• Nenhum resultado encontrado

Câncer de estômago: fatores de risco.

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2017

Share "Câncer de estômago: fatores de risco."

Copied!
7
0
0

Texto

(1)

Câncer de est ômago: fat ores de risco

Sto mach cance r: risk facto rs

1 Dep artam en to d e Med icin a Prev en t iv a e Socia l, Fa cu ld a d e d e Ciên cia s M éd ica s, Un iv ersid a d e Est a d u a l d e Ca m p in a s. C. P. 6111, Ca m p in a s, SP 13081- 970, Bra sil.

An n a Va léria d e Brit t o 1

Abst ract For t h e last fift y years, st om ach can cer h as becom e less im p ort an t in t erm s of m orbid -it y a n d m ort a l-it y in d ev elop ed cou n t ries, b u t t h e sa m e p a t t ern h a s n ot occu rred in Bra z il. T h e m a in risk fa ct ors for t h is n eop la sm a re cert a in d iet p a t t ern s t h a t b eca m e ev id en t t h rou gh ep i-d em iological st u i-d ies in v ariou s p op u lat ion grou p s. Aft er t h e carcin ogen ic effect s of n it rosam in es a n d t h e a n t i - ox i d a n t a ct i v i t y of v i t a m i n C w ere d i scov ered , som e of t h e a ssoci a t i on s b et w een st om a ch ca n cer a n d d iet w ere p a rt ia lly u n d erst ood . Aft er t h e d escrip t ion of Helicob a ct er p ylori in 1983 an d t h e ev id en ce of t h e relat ion sh ip bet w een t h is bact eria an d cert ain st om ach d iseases, n ew elem en t s w ere a d d ed t o t h e k n ow led ge a b ou t t h e d ev elop m en t of t h i s n eop la sm . Cu rren t k n ow led ge, a lb eit in com p let e, p rov id es in t erest in g p rosp ect s for t h e p rev en t ion a n d ea rly d ia g-n osis of st om ach cag-n cer.

Key words Can cer; St om ach Can cer; Risk Fact ors t o St om ach Can cer; Ep id em iology

Resumo H á cin q ü en t a a n os o câ n cer d e est ôm a go v em p erd en d o a im p ort â n cia em t erm os d e m orb i- m ort a lid a d e em p a íses con sid era d os d e p rim eiro m u n d o. Isso n ã o ocorre n o Bra sil. Os p rin cip a is fa t ores d e risco ev id en cia d os a p a rt ir d e est u d os ep id em iológicos em v á ria s p op u la-ções d o m u n d o e a ssocia d os a essa n eop la sia sã o a lgu n s p a d rões d e d iet a . Com a d escob ert a d o p a p el ca rcin ogên ico d a s n it rosa m in a s e d o p ot en cia l a n t i- ox id a n t e d a v it a m in a C, a lgu m a s d a s a ssocia ções en t re câ n cer gá st rico e p a d rões d e d iet a p a ssa ra m a ser p a rcia lm en t e en t en d id a s. Com a d escriçã o d a Helicob a ct er p ylori em 1983 e a s ev id ên cia s d a rela çã o d essa b a ct éria com cert os p rocessos p at ológicos d o est ôm ago, algu n s p recu rsores d o cân cer gást rico, n ovos elem en t os fora m a grega d os a o p rocesso fisiop a t ológico d essa en t id a d e. O con h ecim en t o h oje a d q u irid o so-b re a fisiop a t ologia d o câ n cer gá st rico, m esm o q u e p a rcia l, forn ece p ersp ect iv a s est im u la n t es p ara p reven ção e d iagn óst ico p recoce.

(2)

O câ n cer d e estô m a go (CE) n o Bra sil a in d a é im p o rta n te ca u sa d e m o rb i-m o r ta lid a d e em regiõ es m a is d esen vo lvid a s co m o o Su l e Su -d este, a ssim co m o n a s -d e m en o r -d esen vo lvm en to. Os coeficien tes d e in cid ên cia p ad ron i-za d o s p ela p o p u la çã o m u n d ia l, n o sexo m a s-cu lin o, variam , p or cem m il h ab itan tes, d e 51,6 em Belém , em 1989, a 22,4 em Go iâ n ia , em 1991. Os coeficien tes p ad ron izad os d e m ortali-d aortali-d e, n o sexo m ascu lin o, variam , p or cem m il h ab itan tes, d e 37,3 em Belém , em 1988, a 12,5 em Goiân ia, em 1991 (MS, 1995).

No Brasil, p arece qu e o d ecréscim o d a m or-ta lid a d e p or essa n eop la sia em a n á lises d e a l-gu m a s d éca d a s, co m o p o d e ser a p recia d o em o u tro a rtigo d essa revista (La to rre, 1997), n ã o ca ra cteriza a situ a çã o vista em o u tro s p a íses, qu e ap resen taram im p ortan te red u ção d a m or-ta lid a d e p o r CE n o s ú ltim o s cin q ü en or-ta a n o s, ca ra cteriza n d o u m “triu n fo n ã o p la n eja d o” (Howson et al., 1986).

Na literatu ra n acion al, p ou co p od e ser en -con trad o sob re trab alh os q u e avaliam a p reva-lên cia d e fatores d e risco p ara CE n o Brasil. Na litera tu ra in tern a cio n a l, o q u e p o d e h o je ser sistem a tiza d o so b re o p ro cesso d e ca rcin o gê-n ese gá strica vem segê-n d o d eterm igê-n a d o a tra vés d e evid ên cias d e estu d os clín icos, ep id em ioló-gicos e exp erim en tais em an im ais.

Sa b e-se q u e o CE su rge co m a s a ltera çõ es d a m u cosa gástrica, q u e sob ação d e vários fa-to res, a d q u ire u m fen ó tip o p ro gressiva m en te regressivo, co m su b stitu içã o d a s célu la s n o r -m ais p or aqu elas qu e existe-m n atu ral-m en te n o in testin o (d elgad o e, p osteriorm en te, grosso), n o sen tid o in verso ao qu e ocorre d u ran te o d e-sen vo lvim en to feta l. Esse p ro cesso d e tra n s-m u tação d a s-m u cosa gástrica, es-m p arte con h e-cid o, ocorre a lon go p razo e su gere qu e os fato-res d e risco p ara CE atu am d esd e a m ais ten ra id ad e e p or m u ito tem p o.

A d iscu ssão qu e se segu e sob re o CE d o tip o in testin al (classificação segu n d o Lau ren , 1965) b aseiase n as evid ên cias p roven ien tes d e estu -d o s ep d em io ló gico s e exp erim en ta is em a n i-m a is e n o i-m o d elo d e ca rcin o gên ese p ro p o sto p or Pelayo Correa (Correa, 1988). Segu n d o esse au tor, as fases qu e an tecedem o CE form am u m

con t in u u m, d o ep itélio gá strico n orm a l a ga

s-trite, qu e se torn a crôn ica e evolu i p ara atrófica com p erda de glân du las, segu ida de m etap lasia d o tip o in testin o d elga d o e d ep o is co lô n ica , d isp lasia e cân cer. Acom p an h an d o essas alrações, h á d im in u ição d a secreção ácid a, sín te-se an orm al d e m u cin as ácid as e excessívos n í-veis d e n itrato e n itrito n a cavid ad e gástrica.

Há b astan te tem p o a ocorrên cia d o CE vem sen d o associad a à exp osição a fatores

relacio-n a d o s co m a d ieta . Estu d o s ep id em io ló gico s sob re os p ad rões d e ocorrên cia e ób ito p or CE em p op u lações d e m igran tes (Haen szel, 1961; Ha en szel & Ku rih a ra , 1968; Ha en szel et a l., 1972; Correa et al., 1973; McMich ael et al., 1980; Ko lo n el et a l., 1981, 1983; Miller, 1982; Ro sen Waike, 1984; Correa et al., 1985; Jedrych owski et al., 1986; Hu et al., 1988) vêm reforçan do a idéia d a associação en tre essa n eop lasia e algu n s fa-tores en con trad os em certos p ad rões d e d ieta, den tre eles o sal, h oje im p u tado com o u m fator qu e lesa a m u cosa gástrica facilitan do a ação de agen tes gen otóxicos. Evid ên cias exp erim en tais foram ob tid as com ratos q u e receb eram d ietas ricas em sal, com p rovan do qu e este leva à atro-fia gástrica (Cap oferro & Torgen sen , 1974; Ko-dam a et al., 1984), além de estar fortem en te as-sociad o a m etap lasia, facilitar a carcin ogên ese n o estôm ago n a p resen ça d e ou tros carcin óge-n o s ( Ta tem a tsu et a l., 1975; Oh ga ki & Ka to, 1984; Takah ash i et al., 1984; Correa, 1988) e au -m en tar a ab sorção d os h id rocarb on etos p olicí-clico s a ro m á tico s (Ca p o ferro & To rgen sen , 1974), qu e são su b stân cias carcin ogên icas p ara an im ais e, p rovavelm en te, p ara seres h u m an os.

Ta lvez, b o a p a rte d o d ecréscim o d a in ci-d ên cia ci-d o CE h á algu m as ci-d écaci-d as ten h a se ci-d e-vid o à a b o liçã o d o u so d o sa l p a ra co n ser va r alim en tos, p ois, segu n d o o sistem a d e carcin o-gên ese a q u i a d o ta d o, ta l u so é u m d o s fa to res qu e atu am n os p rim órd ios d o p rocesso d e alte-ração d a m u cosa gástrica (Oh gaki & Kato, 1984; Takah ash i et al., 1984; Correa, 1988).

Ma is recen tem en te, co m eço u a ser reco -n h ecid o o p ote-n cial carci-n ogê-n ico d as -n itrosm in as e n itrosaitrosm id as, gen ericaitrosm en te ch aitrosm ad a s ad e Nco m p o sto s (NOC), su b stâ n cia s fo r -m ad as co-m a in teração en tre u -m gru p o d e n i-trogên io secu n d ário (q u e p od e ser u m a am in a ou am id a, u m a alq u il-u réia ou u m an el p ep tíd eo) e u m n itrito. A evitíd ên cia tíd e q u e as p op u -lações d e m aior risco p ara o CE ap resen tavam d ieta s rica s em su b stra to s p a ra o p ro cesso d e p ro d u çã o en d ó gen a d e NOC d esen ca d eo u o in teresse n a a va lia çã o d essa s su b stâ n cia s n a gên ese d o CE.

Fo i d em o n stra d o p o r Sa n d er & Sch wein s-b erg (1972) q u e as am in as e n itritos in gerid os n a d ieta p od iam reagir in vivo p ara p rod u zir

N-n itro sa m iN-n a s e N-N-n itro sa m id a s. Mirvish et a l. (1972) m ostraram q u e o ascorb ato red u z a for-m a çã o d e tu for-m ores efor-m a n ifor-m a is q u a n d o segu i-d o p ela alim en tação i-d e n itritos e am in as, p ro-va velm en te p o r in ib ir a fo r m a çã o d e NOC in v iv o. Em revisã o p osterior, o m esm o a u tor re-força esses p ressu p ostos (Mirvish , 1994).

(3)

p a p el d e d ieta s r ica s em p recu rso res d o s N-com p ostos N-com o fatores d e risco p ara CE (Ar-m ijo &a(Ar-mp; Co u lso n , 1975; Cu ello et a l., 1976; Ha en szel et a l., 1976; Co rrea et a l., 1979, Ta n -n e-n b au m et al., 1979; Fraser et al., 1980; Arm ijo et al., 1981) e d e d ietas ricas em alim en tos q u e con têm vitam in a C, u m p oten te an ti-oxid an te, co m o p ro teto ra s co n tra o CE ( Weisb u rger, 1985a).

En tre os alim en tos ap on tad os com o os qu e elevam o risco, estão p rin cip alm en te os d efu -m a d o s, ca rn es cu ra d a s, p eixes seco s e o u tro s alim en tos con servad os em sal. En tre os qu e as-sociam -se a b aixo risco, en con tram -se as fru tas e vegeta is. Estes, a p esa r d e a p resen ta rem ele-va d a co n cen tra çã o d e n itrito s, ta lvez ten h a m efeito p rotetor p ela p resen ça d a vitam in a C. Al-gu n s tra b a lh os in d ica m u m efeito p rotetor d e ou tros an ti-oxid an tes, com o as vitam in as A e E (Gra h a m , 1984; Risch et a l., 1985; Steh r et a l., 1985; Weisb u rger, 1985b ; Ba rtsch et a l., 1988), m as os resu ltad os n ão são con clu sivos.

No s estu d o s ep id em io ló gico s en vo lven d o os NOC, a d iferen ciação d a p rod u ção en d óge-n a d a q u e o co rre a p a rtir d a ióge-n gestã o d e p re-cu rsores é im p ortan te p ara a d eterm in ação d e fa tores q u e p ossa m esta r con trib u in d o p a ra o a u m en to d o risco p a ra CE e q u e n ã o esteja m relacion ad os à d ieta. O teste NPRO (N-n itroso-p rolin a), itroso-p ara qu an tificar a n itrosação en d óge-n a em h u m aóge-n os in v iv od escrito p or Oh sh im a & Barstch (1981), con stitu i u m a estim ativa in -d ireta -d o p ro cesso -d e n itro sa çã o en -d ó gen a . Co m ele o b ser vo u -se q u e, em certo s in d iví-d u o s, n ã o h o u ve b lo q u eio iví-d a p ro iví-d u çã o iví-d e com p ostos n itrosos p ela vitam in a C, o q u e re-força a h ip ótese d e qu e eles são p rod u zid os em sítios on d e n ão h á atu ação d esse b loqu ead or, e q u e esse d a d o p od e ser im p orta n te n a gên ese d o CE.

A con sid eração d esse fato n os estu d os ep i-d em iológicos é im p ortan te, p ois as i-d isp arii-d ad es ad o s resu lta ad o s en co n tra ad o s so b re a a sso ciação en tre CE e con su m o d e elevad a con cen -tração d e n itritos p ela d ieta p od e ser exp licad a, p elo m en os em p arte, p ela d ificu ld ad e d e con -tro le d a s co n cen tra çõ es en d ó gen a s d e NOC q u e su rgem d e fon tes d iferen tes d a d ieta. Esse é u m d esafio a ser su p erad o n as avaliações es-p ecífica s so b re a im es-p o rtâ n cia d e d ieta s r ica s em p recu rsores d e NOC n a gên ese d o CE.

Em relação aos carb oid ratos, p arece qu e, se eles têm a lgu m efeito n a gên ese d o CE, esse é m a is im p o rta n te em eta p a s p reco ces d a vid a (Howson et al., 1986). Sab ese q u e h á u m a im -p orta n te ten d ên cia d e d ieta s rica s em ca rb oi-d ra to s serem p o b res em p ro teín a e go roi-d u ra s. Esse fa to p o d e d eterm in a r vieses n o s estu d o s

ep id em iológicos q u e ten tam estab elecer a im -p o rtâ n cia d a a sso cia çã o en tre ca rb o id ra to s e CE, p ois a b aixa in gesta p rotéica p arece in ter-ferir n a “qu alid ad e” d o su co gástrico com o b ar-reira a agen tes tóxicos.

Qu an to ao tab agism o, algu n s estu d os p ros-p ectivo s m o stra m d iscreto risco a u m en ta d o en tre os fu m an tes (Nom u ra et al., 1990; Kn eller et al., 1991). En tre os estu d os n ão p rosp ectivos, a lgu n s a p o n ta m a u m en to d o r isco (Hu et a l., 1988; Risch et a l., 1985) e o u tro s n ã o ( Jed r y-ch owsky et al., 1986; Lavecy-ch ia et al., 1987).

Con sid era n d o-se o con su m o d e á lcool, a l-gu n s tra b a lh os d em on stra m risco a u m en ta d o p ara CE (Hoey et al., 1981; Jed rych owsky et al., 1986). No en ta n to, a m a io r p a rte d o s estu d o s, coorte ou caso-con trole, n ão dem on stra o m es-m o.

A p a rtir d e 1983, co m a d escriçã o d a s b a c-térias Gram -n egativas flagelad as e esp iralad as p o r Wa rren & Ma rsh a ll (1983), d en o m in a d a s

Helicobacter p ylori(HP), vários estu d os com

e-ça ra m a ser feito s n o sen tid o d e d eterm in a r a p atogen icid ad e d esses m icroorgan ism os e su as relações com d istú rb ios gástricos, d en tre eles o CE.

A associação d a HP com gastrite crôn ica ti-p o B vem sen d o con firm ad a ti-p or in ú m eros es-tu d o s em d iferen tes regiõ es d o m u n d o. Sa b ese ta m b ém q u e a ga str ite crô n ica tip o B rela -cion a-se com o CE, sen d o u m p recu rsor d esse n a escala d e evolu ção d essa p atologia.

As sem elh a n ça s en tre a ep id em io lo gia d o CE e HP, d en tre elas a forte correlação p ositiva en tre a alta p revalên cia d essa b actéria e a ele-vad a in cid ên cia d e CE em d iversas p op u lações d o m u n d o, su gerem q u e p ossa existir u m a re-lação cau sal, se b em q u e n ão su ficien te, en tre essas d u as en tid ad es.

Existem três trab alh os d o tip o caso-con tro-le (Fo rm a n et a l., 1991; No m u ra et a l., 1991; Pa rson n et et a l., 1991), p or m eio d os q u a is foi d em on strad a a p resen ça d e an ticorp os con tra HP em soro d e in d ivíd u os q u e p osteriorm en te ap resen taram o CE. Pelo d esen h o d esses estu -d o s, eles refo rça ra m a h ip ó tese -d e a sso cia çã o ca u sa l en tre H P e CE. Os resu lta d o s d e o u tro trab alh o, tam b ém tip o caso-con trole, su gerem qu e a in fecção p or HP é u m fator d e risco in d e-p en d en te e-p ara CE (Han sson et al., 1993).

(4)

O tip o d e tran sm issão d a HP n ão está esta-b elecid o e co gita -se q u e p o d em existir m ú lti-p la s via s d e tra n sm issã o (Go o d m a n &amlti-p; Co rrea , 1995). Parece qu e a con tam in ação se d á em fa-ses p reco ces d a vid a , d u ra n te a in fâ n cia , n a s p op u lações d e p aíses n ão d esen volvid os, on d e su a p revalên cia é alta. Nesses, a p revalên cia d a in fecçã o em cria n ça s co m d ez a n o s d e id a d e p o d e ser d e a té 50% (Ma rsh a ll, 1994; Nigh tin -gale & Gru b er, 1994). O ap arecim en to d e an ti-co rp o s ti-co n tra H P o ti-co rre em id a d es m a is ta rd ias n as p op u lações on rd e h á m en or p revalên -cia d a HP e m en or in cid ên -cia d o CE. Um a vez o co rrid a a in fecçã o, p a rece n ã o h a ver reso lu -ção esp ôn tan ea e ela p erm an ece oligo-assin to-m á tica p o r a n o s, leva n d o à ga strite crô n ica e, às vezes, à gastrite crôn ica atrófica.

A H P p a rece se a d a p ta r fa cilm en te a o a m -b ien te h o stil d o estô m a go, e h á evid ên cia s d e q u e, d en tre o u tro s d a n o s, ela p rovo ca o b lo -qu eio d o m ecan ism o n atu ral d a m u cosa gástri-ca d e co n cen tra r e secreta r o á cid o a scó rb ico p ara o lú m en d o estôm ago (Sob ala et al., 1989; Taylor & Blaser, 1991), além d e au m en tar a taxa d e p roliferação d o ep itélio gástrico e red u zir o n itra to a n itrito, o q u e é visto em a lgu m a s es-p écies d e HP (Marsh all, 1994).

Conclusões

O m o d elo d e ca rcin o gên ese gá strica cita d o n esse trab alh o d ecorreu d e evid ên cias qu e vêm sen d o ob tid a s p or m eio d e tra b a lh os clín icos, ep id em iológicos e exp erim en tais em an im ais. No en ta n to, a p en a s a lgu m a s d a s p eça s d e u m gran d e qu eb ra-cab eça foram id en tificad as.

Os tra b a lh o s ep id em io ló gico s sã o co n sisten tes n a d em on stração d a relação d e risco au -m en ta d o p a ra o CE e con su -m o d e d ieta s rica s em sal, e estu d os exp erim en tais con firm am os efeitos d an osos d este p ara a m u cosa gástrica.

A exp osição aos NOC cau sad a p ela d ieta ou d evid o a sín tese en d ó gen a p a rece ser im p o r-tan te n a gên ese d o CE. Esses com p ostos estão associad os a m u tações d as célu las gástricas já alterad as p ela gastrite atrófica crôn ica (Correa, 1992). No en tan to, o p rocesso d e n itrosação em h u m a n os é extrem a m en te com p lexo e su a d i-n â m ica , p a rcia lm ei-n te co i-n h ecid a . Ap esa r d a evid ên cia d a im p ortân cia d e seu p ap el n o d e-sen volvim en to d o CE, m u ito a in d a é ob scu ro. As vitam in as C e E in ib em a form ação d os NOC n o estôm ago (Mirvish , 1983), n o en tan to os resu lta d o s d e estu d o s ep id em io ló gico s sã o in -con sisten tes n a d em on stração d o p ap el d a vi-tam in a E com o efeito p rotetor con tra o CE. Em rela çã o à vita m in a C e ca ro ten ó id es, d iverso s

estu d o s, a lgu n s já cita d o s n esse texto, vêm m o stra n d o resu lta d o s co eren tes q u a n to à a s-so cia çã o n ega tiva en tre o eleva d o co n su m o d esses elem en tos e CE em p op u lações etn ica -m en te d istin tas.

Ap esa r d e a lgu n s estu d os a p on ta rem risco au m en tad o p ara o CE en tre fu m an tes e con su -m id ores d e álcool, são con troversas essas asso-ciações.

Qu an to à relação d a HP e CE, m u itas q u es-tõ es estã o em a b er to e p a rece q u e a in fecçã o p or essa b actéria é u m fator con trib u in te, m as n ã o su ficien te p a ra o p ro cesso ca rcin o gên ico gástrico. A elevad a p revalên cia d essa b actéria, d e 80% em p op u lações ad u ltas d e áreas d e alta in cid ên cia e d e 50% n a s d e b a ixa , in d ica q u e som en te u m a p equ en a p arte d esses casos evo-lu i p ara CE. Tam b ém existem p op u lações q u e, ap esar d a elevad a p revalên cia d e HP, ap resen -tam b aixa in cid ên cia d e CE (Correa et al., 1990; Form a n et a l., 1990; Nom u ra et a l., 1991; ESG, 1993; Ha n sso n et a l., 1993; Ma rsh a ll, 1994; Nigh tin ga le & Gru b er, 1994). Esse fa to a p on ta p ara a p ossib ilid ad e d e qu e as cep as d e HP têm d iferen te p oten cial carcin ogên ico e, p ortan to, p od em ser d iferen tes q u a n to a o a sp ecto a n tigên ico (Sob ala, 1991). Parece, en tão, q u e é im p o rta n te va lid a r testes so ro ló gico s q u e se b a -seiam n esses p ressu p ostos p ara qu e sejam u sa-d os em trab alh os ep isa-d em iológicos, n o sen tisa-d o d e estim ar d e form a m ais con sisten te os riscos (Megra u d et a l., 1989; Fo rm a n , 1991; So b a la , 1991; Bod h id atta et al., 1993; Mu ñ oz, 1994).

Os od d s ratiod os estu d os d e casos-con trole

an in h ad os (Form an et al., 1991; Nom u ra et al., 1991; Parson n et et al., 1991), qu e variam d e 2,7 a 6,0, su gerem a p o ssib ilid a d e d e d im in u içã o d a in cid ên cia d e CE co m o co n tro le d a in fec-ção p ela HP, en tre 35% a 60%, b asead a n o risco atrib u ível estim ad o.

Esses fatos ab rem p ersp ectivas d e in terven -ções sob o p on to d e vista d a Saú d e Pú b lica, seja in terferin d o n os p ad rões d e d ieta d as p op u -lações d e elevad o risco p ara CE ou p reven in d o a in fecção p or HP. Além d isso, as alterações d a m u co sa gá strica n a s eta p a s a n ter io res a o d e-sen volvim en to d o CE d ão origem a m arcad ores p ré-tu m o ra is, co m o a s m u cin a s su lfa ta d a s e p ep sin ogên ios d o tip o I e II, qu e p ossib ilitam a in ter ven çã o n o sen tid o d e rea liza r d ia gn ó sti-co s m a is p resti-co ces (Miki et a l., 1993; Co rrea , 1992), m elh oran d o o p rogn óstico d essa p atolo-gia.

(5)

-b a ct er p ylori. Segu n d o o s a u to res d e exten sa

revisão recen te sob re CE e d ieta (Kon o & Hiro-h ata, 1996), Hiro-h oje se im p õe aos ep id em iologis-tas o d esafio d e elab orar estu d os d e coorte com leva n ta m en to d eta lh a d o e q u a n tifica d o sob re d ieta e m icro n u trien tes, a fim d e a p rim o ra r o con h ecim en to sob re a relação d esses fatores e CE.

Referências

ARMIJO, R. & COULSON, A. H ., 1975. Ep id em io lo gy o f sto m a ch ca n cer in Ch ile: th e ro le o f n itro gen fertilizers. In tern ation al Jou rn al of Ep id em iology, 4:301-309.

ARMIJO, R.; ORELLANA, M. & MEDINA, E., 1981. Ep id em io lo gy o f ga stric ca n cer in Ch ile. Ca seco n -trol stu d y. In tern ation al Jou rn al of Ep id em iology, 10:53-56.

BARTSCH, H.; OHSHIMA, H. & PIGNATELLI, B., 1988. In ib itors of en d ogen ou s n itrosation m ech an ism s a n d im p lica tio n s in h u m a n ca n ce r p re ve n tio n . Mu tation Research, 202:307-324.

BODH IDATTA, L.; H OGE, C. M.; CH URNRATANA-KUE, S.; NIRDNOY, W.; SAMPATH ANUKUL, P.; TUNGTAEM, C.; RAKTH AM, S.; SMITH , C. D. & ESCHEVERRIA, P., 1993. Diagn osis of Helicoba c-ter p yloriin fection in a d evelop in g cou n try: com -p a riso n o f two ELISAs a n d a se ro -p re va le n ce stu d y. Jou rn a l of In fect iou s Disea ses, 168:1549-1553.

CAPOFERRO, R. & TORGENSEN, O., 1974. Th e effect of h yp erton ic sa lin e on th e u p ta ke of tritia ted 7, 12 d im eth ylb en (a)an th racen e by th e gastric m u -cosa . Sca n d in a v ia n Jou rn a l of Ga st roen t erology, 9:343-349.

CORREA, P.; SASANO, N. & STERMMERMANN, N., 1973. Path ology of gastric carcin om a in Jap an ese p op u lation s: com p arison b etween Myiagi p refec-tu re, Jap an , Hawaii. Jou rn al of th e N ation al Can -cer In stitu te, 51:1449-1459.

CORREA, P.; CUELLO, C. & GORDILLO, G., 1979. Th e gastric m icro en viron m en t in p op u lation s at h igh risk to stom ach can cer. N ation al Can cer In stitu te Mon ograp h y, 53:167-170.

CORREA, P.; FONTHAM, E.; PICKLE, L. W.; CHEN, V.; LIN, Y. & H AENSZEL, W., 1985. Dieta ry d eterm n an ts of gastric can cer in sou th Lou isian a in h ab i-ta n ts. Jou rn a l of N a t ion a l Ca n cer In st it u t e, 75: 645-653.

CORREA, P., 1988. A h u m an m od el of gastric carcin o-gen esis. Can cer Research, 48:3554-3560.

CORREA, P.; FOX, J.; FONTHAM, E.; RUIZ, B.; LIN, Y.; ZAVALA, D.; TAYLOR, N.; MACKINLEY, D.; LIMA, E.; PORTILLA, H. & ZARAMA, G., 1990. Helicobac-ter p ylorian d gastric carcin om a. Can cer, 66:2569-2574.

CORREA, P., 1992. Hu m a n ga stric ca rcin o ge n e sis: a m u ltistep an d m u ltifactorial p rocess. I Am erican Ca n ce r So cie ty Awa rd Le ctu re o n Ca n ce r Ep i-d em iology an i-d Preven tion . Ca n cer Resea rch, 52: 6735-6740.

CUELLO, C.; CORREA, P. & HAENSZEL, W., 1976. Gas-tric can cer in Colom b ia: can cer risk an d su sp ect-ed en viron m en tal agen ts. Jou rn al of th e N ation al Can cer In stitu te, 57:1015-1020.

ESG (EUROGAST STUDY GROUP), 1993. An In tern a-tion al associaa-tion b etween Helicobacter p yloriin -fection an d gastric can cer. Lan cet, 341:1359-1362. FORMAN, D.; SITAS, F.; NEWELL, D. G.; STACEY, A. R.; BOREHAM, J.; PETO, R.; CAMPBELL, T. C.; LI, J. & CH EN, J., 1990. Geo gra p h ic a sso cia tio n o f Heli-cob a ct er p yloria n tib o d y p reva len ce a n d ga stric ca n ce r m o rta lity in ru ra l Ch in a . In t ern a t ion a l Jou rn al of Can cer, 46:608-611.

FORMAN, D.; NEWELL, D. G.; FULLERTON, F.; YARNELL, J. W. G., STACEY, A. R.; WALD, N. & SITAS, F., 1991. Asso cia tio n b e twe e n in fe ctio n with Helicob a ct er p yloria n d risk o f ga stric ca n -ce r: e vid e n -ce fro m a p ro sp e ctive in ve stiga tio n . British Med ical Jou rn al, 302:1302-1305.

FORMAN, D., 1991. Helicob a ct er p yloriin fe ctio n : a n ovel risk factor in th e etiology of gastric can cer. Jou rn al of th e Nation al Can cer In stitu te, 83:1702-1703.

FRASER, P.; CH ILVERS, C.; BERAL, V. & H ILL, J. M., 1980. Nitra te a n d h u m a n ca n cer: a review of th e evid en ce. In tern ation al Jou rn al of Ep id em iology, 9:3-11.

GOODMAN, K. J. & CORREA, P., 1995. Th e tra sn m is-sion of Helicobacter p ylori.A critical review of th e evid en ce. In tern ation al Jou rn al of Ep id em iology, 24:875-887.

GRAH AM, S., 1984. Ep id e m io lo gy o f re tin o id s a n d ca n cer. Jou rn a l of t h e N a t ion a l Ca n cer In st it u t e, 73:1423-1428.

H AENSZEL, W., 1961. Ca n ce r m o rta lity a m o n g th e fo re ign b o rn in th e US. Jou rn a l of t h e N a t ion a l Can cer In stitu te, 26:37-132.

(6)

H AENSZEL, W.; KURIH ARA, M. & SEGI, M., 1972. Stom ach can cer am on g jap an ese in Hawaii. Jou r-n al of th e N atior-n al Car-n cer Ir-n stitu te, 49:969-988. HAENSZEL, W.; KURIHARA, M.; LOCKE, F. B.;

SHIN-UZU, K. & SEGI, M., 1976. Sto m a ch ca n ce r in Ja p a n . Jou rn a l of t h e N a t ion a l Ca n cer In st it u t e, 56:265-274.

HANSSON, L. E.; ENGSTRAND, L.; NYRÉN, O.; EVANS, D. J.; LINDGREN, A.; BERGSTROM, R.; ANDER-SON, B.; ATHLIN, L.; BENDTSEN, O. & TRACZ, P., 1993. Helicobacter p yloriin fection : in d ep en d en t risk in d ica to r o f ga stric a d e n o ca rcin o m a . Ga s-troen terology, 105:1098-1103.

H OEY, J.; MONTVERNAY, C. & LAMBERT, R., 1981. Win e an d tob acco: risk factors for gastric can cer in Fra n ce. Am erica n Jou rn a l of Ep id em iology, 113:668-674.

HOWSON, P. C.; HYIAMA, T. & WYNDER, L. E., 1986. Th e d eclin e in gastric can cer: ep id em iology of an u n p lan n ed triu m p h . Ep id em iology Rev iew s, 8:1-27.

HU, J.; ZHANG, S.; JIA, E.; WANG, Q.; LIU, S.; LIU, Y.; WU, Y. & CHENG, Y., 1988. Diet an d Can cer of th e Stom ach : a case-con trol stu d y in Ch in a. In tern a-tion al Jou rn al of Can cer, 41:331-335.

JEDRYCHOWSKI, W.; WAHRENDORF, J.; POPIELA, T. & RACHTAN, J., 1986. A case-con trol stu d y of d i-etary factors an d stom ach can cer risk in Polan d . In tern ation al Jou rn al of Can cer, 37:837-842. KNELLER, R. W.; McLAUGH LIN, J. K. & BJELKE, E.,

1991. A coh ort stu d y of stom ach can cer in a h igh risk am erican p op u lation . Can cer, 68:672-678. KODAMA, M.; KODAMA, T.; SUSUKI, H . & KONDO,

K., 1984. Effect o f rice a n d sa lty rice d iet o n th e stru ctu re o f m o u se sto m a ch . N u t rit ion Ca n cer, 6:135-147.

KOLONEL, L. N.; NOMURA, A. M. Y.; H IROH ATA, T.; HANKIN, J. H. & HINDS, M. W., 1981. Association of d iet an d p lace of b irth with stom ach can cer in -cid e n ce in Ha wa ii ja p a n e se a n d ca u ca sia n s. Am erica n Jou rn a l of Clin ica l N u t rit ion, 34:2478-2485.

KOLONEL, L. N.; NOMURA, A. M. Y.; H INDS, M. W.; HANKIN, J. H.; HIRIHATA, T. & LEE, J., 1983. Role of d iet in Can cer In cid en ce in Hawaii. Can cer Re-search, 43:2397s-2402s.

KONO, S. & HIRIHATA, T., 1996. Nu trition an d stom -ach can cer. Can cer Cau ses an d Con trol, 7:41-55. LATORRE, M. R. A m ortalid ad e p or cân cer d e estôm

a-go n o Bra sil: a n á lise d o p erío d o d e 1978 a 1989. Cad ern os d e Saú d e Pú blica, 13(Su p l. 1):67-78. LAUREN, P., 1965. Th e two h istological m ain typ es of

ga stric ca rcin om a : d iffu se a n d so-ca lled in testi-n al typ e carcitesti-n om a: atesti-n attem p t at a h istoclitesti-n ical cla ssifica tio n . Act a Pa t h ologica M icrob iology Scan d in avian, 64:31-49.

LAVECCHIA, C.; NEGRI, E.; DECARLI, A.; D’ ÁVANZO, B. & FRANCESCHI, S., 1987. A case-con trol stu d y of d iet an d gastric can cer in n orth ern Italy. In ter-n atioter-n al Jou rter-n al of Cater-n cer, 40:484-489.

MARSHALL, B. J., 1994. Helicobacter p ylori. Am erican Jou rn al of Gastroen terology, 89:116s-128s. McMICH AEL, A. J.; McCALL, M. G. & H

ARST-SHORNE, J. M., 1980. Pattern s of gastro-in testin al can cer in Eu rop ean m igran ts to Au stralia: th e role

of d ieta r y ch a n ge. In t ern a t ion a l Jou rn a l of Ca n -cer, 25:431-437.

MEGRAUD, F.; RABBÉ, M. P. B.; DENIS, F.; BELBOURI, A. & HOA, D. Q., 1989. Seroepidem iology of Cam py-lob a ct er p yloriin fection in va riou s p op u la tion s. Jou rn al of Clin ical Microbiology, 27:1870-1873. MIKI, K.; ICH INOSE, M.; ISH IKAWA, K. B.; YAH AGI,

N.; MASASHI, M.; KAKEI, N.; TSUKUDA, S.; KIDO, M.; ISH IH AMA, S.; SH IMIZU, Y.; SUZUKI, T. & KUROKAWA, K., 1993. Clin ica l a p p lica tio n o f seru m p ep sin ogen I an d II levels for m ass screen -in g to d etect ga stric ca n cer. Ja p a n ese Jou rn a l of Can cer Research, 84:1086-1090.

MILLER, A. B., 1982. Risk factors from geograp h ic ep i-d e m io lo gy fo r ga stro in te stin a l ca n ce r. Ca n cer, 50:2533-2540.

MIRVISH, S. S.; WALLCAVE, L.; EAGEN, M. & SCHU-BILE, P., 1972. Ascorb ate n itrite reaction :p ossib le m ean s of b lockin g th e form ation of carcin ogen ic N-n itroso com p ou n d s. Scien ce, 177:65-68. MIRVISH , S. S., 1983. Th e etio lo gy o f ga stric ca n cer.

In tra ga stric n itro sa m id e fo rm a tio n a n d o th e rs th eories. Jou rn al of th e Nation al Can cer In stitu te, 71:629-647.

MIRVISH, S. S., 1994. Exp erim en tal evid en ce for in h i-b itio n o f N-Nitro so co m p o u n d fo rm a tio n a s a fa cto r in th e n e ga tive co rre la tio n b e twe e n vita -m in C con su -m p tion an d th e in cid en ce of certain can cers. Can cer Research, 54:1948s-1951s. MS (MINISTÉRIO DA SAÚDE), 1995. Câ n cer n o Bra

-sil: Dad os d os Registros d e Base Pop u lacion al. Vol. 2, Rio d e Jan eiro: MS.

MUÑOZ, N., 1994. Is Helicob a ct er p yloria ca u se o f gastric can cer? An ap p raisal of th e seroep id em io-logical evid en ce. Can cer Ep id em iololy, Biom ark -ers an d Preven tion, 3:445-451.

NIGHTINGALE, T. E, & GRUBER, J., 1994. Helicob ac-te r a n d h u m a n ca n ce r. Jou rn a l of t h e N a t ion a l Can cer In stitu te, 86:1505-1509.

NOMURA, A.; GROVE, J. S.; STEMMERMANN, G. N. & SEVERSON, R. K., 1990. A p ro sp e ctive stu d y o f stom ach can cer an d its relation to d iet, cigarettes a n d a lco h o l co n su m p tio n . Ca n cer Resea rch, 50: 627-631.

NOMURA, A.; STEMMERMANN, G. N.; CHYOU, P. H.; KATO, I.; PEREZ-PEREZ, I.; BLASER, M. J., 1991. Helicobacter p yloriin fection an d gastric carcin o-m a a o-m o n g ja p o n e se a o-m e rica n s in Ha wa ii. N ew En glan d Jou rn al of Med icin e, 325:1132-1136. OHGAKI, H. & KATO, T., 1984. Stu d y of p rom otin g

ef-fect of sod iu m ch lorid e on gastric carcin ogen esis by Nm eth ylNn itroNn itroso gu an id in e in in -b red wistor rats. Gan n, 75:1053-1057.

OHSHIMA, H. & BARSTCH, H., 1981. Qu an titative es-tim a tio n o f e n d o ge n o u s n itro sa tio n in h u m a n s b y m o n ito rin g N-n itro so p ro lin e excreted in th e u rin e. Can cer Research, 41:3658-3662.

PARSONNET, J.; FRIEDMAN, G. D.; VANDERSTEEN, D. P.; CH ANG, Y.; VOGELMAN, J. H .; ORENTRE-ICH, N. & SIBLEY, R. K., 1991. Helicobacter p ylori in fection an d risk of gastric carcin om a. N ew En g-lan d Jou rn al of Med icin e, 325:1127-1131. RISCH , A. H .; JAIN, M.; CH OI, N. W.; FODOR, G.;

(7)

fac-tors an d th e in cid en ce of can cer of th e stom ach . Am erican Jou rn al of Ep id em iology, 122:947-957. ROSEN WAIKE, I., 1984. Ca n ce r m o rta lity a m o n g

Pu e rto -Rica n b o rn re sid e n ts in Ne w Yo rk city. Am erican Jou rn al of Ep id em iology, 119:177-185. SANDER, J. & SCH WEINSBERG, F., 1972. We ch se

l-b ezieh u n gen zwisch en n itrat, n itrit u n d kan zero-gen en N-n itro soverb in d u n zero-gen . Z en t ra lb la t t Fu r Ba k t eriologie M ik rob iologie u n d Hygien e, 156: 299-340.

SOBALA, G. M.; SCH ORAH , C. J.; SANDERSON, M.; DIXON, M. F.; TOMPKINS, D. S.; GODWIN, P. & AXON, A. T. R., 1989. Ascorb ic acid in th e h u m an stom ach . Gastroen terology, 97:357-363.

SOBALA, G. M., 1991. Acu te Helicobacter p yloriin fec-tion : clin ical featu res, local an d system ic im m u n e resp o n se, ga stric m u co sa l h isto lo gy, a n d ga stric ju ice ascorb ic acid con cen tration s. Gu t, 32:1415-1418.

STEH R, P.; GLONINGER, M. F.; KULLER, L. H .; MARSH, G. M.; RADFORD, E. P. & WEINBERG, G. B., 1985. Dietary vitam in A d eficien cies an d stom -a ch c-a n ce r. Am erica n Jou rn a l of Ep id em iology, 121:65-70.

TAKAHASHI, M.; KOKUBO, T. & FURUKAWA, F., 1984. Effects of sod iu m ch lorid e, sacch arin , p h en ob ar-b ital an d asp irin on gastric carcin ogen esis rats af-te r in ib itio n with N-m e th yl-N-n itro -N-n itro so gu an id in e. Gan n, 75:494-501.

TATEMATSU, M.; TAKAHASHI, M. & FUKUSHIMA, S.; 1975. Effects in rats of sod iu m ch lorid e on exp erm en tal gastric can cer in d u ced by N-erm eth yl N-n i-tro-N-n itrosogu an id in e or 4-n itroqu in olin e 1-ox-id e. Jou rn a l of t h e N a t ion a l Ca n cer In st it u t e, 55:101-106.

TANNENBAUM, S. R.; MORAN, D.; RAND, W.; CUEL-LO, C. & CORREA, P., 1979. Ga stric ca n ce r in Co lo m b ia . Nitrite a n d o th er io n s in ga stric co n -ten ts of resid en ts from a h igh risk region . Jou rn al of th e Nation al Can cer In stitu te, 62:9-12. TAYLOR, D. N. & BLASER, M. J., 1991. Th e ep id em

iol-ogy of Helicobacter p yloriin fection . Ep id em iology Review s, 13:42-59.

WARREN, J. R. & MARSHALL, B. J., 1983. Un in d en ti-fied cu rved b acilli on gastric ep ith eliu m in active ch ron ic gastritis. Lan cet, 2:1273-1275.

WEISBURGER, J. H ., 1985a . Ca u se s o f ga stric a n d esop h ageal can cer: p ossib le ap p roach to p reven -tio n by vita m in C. In t ern a t ion a l Jou rn a l of Vit a -m in an d Nu trition Research, 27:381s-402s. WEISBURGER, J. H., 1985b. Nu trition an d can cer p

Referências

Documentos relacionados

Callithrix penicillata (Primates: Callitrichidae) Following the Army Ant Labidus praedator (Formicidae: Ecitoninae) in the Cerrado and the Atlantic Forest, Brazil. Army ants in

An tib od ies to Helicobacter p ylori an d p ep sin ogen levels in ch ild ren from Costa Rica: com p arison of two areas with d ifferen t risks for stom ach can cer.

p ylori in - fection is accep ted tod ay as th e m ost com m on cau se of gastritis an d th erefore th e in itiator of th e ch ain of even ts th at lead s to gastric

Can - cer in

Can cer Mortality in São Pau lo,

This paper provides comparison of different Intrusion Detection Techniques in Mobile Ad hoc Networks such that Watchdog (identifies misbehaving node by eavesdropping on

A large community outbreak of Legionnaires’ disease in Vila Franca de Xira, Portugal, October to November 2014. Fraser DW, Tsai TR, Orenstein W, Parkin WE, Beecham HJ, Sharrar RG,

 Answering all phone calls (division will now have a single phone number)  Attending customers’ requests or obtaining answer for their problems (in order to support him, he

Вимоги до знань та вмінь.Студент повинен: знати: сутність конфлікту, його структуру, причини та функції; фази й особливості механізму виникнення та розгортання конфлікту; стратегії й

Мета і постановка задачі В роботі поставлена задача порівняти властивості та, в першу чергу, характерис- тики зносостійкості матеріалів і боридних покриттів на стальних деталях., а