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O presente artigo tem como objetivo abordar de uma forma geral o histórico da Educação Inclusiva no IF Farroupilha, através de uma pesquisa envolvendo todos os câmpus da Instituição, onde foi realizado um levantamento de dados referentes as ações desenvolvidas pelos mesmos no que tange a inclusão dos alunos público alvo da educação especial.

O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Farroupilha foi “criado pela Lei n° 11.892, de 29 de dezembro de 2008, por meio da integração do Centro Federal de Educação Tecnológica de São Vicente do Sul e da Escola Agrotécnica Federal de Alegrete, incluindo suas respectivas Unidades Descentralizadas de Ensino e do acréscimo de uma, que anteriormente pertencia ao Centro Federal de Educação Tecnológica de Bento Gonçalves”. (IF FARROUPILHA, 2009, p. 05). Em seu Projeto de Desenvolvimento Institucional (2009- 2013) o Instituto Federal Farroupilha estabelece algumas perspectivas para as Políticas Inclusivas na Instituição, situando que:

[...] a Constituição Federal do Brasil (1988) garante a edu- cação como direito de todos os cidadãos, este foi reafirmado pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDBEN n° 9394 de 1996. Embasando essa legislação, em 1994, foi aprovada a Declaração de Salamanca (UNESCO) que, entre outras, [...] garante o acesso e a qualidade de educação às pessoas com necessidades educacionais especiais. [...] Fazer da educação um direito de todos requer um movimento coletivo de mu- danças para a adoção de políticas públicas inclusivas promo- toras da participação a partir de novas relações fundamentais para uma socialização humanizadora.

Como compromisso inclusivo, o IF Farroupilha aderiu a Política de Inclusão da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica, tendo como referencial a responsabilidade pelo reconhecimento das desigualdades e pela valorização da diversidade. Segundo a Política de Diversidade e Inclusão do IF Farroupilha (2013):

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O Instituto tem a meta de implantar a concepção da inclusão em todos os âmbitos e com a comunidade escolar (pais, dis- centes, servidores) para isso, no primeiro momento, propõem investimentos na formação continuada dos agentes educacio- nais, criando mecanismos de acompanhamento e apoio aos educandos e educadores. Em um segundo momento, dis- cutindo e construindo coletivamente formas de ingresso que possam representar os perfis requeridos para os discentes dos diferentes cursos e que contemplem as minorias, buscando estratégias educacionais que democratizem o acesso e a per- manência. (p. 03).

Tendo em vista a Política de Inclusão da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica no Instituto Federal Farroupilha era necessário trabalhar com referencias teóricos de

[...] reconhecimento das desigualdades e pela valorização da diversidade, tendo como meta implantar a concepção da inclusão em todos os âmbitos e com a comunidade escolar (pais, discentes, servidores) e, para isso, no primeiro momen- to, propõem-se investimentos na formação continuada dos agentes educacionais, criando mecanismos de acompanham- ento e apoio aos educandos e educadores. Em um segundo momento, discutindo e construindo coletivamente formas de ingresso que possam representar os perfis requeridos para os discentes dos diferentes cursos e que contemplem as minorias, buscando estratégias educacionais que democratizem o aces- so e a permanência. (IF FARROUPILHA, 2009 p.03).

No intuito de demarcar a importância da Inclusão para a Instituição em 2012 se instituiu a Coordenação de Ações Inclusivas na Reitoria e em todos os Câmpus. A partir dessa instauração, buscou- se uma identidade, estabelecendo as principais metas no que tange a inclusão em todos os espaços institucionais. Assim, redigiu-se de forma coletiva a Política de Inclusão e Diversidade da Instituição bem como o Regimento da Coordenação de Ações Inclusivas. (IF FARROUPILHA, Resolução 15/2014).

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A Coordenação de Ações Inclusivas foi, aprovada pela Resolução CONSUP nº 15/2014, faz parte do organograma funcional do Instituto e está diretamente subordinada à Direção de Ensino, tendo por finalidade principal desenvolver políticas, ações e projetos com vistas a garantir a inclusão na Instituição.

Cada Unidade de Ensino apresenta minimamente em seu organograma funcional o Núcleo de Atendimento as Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais - NAPNE e o Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas - NEABI.

Os NAPNEs acompanham a vida escolar dos estudantes público-alvo da educação especial, que engloba o conceito de pessoas com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação, conforme a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (2008). Este núcleo, de forma articulada com os demais setores, consolida as relações entre Instituição e família, auxiliando no processo de ensino e aprendizagem destes sujeitos, como mediador entre docentes, estudantes e gestores, dentro das possibilidades institucionais. Além disso, os NAPNEs acompanham os demais estudantes da Instituição que apresentem alguma necessidade específica no que tange a sua aprendizagem, esse acompanhamento é sempre articulado com os demais setores de cada Unidade de Ensino.

A Política de Diversidade e Inclusão do IF Farroupilha tem como principal objetivo consolidar processos inclusivos na Instituição, pensando desde o acesso, as condições para o ingresso; a busca pela permanência dos estudantes na instituição e bem como por uma conclusão de curso com sucesso e além é claro do acompanhamento dos egressos da instituição. Os fazeres desta Política se voltam para as temáticas de inclusão e diversidade, em especial, para a inclusão do aluno com deficiência, das políticas afirmativas, dos diferentes gêneros, bem como para as temáticas da sustentabilidade social bem como da Educação Ambiental.

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e n°11.645/08, pautadas na construção da cidadania por meio da valorização da identidade étnico-racial, principalmente de negros, afrodescendentes e indígenas.

O IF Farroupilha buscando consolidar as ações inclusivas instituiu na Reitoria, na Coordenação de Ações Inclusivas, o Núcleo de Elaboração e adaptação de materiais didático/pedagógicos – NEAMA, com o objetivo de produzir materiais didáticos acessíveis, promovendo ações formativas relacionadas à inclusão e adaptação de materiais didático/pedagógicos, orientação dos servidores quanto a essas adaptações e trabalhando de forma articulada com as Coordenações de Ações Inclusivas.

Para garantir o Atendimento Educacional Especializado – AEE na Instituição foram nomeadas três Professoras de AEE que atuam respectivamente nos câmpus Alegrete, Panambi e São Borja, também foi aprovada a Resolução 15/2015 que regulamenta o AEE no IF Farroupilha, contribuindo para a implantação de políticas inclusivas, garantindo a transversalidade das ações da Educação Especial no Instituto e, com vistas à equiparação de oportunidades no exercício da cidadania para as pessoas com deficiência, foi aprovada a Resolução 12/2015, que regulamenta a acessibilidade virtual no IF Farroupilha.

De forma mais detalhada, na sequencia apresentaremos as principias singularidades da implementação da Política de Diversidade e Inclusão da Instituição nas Unidades Institucionais.

DESENVOLVIMENTO

O Instituto Federal Farroupilha no que tange as pessoas com deficiências, atualmente, conta com 61 discentes frequentando os diversos cursos e modalidades da Instituição. O que requer acompanhamento destes estudantes para garantir o acesso e sua permanência através de adequações e/ou adaptações curriculares, construção de tecnologias assistivas e demais materiais pedagógicos necessários a sua inclusão. Se ampliarmos esse espectro para todas

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as Politicas Afirmativas a instituição garante uma reserva de vagas superior a 75%.

É preciso demarcar que no Instituto Federal Farroupilha, através de sua Política de Diversidade e Inclusão é garantido acesso ao Processo Seletivo, reservadas vagas para estudantes com deficiência, sendo de responsabilidade da Coordenação de Ações Inclusivas e do NAPNE o encaminhamento e a organização das adaptações deste processo. Através deste processo é composta uma Comissão para verificação dos candidatos inscritos como Pessoa com Deficiência (PcD), no intuito de garantir que as pessoas com deficiência sejam de fato contempladas com as respectivas vagas, sendo avaliados os documentos destes candidatos e as adaptações que necessitam para realização das provas, a partir destas, são elaboradas provas em Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), Braille, ampliação de provas, descrição das imagens, disponibilidade de ledores e de demais recursos de acessibilidade, conforme manual de Procedimentos acessíveis para Processos Seletivos e Concursos (Parecer CODIR12/2014).

Foram criadas disciplinas com enfoque inclusivo para todos os cursos, nas diferentes modalidades de ensino, destacando a Educação para a Diversidade, Libras I e II, Turismo acessível, Acessibilidade Arquitetônica e Mobilidade Urbana, todas já em pleno funcionamento.

De acordo com a Política de Diversidade e Inclusão do IF Farroupilha (2013) e de uma parceria com as CAIs dos Câmpus são desenvolvidas várias ações, destacamos algumas delas que serão relatadas através do levantamento realizado nos respectivos câmpus da Instituição.

No Câmpus Alegrete, a CAI se ocupa atualmente da execução de dois projetos de ensino e um de extensão, sendo “Oficinas de cultura afro-brasileira e indígena voltadas para ciências da natureza e exatas”, que está instrumentalizando estudantes das Licenciaturas de Ciências Biológicas, Química e Matemática, para a produção de planos de aulas voltados para a temática afro-brasileira, africana e indígena, como resposta a demanda das leis 10.639/03 e 11.645/08 este

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projeto é realizado em conjunto com o Laboratório Interdisciplinar de Formação de Educadores - LIFE, e o segundo projeto é o “Cine- diversidade”, que exibe filmes comentados, com a temática da diversidade para estudantes do Ensino Médio. Também a Semana da Consciência Negra, que já tem sido realizada em conjunto com a Prefeitura de Alegrete e este ano foi aprovada como projeto de extensão do IF Farroupilha, que tentará incluir o município de Manoel Viana em sua programação, sendo o público-alvo, estudantes do IF Farroupilha integrados à comunidade em geral, tendo como parceiros neste projeto a UERGS e o Fórum Permanente de Inclusão Étnico- Racial de Alegrete. A CAI também está tendo uma tarefa importante que é a de tornar o Câmpus acessível, procurando atender as normas do desenho universal para garantir a livre circulação e mais uma série de ações para que pessoas com deficiências tenham acesso irrestrito e autônomo ao maior número possível de locais no Câmpus. O Câmpus atualmente conta com o trabalho de uma professora de Atendimento Educacional Especializado, que também atua coordenando a CAI.

O câmpus Jaguari atendendo a uma proposta de Educação Inclusiva oferece o Curso de Licenciatura em Educação do Campo, voltado para a formação de professores que atuarão em escolas do campo. Este curso é reflexo de uma proposta que visa o acesso à educação de todos os brasileiros, inclusive os do campo. Esta formação é voltada para a reflexão de que o homem do campo possui demandas diferenciadas em relação ao homem da cidade e, desta forma, a educação dos jovens provenientes do campo deve ser ajustada a estas peculiaridades. Ao mesmo tempo, uma educação inclusiva do campo pressupõe procedimentos teóricos e metodológicos diferentes das escolas urbanas. Assim, a proposta pedagógica do Câmpus para o Curso de Licenciatura em Educação do Campo é a Pedagogia da Alternância, criada nas escolas rurais francesas e que atendem às necessidades do jovem do campo, organizando o currículo em Tempo Escola e Tempo Comunidade. Na mesma proposta de Educação Inclusiva, o Câmpus oferece Programas de Formação como o Mulheres Mil, atendendo

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mulheres em vulnerabilidade social dos bairros da periferia da cidade. Cursos estes voltados principalmente para o crescimento da autoestima das mulheres atendidas, capacitando-as para uma atividade profissional e, principalmente, devolvendo a todas o sentimento de pertencimento a uma rede escolar. Nesta mesma perspectiva, são oferecidos os cursos de Auxiliar de Confeitaria, Preparador de Doces e Conservas e Agricultor Familiar. O Câmpus está procurando adequar a sua estrutura física para atender a futuros/novos alunos e servidores com Deficiência.

A Coordenação das Ações Inclusivas no câmpus Júlio de Castilhos desenvolve seus trabalhos através dos núcleos NAPNE e NEABI, os quais passaram a ocorrer em parceria, tendo como primeira grande ação o Curso de Extensão: “Identidade Cultural, Inclusão e Etnicidade na Educação: Saberes e Fazeres”, proporcionando ao público acadêmico e externo as seguintes temáticas: Educação Inclusiva na Prática Escolar: Primeiras Palavras, os quais acontecem durante todo o ano letivo.

O Câmpus Panambi através da Coordenação de Ações Inclusivas coordena e organiza os núcleos NAPNE e NEABI, contando atualmente com uma Professora de Atendimento Educacional Especializado – AEE, que também coordena a CAI e duas profissionais intérpretes, levando em consideração a diversidade dos alunos incluídos no câmpus. Em relação à questão da acessibilidade, principalmente referente à deficiência física, e especificamente, dos estudantes usuários de cadeiras de rodas, há uma constante adequação dos ambientes do câmpus, pois é desenvolvido no mesmo um Projeto de Extensão denominado Basquete Sobre Rodas, que busca promover através da prática de atividade física a melhoria da qualidade de vida, a inserção das pessoas com deficiência na comunidade, bem como desenvolver a coordenação motora ampla, oferecendo assim uma autonomia maior para os participantes.

O Instituto Federal Farroupilha Câmpus Santa Rosa num compromisso com a Diversidade e a Inclusão conta com a Coordenação

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das Ações Inclusivas que congrega o NAPNE e o NEABI, objetivando discutir e implementar uma política de aceitação da diversidade e da diferença, através de uma educação pluricultural e pluriétnica, desenvolvendo várias ações, dentre elas, destacam-se o Atendimento Educacional Especializado na sala de recursos multifuncional; Orientações pedagógicas, acompanhamento, assessoramento e apoio para servidores Técnico-Administrativos em Educação (TAEs) e Docentes sobre os estudantes com deficiência durante o processo de ensino/aprendizagem; oferta Cursos de Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS para comunidade escolar e para a comunidade externa, via PRONATEC, Projeto de Ensino, palestras no decorrer do ano letivo para comunidade escolar (alunos e servidores) abordando temáticas sobre: Diversidade, Inclusão, Gênero, Indígenas e Consciência Negra, além de proporcionar aos estudantes dos Cursos Integrados um momento de reflexão semanal sobre estas temáticas em sala de aula; fomento de melhorias na acessibilidade conforme necessidade dos estudantes com deficiências; Projeto de Extensão; Participação nas formações pedagógicas de professores com as temáticas de Inclusão nas redes municipais escolares; Projeto Jogos Lógicos e Inclusão; Oferta como Pólo do curso de Graduação EAD - LETRAS/LIBRAS com parceria da UFSC; Projeto de Pesquisa com curso Técnico de Móveis e Edificações para sinais técnicos em LIBRAS; Olimpíadas de Jogos Lógicos de Tabuleiro: Inclusão e interação, atingindo escolas do município da cidade de Santa Rosa, Giruá e Santo Cristo; Seminário interno de Inclusão, Diversidade e Diferenças, atingindo todos os alunos dos Cursos Integrados, Subsequentes e Superiores e servidores de modo geral; Seminário Inclusão e acessibilidade no mundo do trabalho ofertado para a comunidade da região; Seminário e exposição de trabalhos com professores da rede municipal de ensino sobre Consciência Negra.

O Câmpus Santo Ângelo, ainda que em fase de implantação, vem promovendo atividades letivas como o Seminário Diversidade Cultural, que se desenvolveu em uma Proposta de Projeto de Ensino

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realizada ao longo do ano, com atividades mensais, tais como oficinas, palestras, fóruns, mesas redondas e sessões de cinema. Dois momentos especiais para essa discussão estão sendo organizados, a Carijada que consiste na produção artesanal de erva-mate que acontecerá na aldeia indígena de Santo Ângelo e, finalmente, um Sarau Artístico. O Câmpus conta com a parceria da 14ª CRE, do Conselho Municipal dos Povos Indígenas - COMIN e da Universidade Federal da Fronteira Sul - UFFS. Neste percurso, as entidades promotoras buscam estimular a reflexão sobre a questão dos Africanos e Afro-Brasileiros, mas também ampliar esse debate para outros grupos e comunidades que, também, são vítimas do preconceito e da intolerância. Esse debate é extremamente relevante e atual no IF Farroupilha, reafirmando o seu compromisso histórico e social com a construção do diálogo intercultural. Outras ações como as referentes à acessibilidade e divulgação do IF passaram a ser realizadas no site do Instituto onde foi disponibilizado um formulário de Registro de Interesse na versão em LIBRAS – Língua Brasileira de Sinais para que as pessoas surdas que tenham interesse conheçam o Instituto e os cursos oferecidos pelo mesmo. Do mesmo modo, foi conquistado um espaço junto à rádio local chamado “Momento do IF Farroupilha”. E através da Direção de Planejamento e Desenvolvimento Institucional, atuando na comissão do Processo Seletivo e Marketing, o câmpus está desenvolvendo um vídeo institucional relatando toda a história do IF Farroupilha bem como o plano de trabalho do câmpus e perspectivas futuras, este vídeo terá legenda em LIBRAS e em português para que os estudantes surdos e deficientes auditivos também possam acompanhar o que está sendo informado.

No Câmpus Santo Augusto a CAI através do NAPNE, desenvolve ações para que os estudantes incluídos possam se sentir parte do processo de ensino e aprendizagem, realizando a acompanhamento e atendimento destes, e também tem o papel de dar apoio aos professores da unidade. Pensando na estrutura do Câmpus como um todo, foi organizada uma comissão responsável pela acessibilidade

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arquitetônica, cuja incumbência é planejar projetos de ampliação arquitetônica, bem como tornar acessível à estrutura já existente a fim de melhorar o acesso dos estudantes, além de buscar torná-los mais seguros e autônomos. A partir das demandas apresentadas, a equipe do NAPNE organizou momentos de formação aos professores do Câmpus onde a ideia foi sensibilizar os profissionais frente às dificuldades dos alunos, sendo assim, o NAPNE desenvolve atividades para que se possa garantir o acesso e permanência dos alunos incluídos no Câmpus.

No Câmpus São Borja, a partir do NAPNE articula-se um trabalho na perspectiva inclusiva como um todo. Destacamos o trabalho docente articulado através de momentos de planejamento entre os docentes para pensar os objetivos a serem atingidos pelo aluno com deficiência e as adaptações necessárias aos mesmos para as atividades em sala de aula e fora dela, bem como outros aspectos que venham a interferir no processo de aprendizagem dos mesmos. O trabalho docente articulado envolve também o diálogo entre os docentes no momento da avaliação do estudante, e quando os docentes pensarem necessário. O Câmpus atualmente conta com o trabalho de uma professora de Atendimento Educacional Especializado, que também atua coordenando a CAI.

O NAPNE do Câmpus São Vicente do Sul tem como meta promover a cultura da educação para a convivência, aceitação da diversidade e, principalmente, buscar a quebra de barreiras arquitetônicas, educacionais e atitudinais na Instituição, de forma a promover inclusão de todos na educação. O núcleo é composto por uma coordenação e vários membros entre os quais técnicos administrativos, docentes, discentes, pais e representantes da comunidade. Dentre as principais atividades organizadas pelo NAPNE se destacam: acolhimento de alunos e pais, capacitação de docentes, bolsistas do NAPNE, espaço para estudos/sala multifuncional, apoio pedagógico no contra turno, avaliações adaptadas, construção de material pedagógico adaptado, organização dos pareceres e adaptação curricular em portfólio para cada estudante incluído, auxílio na

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revisão dos Projetos Pedagógico de Cursos (PPC) para os ajustes à Política de Diversidade e Inclusão do Instituto Federal Farroupilha, atendendo o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) e o Projeto Pedagógico Institucional (PPI); Promoção de oficinas de capacitação para manuseio de Tecnologias Assistivas; Participação na Comissão de Infraestrutura – Acessibilidade Arquitetônica; Colaboração na disciplina de “Educação para a Diversidade”, junto aos acadêmicos das Licenciaturas; DIA DO NAPNE com visitação e conhecimento do trabalho e dos equipamentos, software, etc. pela comunidade acadêmica interna; Projeto de extensão “etiqueta na convivência com pessoas com deficiência”; cursos de Braille inicial; curso de Libras; acessibilidade arquitetônica; Plano de Acessibilidade Arquitetônica do Instituto Federal Farroupilha; Comissão de Infraestrutura.

CONCLUSÃO

Com as discussões levantadas neste artigo tivemos a intenção de mostrar como vem sendo encaminhada a questão referente à educação inclusiva no IF Farroupilha.

Procuramos mostrar que nossa Instituição vem caminhando na busca de uma perspectiva inclusiva através das ações estabelecidas em nossa Política de Diversidade e Inclusão (2013).

Nessa perspectiva, compreende-se que a construção de uma instituição inclusiva exige a mudança e a reflexão de todos os sujeitos envolvidos com o processo educacional.

Desta forma, ressaltamos, que todas as ações aqui relatadas