• Nenhum resultado encontrado

Mudança em os padrões de vida em descendentes de progenitores com diabetes mellitus tipo 2 do nordeste do México.

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2017

Share "Mudança em os padrões de vida em descendentes de progenitores com diabetes mellitus tipo 2 do nordeste do México."

Copied!
6
0
0

Texto

(1)

1 Mestre em Ciências da Enferm agem , Professor de tem po integral, Universidad Autónom a de Cd. Juárez, Chihuahua, e-m ail: lindaguerra@hotm ail.com ; 2 Doutor,

Professor Titular da Faculdade de Enferm agem , Universidad Autónom a de Nuevo León, México, e-m ail: egallego@fe.uanl.m x; 3 Doutor, Pesquisador titular, Divisão

de Genética, Centro de Pesquisa Biom édica do Nordeste, I nstituto Mexicano do Seguro Social, México

MUDANÇA EM OS PADRÕES DE VI DA EM DESCENDENTES DE PROGENI TORES COM

DI ABETES MELLI TUS TI PO 2 DO NORDESTE DO MEXI CO

Rosalin da Gu er r a- Ju ár ez1 Est her C. Gallegos2

Ricar do M. Cer da- Flor es3

O obj et iv o ger al do est udo foi ex plor ar à disposição à m udança dos padr ões alim ent ar es e at iv idade

física nos descendent es de progenit ores com diabet es m ellit us t ipo 2 ( DMT2) . Aplicou- se un desenho descrit ivo correlacionar. A base t eórica const it uiu- se pelo Com ponent e Genét ico ( h2) e o Modelo Transt eorét ico de Prochaska.

Part iciparam 30 progenit ores com DMT2 e 60 descendent es. Result ados e Conclusões: O 68% dos descendent es pr esent ar am obesidade, 60% com r isco de doença car diovascular , 42% com r esist ência à insulina ( RI ) e 15% int olerância à glucose; nenhum dos fat ores de risco associaram - se com as et apas de m udança. O com ponent e

genét ico para RI foi m ínim o ( h2 = 1.37% ) . Um a m aior proporcão dos m enores de 40 anos (

χ

i2 = 6.04, p = .020)

e das m ulheres (

χ

i2 = 4.41, p= .040) cont em plam dim inuir o consum o de gorduras. Os result ados sugerem um

m aior peso dos fat or es do m eio am bient e sobr e o est ilo de v ida nociv o dos par t icipant es.

DESCRI TORES: condut a de saúde; m eio am bient e; her edit ar iedade

LI FESTYLE CHANGES I N DESCENDANTS OF PARENTS W I TH DI ABETES TYPE 2

This st udy aim ed t o ex plor e t he disposit ion of diabet ic par ent s’ descendent s in changing eat ing and physical act ivit y pat t erns. I t was based on t he herit abilit y concept and Prochaska’s Transt heoret ical Model. This

is a d escr ip t iv e- cor r elat ion al st u d y ; p ar t icip an t s in clu d ed 3 0 p ar en t s, r an d om ly select ed , an d 6 0 ch ild r en . Result s and conclusion: 68% of t he children was classified as obese, 42% wit h insulin resist ance, and 15% wit h

car bohy dr at e int oler ance. None of t he r isk fact or s w as associat ed w it h t he st ages of change. The her it abilit y fact or was 1.37% ; m ore people younger t han 40 and wom en report decreasing in t he consum pt ion of fat food (

χ

i2 = 6.04, p = .020; and 4.41, p = .040, respect ively) . These result s suggest a high influence of environm ent al

fact or s on t he par t icipant s’ unhealt hy life st y les.

DESCRI PTORS: healt h behav ior ; env ir onm ent ; her edit y

CAMBI O EN LOS PATRONES DE VI DA EN DESCENDI ENTES DE PROGENI TORES CON

DI ABETES MELLI TUS TI PO 2 DEL NORESTE DE MEXI CO

El obj et ivo general del est udio fue explorar la disposición al cam bio de pat rones alim ent arios y act ividad física en descendient es de pr ogenit or es con diabet es m ellit us t ipo 2 ( DMT2) , aplicando un diseño descr ipt iv o correlacional. La base t eórica la const it uyó el com ponent e genét ico heredabilidad ( h2) y el Modelo Transt eorét ico

de Prochaska; part iciparon 30 progenit ores con DMT2 y 60 descendient es. Result ados y Conclusión: El 68% de los descen dien t es f u er on obesos, 6 0 % con r iesgo de en f er m edad car diov ascu lar , 4 2 % con r esist en cia a la

insulina ( RI ) y 15% int oler ant es a la glucosa; ninguno de los fact or es de r iesgo se asoció con las et apas de

cam bio. El com ponent e genét ico par a RI fue m ínim o ( h2 = 1.37% ) . Una m ay or pr opor ción de m enor es de 40

añ os ( p = . 0 2 0 ) y de m u j er es “ con t em plan ” dism in u ir el con su m o de gr asas ( p = . 0 4 0 ) . Est os r esu lt ados

sugier en un m ay or peso de fact or es del m edio am bient e sobr e el est ilo de v ida nociv o de los par t icipant es.

(2)

I NTRODUÇÃO

O

diabet es m ellit us t ipo 2 ( DMT2) é um a doença com plexa, na qual os com ponent es genét icos e am bient ais int eragem para o seu desenvolvim ent o. D i v e r so s a u t o r e s a ssi n a l a m q u e o co m p o n e n t e am bient al t em um gr ande peso, par a j ust ificar que esse padecim ento apresente índices tão elevados nos t em pos at uais. Os dois com ponent es pr incipais do m eio am bient e que represent am m aior risco para a saúde da população, são os m aus padrões alim entícios e a dim inuição da at iv idade física. Essas condut as const it uem for m as habit uais de v ida que r equer em ser m odificadas subst ancialm ent e nos indivíduos que padecem ou est ão em risco de padecer de DMT2( 1).

A a l i m e n t a çã o d a s f a m íl i a s u r b a n a s ca r a ct e r i za - se p o r co n t e r a l i m e n t o s a l t a m e n t e energét icos, ricos em gorduras e açúcares, e pobres em fibras, frut as e verduras. E as caract eríst icas da vida urbana prat icam ent e im põem a seus habit ant es um est ilo de vida sedent ário, ao evit ar a cam inhada, prática de exercícios ou esportes e um m enor esforço para realizar as at ividades do t rabalho, assim com o os t rabalhos do lar( 2).

O DMT2, é diagnosticado em idades cada vez m enores e em um a alt a porcent agem , em indivíduos com ant ecedent es fam iliares ( fam iliares de prim eiro gr au)( 3). Os sist em as de saúde ofer ecem os m eios

p ar a con t r olar o ad u lt o com essa d oen ça, p or ém poucos esfor ços e r ecur sos est ão disponív eis par a at en d er aos d escen d en t es d os m esm os, q u e p or definição são indivíduos em risco de desenvolver essa doença cr ônica.

Const at ou- se que m ais de 50% dos adult os com DMT2 apresentam sua doença com glicem ias bem acim a d o r ecom en d ad o ou d o esp er ad o. Se eles seg u issem r ig or osam en t e o t r at am en t o p r escr it o, incluindo um a alim ent ação balanceada com cont role de calor ias e at iv idade f ísica su f icien t e, poder iam m an t er u m eq u ilib r o en t r e o con su m o e o g ast o calórico( 4). Esse dado sugere que adult os com DMT2

e su as f am ílias n ão t em m od if icad o seu s h áb it os alim entares e de atividade física, explicando- se assim o m au cont role m et abólico, e m ost rando o alt o risco q u e a p r e se n t a m se u s f a m i l i a r e s d i r e t o s, especialm en t e seu s descen den t es, de desen v olv er DMT2 ou out ra doença associada com ela( 3).

Além disso, tem os o dado de um im portante increm ent o na prevalência de obesidade e sobrepeso em am ost r as t an t o d e ad u lt os com o d e j ov en s e

est udant es, as quais são de t al m agnit ude que j á se considera com o um problem a de saúde pública ( 3- 4).

A obesidade t em - se apr esent ado com o um d o s f a t o r es m a i s r el ev a n t es n o s t r a n st o r n o s d e r esist ência à insulina ( RI ) que ant ecedem à fr anca aparição da DMT2( 5); se os fam iliares diret os de um

a d u l t o co m D MT2 , sã o t a m b é m o b e so s o u t ê m sobrepeso, o risco de desenvolver a doença é m ais alt o( 6 ). Po r o u t r o l ad o , h á ev i d ên ci as d e q u e ao

incor por ar m udanças na alim ent ação e no nív el de at ividade física pode- se prevenir o aparecim ent o de D MT2 ( 7 ). Po r ém , o s i n d i v íd u o s em r i sco d ev em

con h ecer su as p ossib ilid ad es r eais d e p ad ecer a doença, e devem estar dispostos a m udar as condutas que favorecem e increm ent am ou risco de adoecer.

No México há escassos estudos que reportam se os fam iliar es dir et os de indivíduos que padecem d e D MT2 co n si d e r a m - se e m r i sco e se t o m a m m edidas prevent ivas específicas. Em geral, os t em as m a i s e st u d a d o s co r r e sp o n d e m a o a p o i o q u e a s fam ílias prest am à pessoa com DMT2, para que siga a diet a e o ex er cício r ecom endado com o par t e do t rat am ent o( 8). Porém , report am um a at it ude negat iva

da fam ília para se solidarizar com a pessoa com DMT2 na observação de um a alim ent ação balanceada e no acom pan h am en t o do au m en t o da at iv idade f ísica. Som ent e localizou- se um est udo que indagou sobre os estágios de m udança em pacientes com DMT2, na m odificação do consum o de gorduras e veget ais( 9).

Est a inv est igação fundam ent ou- se em dois conceitos. Prim eiram ente, a hereditariedade ( h2) , que

é a pr opor ção da var iância em um fenót ipo que se pode at ribuir exclusivam ent e ao efeit o dos genes. A avaliação da h2 é um passo indispensável ant es de

r ealizar a localização dos genes, pois se o fenót ipo não t em h2, ou se é m uit o pequena ( por ex em plo,

m enor que 10% ) , não há sentido prático em procurar genes, por que o com ponent e am bient al t er ia um a m aior cont ribuição. Foram report ado fat ores com o o Í ndice de m assa corporal ( I MC) , Í ndice cint ura ( CC) , colest erol e t riglicérides com cifras significat ivas em h2 de fam iliares de prim eiro, segundo e terceiro graus

em fam ílias m exicanas( 10).

Nesta pesquisa em bora não se contasse com um a am ost ra adequada nem um desenho am plo de f a m i l i a r es n u cl ea r es p a r a a v a l i a r o co m p o n en t e genético ( o que dim inui o poder estatístico) , pareceu-n o s d e i pareceu-n t e r e sse a v a l i a r o h2 d o RI e n t r e o s

(3)

Segundo, no Modelo Teór ico de Pr ochask a, que explica a disposição à m udança( 11) de condut a,

que é um processo gradual que se realiza através de cin co est ág ios: a) Pr é- con t em p lação, n o q u al as pessoas não têm a intenção de realizar ações em um p e r ío d o i m e d i a t o ; b ) Co n t e m p l a çã o , q u a n d o a s pessoas planej am m udar dent r o dos seguint es seis m eses; c) Preparação, quando est ão dispost as a agir em um futuro im ediato - m enor de um m ês; d) Ação, quando os indivíduos j á realizam m udanças em seus est ilos de vida, pelo m enos durant e os últ im os seis m eses; e, e) Manutenção, quando os indivíduos estão con f ian t es n as m u dan ças r ealizadas e t êm m en or p r o b a b i l i d a d e d e v o l t a r à s su a s co n d u t a s n ã o desej áv eis.

O pr esent e est udo, com o pr opósit o de t er u m m a i o r co n h e ci m e n t o so b r e d i sp o si çã o à m od if icação d e h áb it os em ad u lt os com r isco d e desenvolver DMT2, explorou a disposição à m udança em condut as de saúde, especificam ent e em padrões alim ent ícios e de at ividade física, em descendent es d e p r og en it or es d iag n ost icad os com DMT2 e su a associação com alguns fat ores de risco.

Co n si d e r a n d o o a n t e r i o r, o s o b j e t i v o s e sp e cíf i co s d e st e e st u d o f o r a m : 1 .- Ca l cu l a r o com ponent e her edit ár io- genét ico e am bient al do RI de est a am ost ra de pr ogenit or es- descendent es. 2.-Det er m inar a pr ev alência do RI e a int oler ância à glicose ( I G) em descendent es de pr ogenit or es com D MT2 e 3 .- Asso ci a r o s est á g i o s d e m u d a n ça d e consum o de gordura e exercício ( Pré- cont em plação, Co n t em p l ação , Ação e Man u t en ção ) co m q u at r o fat ores de risco ( I MC, CC, RI , I G) em descendent es de progenit ores com DMT2.

MÉTODOS

O d esen h o d o est u d o f o i o b ser v a ci o n a l -descritivo. A população de interesse foi com posta por in div ídu os com , pelo m en os, u m dos pr ogen it or es diagnost icado com DMT2, cont r olados clinicam ent e e m f o r m a a m b u l a t o r i a l e m u m a i n st i t u i çã o d e se g u r i d a d e so ci a l d e p r i m e i r o n ív e l , n a Ár e a Met r op olit an a d e Mon t er r ey ( AMM) , Nu e v o Le ó n, México. O AMM é a segunda zona industrial do país, e se encontra localizada no Nordeste do México. Possui um a im igr ação de 80% de indiv íduos pr ov enient es dos estados de Tam aulipas, Coahuila, San Luís Pot osí, Zacat ecas, Du r ango, Ver acr uz e Ch ihu ahu a.

O p r oj et o d e p esq u isa f oi ap r ov ad o p ela Com issão d e Ét ica em Pesq u isa d a Facu ld ad e d e En f er m ag em d a Un i v er si d a d Au t ó n o m a d e Nu ev o León .

A se l e çã o d a a m o st r a ( p a i o u m ã e co m DMT2) , foi aleat ór ia: a par t ir das list as at ualizadas de 2 2 con su lt ór ios, selecion ou - se u m pacien t e. O pr ogenit or selecionado dev ia t er filhos de 10 anos ou m ais, d os q u ais se ex clu ír am aq u eles q u e j á hav iam sido diagnost icados com DMT2. O t am anho d a am o st r a f o i d e 1 0 0 i n d i v íd u o s, co m u m er r o avaliado em ± 0,09, I C de 95% , p = 0,5 ( enfoque c o n s e r v a d o r ) p a r a u m t e s t e d e a s s o c i a ç ã o . Det erm inou- se com o crit ério de elim inação cifras de glicem ia capilar em j ej u m > 1 2 6 m g/ dl ou ≥ 2 0 0 m g / d l p ó s- ca r g a . Est e cr i t ér i o el i m i n o u q u a t r o indiv íduos.

Medições. Aplicar am - se dois quest ionár ios: a) Exercício - Estágios de Mudança Form a Curta( 12), o

que m ede a disposição à m udança em padr ões de exercício por m eio de cinco reações sobre a int enção de fazer ex er cício, ex er cit ar - se no pr esent e ou t er exercit ado- se no passado. As respost as dicot ôm icas, f also ou v er dadeir o ( F/ V) per m it ir am classif icar o su j ei t o em u m d o s ci n co est á g i o s d e m u d a n ça , seg u n d o Pr o ch ask a e b ) Co n su m o d e Go r d u r as-Est á g i o s d e Mu d a n ça Fo r m a Cu r t a , co m q u a t r o r e a çõ e s d e r e sp o st a d i co t ô m i ca q u e m e d e a disposição à m udança no consum o de alim entos ricos em gorduras; segundo as respost as classificou- se os participantes em um dos quatro estágios de m udança ( p r é - co n t e m p l a çã o , co n t e m p l a çã o , a çã o o u m anut enção) .

Regist r ou - se o peso e a cir cu n f er ên cia da cin t u r a dos in div ídu os par t icipan t es, n os qu ais se calculou o I MC com a fórm ula: Peso/ ( circunferência da cint ur a)2 em função do que for am classificados

em peso nor m al, sobr epeso e obesidade, segundo cr i t é r i o s d a No r m a Of i ci a l Me x i ca n a p a r a Adm inist ração I nt egral da Obesidade( 13). Det erm

inou-se a ci r cu n f e r ê n ci a d a ci n t u r a e q u a d r i l , CC e classificou- se os indivíduos com r isco incr em ent ado e subst ancialm ent e incr em ent ado de obesidade, de acordo com o sexo.

(4)

Tam bém det ect ou- se insulina no sangue ut ilizandse o m ét od o d e en zim in m u n oen saio d e m icr o-partículas em soro com o aparelho I M X Syst em. Nos progenitores, se tirou um a só am ostra de sangue para det erm inar o nível de glicem ia e insulina. Tant o nos pais com o nos filhos calculou- se a RI , aplicando a fórm ula HOMA RI = insulina em j ej um ( U/ m l) x glicose em j ej u m ( m g / d l) / 4 5 , con sid er an d o RI q u an d o o coeficiente foi ≥ 3,5( 14).

Pa r a o cá l cu l o d a h er ed i t a r i ed a d e d e RI u t ilizou - se o pacot e SAGE ( FCOR) v 4 . 6( 15). Par a a

análise dos dados ut ilizou- se o program a St at ist ical

Package for t he Social Sciences ( SPSS) versão 11. O

t e st e d e K o l m o g o r o v - S m i r n o v m o st r o u q u e a s variáveis cont ínuas aj ust avam - se a um a dist ribuição n or m al. Par a p r ocu r ar a associação u t ilizou - se a variável est at íst ica X2. Um a probabilidade m enor que 0.05 foi considerada significat iva.

RESULTADOS

A am ost ra const it uiu- se de 60 part icipant es, descendent es de progenit ores ( pai, m ãe, ou am bos) diagnost icados com DMT2. A m édia de idade foi de 3 4 a n o s (D E = 9 ; 1 3 - 6 3 ) d o s q u a i s 5 8 % correspondem ao sexo fem inino. A m édia de anos de educação form al foi de 11,63 (DE = 3,38; 4- 20) ; a m aioria deles, 45% , referiu est ar t rabalhando e 60% v i v e r co m o co m p a n h e i r o . D a a m o st r a , 5 6 % r econhecer am t er pelo m enos um av ô com DMT2 , 7 8 % t ios p at er n os com essa d oen ça e 5 9 % t ios m at er n os. Em r elação à pr at ica de espor t es 7 2 % disseram não prat icar nenhum t ipo.

Dos 60 descendentes, som ente 15% m ostrou um I MC dent r o das faixas de nor m alidade( 13); 68%

apresent ou obesidade e 17% sobrepeso. O 60% foi classificado com r isco de acident e cér ebr o v ascular ( AVC) in cr em en t ad o, seg u n d o o CC. Med ian t e os i n d i ca d o r es m a i s d i r et o s d a d o en ça m et a b ó l i ca , identificou- se em 42% da am ostra dos filhos com RI , e 1 5 % obt ev e cif r as de glicose pós- car ga qu e os classificou com o int olerant es à glicose.

À r espeit o dos pr ogenit or es, est udar am - se 30, est es diagnost icados pelos m édicos com DMT2; esse núm ero incluiu t rês casais, os quais padeciam de DMT2. Com o conseqüências disso os descendentes recrut aram - se em 27 fam ílias. A m édia de idade dos p r og en it or es f oi d e 6 2 an os (D E = 8 ; 4 7 - 8 0 ) , predom inando o sexo fem inino, 67% .

Disposição à m udança em descendent es de p esso as co m D MT2 . Na f i g u r a 1 ap r esen t a- se a dist r ibuição dos par t icipant es segundo o est ágio de m u d an ça n o con su m o d e g or d u r as e ex er cício. A porcentagem m aior, referente ao consum o de gordura, encont r a- se no est ágio de m anut enção, seguido da p or cen t ag em em p r é- con t em p lação. Ref er en t e ao exercício, as porcentagens m aiores encontram - se nos est ágios de cont em plação, seguidos dos que est ão no est ágio de m anut enção.

0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50

Gorduras Exercícios

Gorduras 32 5 25 38 Exercícios 15 47 13 25

1 2 3 4

1. Pré-contemplação 2. Contemplação 3. Ação 4. Manutenção

Figura 1 - Proporção de participantes em estágios de m u d a n ça : co n su m o d e g o r d u r a s e e x e r cíci o s pr at icados

O co m p o n e n t e g e n é t i co d e RI a v a l i a d o m ediant e o cálculo da heredit ariedade foi de 1,37% e o com ponente am biental foi de 98,63% . O 42% dos descendentes foi RI , segundo aprecia- se na Figura 2. Assi m m e sm o , e n co n t r o u - se q u e 1 5 % d e l e s apresent avam int olerância à glicose.

0 10 20 30 40 50 60 70

Pais Filhos

Resistente Não Resistente

Figur a 2 - Pr opor ção de pais e filhos r esist ent es e não r esist ent es

(5)

estatístico de X2, dividiu- se previam ente cada variável n as cat eg o r i as d e acei t áv el e n ão acei t áv el . Os result ados não foram significat ivos segundo observa-se na Tabela 1.

Tabela 1 - Associação de fatores de risco com estágios de m udança no consum o de gorduras e de exercício

adm inistrar o excesso de peso corporal; por sua vez, baixar de peso, é um dos fatores que podem dim inuir a gordura visceral e, eventualm ente, dim inuir a RI a nível hepát ico e m uscular. Por ém , cer ca da m et ade dos d escen d en t es d e p r o g en i t o r es co m DMT2 q u e participaram desta pesquisa, não parecem contem plar esse m udança com o necessária para eles.

Ao analisar a presença de out ros fat ores de risco, além de ser descendente direto de um ou am bos progenit ores com DMT2, det ect ou- se que era m uit o elev ado o núm er o de descendent es com sobr epeso e com circunferência da cint ura m aior que 84 cm . o que os colocou na categoria de um risco increm entado de t er AVC.

Por outro lado, as cifras de RI e de I G, sugerem que a descendência encont ra- se em um processo de disfu n ção m et abólica qu e m u it o pr ov av elm ent e se m anifest ara com a aparição do DMT2. Mesm o assim , cabe assinalar que pouquíssim os desses descendentes est ão realizando m udanças no consum o de gorduras e na pr át ica do ex er cício, m ost r ando um com plet o desconhecim ent o do alt o risco em que se encont ram de desenvolver um a doença.

O fato de não ter encontrado associação entre os estágios de m udança com as cifras de indicadores com o I MC, CC, RI e TG indica a pouca disposição à m u d a n ça n o s e st i l o s d e v i d a p o r p a r t e d o s d e sce n d e n t e s. En t ã o , su r g e a n e ce ssi d a d e d e aprofundar- se na inform ação que se proporciona aos fam iliares de prim eiro grau de pacient es com DMT2. I st o f a ci l i t a r i a a co m p r e e n sã o d a s m u d a n ça s bioquím icas e ant ropom ét ricas que podem observar-se neles, e que são fat ores de risco em inent e para desenv olv er a doença.

Por últ im o, o alt o com ponent e am bient al da RI encontrado, 98.63% , indica-nos que a m udança de est ilos de alim ent ação e at ividade física cont ribuíram d e f or m a im p or t an t e p ar a ex p licar as alt er ações m et abólicas e ant ropom ét ricas dest a am ost ra.

o c s i r e d s e r o t a F a ç n a d u m e d s o i g á t s E s a r u d r o G e d o m u s n o

C Exercício

c

cccci2 ValordeP ccccci2 ValordeP

C M

I 1.43 .290 0.69 0.48 C

C 2.34 .174 0.01 0.56 a i c n ê t s i s e

R 0.40 .590 0.09 0.79 a i c n â r e l o

T 0.27 .710 0.16 0.72

O sexo e a idade, ao serem associados com os est ágios de m u dan ça n o con su m o de gor du r a, m ost raram significância est at íst ica, o que indica que as m ulheres est ão “ cont em plando” a possibilidade de dim inuir o consum o de gorduras [

χ

i2 ( 1, n = 60) = 4, 41, p = 0, 04] . Por out r o lado, os descendent es,

m enor es de 40 anos, são os que est ão ev it ando o con su m o de gor du r as e est ão m an t en do- se n essa condut a [

χ

i2( 1, n = 60) = 6,04,

p = 0,020] .

DI SCUSSÃO

Um a p o r ce n t a g e m i m p o r t a n t e d o s participantes não tinha nenhum a intenção de dim inuir o consum o de gor dur as na sua alim ent ação e um a p r o p o r çã o a i n d a m a i o r n ã o t i n h a a i n t en çã o o u planej ava fazer algo a respeito da prática de exercício nos seguint es seis m eses.

Um a m udança na alim entação, particularm ente no consum o de gorduras e no padrão de atividade física, nest a am ost ra, seria um a est rat égia que aj udaria a atrasar o aparecim ento do DMT2, segundo dem onstrado por alguns autores(7). O equilíbrio entre o consum o e a

q u eim a d e calor ias é a m elh or com b in ação p ar a

REFERÊNCI AS BI BLI OGRÁFI CAS

1. Walt er S, Post onll C, Foreyt JP. Obesit y is an environm ent al issu e. At h er oescler osis 1 9 9 9 ; 1 4 6 ( 2 ) : 2 0 1 - 9 .

2. French SA, St ory M, Jeffery RW. Environm ent al influences on eat ing and phy sical act iv it y. Annual Rev Public Healt h 2 0 0 1 ; 2 2 : 3 0 9 - 3 5 .

3. Collazo C. Diabet es t ipo 2 en niños. Obesidad I nfant il. Diabet es Hoy 2 0 0 4 ; 1 8 - 2 0 .

4. Gallegos EC, Bañuelos Y. Conduct as prot ect oras de salud e n a d u l t o s co n d i a b e t e s m e l l i t u s t i p o I I . I n v e st Ed u c Enfer m er ía 2004; 22( 2) : 40- 9.

5. Dushay J, Abraham son MJ. I nsulin resist ance and t ype 2 diabet es: A com pr ehensiv e r ev iew . CME/ CE [ ser ial online] 2005 abr il [ cit ed 2005 Jun 6] ; 22: [ 9 scr eens] . Av ailable from : URL: www.m edscape.com .

6. Van der Sande M, Walraven G, Milligan P, Banya W, Ceesay S, Ny an O et al. Fam ily hist or y : An oppor t unit y for ear ly int ervent ions and im proved cont rol of hypert ension, obesit y, a n d d i a b e t e s. Bu l l W o r l d H e a l t h Or g a n i za t i o n 2 0 0 2 ; 7 9 ( 4 ) : 3 2 1 - 8 .

(6)

8. Rodríguez- Morán M, Guerrero- Rom ero JF. I m port ancia del apoyo fam iliar en el cont rol de la glucem ia. Salud Pública de Méx ico 1 9 9 7 ; 3 9 ( 1 ) : 4 4 - 7 .

9. Vallis M, Ruggiero L, Greene G, Jones H, Zinm an B, Rossi S et al. St ages of change for healt hy eat ing in diabet es. Diabet es Car e 2 0 0 3 ; 2 6 ( 5 ) : 1 4 6 8 - 7 4 .

1 0 . Bast ar r ach ea- Ken t J, Lóp ez- Alv ar en g a JC, Tej er o E, Ar ad illa C, Br it o- Z u r it a O, Mach ad o- Dom in g u ez A et al. Her it abilit y of Car diovascualr Disease ( CVD) r isk fact or s in Mex icans. Obesit y. I n pr ess 2006.

1 1 . Pr o ch a sk a JO, Re d d i n g CA, Ev e r s KE. Th e t r anst heor et ical m odel and st ages of change. I n: Glanz K, Rim er BK, Lew is FM, edit or es. Healt h behav ior and healt h ed u cat ion . San Fr an cisco: Jossey - Bass A Wiley I m p r in t ; 1 9 9 7 . p. 9 9 - 1 2 0 .

1 2 . Be n i so v i ch SV, Ro ssi JS, No r m a n GJ, Ni g g , CR. Developm ent of a m ult idim ensional m easure of exercise self-efficacy. Cancer Pr ev ent ion Res Cent er 1 9 9 8 ; 1 9 ( 5 Suppl 1 9 0 ) : 5 6 1 - 7 5 .

13. Est ados Unidos Mex icanos Secr et ar ia de Salud. Nor m a Oficial Mex ican a par a el Man ej o I n t egr al de la Obesidad. ( NOM- 1 7 4 - SSA 1 - 1 9 9 8 ) . [ se r i a l o n l i n e ] 2 0 0 4 m a r zo . D i sp o n i b l e e n : URL: h t t p : / / w w w . d i a b e t e sv i d a . co m . m x / diabet esv ida/ NOM. h t . m odificación .

14. Bonora E, Targher G, Alberiche M, Bonadonna R, Saggiani F, Zenere MB et al. Hom eost asis m odel assessm ent closely m ir r or s t he glucose clam p t echnique in t he assessm ent of insulin sensit iv it y. Diabet es Car e 2000; 23( 1) : 57- 63. 1 5 . SAGE. St at ist ical an aly sis f or g en et ic ep id em iolog y [ com put er program ] . Cork ( I ) : St at ist ical Solut ions Lt d.; 2004.

Referências

Documentos relacionados

Est e est udio t uv o com o obj et iv os: analizar las concepciones de educación en salud que or ient an las práct icas educat ivas de los agent es com unit arios de salud en

El obj et ivo de est e est udio fue evaluar la calidad de vida de pacient es con enferm edades aut o- inm unes ( EAI ) , som et idos al Transplant e de Médula Ósea ( TMO) , en dos m

El est udio r ev eló que las adolescent es y sus cuidador as fam iliar es, m anifest ar on pr eocupación con.. los cam bios pr opios de ese per íodo, especialm ent e en asunt os

La adm inist r ación de m edicam ent os es una act ividad crucial para el enferm ero que part icipa del program a de t ransplant e de hígado.. La planificación, im plem ent ación

El est udio t uv o com o obj et iv o conocer y com pr ender las acciones de aux iliar es y t écnicos de enfer m er ía, que t r abaj an en la Unidad de Ter apia I nt ensiva

El obj et ivo de est e est udio fue ident ificar las CBs de pacient es int er nados, los m anguit os cor r espondient es y los t am años disponibles en las clínicas.. Los anchos

El obj et ivo de est e est udio fue ident ificar las CBs de pacient es int er nados, los m anguit os cor r espondient es y los t am años disponibles en las clínicas.. Los anchos

El obj et iv o fue v er ificar conocim ient os y act it udes de per sonas con diabet es m ellit us que par t icipaban de un pr ogr am a de educación en el aut o cuidado en