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Educação em higiene do sono na infância: quais abordagens são efetivas? Uma revisão sistemática da literatura,.

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www.jped.com.br

ARTIGO

DE

REVISÃO

Education

in

children’s

sleep

hygiene:

which

approaches

are

effective?

A

systematic

review

,

夽夽

Camila

S.E.

Halal

a,b

e

Magda

L.

Nunes

b,∗

aGrupoHospitalarConceic¸ão,PortoAlegre,RS,Brasil

bFaculdadedeMedicina,PontifíciaUniversidadeCatólicadoRioGrandedoSul(PUC-RS),PortoAlegre,RS,Brasil

Recebidoem7demaiode2014;aceitoem14demaiode2014

KEYWORDS

Sleephygiene; Sleepeducation; School-aged; Child

Abstract

Aim: Toanalyze the interventionsaimed atthe practiceofsleephygiene, aswell astheir

applicabilityandeffectivenessintheclinicalscenario,sothattheymaybeusedbypediatricians

andfamilyphysiciansforparentaladvice.

Sourceofdata: AsearchofthePubMeddatabasewasperformedusingthefollowing

descrip-tors:sleephygieneORsleepeducationANDchildrenorschool-aged.IntheLILACSandSciELO

databases,thedescriptorsinPortuguesewere:higieneEsono,educac¸ãoEsono,educac¸ãoE

sonoEcrianc¸as,ehigieneEsonoEinfância,withnolimitationsofthepublicationperiod.

Summaryofthefindings: Intotal,tenarticleswerereviewed,inwhichthemainobjectives

weretoanalyzetheeffectivenessofbehavioralapproachesandsleephygienetechniqueson

children’ssleepqualityandparents’qualityoflife.Thetechniquesusedwereoneormoreofthe

following:positiveroutines;controlledcomfortingandgradualextinctionorsleepremodeling;

aswellaswrittendiariestomonitorchildren’ssleeppatterns.Alloftheapproachesyielded

positiveresults.

Conclusions: Althoughbehavioralapproachestopediatricsleephygieneareeasytoapplyand

adhereto,therehavebeenveryfewstudiesevaluatingtheeffectivenessoftheavailable

tech-niques.Thisreviewdemonstratedthatthesemethodsareefficientinprovidingsleephygiene

forchildren,thusreflectingonparents’improvedqualityoflife.Itisofutmostimportancethat

pediatriciansandfamilyphysiciansareawareofsuchmethodsinordertoadequatelyadvise

patientsandtheirfamilies.

©2014SociedadeBrasileiradePediatria.PublishedbyElsevierEditoraLtda.Allrightsreserved.

DOIserefereaoartigo:http://dx.doi.org/10.1016/j.jped.2014.05.001

Comocitaresteartigo:HalalCS,NunesML.Educationinchildren’ssleephygiene:whichapproachesareeffective?Asystematicreview. JPediatr(RioJ).2014;90:449---56.

夽夽TrabalhorealizadonaPontifíciaUniversidadeCatólicadoRioGrandedoSul,PortoAlegre,RS,Brasil.

Autorparacorrespondência.

E-mail:nunes@pucrs.br(M.L.Nunes).

(2)

PALAVRAS-CHAVE

Higienedosono; Educac¸ãodosono; Infância;

Crianc¸a

Educac¸ãoemhigienedosononainfância:quaisabordagenssãoefetivas?Uma revisãosistemáticadaliteratura

Resumo

Objetivo: Avaliarasintervenc¸õesvisandopráticasdehigienedosonoemcrianc¸as,sua

aplicabi-lidadeeefetividadenapráticaclínica,paraqueasmesmaspossamserutilizadasnaorientac¸ão

dospaispelospediatrasemédicosdefamília.

Fontedosdados: Foirealizadabusca nabasededadosdaPubmedutilizando osdescritores

sleephygieneORsleepeducationANDchildorschool-aged,enasbasesLilacseScielo,com

asseguintespalavras-chave:higieneEsono,educac¸ãoEsono,educac¸ãoEsonoEcrianc¸as,e

higieneEsonoEinfância,nãotendosidolimitadooperíododebusca.

Síntesedosdados: Foram revisados10 artigos cujosobjetivos eram analisar efetividade de

abordagenscomportamentaisedetécnicasdehigienedosonosobreaqualidadedosonodas

crianc¸asenaqualidadedevidadospais.Foramutilizadasumaoumaisdasseguintestécnicas:

rotinaspositivas,checagemmínimacomextinc¸ãosistemáticaeextinc¸ãogradativaou

remo-delamentodosono,bemcomodiáriosdopadrãodesono.Todasasabordagensapresentaram

resultadospositivos.

Conclusões: Apesardeaabordagemcomportamentalnomanejodosononafaixaetária

pediá-tricaserdesimplesexecuc¸ãoeadesão,existempoucosestudosnaliteraturaqueavaliaram

suaefetividade.Osestudosrevisadosevidenciaramqueestasmedidassãoefetivasnahigiene

erefletememmelhorianaqualidadedevidadospais.Édefundamentalimportânciaos

pedia-trasemédicosdefamíliaconheceremestasabordagens,paraquepossamoferecerorientac¸ões

adequadasaseuspacientes.

©2014SociedadeBrasileiradePediatria.PublicadoporElsevierEditoraLtda.Todososdireitos

reservados.

Introduc

¸ão

A prevalência de distúrbios do sono é alta na infância, podendo acometer em torno de 30% das crianc¸as até a idade escolar,1,2 e sua importância está nas

consequên-cias que ela pode acarretar na vida não só da crianc¸a,

mastambémde sua famíliae dasociedade.3 Assim, uma

crianc¸a com alterac¸ões crônicas do sono pode

apresen-tar dificuldades na aprendizagem escolar e consolidac¸ão

da memória dos conteúdos aprendidos, irritabilidade e

alterac¸õesnamodulac¸ãodohumor,dificuldadeemmanter

a atenc¸ão e alterac¸ões comportamentais, como

agressivi-dade, hiperatividade ou impulsividade.4---7 Além disso, um

déficit crônico de sono diminui o limiar para lesões

aci-dentais, bem como promove alterac¸ões metabólicas que,

emlongoprazo,podemacarretar outraspatologias, como

sobrepesoesuasconsequências.8,9

Opediatraeomédicodefamíliaexercempapel

funda-mentalnapromoc¸ãodaqualidade desonodacrianc¸a.10,11

Para tanto, necessitam ter conhecimento a respeito de

métodosdepromoc¸ãodaqualidadesono,aspectosda

fisiolo-giaemodificac¸õesidade-dependentes,alémdaimportância

deumsonodeboaqualidadenainfância.12Estudorecente

demonstrouque, apesarde 96%dos pediatras americanos

consideraremsersuafunc¸ãoorientarospaisarespeitode

métodosdehigienedosono,somente18%haviamrecebido

treinamentoformalnoassunto.10TambémnosEstados

Uni-dos,oSleepinAmericaPoll,realizadoem2004eincluindo

aproximadamente 1.500 famílias de crianc¸as com até

10 anos de idade, evidenciou que apenas 13% dos

pedia-trasquestionavamospaisarespeitodepossíveisalterac¸ões

nosono.13 Umlevantamentorealizadoentreprogramasde

residênciamédicanaáreadepediatriadosEstadosUnidos,

Canadá, Japão, Índia, Vietnã, Coreia do Sul, Singapurae

Indonésiaencontrouqueamédiadetempodespendidoem

educac¸ão dosono nas instituic¸ões daqueles países erade

2 horas durante todo o período de formac¸ão, sendo que

umquartodos programasreferiamnãooferecer nenhuma

instruc¸ãosobreotema.14

Osdistúrbios dosono sãodivididos em oito categorias

distintas,queincluem:insônias,distúrbiosrespiratóriosdo

sono,hiperssoniasdeorigemcentral,distúrbiosdoritmo

cir-cadiano,parassonias,distúrbiosdemovimentorelacionados

ao sono,sintomasisoladose deimportâncianão-resolvida

(onde incluem-se ronco,sonilóquioe asmioclonias

benig-nas)e outros distúrbiosdosono.15 Nestaúltimacategoria

enquadram-seosdistúrbiosdosonoconsideradosfisiológicos

ouambientais.16Osdistúrbiosambientais,frequentemente

de origem comportamental, podem ser evitados se

ade-quadamentemanejados atravésdemedidasdehigienedo

sono.17

Objetivo

Oobjetivodesteartigo é realizarumarevisãosistemática sobreintervenc¸õesvisandomedidasdehigienedosono,sua aplicabilidade e efetividadena práticaclínica pediátrica, paraqueasmesmaspossamserutilizadasnaorientac¸ãodos pais.

Metodologia

(3)

orschool-aged.Foram excluídosartigos derevisão, assim como os que compreendiam participantes na faixa etária de dez anos ou mais, ou populac¸ões com comorbidades (hospitalizac¸ão no momento do estudo, patologias neu-rológicas ou respiratórias, distúrbios comportamentais ou transtornospsiquiátricos).Estudosrealizadoscomcrianc¸as apresentando diagnóstico de parassonias também foram excluídosdestaanálise,bemcomoaquelesemqueométodo dehigienedosononãofoidevidamenteespecificadona ses-são de métodos. Somente estudos publicados nas línguas portuguesa, inglesa eespanhola foram revisados.A busca totalizou 6.621 artigos, dos quais quatro foram excluídos porduplicata.Dos6.617restantesparaaleituradetítulos, 57foramconsideradospossivelmenterelevantesetiveram seusresumosavaliados.Destes,50foramexcluídospornão preencheremoscritériosdeinclusão,eseteforam selecio-nadosparaleituradostextosnaíntegra.Dessetotal,quatro foramconsideradosrelevantesparaesteestudo.18---21

A mesmabusca, porém comdescritoresem português,

foi realizada nas bases de dados Lilacs e Scielo. Os

des-critoresutilizadosforamhigieneEsono,educac¸ãoEsono,

educac¸ão E sono E crianc¸as, e higiene E sono E infância.

NabasededadosLilacs,duasreferênciasforam

encontra-das,masnenhumaseenquadravanoobjetivodestarevisão.

NaScielo,higieneEsonoencontrou20artigos,masnenhum

possuíaoscritériosparainclusãonesteestudo.Nessamesma

base dedados, osdescritoreseducac¸ão E sono E crianc¸as

encontraramcincoartigos,masnenhumseenquadravano

objetivodestarevisão.

Aanálisedostrabalhosesuasreferênciastambém

ofere-ceuapossibilidadedeacessoaoutraspublicac¸ões,comum

totalde seisnovas referênciasbuscadas e incluídasnesta

revisão.22---27Afigura1exibeoprocessodebusca,selec¸ãoe

exclusãodosartigospresentesnaliteraturaatual.

Definic¸ões

Odiagnósticodedistúrbiosdosonoexigeapresenc¸ade cri-térios específicos, presentes por determinado período de tempoecausandoprejuízosparaacrianc¸ae/ouseuspais.1

Assim,sintomaslevesoumoderadosnãosãoconsiderados

transtornos,maspodemcausaralgumgraudeprejuízo.28

Alatênciamédiaparaoiníciodosono costumaserde,

aproximadamente,19minutosemcrianc¸asdeatédoisanos,

e de 17 minutosa partir dos três anos de idade até não

iníciodaadolescência.29 Entreascrianc¸as,ainsônia,

defi-nida como a dificuldade em iniciar ou manter o sono e

que compreende umasérie de subclassificac¸ões,costuma

enquadrar-senodiagnósticodeInsôniaComportamental.30

Esta,porsuavez,divide-seentre:1)associac¸ões

inadequa-dasparainiciarosono;e2)secundáriaànão-imposic¸ãode

limites ouforma mista. O subtipo mais comum, o

secun-dárioànão-imposic¸ãodelimitespelospais,compreendea

tentativadeprotelaromomentodedeitarouarecusaem

fazê-lo,caracterizando-seporchoro,resistênciaem

perma-necernacamaousolicitac¸õesdealimentac¸ão,bebidasou

deleituradehistórias.Nessecontexto,costuma-se

identi-ficarpaiscomrotinas inconsistentes, quetendema ceder

às solicitac¸ões dos filhos.31 No subtipo ‘‘associac¸ões para

iniciarosono’’,determinadocomportamentonecessitaser

repetido a cada despertar para que a crianc¸a retome o

sono.Assim,umacrianc¸aqueassociaoiníciodosonocom

apresenc¸adeumouambosospais,alimentac¸ãoou

balan-ceio,aoviradespertarnodecorrerdanoite---mesmocom

osdespertaresnormaisesperadosparaasuafaixaetária

---necessitaráqueserepitaoritualparaqueretomeosono.32

Apercepc¸ãodos paisa respeitodabaixa qualidadedo

sono dos seus filhos está diretamente relacionada com o

númerodedespertaresnoturnos e com quãodemandante

éacrianc¸aparainiciarereiniciarosono.29,33Umarecente

análisedosdadosdeumacoortederecém-nascidos

brasi-leirosencontrou,aos12meses,umaprevalênciade64,4%

dedespertaresnoturnosnasduassemanasqueprecederam

oestudo,sendoque56,5%dascrianc¸asacordaramtodasas

noitese,amaioriadelas,pelomenosduasvezespornoite.34

Otermo‘‘higienedosono’’compreendemodificac¸õesno

ambientedosono,práticaserotinasdospaisedacrianc¸a

favoráveisaumsonodeboaqualidadeededurac¸ão

sufici-ente.Além disso,incluiapráticadeatividadesnoperíodo

devigíliaquefavorec¸amachegadaao momentodosono,

demaneiraapropiciá-lo.11Algumaspráticasmaisutilizadas

são:possuirhoráriosconsistentes paradeitare despertar,

tantonosononoturnoquantonodiurno(entrecrianc¸asna

faixaetáriaemqueassestassãoconsideradasfisiológicas);

estabelecimento de local apropriado para iniciar o sono;

eevitarassociac¸õescomquestõesambientaise

comporta-mentaiscomo iníciodosono (ser balanc¸ado paradormir,

paispresentesnacamaatéiniciarosono,mamarpara

dor-mir,assistirtelevisãonacama ouingerirbebidasricas em

cafeínapróximo àhora dedormir).17 Crianc¸as que

neces-sitamdeassociac¸õescomportamentaisparainiciarosono,

aodespertaremduranteamadrugada,irãonecessitar

nova-mentedessesrecursospararetomá-lo.1Apresenc¸apassiva

deumdospais,noentanto,parecerserpositivaemalgumas

faixasetárias,bemcomoautilizac¸ãoderecursospróprios

dacrianc¸a,comochuparachupetaouodedoedormircom

umobjetodetransic¸ão.35

Métodosdepromoc¸ãodahigienedosono

Osmétodosmaisestudados serão discutidosa seguir. Tais estratégiasparecemfuncionarmelhorem crianc¸asapartir dedoisanos,quandoumesquemaderecompensajápode ser realizado.2 No entanto, alguns estudostentam

orien-targestantes oupais delactentes com vistasa promover

aprevenc¸ãodoproblema.1,33

Extinc¸ão: Os pais devem colocar a crianc¸a na cama

em horário previamente especificado, e ignorando-a até

determinado horário da manhã seguinte, sem deixar de

monitorizar para a possibilidade de lesões. O método

baseia-seem eliminarosatosque reforc¸am determinados

comportamentos(como choroao despertar),com vistasa

que deixemde existir com o passar dotempo.36 A maior

dificuldadenaimplementac¸ãodestaestratégiaéafaltade

consistênciadospaiseaansiedadegeradanosmesmos.Em

func¸ãodisso,algunsdefendemaestratégiadeextinc¸ãona

presenc¸adospais,emqueelespermanecemnoquarto,mas

nãorespondemaocomportamentodacrianc¸a.2,36

Extinc¸ão gradativa: Apesar de conter diferentes

técni-cas,a extinc¸ão gradativa geralmente consisteem ignorar

as demandas da crianc¸a por períodos de tempo

(4)

6.621 localizados na base de dados

6.617 selecionados para leitura de títulos

57 selecionados para leitura dos resumos

7 selecionados para leitura do artigo na

íntegra

6 selecionados a partir do rastreamento

das referências bibliográficas

4 excluídos por duplicata

4 selecionados para inclusão

6.560 excluídos

50 excluídos

Justificativas para a exclusão: - Delineamento: 38 - Faixa etária: 4 - Idioma: 6

- Objetivo do estudo:: 1 - Comorbidades: 1

3 excluídos

Justificativas para a exclusão: - Crianças hospitalizadas: 1 - Método de higiene não especificado: 2

10 incluídos na revisão

Figura1 Processodeselec¸ãoeexclusãodeartigos.

crianc¸a, seu temperamento e o julgamento dos pais em relac¸ão ao tempodetolerância ao chorode seu filho. Os paisdevemacalmaracrianc¸aporcurtosperíodos,que cos-tumam variar de 15 segundos a 1 minuto. A técnica tem como objetivo promover a capacidade da própriacrianc¸a emsetranquilizare retornaradormir,semanecessidade deassociac¸õesindesejáveisouinterferênciasdospais.1,2,36

Analisando79crianc¸ascomidademédiade10,2meses

(3 a 24 meses), cujos pais foram orientados a implantar

a técnica de extinc¸ão gradativa durante o sono noturno,

Skuladottirecolaboradoresencontraramqueadurac¸ãodo

sono noturno aumentou de 10,27 horas para 10,57 horas

(p<0,001) após a intervenc¸ão, bem como foi reduzida a

frequênciadedespertaresnoturnos(de4,57para1,57por

noite;p<0,001).18

Eckerberg realizou um estudo com o objetivo de

ava-liar se orientac¸ões fornecidas somente por escrito aos

pais de crianc¸as em atendimento em uma clínica de

distúrbiosdosonofuncionariamtãobemquantoo

acompa-nhamentoclínicoqueatéentãovinhasendopreconizado.19

As orientac¸ões aos pais das crianc¸as incluídas no estudo

seguiam o método de extinc¸ão gradativa, o mesmo

utili-zadonasorientac¸õespelomédiconasconsultasderotina.

Umtotalde39crianc¸asentrequatroe30mesesdeidade

participoudoestudo,e estasforamdivididasentregrupos

intervenc¸ão(informac¸õesescritasenviadaspore-mail,sem

contato com o médico) e controle (informac¸ões pelo

clí-nico).Apósaintervenc¸ão,ascrianc¸as deambososgrupos

passaramaadormecermaisrapidamente(p<0,001)emais

cedo(p<0,01),chegando a 30 minutosmaiscedo em um

mêsdaintervenc¸ão.

Emambososgrupostambémhouvereduc¸ãosignificativa

dos despertaresnoturnos (de4,6 para4,2 despertaresno

grupocontrole,ede3,3para2,8naintervenc¸ão;p<0,001)

nasduassemanasseguintesàintervenc¸ão.Achancede

reto-mar o sono por conta própria também aumentou após a

intervenc¸ão (2,1nogrupocontrole, e 2,0na intervenc¸ão;

p<0,001). Após três meses, essa reduc¸ão seguiu

aconte-cendo em ambos os grupos, além de terhavido aumento

notempodedurac¸ão dosononoturno (em 59minutosno

grupocontrole,e72minutosnogrupointervenc¸ão)euma

diminuic¸ãonotempodevigíliaduranteanoite(de82para

18minutos;p<0,001),semdiferenc¸asentreosgrupos.

Em estudo australiano de casos e controles conduzido

por Hiscock & Wake,foramrecrutadas 146crianc¸as entre

sete e nove meses em ambiente ambulatorial.22 O grupo

intervenc¸ãorecebeuorientac¸õesespecializadassobrea

fisi-ologiadosonoesobreaaplicac¸ãodométododeextinc¸ão

gradativa, enquanto o grupo controle recebeu um

bole-tim informativoarespeitodepadrões normaisdesonona

faixaetáriadeseisa12meses.Doismesesmaistarde,as

crianc¸asdogrupointervenc¸ãohaviamresolvidomais

proble-masdosono emrelac¸ãoaosdogrupocontrole(p=0,005),

e os problemas restantes eram menos intensos no grupo

intervenc¸ão.Ossintomasdepressivosmaternosdiminuíram

emambososgruposapósdoismeses,porémdemaneiramais

significativa no grupo intervenc¸ão (p=0,02), grupo cujas

mães tambémrelataram seu próprio sonocomo sendo de

melhorqualidade(p=0,02)aofinaldoacompanhamento.

Visando comparar a efetividade entre os métodos de

extinc¸ãoeextinc¸ãogradativa,edestesemrelac¸ãoanenhum

(5)

43crianc¸asde16a48meses(14extinc¸ão,13extinc¸ão

gra-dativae16controles)previamenteàintervenc¸ão,21diase

doismesesapósamesma.23Elesobservaramqueasfamílias

alocadasnogrupo‘‘extinc¸ão’’tiverammaisdificuldadeem

aderiraométododuranteasegundasemanaemrelac¸ãoao

grupo‘‘extinc¸ãogradativa’’(interrompendoaintervenc¸ão,

emmédia,3,4vezesporsemana,contra1,1vezesnooutro

grupo;p=0,02).Norestantedotempo,aadesãosemanteve

altaesemelhanteemambososgrupos(p<0,01).Osgrupos

deintervenc¸ãotambémobtiverammelhoresavaliac¸õesem

relac¸ãoàqualidadetantoemrelac¸ãoaomomentodeinício

quantodemanutenc¸ão dosonoem relac¸ãoao grupo

con-trole.NasubescalareferenteàqualidadedosononoCBCL

(Child Behaviour Checklist),ambos osgrupos intervenc¸ão

tambémpontuaram melhorem relac¸ãoaogrupocontrole,

edemaneirasemelhanteentresi.Doismesesmaistarde,

novaavaliac¸ãoevidenciouqueosbenefíciossemantinham

nosgruposquesofreramintervenc¸ões.

Checagemmínimacomextinc¸ãosistemática:Semelhante

aométododeextinc¸ão,mascomapossibilidadedechecar

ascondic¸õesdacrianc¸aacada5a10minutos,

confortando--arapidamentequandonecessário,arrumandoascobertas

eassegurando-sedequenãohouveintercorrências.2

Adachi et al. analisaram 99 crianc¸as levadas à

con-sulta de puericultura aos quatro meses, dividindo-as

aleatoriamente entre grupo intervenc¸ão e controle.20

Aintervenc¸ãoconsistia em informac¸õesacerca derotinas

positivasparainiciarosono,condutasadequadase

inade-quadas para retomar o sono durante a noite e o método

dechecagemmínimacomextinc¸ãosistemática.Aofinaldo

estudo,o grupointervenc¸ão apresentavamaiorquedanas

taxas de comportamentos listados como ‘‘inadequados’’.

A característica ‘‘alimentar ou trocar a fralda

imediata-mente’’reduziude66,7%para36,4%(p=0,001),eadescrita

como ‘‘segurar e confortar imediatamente’’ reduziu de

22,7%para10,6%(p=0,021).Nogrupocontrole,onúmerode

despertaresnoturnos aumentousignificativamente.de53%

para66,7%(p=0,022),bemcomoonúmerodedespertares

comchoro(de8,1%para19,4%;p=0,065).

Uma intervenc¸ão realizada por Hall e colaboradores

incluiu39famíliasdelactentesdeseisa12mesescujospais

buscaramauxílioemumservic¸odeatendimentotelefônico

parapaisdelactentescomdificuldadesnosono.21 O

obje-tivodoestudofoianalisaramelhoradaqualidadedevida

dos paise, ao finaldaintervenc¸ão,foi apontadamelhora

significativana qualidadedosono dospais,bemcomodos

sintomasdehumordeprimidoefadiga.Astaxasdecoleito

tambémdiminuíramsignificativamente(de70%praticando

antesdaintervenc¸ãopara74%nãopraticandoapósamesma;

p<0,001), sem terhavido alterac¸ão na práticade

aleita-mentomaterno.

Rotinaspositivas:Consistenaelaborac¸ãoderotinas

pre-cedendo a hora de dormir que consistam em atividades

tranquilaseprazerosas.37Outraestratégiaquepodeser

uti-lizada é atrasar o horário de ir para cama para garantir

que,quandodeitada,acrianc¸adurmarapidamente,atéo

momentoemqueohábitodeadormecerrapidamenteesteja

consolidado.Apartir deentão,inicia-sea antecipac¸ãodo

horáriodedormirem15a30minutos,emnoitessucessivas,

atéalcanc¸arohorárioconsideradoadequado.Acrianc¸anão

devedormirduranteodia,excetonasfaixasetáriasemque

osonodiurnoéfisiológico.2,36

As rotinas positivas costumam ser utilizadas em

associac¸ão com outros métodos de higiene do sono.

Ada-chiYecolaboradoresincluíram,noseugrupointervenc¸ão,

recomendac¸õescomportamentais.Aofinaldaintervenc¸ão,

encontraram que a prática de rotinas positivas

carac-terizadas por ‘‘brincar e estimular durante o dia’’

(p=0,003),‘‘estabelecimentodelocalparainiciarosono’’

(p=0,008) e ‘‘estabelecimento de horários determinados

para dormir e despertar’’ (p=0,007) havia aumentado

significativamente.20

Mindell e colaboradores realizaram estudo incluindo

crianc¸asemdoisgrupos(setea18mesese18a36meses),no

qualseimplantouumarotinaprecedendoosonoconstituída

por banho seguido de massagem e atividades tranquilas,

sendo30 minutos o tempoentre o banho e o apagardas

luzes.24 A rotina reduziu significativamente o

comporta-mentoproblemáticoem ambososgrupos,comdiminuic¸ão

dalatênciadosono edonúmeroe durac¸ãodos

desperta-resnoturnos (p<0,001).As mães dogrupode crianc¸asde

até18mesesapresentaramreduc¸ãonossintomasdetensão,

depressão,raiva,fadiga,faltadevigoreconfusão(p<0,001)

e,nasdosmaioresde18meses,ocorreumelhorados

sinto-masdetensão,raiva,fadigaeconfusão(p<0,001).

Esteestudoteveumseguimentoemlongoprazo,e65%

dosparticipantesdogrupode18mesesforamrandomizados

emtrêssubgrupos:umdelesrecebeuinstruc¸ões

exclusiva-mente via internet; outro recebeuinstruc¸ões via internet

somadasàsdescritasnoestudoanterior;eumterceirogrupo

foi mantido como controle.25 Após um ano, as melhoras

observadas nos dois grupos que sofreramas intervenc¸ões

emrelac¸ão àlatênciadosono,dificuldade emadormecer,

númeroedurac¸ãodedespertaresnoturnos,períododesono

contínuoeconfianc¸amaternaemrelac¸ãoaomanejodosono

de seu filho foram mantidas (p<0,001). Após três

sema-nasdaintervenc¸ão,aqualidadedosonomaternomostrou

melhorasignificativa(p<0,001);apósumano,noentanto,

amesmavoltouacairatéosníveispróximosaosdoinício

daintervenc¸ão.

Comoobjetivodecompararaefetividadeentrerotinas

positivaseaextinc¸ãogradativanareduc¸ãodecrisesderaiva

comdescontroleaodeitar,Adams&Rickertacompanharam,

durante seis semanas, dois grupos de crianc¸as orientados

para cada uma das intervenc¸ões em relac¸ão a um grupo

controle,totalizando36crianc¸as(12porgrupo)comidades

entre18e48meses.26Ascrianc¸asnosgruposquesofreram

qualquerumadasintervenc¸õesapresentavam

significativa-mentemenoscrisesderaivaeepisódiosdemenordurac¸ão

emrelac¸ão aoscontroles(p<0,05 ep<0,001,

respectiva-mente).Nãohouvediferenc¸asignificativaderespostaentre

osgrupos deintervenc¸ões,apesardeascrianc¸as nogrupo

quepraticavarotinaspositivasteremapresentadorespostas

favoráveis mais rapidamente.Pais nogrupo alocadopara

implementarrotinas positivas tambémpontuaram melhor,

ao final dotratamento, na Escala de Ajustamento

Conju-gal, validada para aquela populac¸ão e que investigou a

percepc¸ãoqueocasaltinhadorelacionamento.38

Despertarprogramado:Consisteemdespertaracrianc¸a

duranteanoite,entre15e30minutosantesdoseu

horá-rio habitual de despertar espontâneo, e após confortá-la

pararetornar a dormir. O número de despertares

progra-mados deve variar de acordo com o número habitual de

(6)

Halal

CS,

Nunes

ML

Autor/Ano

publicac¸ão

Faixa etária

N Objetivoprincipal Métododehigienedo

sono

Resultados

Adachi

etal.,20

2009

4meses Intervenc¸ão:99 Controle:95

-Reduc¸ãodecomportamentos ‘‘inadequados’’,despertares noturnosedespertarescomchoro

-Rotinaspositivas -Checagemmínimacom extinc¸ãosistemática

-Reduc¸ãocomportamentos‘‘inadequados’’

-Prevenc¸ãodoaumentodedespertaresnoturnoscoma idade

Halletal.,21

2006

6a12 meses

39 -Avaliac¸ãodaqualidadedevidados paisapósmelhoradaqualidadedo sonodacrianc¸a

-Checagemmínimacom extinc¸ãosistemática

-Melhoranaqualidadedosonoesintomasdehumor deprimidodospais

-Reduc¸ãocoleito Rickert&

Johnson,27

1988

6a54 meses

33(11emcada grupo

intervenc¸ão,11no grupocontrole)

-Avaliac¸ãodareduc¸ãodonúmerode despertaresnoturnos

-Despertarprogramado -Extinc¸ãosistemática -Controle

-Menornúmerodedespertaresnoturnosemambosos gruposquesofreramintervenc¸ões

Mindell etal.,24

2009

7a18 meses 18a36 meses

206(7-18m) 199(18-36m)

-Alterac¸õesdohumormaternoapós melhoradaqualidadedosonoda crianc¸a

-Rotinaspositivas -Diminuic¸ãolatênciadosononascrianc¸as -Diminuic¸ãodadurac¸ãodedespertaresnoturnos -Reduc¸ãodossintomasdepressivosnasmães

Mindell etal.,25

2011

18a48 meses

171 -Alterac¸ãonaqualidadedosonoda crianc¸aedamãe

-Alterac¸ãonaautoconfianc¸amaterna

-Rotinaspositivas -Reduc¸ãodalatênciadosono,dificuldadeem adormecer,númeroedurac¸ãodedespertaresnoturnos -Melhoradaautoconfianc¸amaterna

-Melhoratemporáriadaqualidadedosonomaterno Skuladottir

etal.,18

2005

3a24 meses

79 -Alterac¸õesnopadrãodesono noturnocommelhoradopadrãode sonodiurno

-Rotinaspositivasparao sonodiurno

-Extinc¸ãogradativapara osononoturno

-Remodelamentoparao sonodiurno

-Aumentodosononoturno -Reduc¸ãodosdespertaresnoturnos

Adams& Rickert,26

1989

18e48 meses

36(12emcada grupo

intervenc¸ão;12no grupocontrole)

-Efeitosobreonúmerodecrisesde birra

-Rotinaspositivas -Extinc¸ãogradativa

-Menornúmerodecrisesdebirraeepisódiosmais curtosemambososgruposdaintervenc¸ão

-Melhorpontuac¸ãodospaisdogrupoRotinasPositivas naEscaladeAjustamentoConjugal

Eckerberg,19

2002

4e30 meses

39 -Efetividadedeinformac¸õesescritas emdetrimentodeorientac¸ões verbaispelomédico

-Extinc¸ãogradativa -Reduc¸ãodalatênciadesonoemambososgrupos -Reduc¸ãodosdespertaresemambososgrupos -Aumentonachancedevoltaradormirporconta própriaemambososgrupos

Hiscock& Wake,22

2002

7a9 meses

Intervenc¸ão:75 Controle:71 (total146)

-Efetividadedeorientac¸õespelo clínicoemrelac¸ãoaorientac¸ões escritassobrequalidadedesonoda crianc¸aesintomasdepressivos maternos

-Extinc¸ãogradativa -Menosproblemasdesononogrupointervenc¸ão -Reduc¸ãodossintomasdepressivosmaternosnogrupo intervenc¸ão

Reidetal.,23

1999

16a48 meses

43(14grupo extinc¸ão,13grupo extinc¸ãogradativa e16controles)

-Comparac¸ãodaefetividadeentre métodosdehigienedosono

-Extinc¸ão

-Extinc¸ãogradativa

-Maisdificuldadedeadesãonogrupo ‘‘extinc¸ão’’duranteasegundasemana

(7)

deeliminarosdespertaresespontâneos,iniciando-seo pro-cessodereduc¸ãodosdespertaresprogramados,comouma maiorconsolidac¸ãodosono.1,2,36

Rickert&Johnsoncompararamosmétodosdedespertar

programadoeextinc¸ãosistemáticacomumgrupocontrole

contendo 33 crianc¸as com média de idade de 20 meses

(6-54meses),alocando-as, paratanto, aleatoriamenteem

trêsgruposde11crianc¸as(umgrupodedespertar

progra-mado,umdeextinc¸ãosistemáticaeumgrupocontrole).27

Aintervenc¸ãodurouoitosemanas,efoifeitonovocontato

comospaisentretrêseSeissemanasmaistarde.Ascrianc¸as

que sofreram as intervenc¸ões apresentavam, ao final do

experimento,menor númerodedespertaresnoturnos (p <

0,05), apesardeessa queda terocorrido demaneira mas

rápidanogrupoexpostoàextinc¸ão.Essadiferenc¸ase

man-teveestatisticamentesignificativaduranteasreavaliac¸ões.

Remodelamentodosono:Consisteemnãopermitirqueos

cochilosocorramem horáriosquepossamatrapalharo

iní-ciodo sono noturno,o que compreende4 horas antesdo

horário de dormir entre as crianc¸as em faixa etária que

permitadoiscochilos aodia, e6horasentrecrianc¸asque

costumamrealizarumasestaaodia.18

O estudo desenvolvido por Skuladottir e colaboradores

utilizou esta técnica nas sestas diurnas.18 Como

demons-tradoacima,observaramresultadospositivosemrelac¸ãoà

durac¸ãodosononoturno.

Atabela1resumeosestudosincluídosnestarevisãopor

autor,faixaetáriaenúmerodeparticipantes,objetivos,tipo

deintervenc¸ãoeresultadosprincipais.

Discussão

O número de estudos disponíveis na literatura a respeito de intervenc¸ões visando a higiene do sono em crianc¸as semcomorbidadesémuitoreduzido.18---27Chamaatenc¸ãoo

fatonãotersidoencontrado,nestabusca,qualquerestudo

brasileiro.Umrecenteestudotransversalrealizadonos

Esta-dos Unidos com crianc¸as entre cinco e seis anos de uma

comunidadedebaixarenda,compostapredominantemente

por famílias de origem latina, encontrou uma

prevalên-cia de alterac¸ões do sono quatro vezes maior do que a

normalmente esperada nessa faixa etária, sugerindo que

condic¸õessocioeconômicasdesfavoráveispodemcontribuir

paraamáqualidadedosono.39Essedadochamaaatenc¸ão

paraapotencialimportânciadessetipodelevantamentoe

deintervenc¸õestambémna populac¸ãobrasileira,

conside-rando quea melhoradaqualidade dosonoentrecrianc¸as

dediversasfaixasetáriaseníveissocioeconômicospoderia

contribuirpara a melhora, também, deoutros índices de

qualidadedevida.

Algunsdosestudosevidenciaramquecrianc¸asdegrupos

que não receberam qualquer intervenc¸ão também

obti-veram melhoras nos índices de qualidade do sono nas

reavaliac¸ões.Umapossívelexplicac¸ãoéaexistênciadeuma

relac¸ãoentreamaturac¸ãoneuraleosmecanismos

circadi-anosfisiológicos, quepor sisóagem comoreguladores do

sono,melhorando suaqualidade como passardotempo.1

Noentanto,chama aatenc¸ão queascrianc¸asque

recebe-ramintervenc¸õesapresentarammelhorasmaisconsistentes

esignificativasnosíndicesdequalidadedosono.Essedado

sugereaimportânciadoambienteexternoparaoprocesso

dematurac¸ãodosono.

Informac¸ões fornecidas somente por escrito (folhetos,

orientac¸ões)tambémpodemserigualmenteefetivas.19

Pos-sivelmente, isso se deve ao fato de estas poderem ser

consultadas coma frequênciaque ospais julguem

neces-sárioe à medida que surjam dúvidas na implantac¸ão das

técnicas.

Asintervenc¸õesrealizadasnosestudosrevisadossão

sim-plese efetivas,todassecundáriasa medidaseducacionais

aospais,enãoimplicamemcustoadicionalparaosmesmos

ouparaosistemadesaúde,poisconsistembasicamenteem

orientac¸ões.É possível que essas intervenc¸ões, pelo

con-trário,impliquem em reduc¸ão de custos ao sistema,pois

paisbem orientados e, por conseguinte, cujos filhos

dor-memmelhor,provavelmenteapresentammenorchancede

buscaratendimento especializado,alémde terem melhor

rendimento em suas atividades profissionais. Os

resulta-dosfavoráveisdetodasasintervenc¸õesqueobjetivamente

buscaramanalisarhumorequalidadedevidadospais

cor-roboramcomestahipótese.

Osestudosrevisadosabordaramfaixaetáriaampla,

vari-andoentretrêsmesesaquatroanos,sendoqueamaioria

engloboucrianc¸as noprimeiro anode vida.Aimportância

dessedado está nofatodeque intervenc¸ões em crianc¸as

menoresdedois anos tambémparecemser efetivas,

per-mitindoquemodificac¸ões precocesevitemaexposic¸ão da

crianc¸aalongosperíodosdesonodemáqualidade.

É func¸ão do profissional da saúde que trabalha com

crianc¸as conhecer a fisiologia do sono e seu processo

fisiológico de maturac¸ão. A inclusão na anamnese de

perguntas acerca da qualidade do sono e possíveis

fatores prejudiciais ao mesmo, além do oferecimento

deorientac¸õesdehigienedosonocomvistasàprevenc¸ão

outratamentodecomportamentospatológicos,devefazer

partedaconsultapediátrica.

Conflitos

de

interesse

Osautoresdeclaramnãohaverconflitosdeinteresse.

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Figura 1 Processo de selec ¸ão e exclusão de artigos.

Referências

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