10 7-118.pdf

Henny J, Vassault A, Boursier G, Vukasovic I, Mesko Brguljan P, Lohmander M. Recommendation for the review of biological reference intervals in medical laboratories. Clin Chem Lab Med. 2016; 54: 1893-1900.

Herrington W, Lacey B, Sherliker P, Armitage J, Lewington S. Epidemiology of Atherosclerosis and the Potential to Reduce the Global Burden of Atherothrombotic Disease. Circ Res. 2016; 118: 535-546.

Hohn A, Grune T. Lipofuscin: formation, effects and role of macroautophagy. Redox Biology. 2013; 1: 140-144.

Hollander EL, Bemelmans WJE, Boshuizen HC, Friedrich N, Wallaschofski H, Guallar- Castillon P. The association between waist circumference and risk of mortality considering body mass index in 65- to 74-year-olds: a meta-analysis of 29 cohorts involving more than 58000 elderly persons. International Journal of Epidemiology. 2012; 41: 805-817.

Horn PSH, Pesce AJ. Reference intervals: an update. Clinica Chimica Acta. 2003; 34: 5-23.

Huber KR, Mostafaie N, Stangl G, Worofka B, Kittl E, Hofmann J. Clinical chemistry reference values for 75-year-old apparently healthy persons. Clin Chem Lab Med. 2006; 44(11):1355–1360.

Ibeas MVH editor. Teorías sobre el fenómeno del envejecimiento. In: Envejecimiento activo, envejecimiento en positivo: Universidad de la Rioja, Servicio de Publicaciones 2006. P. 37-64.

Ichihara K, Boyd JC. An appraisal of statistical procedures used in derivation of reference intervals. On behalf of the IFCC Committee on Reference Intervals and Decision Limits (C-RIDL). Clin Chem Lab Med. 2010; 48(11):1537–1551.

131

INE: Instituto Nacional de Estatística, I.P. O envelhecimento em Portugal: situação demográfica e socio-económica recente das pessoas idosas. Revista de Estudos Demográficos - 2.º Semestre de 2002 p. 185 - 208

Janu MR, Creasey H, Grayson DA, Cullen JS, Whyte S, Brooks WS, Waite LM, Broe GA. Laboratory results in the elderly: the Sydney Older Persons Study. Ann Clin Biochem. 2003;40: 274–279.

Janssen I, Heymsfield SB, Ross R. Low Relative Skeletal Muscle Mass (Sarcopenia) in Older Persons Is Associated with Functional Impairment and Physical Disability. J Am Geriatr Soc. 2002;50: 889–896.

Jonas M, Kuryłowicz A, Puzianowska-Kuźnicka M. Aging and the endocrine system. Postępy Nauk Medycznych. 2015; XXVIII (7): 451-457.

Junnila RK, List EO, Berryman DE, Murrey JW, Kopchick JJ. The GH/IGF-1 axis in ageing and longevity. Nature Reviews: Endocrinology. 2013; 9(6): 366-376.

Lamberts SWJ, van den Beld AW, van der Lely AJ. Endocrinology of Aging. Science. 1997; 278: 419- 424.

Lenora J, Åkesson K, Gerdhem P. Effect of precision on longitudinal follow-up of bone mineral density measurements in elderly women and men. Journal of Clinical Densitometry. 2010; 13(4): 407-412.

Lenora J. Bone turnover markers and prediction of bone loss in elderly women. Ruhuna Journal of Medicine. 2013; 1(1): 16-23.

Lenora J. Prediction of bone loss in elderly women using bone turnover markers. Galle Medical Journal. 2015; 20 (1): 23-29.

Lucas JN, Deng W, Moore D, Hill F, Wade M, Lewis A, Sailes F, Kramer C, Hsieh A, Galvan N. Background ionizing radiation plays a minor role in the production of chromosome translocations in a control population. Int J Radiat Biol. 1999; 75(7): 819- 27.

132

Lupien SJ, Schwartz G, Vasavan Nair NP. The Douglas Hospital Longitudinal Study of Normal and Pathological Aging: summary of findings. Rev Psychiatr Neurosci. 2005; 30(5): 328-334.

Kähönen MH, Tilvis RS, Jolkkonen J, Pitkälä K, Härkönen M. Predictors and clinical significance of declining plasma dehydroepiandrosterone sulfate in old age. Aging Clin. Exp. Res. 2000; 12 (4): 308-314.

Kalinkovich A, Livshits G. Sarcopenia - The search for emerging biomarkers. Ageing Research Reviews. 2015, 22: 58-71.

Kallner A, Gustavsson E, Hendig E. Can Age and Sex Related Reference Intervals Be Derived for Non-Healthy and Non-Diseased Individuals from Results of Measurements in Primary Health Care? Clin Chem Lab Med. 2000; 38(7): 633-654.

Kalyani RR, Egan JM. Diabetes and altered glucose metabolism with aging. Endocrinol Metab Clin N Am. 2013; 42: 333-347.

Kalmijn S, Launer LJ, Stolk RP, De Jong FH, Pols HAP, Hofman A, Breteler MMB, Lamberts SWJ. A Prospective Study on Cortisol, Dehydroepiandrosterone Sulfate, and Cognitive Function in the Elderly. Journal of Clinical Endocrinology and Metabolism. 1998, 83 (10): 3487-3492.

Kazuto T, Shimizu Y. Liver physiology and liver diseases in the elderly. World Journal of Gastroenterology. 2013; 19 (46): 8459-8467.

K/DOQI. National Kidney Foundation. K/DOQI Clinical Practice Guidelines for Chronic Kidney Disease: Evaluation, Classification and Stratification. Am J Kidney Dis. 2002; 39:S1-S266.

Kilbride HS, Stevens PE, Eaglestone G, Knight S, Carter JL, Delaney MP. Accuracy of the MDRD (Modification of Diet in Renal Disease) Study and CKD-EPI (CKD Epidemiology Collaboration) Equations for Estimation of GFR in the Elderly. American Journal Kidney Disease. 2013; 61 (1): 57-66.

Kima H, Kisselevab T, Brennerb DA. Aging and liver disease. Curr Opin Gastroenterol. 2015; 31(3): 184–191.

133

Kizer JR, Arnold AM, Newman AB. Change in Circulating Adiponectin in Advanced Old

No documento Bioquímica clínica em geriatria (páginas 133-152)