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87 deixar disponível para download textos em formato PDF, dentre outros arquivos de interesse dos alunos. Conforme explica o sujeito P5, são “Plataformas de catalogação e armazenamento de referências e arquivos.”. Os ambientes virtuais de aprendizagem (AVA) que são utilizados na EaD também foram mencionados, como Moodle e Udemy.

O P9 relata a sua experiência com a plataforma Notion:

O conteúdo em si é organizado na plataforma Notion, em páginas que contém texto, áudio e vídeo, e que permanece disponível durante a semana. Nessa plataforma, os alunos também depositam comentários mais específicos sobre a matéria, e o conteúdo dos trabalhos são lançados ali também. No final da aula, posto o arquivo, que muitas vezes é reaproveitado para finalização dos trabalhos em casa. (P9) Aplicativos do Google foram citados, especialmente o Google Forms, destinado à criação de formulários, e o Google Classroom. Sobre esse último, trago a experiência do P9:

A comunicação com a turma é integralmente organizada através do Google Classroom, onde os alunos acompanham os registros de aula (posts de quadros, conteúdos, trabalhos e notas) e enviam os trabalhos, mantendo contato nos chats com dúvidas e comentários. No final de cada aula, o quadro é fotografado e postado, assim como o que foi trabalhado em sala é registrado em tópicos no mural. (P9)

Durante a pandemia o Ensino Superior fez largo uso dos softwares de videoconferências, parecendo indicar que foram incorporados à prática desses professores, como foi citado em suas respostas. Dentre os mais comentados estão o Zoom, o Teams e, com maior recorrência, o Google Meet. Em relação aos aplicativos de comunicação, alguns sujeitos citaram o uso do WhatsApp no contato com os alunos.

Embora bastante comum, o Pacote Office (Word, Excel, Power Point) foi citado.

Programas específicos da área de Música também foram mencionados, dentre eles estão os gravadores de áudio, como o Audacity, editores de partitura, como o MuseScore, e o Finalle, além de teclados virtuais, afinadores, metrônomos, programas de treinamentos auditivos.

Segundo o P9, o Musescore é o mais apropriado dentre os editores de partituras, pois é gratuito e todos os alunos conhecem. Editores de vídeo, como Blender, e até programas destinados à transmissão de lives como OBS foram mencionados pelos professores/as. Em relação aos vídeos utilizados pelos docentes, parece que o YouTube é o site favorito dos sujeitos consultados. Os sites e programas ligados à gamificação das aulas também foram mencionados, dentre eles o Kahoot é o mais popular, além de programas e sites do tipo quizzes. Entre os softwares menos citados, os entrevistados

88 indicaram o MindMeister, programa destinado à criação de mapas mentais, e o Jamboard, uma espécie de quadro interativo. O P6 foi o único docente a citar o uso dos infográficos na sua prática docente.

Baseado nas respostas dos sujeitos consultados, posso dizer que eles estão, em grande medida, sintonizados com o uso das TDIC no contexto de suas práticas docentes.

Quadro 1 - TDICs mais utilizadas

TDIC SUJEITOS FREQUÊNCIA

Celular (P4) (P8) (P10) (P11) 4

SIGUEMA (UEMA) (P2) (P3) (P6) 3

Google Meet (P2) (P6) (P12) 3

Computador (P8) (P10) (P11) 3

Google Classroom (P2) (P9) 2

Google Forms (P2) (P12) 2

AVA (UEMA) (P2) (P6) 2

Teams (P6) (P7) 2

Zoom (P7) (P11) 2

MuseScore (P7) (P9) 2

Kahoot (P7) (P11) 2

WhatsApp (P1) 1

Messenger

Páginas na internet (HTML 5, CSS 3, XML)

(P2) 1

Moodle Udemy Blender OBS Audacity

Infográficos (P6) 1

Quiz Jamboard

Pacote Office (P7) 1

Finale MindMeister

Notion (P9) 1

YouTube

Smart TV (P10) 1

Tablet (P11) 1

Datashow

Aparelho de som

Fonte: o autor (2022)

Foi solicitado que os docentes descrevessem como utilizam cada uma das TDIC e que fornecessem exemplos sobre seu uso. Observei que os programas de

89 videoconferência, como Google Meet, Teams e Zoom, são utilizados pelos docentes consultados para ministrar aulas online (síncronas), realizar reuniões pedagógicas e orientar monografias de TCC. Curiosamente, um único professor não utiliza ferramentas de videoconferência, optando por fazer lives em redes e mídias sociais: “Faço LIVES didáticas em redes sociais como o YouTube e o Instagram, também posto vídeos didáticos pré-gravados nessas mesmas redes sociais e no Facebook.” (P1).

Outros professores/as também criam videoaulas pré-gravadas. Entre os softwares mais utilizados para a criação e edição de vídeo estão o Blender, pelo qual é possível a montagem de vídeos em forma de mosaico, e o OBS Studio, para a gravação de aulas. A maior parte dos professores utiliza a plataforma oficial da UEMA, o SIGUEMA, para coordenar atividades remotas e assíncronas, acompanhar as turmas no que se refere à frequência, avaliações e avisos e distribuir planos de aula. Além disso, é depositório de materiais didáticos, como textos em PDF, videoaulas pré-gravadas para download e interação com os alunos. Ambientes Virtuais de Aprendizagem baseados no Moodle, no Udemy e no Notion também são utilizados para disponibilizar materiais aos alunos. O sujeito professor/a 9 fala de sua experiência na plataforma Notion:

Em algumas disciplinas, como a Orquestração, tenho feito a tradução de livros-chave e uma compilação de áudios que vêm disponíveis em CDs separados, só que agora ao lado da Figura, disponível a um clique, o que facilita muito o acesso dos alunos, e que é disponibilizado pela plataforma Notion. (P9).

O uso dessas plataformas baseadas no armazenamento em nuvem é uma tendência atual. Ainda no que se refere à interação entre docentes e discentes, o WhatsApp é apontado como principal forma de atendimento dos alunos, apesar do Messenger do Facebook também ter sido citado. O WhatsApp é utilizado desde a comunicação direta com a turma, por intermédio da criação de grupos no app, até o compartilhamento de arquivos, como textos em PDF. O Google Forms é utilizado principalmente para a elaboração de questionários, avaliações e provas autocorrigíveis. O Kahoot, o MindMeister, jogos do tipo Quiz, infográficos e o pacote Office (Word, Excel, Power Point) são considerados recursos pedagógicos, utilizados em atividades avaliativas e exercícios, bem como para revisão, fixação e exposição de conteúdos, e trabalhos em grupo com os alunos. O Jamboard foi citado como um recurso para ministração de aula e trabalhos com os alunos, como se fosse um quadro branco.

Sobre essas plataformas, o/a P7 explica que esses programas são utilizados por ele nas aulas da graduação para fomentar as metodologias ativas, principalmente a “sala de

90 aula invertida”. O Google Classroom é usado para registrar presença, receber e enviar correções de atividades e interação com as turmas. O/a P9 fala de sua experiência com a plataforma Google Classroom:

Durante as aulas é comum eu passar um trabalho por escrito e alguns alunos usam de caderno (outros levam notebook ou tablet). Peço a eles que fotografem e enviem seus trabalhos pelo mural do Classroom, e como o processo é todo muito fluido, instantâneo, podemos ver todos juntos o que todos fizeram, o que promove a integração da turma diante das questões levantadas. Como essas plataformas têm aplicativos em todos os sistemas (Android, Windows e Mac OS), minha relação com o conteúdo e organização das turmas fica muito confortável, com acesso a qualquer momento e de qualquer lugar. (P9)

Reafirmando, o smartphone é a principal ferramenta utilizada pelos alunos para acessar arquivos de multimídia, como vídeos, áudios, textos etc. Essa é uma tendência já apontada nos estudos realizados na revisão integrativa. Segundo P10: “Os celulares são utilizados de diferentes formas, até o uso de câmera e gravador para realização de tarefas durante as aulas e o aproveitamento de diferentes aplicativos como ferramentas de apoio.” (P10). Além dos smartphones, os computadores (notebooks) são utilizados a partir dos vínculos com as TVs ou os datashows e com equipamentos de reprodução de áudio, o que, segundo o/a professor/a 8, são ferramentas essenciais para as aulas. O acesso a plataformas de compartilhamento de vídeos, como o YouTube, e a aplicativos de streaming de áudio, como o Spotify, é considerado essencial para os docentes consultados.

Com os softwares de gravação e edição de áudio, como o Audacity, os docentes preparam conteúdo para as aulas e compartilham atividades direcionadas a cada turma. Os programas de edição de partituras, em especial o MuseScore e o Finalle, são utilizados para a criação de arranjos e adaptações de músicas para os alunos.

O/A P7 explica que faz uso dos editores de partituras em práticas pedagógicas que requerem o uso de metodologias ativas. Um único professor/a citou o uso do Kindle, aplicativo de leitura de ebooks da Amazon, em sua prática docente. Pelo seu conhecimento na área da programação de internet, o/a P2 comenta que cria as suas próprias páginas na web: [...] crio páginas na internet com material didático para o curso de teoria usando HTML5 e CCS3. Também tenho páginas sobre teoria pós-tonal em XML.” (P2). Aqui fica evidente os principais recursos tecnológicos utilizados pelos participantes. Fazendo uma contribuição com a análise dos dados, no Quadro 1 - TDICs mais utilizadas, os recursos tecnológicos mais utilizados são muito mais voltados para a transmissão das aulas e/ou comunicação entre os pares - WhatsApp, Messenger e Google Meet - do que recursos

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"nativos" da música - Band In A Box e eMuseScore. Como visto nas respostas dos professores, apesar de pontos em comum, existe uma grande variedade de utilizações.

92 Quadro 2 - Utilização das TDIC

TDIC SUJEITOS UTILIZAÇÃO

WhatsApp (P1) Uso o WhatsApp e o Messenger como forma de atendimento aos alunos e interessados.

Messenger

freGoogle Meet (P2) Aulas e reuniões remotas, compartilhamento de tela com material de livros digitais (Kindle) e uso de mesa gráfica para análises escritas como se fosse em quadro branco.

(P6) Reuniões pedagógicas, orientações de monografias, aulas etc.

(P12) Uso quando há aulas online (síncronas).

Google Classroom (P2) Uso para o curso de extensão de teoria e percepção musical para registrar presença, receber e enviar correções de atividades e interação com as turmas.

(P9) Peço a eles que fotografem e enviem seus trabalhos pelo mural do Classroom

Google Forms (P2) Uso para questionários e avaliações (provas) auto corrigíveis.

(P12) Utilizo para fazer as dez questões para a avaliação dos alunos.

SIGUEMA (UEMA) (P2) Para acompanhamento (frequência e avaliação) de turmas e onde coloco materiais em PDF e videoaulas para os estudantes.

(P3) Distribuir planos de aula, fornecer material didático, coordenar atividades remotas e assíncronas.

(P6) Armazenamentos de materiais para alunos, avaliações, avisos, construção de avaliações e interações com os alunos.

Páginas na internet (HTML 5, CSS 3, XML)

(P2) Crio páginas na internet com material didático para o curso de teoria usando HTML5 e CCS3. Também tenho páginas sobre teoria pós-tonal em XML.

AVA (UEMA) (P2) Fiz cursos (ainda não ministrei, mas pretendo) usando o Ambiente Virtual de Aprendizagem da UEMA.

Moodle Já usei no passado a plataforma MOODLE

da UFBA num curso EAD de formação de professores.

Udemy Fiz também cursos no Udemy.

Blender Crio e edito vídeos usando o Blender

(montagem de vídeos tipo mosaico).

OBS Gravo as aulas de harmonia no OBS.

Audacity Crio e edito áudio no Audacity.

Celular (P4) Sendo o celular a principal ferramenta, utilizo para acessar multimídia, vídeos, informações e pastas que estão na nuvem.

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TDIC SUJEITOS UTILIZAÇÃO

Uso o celular conectado ao Datashow para apresentação.

(P8) Os celulares são utilizados de diferentes formas. Desde a comunicação direta com a turma por meio da criação de grupo no WhatsApp, até o uso de câmera e gravador para realização de tarefas durante as aulas e o aproveitamento de diferentes aplicativos como ferramentas de apoio.

(P10) Para compartilhar arquivos de leitura em grupos do WhatsApp (smartphone).

Teams (P6) Reuniões pedagógicas, orientações de

monografias, aulas, atendimento psicológico etc.

(P7) Para reuniões, aulas e comunicação.

Infográficos (P6) Recursos pedagógicos, trabalho em grupo etc.

Quiz APP para avaliação em sala de aula.

Jamboard Recurso para ministração de aula e trabalho

com alunos.

Zoom (P7) Para reuniões, aulas e comunicação.

Pacote Office Edição de textos, exposição de conteúdos para as aulas, exercícios para os alunos e avaliações.

MuseScore Uso pessoal (arranjos) e adaptações de

partituras para os alunos.

Finale

Kahoot Atividades avaliativas, de revisão e fixação de conteúdos para os alunos.

MindMeister

Computador (P8) O computador (vinculado a TV e

aparelhagem de som) é ferramenta essencial para as aulas. Não só por permitir o compartilhamento do material didático, como também para acesso a sites e plataformas de compartilhamento de áudio e vídeo como Spotify ou Youtube.

(P10) Vídeos do YouTube.

Notion (P9) Em algumas disciplinas, como a

Orquestração, tenho feito a tradução de livros-chave e uma compilação de áudios que vêm disponíveis em CDs separados, só que agora ao lado da Figura, disponível a um clique, o que facilita muito o acesso dos alunos, e que é disponibilizado pela plataforma Notion.

Smart TV (P10) Vídeos do YouTube.

Fonte: autor (2022).

94 A quinta questão solicitou aos participantes que as dificuldades encontradas na utilização das TDIC fossem descritas. A maior parte dos docentes aponta como maior dificuldade o acesso à internet pelos alunos. Problemas relatados são a qualidade da conexão e a velocidade da internet oferecida pela IES. O/A P10 comenta: “O problema é a Internet lenta da universidade e acabo tendo que rotear a minha Internet do celular para conseguir abrir vídeos, ou materiais disponíveis na rede.” (P10). Outro problema apontado pelos professores diz respeito à desigualdade de acesso à internet pelos alunos em suas casas e em seus smartphones. Como a maioria dos arquivos compartilhados fica disponível em nuvens, uma conexão de qualidade é essencial para o bom funcionamento das estratégias pedagógicas.

O/A P12 relata os problemas com a conexão enfrentados por ele/a no uso do Google Meet: “O áudio para todos não chega tão bem, e quando tem muitos alunos conectados, começa a travar um pouco.” (P12). Outras dificuldades, essencialmente estruturais, são citadas pelos docentes, como: manutenção dos computadores e outros equipamentos; ausência de laboratórios de informática; e aparelhos celulares equipados com os apps necessários por parte dos estudantes. O/A P10 exemplifica a falta de manutenção patrimonial nos equipamentos disponibilizados pela IES: “Por vezes, o cabo da TV está danificado o que acarreta mau contato.” (P10).

A maior parte dos professores comenta que precisou fazer experiências, passar por curvas de aprendizagem e fazer capacitações para se familiarizar com as TDIC. O/A P2 comenta esse fato: “Em geral a curva de aprendizagem de alguns programas é custosa tanto em termos financeiros quanto de tempo para saber como usar recursos mais avançados.” (P2). O/A P6 comenta que precisou se capacitar para poder incorporar as TDIC em sua prática docente: “Precisei fazer oficinas e cursos para dominar as Tecnologias Digitais.” (P6). O/A P9 relata que fez muitas experimentações até alcançar os objetivos esperados: “Até consolidar um setup geral dos aplicativos, fiz muitas tentativas frustradas. Cheguei nesse momento a uma configuração mais estável e que tem me deixado bem satisfeito.” (P9). Apenas dois docentes relataram não ter tido problemas na implantação das TDIC em suas aulas. O/A P1 argumenta que não teve dificuldades, porque sempre mexeu com tecnologia desde bem jovem. O/A P9 argumenta: “Não consigo localizar uma dificuldade específica, talvez por minha expertise em ferramentas digitais [...], sinto somente ganhos na utilização dos programas.” (P9). O/A P2 comenta que não costuma usar as redes sociais, apenas o número de WhatsApp do representante da turma para eventuais recados urgentes. Esse/a docente comenta as adaptações de

95 diferentes professores ao ensino remoto: “Observei que professores mais avessos às tecnologias tiveram grandes dificuldades com o ensino remoto e, estudantes sem acesso à bons equipamentos e banda larga tiveram mais dificuldades ainda.” (P2). Apenas um único professor/a comentou que às vezes encontra dificuldades com os diferentes formatos de arquivos e com a identificação de programas compatíveis aos diversos formatos que utiliza.

Como visto, o maior problema ainda é estrutural, isto é, oferecer aos nossos alunos uma internet de qualidade, estável e veloz. Além disso, o Estado precisaria investir em políticas públicas para democratizar o acesso à internet de qualidade para todos. As relações entre exclusão digital e pobreza são uma realidade muito presente no Brasil.

Conforme expõe o Mapa da Exclusão Digital publicado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) em 2003, que analisou os dados do Censo do IBGE de 2000, o nível de escolaridade é ponto de importância não só para a geração de renda, mas também reflete no nível de inclusão digital dos territórios brasileiros. Segundo o Mapa, os cinco estados mais incluídos são o Distrito Federal, São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Paraná, enquanto os mais excluídos são o Maranhão, Piauí, Tocantins e Acre.

Outro fator importante diz respeito à formação e à capacitação dos professores para o uso das TDIC em contexto acadêmico. Seria fundamental que as IES oferecessem oficinas, cursos e workshops para ajudar os docentes a incorporar as TDIC em suas práticas pedagógicas no ensino superior de música. De forma geral, os sujeitos consultados avaliam a internet brasileira como ruim.

Quadro 3 - Dificuldades na utilização das TDIC

DIFICULDADES SUJEITOS DEPOIMENTOS

Sem dificuldades (P1) Sinceramente não tenho dificuldades, sempre mexi com tecnologia desde jovem.

(P9) Não consigo localizar uma dificuldade específica; talvez por minha expertise em ferramentas digitais (dei aula por 15 anos de Tecnologia Musical na Escola de Música Villa-Lobos), sinto somente ganhos na utilização dos programas.

Aprendizagem e

capacitação docente

(P2) Em geral a curva de aprendizagem de alguns programas é custosa tanto em termos financeiros quanto de tempo para saber como usar recursos mais avançados.

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DIFICULDADES SUJEITOS DEPOIMENTOS

(P6) Precisei fazer oficinas e cursos para dominar as Tecnologias Digitais.

Recursos financeiros (P2) Em geral a curva de aprendizagem de alguns programas é custosa tanto em termos financeiros quanto de tempo para saber como usar recursos mais avançados.

(P2) Estudantes sem acesso à bons equipamentos e banda larga tiveram mais dificuldades ainda.

Aversão a recursos tecnológicos

(P2) Observei que professores mais avessos às tecnologias tiveram grandes dificuldades com o ensino remoto.

Problemas com a internet (P3) Acesso à internet pelos alunos.

(P5) As maiores dificuldades estão relacionadas ao acesso à internet.

(P6) Boa internet por parte do aluno.

(P7) A principal dificuldade é a velocidade da internet no acesso aos aplicativos online.

(P8) Desigualdade de acesso à internet.

(P10) Outro problema é a Internet lenta da universidade e acabo tendo que rotear a minha Internet do celular para conseguir abrir vídeos, ou materiais disponíveis na rede.

(P11) A dificuldade mais corrente é a conexão à internet quando necessária.

(P12) O áudio para todos não chega tão bem, e quando tem muitos alunos conectados, começa a travar um pouco.

Problemas com apps e softwares

(P4) Quando os programas não são compatíveis com os formatos que geralmente utilizo.

(P8) Aparelhos celulares equipados com os aplicativos necessários por parte do(a)s estudantes.

(P9) Até consolidar um setup geral dos aplicativos, fiz muitas tentativas frustradas.

Problemas Estruturais (P5) Falta de laboratórios de informática.

(P8) Manutenção dos computadores e outros equipamentos.

(P10) Por vezes, o cabo da TV está danificado o que acarreta mau contato.

Acompanhamento Remoto (P5) Acompanhamento digital dos alunos.

Fonte: autor (2022)

97 Na sexta questão indaguei sobre se o uso das TDIC facilitou o seu ensino.

Observei que a maior parte dos docentes apontou que as TDIC facilitaram o acesso dos alunos à informação, sendo possível obtê-las sobre qualquer assunto, em qualquer momento e em tempo real. Além disso, também facilitou o acesso dos alunos aos materiais didáticos utilizados nas disciplinas pelos professores, sendo necessário apenas um celular com conexão à internet, por exemplo. O/A P10 explica como as TDIC têm facilitado a sua práxis:

Têm auxiliado como ferramentas úteis durante o alcance de objetivos de aprendizagem em educação musical, bem como no acesso a informações em trabalhos com pesquisa; no compartilhamento de informações entre os grupos e também no envio de arquivos, no planejamento de sequências didáticas que são trabalhadas na técnica da sala de aula invertida. (P10).

Alguns professores associam o uso das TDIC à aplicação de metodologias ativas, o que é uma tendência observada na revisão bibliográfica. Além disso, grande parte dos professores comenta que incorporar as TDIC à prática docente ajudou a flexibilizar os procedimentos metodológicos e a alcançar formas diferentes de ensino. Os sujeitos comentaram também que as TDIC facilitaram os processos de aprendizagem dos alunos, o desenvolvimento da criatividade e a ampliação das possibilidades de recursos didáticos, oferecendo uma melhoria sensível na interação com as classes, tornando as aulas mais dinâmicas e facilitando o engajamento dos alunos nas aulas. O/A P9 comenta como o uso das TDIC dinamizaram a sua práxis docente:

Principalmente esse último setup me fez eu condensar anos de materiais que estavam pulverizados em diferentes pastas e diferentes formatos (Word, Excel, Powerpoint, Finale, PDF, imagem) em um único lugar (Notion), onde tudo fica organizado e disponível para os alunos, como se fosse um livro digital interativo. Dessa forma, ficou muito fácil conduzir o fluxo das aulas através das páginas, ao mesmo tempo respeitando o ritmo e as peculiaridades de cada turma. No próprio uso, semanalmente, vou adicionando novos conteúdos e reorganizando os materiais, de forma que vai se adensando e se revisando o montante. A estrutura geral vai ficando clara e eu mesmo vou atualizando minha visão a respeito da disciplina. O Classroom é muito bom também no final do período, com o seu sistema de cálculo e interação com os alunos. Para mim é muito confortável, uma vez que os cálculos são automáticos e vou tendo uma ideia do rendimento geral da turma. Já eles vão acompanhando as próprias médias, o que previne surpresas no final do período, assim como fornece a eles um feedback sobre como estão rendendo. (P9).