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A escola como "fator de proteção" para drogas: uma visão dos adolescentes e professores.

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Academic year: 2017

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A ESCOLA COMO “FATOR DE PROTEÇÃO” PARA DROGAS: UMA VI SÃO DOS

ADOLESCENTES E PROFESSORES

Mar ía del Car m en Gar cía de Jesús1 Mar ia das Gr aças Car v alho Fer r iani2

O obj et ivo dest e t rabalho foi conhecer e descrever os fat ores de prot eção em relação ao consum o de dr ogas, con sider ado por pr of essor es e adolescen t es, en t r e 1 4 e 1 5 an os de idade, de u m a Escola Pú blica Secundária na cidade de Sant iago de Querét aro, México. Est e est udo descrit ivo e explorat ório ut ilizou ent revist a sem i- est r u t u r ad a e a ob ser v ação n ão p ar t icip at iv a n a colet a d e d ad os. Os su j eit os d o est u d o f or am d ez alu n os, am b os os sex os, e cin co p r of essor es d o sex o f em in in o. Os r esu lt ad os f or am ag r u p ad os em t r ês t em as: escola e am bient e escolar : int er pr et ado com o a escola não fav or ece um am bient e saudáv el; consum o de dr ogas: é per cebido t ant o por alunos com o pr ofessor es na pr ópr ia inst it uição; pr ogr am as de pr evenção: a escola p ossu i p r og r am a d e p r ev en ção, en t r et an t o, o m esm o n ão at in g e a t od os os alu n os. Na v isão d os adolescent es e professores, a escola não se apresent a com o Fat or de Prot eção, m as sim com o Fat or de Risco.

DESCRI TORES: edu cação pr im ár ia e secu n dár ia; in st it u ições acadêm icas; adolescen t es

SCHOOL AS A “PROTECTI VE FACTOR” AGAI NST DRUGS: PERCEPTI ONS OF

ADOLESCENTS AND TEACHERS

This st udy aim s t o discov er and descr ibe pr ot ect iv e fact or s r egar ding t he use of dr ugs, accor ding t o t eachers and st udent s, aged 14 t o 15 years, from a Public Secondary School in Sant iago de Querét aro, Mexico. This is a descr ipt iv e and ex plor at or y st udy . Dat a collect ion w as car r ied out t hr ough sem i- st r uct ur e int er v iew and non- part icipat ive observat ion wit h t en st udent s and five t eachers. Three t hem es result ed from dat a analysis: school and school’s environm ent : t he school does not provide a healt hy environm ent ; use of drugs: perceived by bot h t he st udent s and t eacher s in t he inst it ut ion it self; pr ev ent ion pr ogr am s: t her e ar e healt h pr om ot ion and pr ev ent ion pr ogr am s av ailable at t he sch ool. Accor din g t o t h e st u dent s’ and t eacher s’ per cept ions, t h e school r epr esent s a r isk fact or .

DESCRI PTORS: educat ion, pr im ar y and secondar y ; schools; adolescent s

LA ESCUELA COMO “FACTOR PROTECTOR” PARA LAS DROGAS: UNA VI SI ÓN DE

ADOLESCENTES Y MAESTROS

El pr esent e t r abaj o t uvo com o obj et ivo conocer y descr ibir los fact or es pr ot ect or es en r elación con el consum o de dr ogas, que son consider ados por los pr ofesor es y alum nos ent r e 14 y 15 años de edad, de una escuela pública de la ciudad de Sant iago de Quer ét ar o, Méx ico. Est e est udio descr ipt iv o y ex plor at or io ut ilizó ent r ev ist as sem i- est r uct ur adas y obser v ación no par t icipat iv a, las cuales fuer on aplicadas a 10 alum nos y 5 profesores. Del análisis de los dat os surgen t res t em át icas: escuela y am bient e escolar: la escuela no favorece un am bient e escolar saludable; consum o de dr ogas: se obser v a que t ant o los alum nos y m aest r os consum en dr ogas en la inst it ución; pr ogr am as de pr ev ención: la escuela t iene pr ogr am as de pr ev ención y pr om oción a la salud, per o no alcanzan a t odos los alum nos. Los r esult ados r efier en que la escuela es un fact or de r iesgo según la v isión de pr ofesor es y alum nos.

DESCRI PTORES: edu cación pr im ar ia y secu n dar ia; in st it u cion es académ icas; adolescen t es

1

(2)

I NTRODUÇÃO

O

fenôm eno das dr ogas r epr esent a um dos

pr oblem as de saú de pú blica m ais gr av es do Méx ico da at ualidade no qual os adolescent es se encont r am envolvidos, com o m ost ram os result ados da Pesquisa Nacional de Vícios, onde m ais de 200 m il adolescent es ent re 12 e 17 anos ( 215.634) usam drogas. A proporção por sexo é de 3,5 usuários hom ens para cada m ulher. A idade m édia de início ent re os adolescent es foi por

v olt a dos 1 4 an os. Est es r esu lt ados r ev elam qu e o consum o de dr ogas é um dos com por t am ent os m ais p r ob lem át icos d os j ov en s n a at u alid ad e, d ad as as est at íst icas m encionadas, sendo m ais freqüent e ent re a população adolescent e( 1 ).

A est e r espeit o é im por t ant e dest acar que a adolescência é um a et apa de t ransição ent re a infância e a idade adult a, a qual se caract eriza pelo conj unt o d e m u d a n ça s f ísi ca s, p si co l ó g i ca s, e m o ci o n a i s e

s o c i a i s , o n d e p a r a l e l a m e n t e s e a p r e s e n t a o desenv olv im ent o físico int er no e ex t er no, e ocor r em

m odificações na est r ut ur a social, onde a im por t ância do grupo de am igos t ende a aum ent ar e a t endência de im it ar a for m a de vest ir, falar e ser do gr upo ao que per t ence é acent uada, opt ando por hábit os que p r e j u d i c a m s u a s a ú d e( 2 ). Es t a s a ç õ e s p o d e m con d icion ar a ad olescen t e ao con su m o d e álcool e ou t r as d r og as. Est as ex p er iên cias p od em p r ov ocar no adolescent e a negação ou a aceit ação dest e t ipo de su bst ân cias, o qu e ger a pr oblem as sign ificat iv os

na saúde indiv idual e fam iliar( 3).

Mediant e est a sit uação, é im por t ant e que as in st it u ições ed u cat iv as f om en t em a p r om oção e o for t alecim ent o dos “ fat or es pr ot et or es” par a ev it ar o consum o de drogas. E que, dest a m aneira, perm it am a o i n d i v íd u o e n f r e n t a r a s a d v e r s i d a d e s q u e s e a p r e s e n t a m a e l e , o q u e a b r e u m l e q u e d e possibilidades, ao se enfat izar as for ças ou aspect os posit iv os dos ser es hum anos.

A escola é um am bient e propício para que o

est u d an t e f o r m e u m a m an ei r a d e v i v er sau d áv el , est ando envolvidos os padrões cognit ivos, em ocionais, a f et i v o s, cu l t u r a i s, co m p o r t a m en t a i s e so ci a i s d o indiv íduo, os quais aj udam o adolescent e a t er um a

resist ência ao consum o de drogas, dim inuindo t al risco

( 4 )

. Dest e m odo, a escola t em u m papel v it al com o f at or pr ot et or, n o desenv olv im en t o psico- social das cr ian ças e ad olescen t es( 5 ). Par a isso, é im p or t an t e

q u e se p r om ov am p r og r am as escolar es d e en sin o, onde os est udant es t om em consciência de habilidades par a a v ida e onde a escola sej a um fat or pr ot et or que fav or eça nos j ov ens o bem - est ar físico, social e

psicológico ideais, com o propósit o de que as fut uras

g e r a ç õ e s p o s s a m c o n t a r c o m c o n h e c i m e n t o s ,

h abilidades e dest r ezas par a pr om ov er e cu idar de

sua saúde e para criar e m ant er am bient es de est udo,

t rabalho e convivência saudáveis ( 6). Para que a escola sej a um fat or prot et or cont ra o consum o de drogas é

im port ant e que se criem redes de apoio com os pais,

alunos e pr ofessor es, onde se for t aleçam os hábit os

sa u d á v ei s d o s est u d a n t es. A p r o m o çã o d a sa ú d e

escolar dev e t er os seguint es pr incípios: ar t iculação

e n t r e o s s e t o r e s d a s a ú d e e e d u c a ç ã o p a r a

est ab elecer p r og r am as d e t r ab alh o; con st r u ção d e u m a p er sp ect iv a in t er d iscip lin ar e m u lt id iscip lin ar ;

co m p r een são d a r eal i d ad e; e d esen v o l v i m en t o d e

g r u p os d e alu n os, f am ílias e d ocen t es( 7 ). Por est a

r azão é f u n dam en t al qu e se im plem en t em polít icas

d e s a ú d e n a s e s c o l a s p ú b l i c a s p a r a r e a l i z a r a

Prom oção à Saúde dent ro da inst it uição, que por sua v ez est ar á or ient ada quant o ao pr oblem a dos v ícios

n a p o p u l a çã o esco l a r e p o d er á a ssi m f o m en t a r e

pr om ov er os fat or es pr ot et or es cont r a as dr ogas na

popu lação escolar.

OBJETI VOS

Con h ecer e descr ev er os f at or es pr ot et or es

c o m r e l a ç ã o a o c o n s u m o d e d r o g a s q u e s ã o

consider ados pelos pr ofessor es e adolescent es ent r e

14- 15 anos de idade de um a escola secundária pública

da cidade do Sant iago de Quer ét ar o, Méx ico. Os obj et iv os específicos for am :

- I d e n t i f i ca r se o a d o l e sce n t e e n t r e 1 4 - 1 5 a n o s

percebe quais são os fat ores prot et ores que a escola

lhe ofer ece cont r a o consum o de dr ogas;

- I d en t i f i car se o p r o f esso r p er ceb e q u ai s são o s

f a t o r e s p r o t e t o r e s q u e a e s c o l a o f e r e c e a o adolescent e ent r e 1 4 - 1 5 anos cont r a o consum o de

d r og as;

- I dent ificar se a escola fom ent a os fat ores prot et ores

nos adolescent es cont r a o consum o de dr ogas.

METODOLOGI A

O pr esen t e est u do t r at a- se de u m t r abalh o

d escr it iv o e ex p lor at ór io r ealizad o em u m a escola p ú b l i ca se cu n d á r i a , d o m u n i cíp i o d e Sa n t i a g o d o

Querét aro no México, com a part icipação de 10 alunos

(3)

Est a pesquisa consider ou os aspect os ét icos est abelecidos n as det er m in ações e pr in cípios ger ais da Lei de Saúde do México, com relação a pesquisas par a a saú de. Ser ão u t ilizados os segu in t es: Tít u lo Segundo Capít ulo I , art igos 13, 14, 16, 17, 18, 20 21, 22; assim com o o capít ulo V, art igo 57.

A p e s q u i s a e m q u e s t ã o n ã o r e p r e s e n t a nenhum t ipo de risco para a sociedade, um a vez que não se est á m anipulando a população adolescent e.

Pa r a d a r p r o sseg u i m en t o à p esq u i sa , u m pedido de aut or ização par a r ealização do est udo foi lev ad o ao d ir et or d a escola p ú b lica secu n d ár ia em q u e s t ã o . D a m e s m a f o r m a , o s i n d i v íd u o s q u e part iciparam da invest igação assinaram um t erm o de consent im ent o infor m ado e esclar ecido que r elat av a o pr opósit o da pesqu isa, assim com o o t r at am en t o d o s r e s u l t a d o s , q u e s e r ã o i n f o r m a d o s a o s adolescent es, pais da fam ília e pr ofessor es.

A at ribuição da am ost ra se realizou de form a aleat ória at ravés de um a list a. As t écnicas de pesquisa u t i l i za d a s f o r a m : o b se r v a çã o n ã o - p a r t i ci p a t i v a e ent r ev ist a sem i- est r ut ur ada. A t écnica de r egist r o de dados foi feit a at ravés de not as breves e det alhadas, g r av ações, r eg ist r o d as ob ser v ações en t r e ou t r os. Dent r o do plano de colet a dos dados, o pesquisador qu alit at iv o u t iliza u m a post u r a r ef lex iv a e t r at a, n a m e d i d a d o p o s s ív e l , d e e l i m i n a r a s c r e n ç a s o u ex per iên cias com r elação ao t em a em est u do, par a n ão g er ar q u alq u er in f lu ên cia n os r esu lt ad os ( 8 ). A colet a de dados foi r ealizada dent r o da sala- de- aula e nos espaços aber t os da inst it uição, com o obj et iv o de obt er m aior es dados que per m it issem a obt enção dos obj et iv os plan ej ados. A an álise dos dados t em t rês finalidades: 1) est abelecer um a com preensão dos d a d o s co l e t a d o s, 2 ) co n f i r m a r a s su p o si çõ e s d a pesqu isa e/ ou r espon der à per gu n t a de pesqu isa e 3) am pliar o conhecim ent o sobre o proj et o invest igado ar t icu lan d o- o ao con t ex t o cu lt u r al( 9 ). A an álise d os d ad o s f o i r eal i zad a at r av és d as en t r ev i st as sem i -e st r u t u r a d a s -e d a o b s-e r v a çã o n ã o - p a r t i ci p a t i v a , s e n d o q u e o a g r u p a m e n t o d o s c o n c e i t o s d o s co n t eú d o s, at r av és d o “ t r ab al h o co m cat eg o r i as”, o c o r r e u d e m a n e i r a q u e e s t e s t i v e s s e m u m a car act er íst ica com um ent r e si.

RESULTADOS E DI SCUSSÃO

Car act er íst icas dos in div ídu os

Os p a r t i c i p a n t e s d a p e s q u i s a f o r a m const it uídos de 10 alunos, dos quais 6 pert encem ao

sexo m asculino e 4 ao sexo fem inino, ent r e 14 e 15

a n o s d e i d a d e , d o t u r n o v e sp e r t i n o . Qu a n t o a o s

pr ofessor es, os 5 par t icipant es são do sex o fem inino

ent re 29 e 50 anos de idade, com t em po de carreira

oscilan do en t r e 5 e 2 9 an os. Por ou t r o lado, est es

l e c i o n a m m a t é r i a s d i v e r s a s , c o m o m a t e m á t i c a ,

t r ab al h o so ci al , ed u cação f ísi ca, t r ab al h o so ci al e

or ient ação. A m aior ia cont a com dois em pr egos.

Os r esu lt ados f or am agr u pados em t r ês t em as qu e

são: escola e am bient e escolar, consum o de dr ogas

e pr ogr am as de pr ev en ção

- Escola e am bient e escolar

Os p r o f e s s o r e s r e l a t a m q u e a e s c o l a

secundár ia não fom ent a nem fav or ece um am bient e

escolar saudáv el. Por sua par t e, os alunos apont am

que os pr ofessor es não dão ex em plo de seus at os e

que não há um a or ient ação adequada.

Em face dest a sit uação, é im port ant e que os

a d o l e s c e n t e s c o n t e m c o m p e s s o a s q u e l h e s

p r op or cion em con f ian ça e or ien t ação. Tal sit u ação

favorece a consolidação de um est ilo de vida saudável,

onde pais e pr ofessor es t êm um papel fundam ent al,

e onde a escola deve t er com o prioridade a prom oção

e e d u c a ç ã o p a r a a s a ú d e d o s a d o l e s c e n t e s ,

m elhorando com isso sua qualidade de vida. Conform e

dit o ant er ior m ent e, a escola é um am bient e pr opício

para que o est udant e adquira habilidades e dest rezas

que favoreçam sua saúde individual, fam iliar e social.

- Consum o de dr ogas

No que se r efer e ao consum o de dr ogas, os

p r o f e sso r e s r e co n h e ce m q u e f u m a m d e n t r o d a s

i n s t a l a ç õ e s e i n c l u s i v e j á c h e g a r a m c o m h á l i t o

alcoólico, assim com o fazem m enção de que alguns

alu n os t am bém fu m am e ocasion alm en t e ch egam a

in ger ir álcool den t r o das in st alações da escola. Por

su a p a r t e, o s a l u n o s r el a t a m q u e o s p r o f esso r es

fum am dent ro da sala de aula e não dão exem plo do

qu e dizem , u m a v ez qu e algu n s deles os or ien t am

com r elação às dr ogas. Da m esm a for m a, os j ov ens

relat am que alguns de seus com panheiros fum am na

par t e de t r ás da escola, e não se im por t am em ser

san cion ados, n em ex pu lsos. As r azões dadas pelos

adolescen t es par a o u so de su bst ân cias psicoat iv as

são a rebeldia, gost ar, a falt a de com pressão fam iliar

ou a fim de per t encer a um gr upo de am igos, ent r e

(4)

O con su m o d e d r og as en t r e os est u d an t es

est á r elacionado à r epr ovação, desint egr ação fam iliar ou baixa aut o- est im a. Est e fenôm eno se observa com

m a i o r f r e q ü ê n c i a n o s a d o l e s c e n t e s , p o p u l a ç ã o v ulner áv el onde a fam ília, os am igos, a sociedade e

os m eios de com unicação influenciam o consum o de d r og as. Tal f at o ocasion a u m p r ob lem a sér io, p ois

com o j á se m encionou, a adolescência é um a et apa v u l n e r á v e l , o n d e o j o v e m e n f r e n t a m u d a n ç a s

pessoais, fam iliares e sociais. Dest e m odo, est a et apa é cr u cial n ão só p ar a o ad olescen t e, m as t am b ém

p a r a a f a m íl i a , a m i g o s e p r o f e s s o r e s , o s q u a i s

p r ecisam sab er com o lid ar com os con f lit os q u e o adolescen t e sof r e.

Po r e s t a r a z ã o a p r e v e n ç ã o d e v e e s t a r v olt ada ao for t alecim ent o e a pr om oção dos fat or es

p r o t e t o r e s n o â m b i t o e sco l a r, p r o p o r ci o n a n d o à s cr ianças e j ov ens, opções par a decidir por um est ilo

de v ida saudáv el( 6).

- Pr ogr am a de Pr ev en ção

Pe l o l a d o d o s p r o g r a m a s d e p r e v e n ç ã o ,

alguns dos pr ofessor es indicam que a escola ofer ece or ient ação, apoio, m ot iv ação, confiança e conv er sas

q u e f a v o r e c e m u m e s t i l o d e v i d a s a u d á v e l a o ad olescen t e. En t r et an t o, est a p ar t e se v ê af et ad a

pelos m aus exem plos que alguns dos professores dão aos est udant es. Além disso, as palest ras que ocorrem

n a i n s t i t u i ç ã o s ã o n o t u r n o m a t u t i n o o u o c a s i o n a l m e n t e e m h o r á r i o s e s p e c íf i c o s . Os

est udant es sugerem que a escola oferece capacit ação,

ensino e conselhos par a afast ar - se das dr ogas, m as infelizm ent e ist o ocor r e apenas no t ur no m at ut ino, e

q u a n d o ch eg a a a co n t ecer n o t u r n o v esp er t i n o é apenas v olt ado par a alguns gr upos.

Diant e dest a pr oblem át ica, é necessár io que as in st it u ições edu cat iv as im plem en t em est r at égias

qu e per m it am ao adolescen t e t om ar con sciên cia do p r ob lem a sér io q u e é o con su m o d e d r og as. Par a

que ist o se realize, é im port ant e que os diret ores da escola r ealizem associações com ou t r as in st it u ições

par a pr om ov er a cu lt u r a da pr om oção e pr ev en ção

das dr ogas, m as qu e est as sej am lev adas a am bos o s t u r n o s . On d e s e p r o m o v a m p r o g r a m a s d e

p r om oção à saú d e escolar, além d e se con t ar com um a art iculação ent re os set ores da saúde e educação

par a est abelecer pr ogr am as de t r abalho; const r ução de um a per spect iva int er disciplinar e m ult idisciplinar ;

co m p r een são d a r eal i d ad e; e d esen v o l v i m en t o d e

gr upos de alunos, fam ílias e docent es( 7).

Quant o à observação não- part icipat iva,

pôde-se p er ceb er q u e o am b ien t e escolar n ão é p r óp r io

p a r a o s a d o l e s c e n t e s , v i s t o q u e a e s c o l a e s t á

localizada em um a zona conflit iva da cidade. Port ant o

o s a l u n o s sã o i n f l u e n ci a d o s p e l o s j o v e n s q u e se

encont r am nas r uas. Além disso, foi obser v ado que

n o in t er ior da escola é n ot ór ia a gr an de apat ia por

par t e dos alunos par a com a inst it uição, ger ada por

um gr ande desint er esse em conser v ar as inst alações

e m b o m e s t a d o o u e m u m a m b i e n t e s a u d á v e l .

Ta m b é m s e p e r c e b e u q u e e x i s t e u m a p e r d a d e

v alor es, pois os alu n os n ão t êm r espeit o par a com

seu s p r o f esso r es e co m p an h ei r o s. Po r su a v ez, a

m aior ia d os p r of essor es n ão m ost r a in t er esse p elo

d esen v olv im en t o acad êm ico e p essoal d os alu n os.

Oca si o n a l m e n t e , e st e s n ã o se i m p o r t a m co m o s

p r ob lem as q u e os ad olescen t es ap r esen t am , o q u e

faz com que o est udant e pense que não é im port ant e.

CONCLUSÕES

De acor do com os obj et ivos, obser va- se que

os professores e alunos não ident ificam a Escola com o

“ Fa t o r Pr o t e t o r ” . Ta l co n st a t a çã o t e v e b a se n o s

r e su l t a d o s o b t i d o s a t r a v é s d a s e n t r e v i st a s e d a

obser v ação n ão- par t icipat iv a, on de se an alisou qu e

a escola não é um am bient e pr opício par a ger ar um

am bient e saudáv el par a o adolescent e.

Dest e m od o os alu n os m en cion am q u e os

professores não dão exem plo do que dizem , pois eles

são os prim eiros a fum ar dent ro da inst it uição. Além

d isso, f azem m en ção a p r of essor es q u e ch eg ar am

com hálit o alcoólico para dar aula e dizem que a escola

não é um fat or pr ot et or, acor do com as ent r ev ist as

realizadas na “ Escola Secundária,”. Tant o alunos com o

professores relat am que est e é um espaço que propicia

o consum o de subst âncias que causam dependência,

dado que os alunos t om am o exem plo dos professores

e com p an h eir os.

Da m esm a form a, os professores m encionam

a n e c e s s i d a d e , p o r p a r t e d a s a u t o r i d a d e s d a

inst it uição, de um program a adequado para fom ent ar

um am bient e saudável, onde o adolescent e t enha um

desen v olv im en t o in t egr al.

Por est a r azão, o pr esent e est udo consider a

im por t ant e dest acar que a “ Escola”, segundo a v isão

d e a d o l e sce n t e s e p r o f e sso r e s n ã o é u m “ Fa t o r

Prot et or ”, e sim um Fat or de Risco. Para revert er est e

(5)

t om em con sciên cia d a im p or t ân cia d e est ab elecer

pr ogr am as de pr om oção e pr ev enção, par a ev it ar o

consum o de dr ogas. Assim sendo, é necessár io que

a Secr et ár ia de Edu cação Pú blica, com o r eit or a das

esco l a s, se co n sci en t i ze d a i m p o r t â n ci a d e g er a r

polít icas de saúde que cont ribuam para um am bient e

sau dáv el par a o est u dan t e, e qu e sej am r ealizadas

at r av és d e p r og r am as d e ed u cação p ar a a saú d e.

Est as polít icas devem est ar volt adas para a prom oção

e p r ev en ção d as d r og as, j á q u e, em Qu er ét ar o, o

f e n ô m e n o d a d e p e n d ê n c i a d e d r o g a s e n t r e o s

ad olescen t es est á p r esen t e d e m an eir a ex ag er ad a,

conform e revela a pesquisa nacional de vícios de 2002.

A p r o m o çã o d a sa ú d e é f u n d a m e n t a l n o

d esen v ol v i m en t o d o ed u can d o. Dest e m od o, d ev e

ex ist ir u m a ar t icu lação en t r e o set or edu cat iv o e o

set or da saúde com o obj et iv o de fom ent ar a saúde

escolar, sobr et udo nas escolas secundár ias, onde os

adolescent es adot am ou im it am as ações dos adult os

sem se im por t ar com o dano que t al at o possa lhes

ocasionar, ou a fim de per t encer a um det er m inado

gr upo( 7 ).

A a r t i c u l a ç ã o d a s e s c o l a s s e c u n d á r i a s

t am b ém d ev e est ar p r esen t e com a Un iv er sid ad e,

com part icipação at iva da Faculdade de Enferm agem ,

o n d e e st a d e se n v o l v a o s p r o g r a m a s p r e v e n t i v o s

or ient ados aos adolescent es e lhes conscient ize dos

p r o b l e m a s e su a s co n se q ü ê n ci a s. O t r a b a l h o e m

con j u n t o p er m it ir á q u e a v isão d os ad olescen t es e

professores m ude e que a Escola se convert a em um

“ Fat or Pr ot et or ” cont ra o consum o de dr ogas.

AGRADECI MENTOS

Ag r a d e ce m o s a Co m i ssã o I n t e r a m e r i ca n a

p a r a o Co n t r o l e d o Ab u s o d e D r o g a s / CI CAD d a

Su b se cr e t a r i a d e Se g u r a n ça Mu l t i d i m e n si o n a l d a

Or g a n i z a ç ã o d o s Es t a d o s A m e r i c a n o s / OEA , a

Secr et ar ia Nacional Ant idr ogas/ SENAD, aos docent es

d a Esco l a d e En f e r m a g e m d e Ri b e i r ã o Pr e t o d a

Un iv er sid ad e d e São Pau lo, Cen t r o Colab or ad or d a

OM S p a r a o d e s e n v o l v i m e n t o d a p e s q u i s a e m

enfer m agem , a população da am ost r a dos est udos e

aos r epr esent ant es dos oit o países Lat inoam er icanos

que part iciparam do I e I I Program a de Especialização

On - l i n e d e Ca p a c i t a ç ã o e I n v e s t i g a ç ã o s o b r e o

Fen ô m en o d a s D r o g a s - PREI NVEST o f er eci d o n o

b i ên i o 2 0 0 5 / 2 0 0 6 p el a Esco l a d e En f er m ag em d e

Ri b ei r ão Pr et o, d a Un i v er si d ad e d e São Pau l o, n a

m odalidade de ensino a dist ância.

REFERÊNCI AS

1 . S e c r e t a r ía d e S a l u d ( S S A ) . En c u e s t a N a c i o n a l d e

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Sã o Pa u l o : HUCI TEC- ABRAS- CO; 1 9 9 2 . p . 1 0 5 - 9 6 .

Referências

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