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As variáveis incluídas no estudo dividem-se em quatro grupos, e resultam da combinação dos dados existentes nos formulários das três fontes de dados:

- Variáveis demográficas: sexo, idade; naturalidade, duração da estadia em Portugal; freguesia, concelho e distrito de residência; actividade profissional no âmbito da saúde.

- Variáveis sócio-comportamentais: desemprego há mais de 24 meses; dependência alcoólica; dependência de drogas endovenosas ou não endovenosa; em reclusão; a viver na rua (sem-abrigo); a viver em residência comunitária.

- Variáveis clínicas: localização principal da doença (pulmonar/extrapulmonar); tratamento antibacilar anterior (caso novo/caso de retratamento); patologias associadas (infecção VIH, diabetes mellitus, insuficiência renal crónica (em diálise), doença hepática, sarcoidose, silicose, colagenose, outras doenças do interstício, doença pulmonar obstrutiva crónica, neoplasia do pulmão, neoplasia de outros órgãos, linfomas ou doenças mieloproliferativas). Todas estas patologias constam do sistema de vigilância SVIG-TB, intrínseco ao Programa Nacional da Tuberculose (PNT).

- Variáveis microbiológicas: padrão de susceptibilidade aos antibacilares de 1.ª linha (isoniazida; rifampicina; etambutol; estreptomicina; pirazinamida); padrão de susceptibilidade aos antibacilares de 2.ª linha, apenas para os casos extensivamente resistentes (XDR-TB), agrupamento molecular e sua classificação.

Transmissão Recente da Infecção pelo Complexo Mycobacterium tuberculosis Capítulo 3 na Região de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo – Contributo Epidemiológico Material, População e Métodos

No quadro seguinte, apresenta-se a operacionalização das variáveis incluídas no estudo.

VARIÁVEL DEFINIÇÃO TIPO DE

VARIÁVEL

ESCALA DE MEDIDA

DOMÍNIO

Sexo Indica se é homem ou mulher Qualitativa Nominal 1 - masculino

2 - feminino

Idade Indica a idade do doente em anos

completos Quantitativa Numérica grupos etários definidos a partir da

variável idade

Naturalidade Indica se o doente nasceu ou não

em Portugal Qualitativa Nominal

1 - nascido em Portugal

2 - nascido fora de Portugal

Duração da estadia em

Portugal Indica há quantos anos o doente estrangeiro reside em Portugal Quantitativa Numérica (data de diagnóstico - data de entrada em Portugal)

Freguesia Indica a freguesia de residência do

doente

Qualitativa Nominal codificação do INE

Concelho Indica o concelho de residência do

doente Qualitativa Nominal codificação do INE

Distrito Indica o distrito de residência do

doente Qualitativa Nominal 1 - Lisboa 2 - Setúbal

3 - Santarém Actividade

profissional no âmbito da saúde

Indica se o doente é ou não prestador de cuidados de saúde*

Qualitativa Nominal 1 - Prestadores de

cuidados de saúde 2 - Não prestadores de cuidados de saúde

Desempregado Indica se o doente está

desempregado há mais de 24 meses

Qualitativa Nominal 1 - sim

2 - não Dependência alcoólica Indica a dependência alcoólica do

doente, baseada no score de CAGE**

Qualitativa Nominal 1 - sim

2 - não Dependência de

drogas endovenosas

Indica se o doente é toxicodependente por via endovenosa***

Qualitativa Nominal 1 - sim

2 - não Dependência de

drogas não endovenosas

Indica se o doente é

toxicodependente por via não endovenosa***

Qualitativa Nominal 1 - sim

2 - não

Em reclusão Indica se o doente é recluso à data

de diagnóstico

Qualitativa Nominal 1 - sim

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A viver na rua (sem- abrigo)

Indica se o doente vive na rua Qualitativa Nominal 1 - sim

2 - não A viver em residência

comunitária

Indica se o doente vive numa residência comunitária (centros de acolhimento; comunidades terapêuticas, etc.)

Qualitativa Nominal 1 - sim

2 - não

Localização principal

da infecção Indica se a localização principal da doença é pulmonar ou extrapulmonar

Qualitativa Nominal 1 - pulmonar

2 - extrapulmonar Tratamento antibacilar

anterior

Classifica o caso de tuberculose em função da história de tratamentos antituberculosos anteriores, conforme Circular Normativa nº 9/DT de 29 de Maio de 2000 da Direcção-Geral da Saúde

Qualitativa Nominal 1 - caso sem

tratamento anterior**** 2 – caso de retratamento*****

Patologias associadas Indica outras patologias associadas à tuberculose

Qualitativa Nominal 1 - Infecção VIH

2 – Diabetes mellitus 3 - Insuficiência renal crónica (em diálise) 4 - Doença hepática 5 - Sarcoidose 6 - Silicose 7 - Colagenose 8 - Outras doenças do interstício 9 - Doença pulmonar obstrutiva crónica 10 - Neoplasia do pulmão 11 - Neoplasia de outros órgãos 12 - Linfomas ou doenças mieloproliferativas

Isoniazida Indica o resultado do teste de

susceptibilidade aos antibacilares para a isoniazida

Qualitativa Nominal 1 - Resistente

2 - Sensível

Rifampicina Indica o resultado do teste de

susceptibilidade aos antibacilares para a rifampicina

Qualitativa Nominal 1 - Resistente

2 - Sensível

Etambutol Indica o resultado do teste de

susceptibilidade aos antibacilares para o etambutol

Qualitativa Nominal 1 - Resistente

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Estreptomicina Indica o resultado do teste de

susceptibilidade aos antibacilares para a estreptomicina

Qualitativa Nominal 1 - Resistente

2 - Sensível

Pirazinamida Indica o resultado do teste de

susceptibilidade aos antibacilares para a pirazinamida

Qualitativa Nominal 1 - Resistente

2 - Sensível Multirresistência Indica resistência simultânea à

isoniazida e rifampicina com ou sem resistência a outros

antibacilares (Circular Normativa nº 9/DT de 29 de Maio de 2000 da Direcção-Geral da Saúde)

Qualitativa Nominal 1 - sim

2 – não

Extensivamente resistente

Indica resistência simultânea, não só à isoniazida e rifampicina, como ainda a uma qualquer

fluorquinolona (ciprofloxacina; ofloxacina) e a pelo menos um dos fármacos injectáveis de 2.ª linha (canamicina; amicacina;

capreomicina) (Circular Normativa nº 14/DT de 5 de Junho de 2007 da Direcção-Geral da Saúde)

Qualitativa Nominal 1 - sim

2 - não Agrupamento molecular de isolados do complexo Mycobacterium tuberculosis

Indica se o doente está ou não em agrupamento molecular

Qualitativa Nominal 1 - sim

2 - não

* Prestadores de cuidados de saúde – todos os profissionais de saúde que no exercício da sua prática profissional contactam directamente com doentes (clínicos; enfermeiros; auxiliares de acção médica; farmacêuticos; etc.). ** Dependência alcoólica do doente, baseada no score de CAGE – Sim, se o doente tiver necessidade de ingerir álcool logo pela manhã ou se preencher pelo menos 2 dos 3 critérios seguintes, 1) sentir a necessidade de deixar o consumo de álcool; 2) sentir-se irritado por receber críticas relativas ao álcool; 3) sentir sentimento de culpa por beber.

*** Dependência de drogas endovenosas ou outras – Sim, sempre que haja fenómenos de tolerância e/ou sintomas de privação. Exclui-se o consumo ocasional.

**** Caso sem tratamento anterior – doente com tuberculose activa e sem história anterior de tratamento antituberculoso por um período igual ou superior a 30 dias (Circular Normativa nº 9/DT de 29 de Maio de 2000 da Direcção-Geral da Saúde).

***** Caso em retratamento – doente com tuberculose activa e com história anterior de tratamento antituberculoso por um período superior a 30 dias. Inclui os casos classificados como recidivas, retratamento após interrupção ou abandono, retratamento após insucesso terapêutico e crónico (Circular Normativa nº 9/DT de 29 de Maio de 2000 da Direcção-Geral da Saúde).

****** Agrupamento molecular – Sim, sempre que existam 2 ou mais estirpes do complexo Mycobacterium

tuberculosis, isoladas de diferentes doentes, que apresentem o mesmo padrão de MIRU-VNTR, i.e., que apresentam o

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3.7. Estratégia de amostragem, dimensão da amostra e