• Nenhum resultado encontrado

O processo sucessório em empresas familiares: o exemplo dos comerciantes e o processo no Saara.

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2017

Share "O processo sucessório em empresas familiares: o exemplo dos comerciantes e o processo no Saara."

Copied!
24
0
0

Texto

(1)

T

O

O P

ROCESSO

S

UCESSÓRIO

EM

E

MPRESAS

F

AMILIARES

. O E

XEMPLO

DOS

C

OMERCIANTES

E

O

P

ROCESSO

NO

S

AARA

N i l d a M a r i a d e Cl o d o a l d o P i n t o Gu e r r a Le o n e *

R

ESUMO

obj et iv o cen t r al do pr esen t e t r abalh o é descr ev er as opin iões dos dir igen t es de em -pr esas f am iliar es, localizadas n a SAARA ( Sociedade de Am igos das Adj acên cias da Ru a da Alf ân dega) , n o Rio de Jan eir o, sobr e o pr ocesso su cessór io em su as em pr e sas. O in st r u m en t o de pesqu isa foi u m qu est ion ár io en der eçado aos fu n dador es/ dir igen t es. A seleção das em pr esas pesqu isadas adot ou o con ceit o de em pr esa f am iliar t r abalh ado por Leon e ( 1 9 9 2 ) . Os r esu lt ados da pesqu isa r elev am qu e em r elação à or gan ização da su cessão, em bor a o pr ocesso su cessór io sej a u m a sit u ação gan at u r al a ser egan -fr en t ada par a 7 8 , 7 9 % dos dir igen t es, apen as 3 9 , 3 9 % den t r e eles j á or gan izou a t r an sm is-são de su a em pr esa. Os dir igen t es, em su a t ot alidade, pr ef er em qu e u m dos seu s f ilh os ou algu m m em br o da f am ília os su cedam n a em pr esa. A f am ília é pr iv ilegiada n o t r abalh o pr epar at ór io da su cessão. Em bor a o con h ecim en t o t eór ico sobr e a qu est ão da su cessão em em pr esas f am iliar es n os m ost r e qu e o f u t u r o dessas em pr esas en con t r a- se n o plan e-j am en t o e n a or gan ização do pr ocesso su cessór io, n ot a- se qu e n as em pr esas pesqu isadas essa pr eocu pação ain da n ão est á acon t ecen do.

A

BSTRACT

h e cen t r al t h em e of t h is r esear ch is t h e su ccession pr ocess of t h e fam ily com pan ies. Ou r aim is descr ibin g t h e m an ager s’opin ion of t h is pr ocess in t h e com m er cial st or es locat ed at SAARA, in Rio de Janeir o. The inst r um ent used t o accom plish t his obj ect iv e w as a quest ionnair e addr essed t o t he founder / m anager s of t hose st or es. The select ion of t he st or es adopt ed t he fam ily or ganizat ion concept assum ed by Leone( 1 9 9 2 ) . The r esult s of t he r esear ch pr esent t hat , alt hough t he succession pr ocess w ill be a nat ur al pr ocedur e t o be faced by 7 8 , 7 9 % of t he dir igeant s, only 3 9 , 3 9 % alr eady planned t he t r ansm ission of t he leader ship. The dir igeant s, as a w hole, w ant giv ing t he com m and t o one of t heir sons or t o anot her fam ily m em ber . The fam ily is t he base of t he planning pr ocess of su ccession . Alt h ou gh t h e t h eor et ical k n ow ledge con cer n in g t h e qu est ion of succession pr ocess show s us t hat t he fut ur e of t hese Or ganizat ions is m ainly r elat ed t o t he planning and or ganizat ion of t his pr ocess, w e could see t hat in t he consult ed st or es t hat obj ect iv e is n ot alr eady con sider ed by t h e n ow aday s leader s.

(2)

A

I

NTRODUÇÃO

o ser con sid er ad a com o f or m a p r ed om in an t e d e em p r esa em t od o m u n d o, a em pr esa fam iliar ocupa um a gr ande par t e d o nosso t ecido econôm ico e social. Rep r esen t an d o essa p ar t e sig n if icat iv a d o con j u n t o d as em p r esas p r iv ad as ex ist en t es n o p aís e n o m u n d o, u m a d as m aior es p r eocu p ações d e seu s d ir ig en t es é a su a sob r ev iv ên cia. Fazer com q u e u m em p r een d im en t o em p r esar ial t en h a su cesso e con t in u id ad e p assan d o d e p ai p ar a f ilh o é o son h o d ou r ad o p ar a gr an de par t e da popu lação do m u n do ( Ricca: 1 9 9 8 ) .

Oliv eir a ( 1 9 9 9 : 2 1 ) af ir m a qu e o su r gim en t o e cr iação das em pr esas f am ilia-r es b ilia-r asileiilia-r as ocoilia-r ilia-r eu n o in ício d o sécu lo XVI , log o ap ós o Bilia-r asil seilia-r d escob eilia-r t o p or Por t u g al. A m esm a lin h a d e p en sam en t o é seg u id a p or Mar t in s et al. ( 1 9 9 9 : 1 7 -1 8 ) qu an do descr ev em as or igen s da em pr esa f am iliar n o Br asil : “ pou cos j á p en sar am q u e n a or ig em d a em p r esa f am iliar b r asileir a est av a a cap it an ia h er ed i-t ár ia, pr im eir a f or m a de em pr een dim en i-t o pr iv ado qu e i-t iv em os” . E con clu em : “ as capit an ias, com o dizia o n om e, er am h er edit ár ias, ou sej a, podiam ser t r an sm it i-d as p or h er an ça” . Post er ior m en t e, h ou v e u m in cr em en t o n as em p r esas f am iliar es, r esu lt an t es de v ár ios m ov im en t os im igr at ór ios t ais com o o it alian o, o por t u gu ês, o j ap o n ês e o al em ão .

Resp on sáv eis p or 6 0 % d a of er t a d e em p r eg os n o Br asil e p or 4 8 % d a p r o-du ção n acion al, as em pr esas de m en or por t e assu m em , h oj e, im por t ân cia cr u cial n o desen v olv im en t o econ ôm ico. A pr ópr ia econ om ia do Br asil baseia se em gr an -d es g r u p os -d e p r op r id a-d e f am iliar . Foi -d et ect a-d o q u e a p eq u en a e m é-d ia em p r e-sa f am iliar , n o Br asil, pr odu zem dois m ilh ões de em pr egos dir et os e é o segm en t o qu e m ais cr esce n o país ( Gu eir os, 1 9 9 8 ) .

As p esq u isas sob r e em p r esas f am iliar es em t od o o m u n d o t om am u m v olu -m e t ão g r an d e q u e j á n ão p od e h av er d ú v id a q u an t o à p r ed o-m in ân cia d as -m es-m as e, con seq u en t ees-m en t e, q u an t o à su a ies-m p or t ân cia e sig n if icação p ar a a econ om ia, eom par t icu lar e par a a sociedade, eom ger al. A sign if icação est at íst ica de est u -d o s ab o r -d an -d o esse t em a n o s p er m i t e -d esen v o l v er p esq u i sas t en -d o o assu n t o com o in t er esse pr im eir o.

Gallo e Rib eir o ( 1 9 9 6 ) ao d escr ev er em as v an t ag en s e as d esv an t ag en s d a g est ão d e em p r esas f am iliar es assim se p osicion am : o t em a d a g est ão d e em p r e-sas f am iliar es t em or ig in ad o g r an d e p olêm ica en t r e os seu s d ef en sor es, q u e a con sid er am o t ip o d e or g an ização id eal, e os seu s d et r at or es, q u e as acu sam d e ser em u m m od elo ob solet o. Os p r im eir os ar g u m en t am q u e as em p r esas f am iliar es são a colu n a v er t eb r al econ ôm ica d as n ações e são o t er r en o id eal p ar a o n asci-m en t o d e n ov os easci-m p r een d iasci-m en t os. Os seg u n d os d ef en d easci-m q u e elas são asci-m ais p r op en sas à em er g ên cia d e con f lit o lab or ais e às cr ises n ot ad am en t e q u an d o é n ecessár io r esolv er o p r ob lem a d a su cessão d o f u n d ad or .

Um a an álise m ais d et alh ad a d as ch am ad as em p r esas f am iliar es as d iv id e em d ois g r u p os, d e acor d o com Mar t in s et al. ( 1 9 9 9 : 3 4 ) : “ o p r im eir o g r u p o cor r esp on d e às em p r esas d e p eq u en o e m éd io p or t e d e cap it al f ech ad o, com a pr opr iedade f or t em en t e con cen t r ada ou at é ex clu siv a da f am ília. O con t r ole é m u it o cen t r alizado em u m ou m ais m em br os da f am ília, qu e ocu pam os car gos adm in is-t r ais-t iv os m ais im p or is-t an is-t es d a f ir m a e são d en om in ad as d e em p r esas f am iliar es cen t r alizad as ( con t r ole cen t r alizad o) ou f ech ad as ( cap it al f ech ad o) . O seg u n d o g r u p o é com p ost o p elas em p r esas f am iliar es d e m aior p or t e, as q u ais t en d em a sof r er cer t as t r an sf or m ações com o: aber t u r a de capit al, dim in u ição do gr au de con cen t r ação d a p r op r ied ad e d o cap it al, p r of ission alização d a g est ão e b u sca d e m aior descen t r alização do con t r ole, com m en os par t icipação de f am iliar es n o qu a-dr o dir et iv o, com a possibilidade, in clu siv e, de pr esen ça ex clu siv a n o Con selh o de Ad m in ist r ação. Elas são d en om in ad as d e em p r esas f am iliar es d escen t r alizad as ( con t r ole m ais descen t r alizado) ou aber t as ( capit al aber t o) .

(3)

alg u n s p aíses, ch eg am a com p or a m aior ia d as g r an d es em p r esas. Na Ásia, a f or m a de con t r ole f am iliar v ar ia de acor do com as n ações e cu lt u r as, m as as em -p r esas f am iliar es ocu -p am -p osições d om in an t es em t od as as econ om ias m ais d esen v olv idas, com ex ceção da Ch in a. Na Am ér ica Lat in a, gr u pos con st r u ídos e con -t r olados por f am ílias con s-t i-t u em a pr in cipal f or m a de pr opr iedade pr iv ada n a m ai-or ia dos set ai-or es in du st r iais( Ger sick et al. , 1 9 9 7 ) .

O ob j et iv o cen t r al d o p r esen t e t r ab alh o é d escr ev er as op in iões d os d ir ig en -t es d e em p r esas f am iliar es, localizad as n a SAARA ( Socied ad e d e Am ig os d as Ad j acên cias d a Ru a d a Alf ân d eg a) , n o Rio d e Jan eir o, sob r e o p r ocesso su cessór io em su as em p r esas. A au t or a d o ar t ig o t êm in t er esse n o assu n t o e p r ocu r a, aca-d em icam en t e, con t r ib u ir com p esq u isas e est u aca-d os sob r e su cessão em em p r esas f am iliar es. At r av és dessa con t r ibu ição, pr ocu r a dim in u ir a pr oblem át ica con ceit u al q u e en v olv e as p esq u isas sob r e su cessão em em p r esas f am iliar es.

Est e ar t ig o est á est r u t u r ad o em 3 p ar t es: r ef er en cial t eór ico, m et od olog ia d a p esq u i sa e ap r esen t ação e an ál i se d o s r esu l t ad o s.

Com o r ef er en cial t eór ico a pesqu isa abor da os con ceit os de em pr esa f am iliar em t r ês v er t en t es, aceit as in t er n acion alm en t e. A 1 ª v er t en t e def in e o assu n t o ao n ív el da pr opr iedade e diz qu e o con t r ole da em pr esa en con t r a- se n as m ãos de um a fam ília que det ém ou cont r ola a m aior ia do capit al ( Ulr ich, 1 9 9 7 ; Const anzi e Lan zan a, 1 9 9 9 ; Ricca 1 9 9 8 ; Gar cia, 2 0 0 1 ) ; a 2 ª v er t en t e en foca o assu n t o ao n ív el d a g est ão e d et er m in a q u e os lu g ar es d e t op o d a em p r esa são ocu p ad os pelos m em br os da fam ília ( Gr acioso, 1998; Ber nhoeft , 1989) e a 3 ª v er t ent e, que t r at a o assu n t o ao n ív el da su cessão, af ir m a qu e a segu n da ger ação f am iliar assu -m e os lu gar es deix ados v agos pelos par en t es e assi-m , su cessiv a-m en t e( Gaj , 1 9 9 0 ; Lodi, 1 9 9 3 ; Oliv eir a, 1 9 9 9 ) . Par a efeit o da pesqu isa, foi adot ado o con ceit o de em pr esa fam iliar em it ido por Leone ( 1992) que agr ega as t r ês v er t ent es. O r efer encial t eór ico abor da, t am bém , a pr oblem át ica da su cessão n as em pr esas fam iliar es apoi-an d o- se f or t em en t e em est u d os e p esq u isas d e au t or es b r asileir os e est r apoi-an g eir os ( Cohn, 1991; Oliv eir a, 1999; Fock ink , 1998; Scheffer , 1995; Ber nhoeft , 1996; Leone, 1992; Mor gan, 1996; Gaj , 1990 e Lodi, 1993) .

A seg u n d a p ar t e ex p lica a m et od olog ia ad ot ad a. A p esq u isa é ex p lor at ór ia, est u d ad a d e f or m a q u an t it at iv a, at r av és d e u m a p esq u isa d e cam p o. A seleção d as em p r esas p esq u isad as ob ser v ou o con ceit o d e em p r esa f am iliar t r ab alh ad o p or Leon e ( 1 9 9 2 ) q u e a car act er iza p ela ob ser v ação d os seg u in t es f at os: in iciad a por u m m em br o da f am ília; m em br os da f am ília par t icipan do da pr opr iedade e/ ou dir eção; v alor es in st it u cion ais iden t if ican do- se com u m sobr en om e de f am ília ou com a f ig u r a d o f u n d ad or e su cessão lig ad a ao f at or h er ed it ár io.

(4)

R

EFERENCIAL

T

EÓRICO

A E

MPRESA

F

AMILIAR

V

ISTA ATRAVÉS DE

T

RÊS

V

ERTENTES

É in t er n acion alm en t e aceit o q u e o con ceit o d e em p r esa f am iliar con g r eg a t r ês g r an d es v er t en t es:

1 ª v er t ent e: ao nív el da pr opr iedade - define que o cont r ole da em pr esa en-cont r a- se nas m ãos de um a fam ília ( que det ém ou en-cont r ola a m aior ia do capit al ) ;

2 ª v er t en t e: ao n ív el d a g est ão - en f oca q u e os lu g ar es d e t op o d a em p r e-sa são ocu p ad os p elos m em b r os d a f am ília;

3 ª v er t en t e: ao n ív el d a su cessão- d et er m in a q u e a seg u n d a g er ação f am i-liar assu m e os lu g ar es d eix ad os v ag os p elos p ar en t es e assim su cessiv am en t e.

Fom os bu scar em Ulr ich ( 1 9 9 7 ) o con ceit o de Em pr esa Fam iliar agr egado ao n ív el d a p r op r ied ad e. Par a esse au t or , em sen t id o am p lo, a em p r esa f am iliar se d ef in e com o u m a em p r esa cu j a p r op r ied ad e e ad m in ist r ação n o sen t id o d o con -t r ole sob r e as d ecisões op er a-t iv as - es-t ão n as m ãos d e u m a ou m ais p essoas d a f am ília. O elem en t o cen t r al d est a d ef in ição é a id éia d e q u e a f ir m a é con t r olad a p or m em b r os d e u m a só f am ília - p or v en t u r a am p liad a. Com b ase n esse en f oq u e, Con st an zi e Lan zan a ( 1 9 9 9 ) def in em a em pr esa f am iliar t r adicion al com o aqu ela em qu e u m ou m ais m em br os da u m a fam ília ex er cem con sider áv el con t r ole adm i-n ist r at iv o sob r e a em p r esa, p or p ossu ír em p ar cela ex p r essiv a d a p r op r ied ad e d o capit al. Ricca ( 1 9 9 8 ) con sider a com o em pr esas f am iliar es aqu elas em qu e a f am í-lia d et ém o con t r ole p or p elo m en os d u as g er ações e n as q u ais ex ist am in t er es-ses m ú t u os t an t o em t er m os d e p olít icas est ab elecid as com o em r elação aos p r pósit os da f am ília. Gar cia ( 2 0 0 1 ) con sider a em pr esa f am iliar aqu ela qu e é con t r o-lad a p or u m a ou m ais f am ílias. O con ceit o ad ot ad o p elo au t or se b aseia n a id éia d e p r op r ied ad e, q u e é o q u e p er m it e a u m a f am ília d ecid ir os d est in os d o n eg ócio. Par a Gr acioso ( 1 9 9 8 ) , a p r op r ied ad e n ão é su f icien t e p ar a d ef in ir em p r esa f am iliar , sen do n ecessár ia, t am bém , a ex ist ên cia de u m a est r u t u r a ger en cial n a q u al a m aior ia d os car g os ch av e é p r een ch id a p or m em b r os d a f am ília. Esse con -ceit o in icia a abor dagem de em pr esa f am iliar r ef er en t e à 2 ª v er t en t e. Na t en t at iv a d e id en t if icar u m a em p r esa com o f am iliar ag r eg ad o ao n ív el d a g est ão, Ber n h oef t ( 1 9 8 9 : 3 5 ) con sid er a “ im p or t an t e an alisar a h ist ór ia e a or ig em d a em p r esa d esd e qu e est a est ej a v in cu lada a u m a f am ília ou qu e m an t ém m em br os da f am ília n a ad m in ist r ação d e seu s n eg ócios” . Acr escen t a o au t or q u e u m a d as car act er íst icas m ais r elev an t es d e u m a em p r esa f am iliar r ef er se à im p or t ân cia q u e d esem p e-n h a a coe-n f iae-n ça m ú t u a ee-n t r e m em b r os d a em p r esa.

Gaj ( 1 9 9 0 ) e Lodi ( 1 9 9 3 ) n os of er ecem seu s con ceit os de Em pr esa Fam iliar ag r eg ad o ao n ív el d a su cessão. Esses au t or es assim se p osicion am : Gaj ( 1 9 9 0 : 1 8 2 ) , q u an d o se r ef er e às em p r esas f am iliar es, as con ceit u a com o “ aq u elas com capit al aber t o ou f ech ado, qu e f or am in iciadas por u m m em br o da f am ília qu e as p assou ou t em in t en ção d e p assar a u m h er d eir o d ir et o ou p ar en t e p or casam en -t o” . O con cei-t o de em pr esa fam iliar , segu n do Lodi ( 1 9 9 3 : 6 ) , em er ge, em ger al, com a seg u n d a g er ação d e d ir ig en t es e p od e ser d ef in id o com o “ aq u ela em q u e a con sid er ação d a su cessão d a d ir et or ia est á lig ad a ao f at or h er ed it ár io e on d e os v alor es in st it u cion ais da fir m a iden t ificam - se com u m sobr en om e de fam ília ou com a f igu r a de u m f u n dador ” . Oliv eir a ( 1 9 9 9 : 2 2 ) acr edit a qu e n ão est á cor r et o af ir m ar q u e a em p r esa f am iliar sej a ig u al a t od a e q u alq u er em p r esa, p elo sim p les f at o d e qu e u m a est r u t u r a f am iliar , qu an do alocada em u m a em pr esa, lev a a u m a sér ie de ab or d ag en s e in t er ações esp ecíf icas d e u m a f am ília p r ov ocan d o cer t as p ar t icu lar i-d ai-d es em su a at u ação. I st o m ost r a q u e o asp ect o f am iliar est á m u it o m ais r elaci-on ad o ao est ilo com q u e a em p r esa é ad m in ist r ad a, d o q u e som en t e ao f at o d e seu capit al per t en cer a u m a f am ília.

(5)

fat os: in iciada por u m m em br o da fam ília; m em br os da fam ília par t icipan do da pr opr iedade e/ ou dir eção; v alor es in st it u cion ais iden t if ican d se com u m sobr en o-m e d e f ao-m ília ou coo-m a f ig u r a d o f u n d ad or e su cessão lig ad a ao f at or h er ed it ár io.

C

OMO SE

P

ROCESSA A

S

UCESSÃO NA

E

MPRESA

F

AMILIAR

:

ALGUMAS

R

EFLEXÕES

Sucessão é o rit o de t ransferência do poder e do capit al ent re a at ual geração dirigent e e a que virá a dirigir, afirm a Leone ( 1992: 12) . Sucessão é o “ passar a t ocha” . Dar à em pr esa u m a n ov a per spect iv a de at u ação ou ser a su a dest r u ição, aliada à f alt a de pr of ission alism o, é a qu est ão cen t r al do pr ocesso su cessór io, con st it u in do- se n u m en foqu e de am bigü idade. Segu n do Mor gan ( 1 9 9 6 : 2 1 9 ) , “ ao cr iar m os or gan izações, est am os cr ian do est r u t u r as de at iv idades qu e são m aior es do qu e a v ida e qu e, f r eqü en t em en t e, sobr ev iv em por ger ações” . En t r et an t o, qu an -do se t r at a de em pr esa fam iliar , o cen ár io en con t r a-do n a lit er at u r a é am bígu o : com um a dinâm ica pr ópr ia e pr oblem as específicos, a em pr esa fam iliar conv iv e com um pr ogn óst ico pr eocu pan t e - só 3 0 % das em pr esas b em su ced i d as sob a g est ão d e seu fu n dador sobr ev iv em à m u dan ça par a a segu n da ger ação ( Ber n h oeft , 1 9 9 6 ) . O cit ado au t or con clu i su as r ef lex ões af ir m an do qu e dessas, só a m et ade passa da segu n da par a a t er ceir a ger ação. Em con t r a par t ida, n os é m ost r ada, den t r e ou -t r as, a his-t ór ia ex em plar de sucessão v iv ida pela em pr esa S. C. Johnson & Com pany : “ par a ev it ar a u su al gu er r a f am iliar en t r e h er deir os, Sam u el Joh n son div idiu o n egó-cio m ilionár io em par t es iguais.Todos est ão felizes” . ( Lição, 1999, p.66- 67) .

Segundo Fock ink ( 1 9 9 8 : 4 9 ) , “ depois de dar v azão a seu pot encial nat ur al, a m aior super ação de um ser hum ano é fazer o que est á a seu alcance par a se et er nizar . I sso sign if ica par a o em pr esár io qu e o pr ocesso su cessór io sej a bem su cedido” . A pr oblem át ica do pr ocesso su cessór io t em sido m ais est u dada n as em pr esas f am ili-ar es, apesili-ar dela ser igu alm en t e im por t an t e em t odos os t ipos de or gan ização. O p r ocesso su cessór io at in g e as em p r esas f am iliar es q u an d o u m a g er ação ab r e es-p aço à es-p r ees-p ar ação d a ou t r a es-p ar a assu m ir o com an d o. Por seu s ef eit os n a or g an iza-ção e p ar a elab or aiza-ção ou im p lan t aiza-ção d e est r at ég ias ex p lícit as, o est u d o d o p r o-cesso su cessór io é de im por t ân cia f u n dam en t al. Esse pr oo-cesso é par t e de u m a m u dan ça e t er á de ser plan ej ado, n u n ca an t ecipado ou adiado ( Gaj , 1 9 9 0 ) .

A su cessão p od e acon t ecer d e f or m a g r ad at iv a e p lan ej ad a ou at r av és de pr ocesso in esper ado ou r epen t in o de m u dan ça da dir eção, qu an do ocor r e m or t e, acid en t e ou d oen ça, af ast an d o o d ir ig en t e d o car g o. Qu an d o o p r ocesso su cessór io é d ef in id o com an t eced ên cia, p er m it in d o ao su cessor r eceb er t r ein am en t o ad eq u ad o e con h ecim en t os n ecessár ios ao n eg ócio, a su cessão acon t ecer á sem g r an -des t r au m as ou con f lit os apar en t es. ( Coh n , 1 9 9 1 ; Oliv eir a, 1 9 9 9 ; Fock in k , 1 9 9 8 ; Sch ef f er , 1 9 9 5 ; Ber n h oef t , 1 9 9 6 ) . Qu an do o pr ocesso su cessór io se dá de f or m a in esp er ad a ou r ep en t in a, m u it as v ezes ap ós a m or t e d o f u n d ad or , a est r u t u r a or g an izacion al en t r a em cr ise, em f u n ção d a m en t alid ad e d os h er d eir os e g est or es d a em p r esa, q u e g er alm en t e se r elacion am d e m an eir a con f lit u osa. Nest e m o-m en t o, as con seq ü ên cias p od eo-m d et er o-m in ar a o-m or t e d a eo-m p r esa, eo-m f u n ção d e u m a p er d a d e id en t id ad e f or m ad a d u r an t e an os f r en t e aos f u n cion ár ios e ao m er -cad o. A esse r esp eit o Gaj ( 1 9 9 0 : 1 8 9 ) af ir m a q u e “ q u an d o ch eg a o m om en t o d e o f u n d ad or t r an sf er ir o com an d o, n em sem p r e seu s h er d eir os est ão ap t os ou são q u alif icad os” , sig n if ican d o, en t r e ou t r os f at os, q u e o p r ocesso su cessór io n ão f oi p lan ej ad o. Lod i ( 1 9 9 3 ) af ir m a q u e f r eq ü en t em en t e o f u n d ad or se d ed ica m u it o a er g u er seu im p ér io e se esq u ece d e p r ep ar ar os f ilh os. É n essa seg u n d a g er ação q u e se in icia a d isp u t a p elo p od er , em g er al p or q u e ex ist em v ár ios h er d eir os q u e n em sem p r e con seg u em cr escer j u n t os em h ar m on ia.

(6)

Par a m u it os con su lt or es e est u d iosos d o assu n t o, a su cessão f am iliar e su as con seq ü ên cias n a v id a d as PME’s t or n ou - se u m m om en t o d ecisiv o p ar a a sob r ev iv ên cia d essas or g an izações em u m m er cad o cad a iv ez m ais com p et it iiv o e ex ig en t e. Nesse m om en t o, os d ir ig en t es d e em p r esas f am iliar es com eçam a com p r een -d er q u e, p lan ej an -d o e or g an izan -d o su a su cessão, est ar ão -d im in u in -d o t an t o os r iscos com o os cu st os d o p r ocesso su cessór io, d e acor d o com Leon e ( 1 9 9 2 ) .

Com o af ir m a Ber n h oef t ( 1 9 9 6 : 1 1 5 ) , “ a su cessão n as socied ad es f am iliar es é alg o m u it o d elicad o, n ão ex ist in d o lóg ica ou r acion alid ad e q u e o r esolv a com p lt am en lt e. Tor n a- se n ecessár io u m g r an d e en v olv im en lt o d e lt od as as p ar lt es in lt e-r essad as. O in ício d as d iscu ssões e an álises d o t em a d ev e see-r f eit o p elo p e-r óp e-r io f u n dador . Assim , se o pr ocesso se in icia com ele em v ida, ex ist em gr an des possibi-lid ad es d e su cesso, ex ig in d o m u it o d esp r en d im en t o e cap acid ad e d e en t en d er q u e a ob r a e seu s id eais d ev em u lt r ap assar su a ex ist ên cia” .

As ch an ces d e sob r ev iv ên cia d a em p r esa f am iliar r ep ou sam n a su cessão p lan ej ad a e n a ob ser v ação d e r eg r as d e con v iv ên cia en t r e em p r esa e f am ília. Essas d ir et r izes aj u d am a p er p et u ar o n eg ócio. A sob r ev iv ên cia d a em p r esa f am i-liar , n a opin ião de Cast r o et al. ( 2 0 0 0 ) , par ece v in cu lar - se à capacidade da f am ília con t r olad or a em ad m in ist r ar as su as r elações com a f ir m a e ev it ar as sit u ações q u e p ossam p r ej u d icá- la, p r in cip alm en t e n as f ases d a su cessão d o con t r ole est r a-t ég ico d a or g an ização. O p lan ej am en a-t o d a su cessão d ev er á r ep r esen a-t ar , en a-t ão, p ar a essas or g an izações, u m m om en t o d ecisiv o j á q u e su a sob r ev iv ên cia r ep ou sa, em g r an d e p ar t e, n o êx it o d esse p r ocesso. Par a Fock in k ( 1 9 9 8 : 6 4 ) , “ u m a su cessão b em con d u zid a r ej u v en esce e p r olon g a a v id a, b iológ ica e p sicolog icam en -t e, com sign if ica-t iv o gan h o n a su a qu alidade e de u m a f or m a m e-t af ísica, pode et er nizá- la.”

O t ip o d e t r an sição en t r e g er ações, n o q u al o p ai p assa su a em p r esa a u m f ilh o t em lev ad o a lit er at u r a a se in clin ar sob r e est e m od elo com or ig em n a an t ig a t r adição de pr im ogen it u r a . En t r et an t o, n o dizer de Fr it z ( 1 9 9 3 : 1 2 9 ) , é pr im or dial q u e “ os p ais p er ceb am q u e seu s f ilh os p r ecisam d esen v olv er seu s t alen t os g r a-d u alm en t e, t er alg u m as p eq u en as v it ór ias p ar a ea-d if icar su a con f ian ça e aa-d m it ir u m f r acasso d e q u an d o em q u an d o, en q u an t o ap r en d em o n eg ócio d a f am ília” .

Alg u n s asp ect os d ev em ser con sid er ad os n a su cessão f am iliar , d e acor d o com Oliv eir a ( 1999: 25) :

• “ a r ealid ad e d a f am ília, q u an t o aos seu s v alor es, cr en ças, at it u d es e com p or t am en t os p essoai s;

• se colocam o n ív el d e r iq u eza e p od er acim a d as in t er ações p essoais e fam iliar es;

• se ex ist e d icot om ia en t r e f am ília e em p r esa;

• com o são t r at ad os os p ar en t es ag r eg ad os, t ais com o, g en r os e n or as;

• com o est á a ex pect at iv a de v ida dos m em br os m ais in f lu en t es da f am ília; e

• a at u ação do pat r iar ca e, pr in cipalm en t e, da m at r iar ca da f am ília” .

A q u est ão d a su cessão n a em p r esa f am iliar p assa p or d u as sit u ações, con -for m e Oliv eir a ( 1 9 9 9 : 2 6 ) : a pr ofissionalização, na qual ex ecut iv os passam a ocupar os car gos dir et iv os da em pr esa fam iliar , e os r epr esent ant es da fam ília ficam em um con selh o, qu e pode ou n ão at u ar com o u m con selh o de adm in ist r ação e a gest ão da em pr esa fam iliar pelos m em br os da fam ília; nesse caso, o m ais im por t ant e é debat er a qu est ão da in t er ação da em pr esa fam iliar com a fam ília e v ice- v er sa.

(7)

A con d ição p ar a or g an izar a su cessão con st it u i- se em en or m e p er cu r so, n o q u al o d ir ig en t e se t or n a v er d ad eir o com b at en t e, d ev en d o p er cor r er as et ap as, de acor do com Leon e ( 1 9 9 2 ) :

1 ª et ap a: r eg im e d e casam en t o e r ed ação d o t est am en t o; 2 ª et ap a: v alor ização d os b en s;

3 ª et apa: en con t r ar a solu ção adequ ada, ist o é, m edidas de car át er societ ár io ( cr iação de holdin p ar a con t r ole d o g r u p o, t r an sf er ên cia d e ações, en t en d im en t os en t r e os g r u p os acion ár ios, d oação) ou alt er ações societ ár ias com o: cisão d e em -p r esas, f u sões, aq u isições d e -p ar t es acion ár ias.

As d u as p r im eir as et ap as d o p er cu r so eq ü iv alem às m ed id as n ecessár ias p ar a a t r an sm issão d o cap it al; a t er ceir a et ap a cor r esp on d e à t r an sm issão d o p od er . Na em p r esa, en t r et an t o, a lid er an ça n ão se t r an sf er e. Ela é con q u ist ad a. Aos h er d eir os cab e a t ar ef a d e con st r u ir , eles p r óp r ios, a leg it im id ad e f ace a t od os os colab or ad or es

De acor d o com Leon e ( 1 9 9 6 ) , o d u elo su r g e q u an d o os m em b r os d a or g an i-zação d isp u t am , en t r e si, ascen são h ier ár q u ica e g an h o d e p od er ex ist en t es. Gr alm en t e, p od em os ob seGr v aGr q u e o em p Gr esáGr io b Gr asileiGr o n ão p lan ej a a t Gr an sf e-r ên cia d e p od ee-r , e é n essa f alt a d e p lan ej am en t o q u e se oe-r ig in am as p e-r in cip ais cau sas d e d u elos f am iliar es.

Ex ist em n as em p r esas f am iliar es, n o m om en t o d o p r ocesso su cessór io, t r ês n ív eis d e d u elo cau sad os p or d if er en t es p r ob lem as ( Leon e, 1 9 9 6 ) . Esses n ív eis de du elo, qu e podem ex t in gu ir a em pr esa, f or am iden t if icados com o:

• O d u elo d o su ced id o com ele m esm o, ou sej a, o d u elo d e “ Passar a Toch a” , n o q u al o su ced id o se d ef r on t a com a in cer t eza e a d ú v id a n a t r an sm issão d o p od er . Qu al a m elh or saíd a p ar a esse p r ob lem a? Per m an ecer n a em p r e-sa at é a m or t e? Escolh er u m su cessor den t r o da f am ília ( f ilh o( a) , gen r o, p r im o et c. ) ou colocar a em p r esa n as m ãos d e p essoas cap acit ad as, m as sem nenhum vínculo fam iliar? Buscar parcerias com out ras em presas ou m esm o v en d er u m p at r im ôn io q u e lev ou d écad as p ar a ser con st r u íd o?;

• O d u elo d o su ced id o n a escolh a d o su cessor . Esse d ilem a su r g e p or cau sa d a f alt a d e p lan ej am en t o. O p lan ej am en t o e a or g an ização d o p r ocesso su cessór io são f u n d am en t ais. En q u an t o ex ist em em p r esár ios q u e p assam m ai s d e 1 0 an os cap aci t an d o seu s su cessor es, al g u n s só v ão p en sar n esse p r ob lem a q u an d o est ão n a UTI d e u m h osp it al e ou t r os n em t êm t em p o par a isso. Ger alm en t e essa é u m a escolh a t r au m át ica, pr in cipalm en t e par a aqu eles qu e t êm v ár ias opções den t r o e f or a do cír cu lo f am iliar ;

• O d u elo en t r e os su cessor es, cau sad o p or in t r ig as e d isp u t as p elo p od er . Os p r et en sos su cessor es q u er em p r ov ar q u e t êm cap acid ad e p ar a assu m ir a em p r esa e p ar a isso são cap azes d e p assar p or cim a d e q u alq u er in d iv í-du o, at é m esm o de u m ir m ão. A bu sca de st at u s e p r est íg io n a socied ad e, com o t am bém a am bição por m aior poder aqu isit iv o, podem lev ar a em pr esa ao caos e t r an sf or m ar t od o u m p at r im ôn io em cin zas.

Com o olh ar n o f u t u r o, as em p r esas f am iliar es se p r of ission alizam e p lan j am su a su cessão. No m u n d o d os n eg ócios, o seg r ed o p ar a sob r ev iv er é ser m e-nos “ fam ília” .

M

ETODOLOGIA DE

P

ESQUISA

C

AR ACTERIZAÇÃO DA

P

ESQUISA

(8)

A

MOSTRA DA

P

ESQUISA

Escolh em os o set or t er ciár io, e, d en t r o d ele, n ossa op ção r ecaiu sob r e o r am o d e at iv id ad es com er ciais cu j as em p r esas, h ist or icam en t e, em su a g r an d e m aior ia, v êm se car act er izan do pela est r u t u r a f am iliar e, por en t en der m os qu e g r an d e p ar t e d as p esq u isas acad êm icas se v olt am p ar a o set or in d u st r ial.

Nossa escolh a r ecaiu sob r e o SAARA( Socied ad e d e Am ig os d as Ad j acên cias d a Ru a d a Alf ân d eg a) , p or en t en d er m os q u e o u n iv er so d as em p r esas com er ciais f am iliar es lá in st alad as e em f u n cion am en t o ap r esen t am u m a g r an d e d iv er sid ad e d e t ip os d e com ér cio.

Tiv em os alg u m as d if icu ld ad es d e lev an t am en t os est at íst icos at u alizad os, cau sad os p or con st an t es m u t ações ( cr iação e f ech am en t o) d e d iv er sos est ab ele-cim en t os com er ciais, o qu e n os dif icu lt ou det er m in ar o u n iv er so da pesqu isa. Va-lem o- n os, en t ão, d o con h ecim en t o e p r est eza o Dir et or d e Relações I n t er n as e Ex t er n as da SAARA( Sociedade de Am igos das Adj acên cias da Ru a da Alf ân dega) , q u e n os f or n eceu u m list ag em d e em p r esas f am iliar es localizad as e em f u n cion a-m en t o n a ár ea a ser p esq u i sad a.

A p esq u isa f oi en d er eçad a, p or t an t o, esp ecif icam en t e, aos d ir ig en t es d e n ív el h ier ár q u ico m ais elev ad o d a em p r esa, ou sej a, seu s p r op r iet ár ios ou seu s f u n d ad or es. Som en t e as em p r esas q u e at en d iam à d ef in ição d e em p r esa f am iliar car act er izad a p ela ob ser v ação d os seg u in t es f at os: in iciad a p or u m m em b r o d a f am ília; m em br os da f am ília par t icipan do da pr opr iedade e/ ou dir eção; v alor es in st it u cion ais iden t if ican do- se com u m sobr en om e de f am ília ou com a f igu r a do f u n d ad or e su cessão lig ad a ao f at or h er ed it ár io ( Leon e, 1 9 9 2 : 8 5 ) t iv er am seu s d ir ig en t es en t r ev ist ad os. Do t ot al d e 5 0 q u est ion ár ios en v iad os, ap en as 3 3 d ir i-g en t es d e em p r esas com er ciais r esp on d er am à n ossa p esq u isa.

O T

ERRENO DA

P

ESQUISA

Fu n dada em 1 9 6 2 , a SAARA ( Sociedade de Am igos das Adj acên cias da Ru a d a Alf ân d eg a) é con h ecid a com o a “ ONU b r asileir a” p or ag r u p ar p ov os d e t od os os h em isf ér ios e con t in en t es, q u e est ão d ist r ib u íd os em seu s 1 2 5 0 est ab elecim en t os com er ciais e 1 1 r u as. É con sid er ad o com o o “ m aior sh op p in g a céu ab er t o d a Am ér ica Lat in a” . 8 0 % dos com er cian t es são f iliados à SAARA, qu e of er ece aos seu s associad os t od a a assist ên cia p er an t e os ór g ãos p ú b licos ( Fed er al, Est ad u -al e Mu n icip-al) , ser v iços de segu r an ça, lim peza, u t ilidade pú blica, Rádio, ban h eir os p ú b licos e est acion am en t os. Seu s f u n d ad or es são, ain d a h oj e, n a su a m aior ia, com er cian t es at u an t es n a ár ea.

O I

NSTRUMENTO DE

C

OLETA DE

D

ADOS

:

O

Q

UESTIONÁRIO

Com o in st r u m en t o d e colet a d e d ad os, f oi u t ilizad o u m q u est ion ár io j á ad o-t ad o, an o-t er ior m en o-t e, p ela au o-t or a d o ar o-t ig o, em p esq u isa r ealizad a em 1 9 9 2 e p u b licad a n a Rev ist a RAUSP n o m esm o an o, con t en d o t r ês p ar t es.

(9)

Na seg u n d a p ar t e, as q u est ões r ef er en t es às v ar iáv eis d e id en t if icação d o d ir ig en t e f or am d ef in id as at r av és d e u m a sér ie d e v ar iáv eis socioecon ôm icas, assim apr esen t adas: Sex o, Est ado Civ il, Nú m er o de f ilh os, I dade, Nat u r alidade / Nacion alidade, Nív el de Escolar idade, Religião, Or igem Social, Ex per iên cia an t er ior e at u al, q u e t in h am com o ob j et iv o cat eg or izar os d ir ig en t es en t r ev ist ad os. As p es-q u isas es-q u e t r at am as em p r esas f am iliar es com o ob j et o, assim com o os t eór icos est u d iosos d essas em p r esas id en t if icam e t r açam a t ip olog ias d e seu s d ir ig en t es at r av és d as v ar iáv eis sócio- econ ôm icas.

A t er ceir a e ú lt im a p ar t e em q u e se q u est ion a o d ir ig en t e sob r e o t em a ob j et o d e n osso in t er esse: a su cessão n a em p r esa. As v ar iáv eis r elat iv as às op i-n iões d os d ir ig ei-n t es sob r e o p r ocesso su cessór io em su as em p r esas d iziam r ep eit o aos seg u in t es assu n t os: a or g an ização d a su cessão, a m od alid ad e d e t r an s-m issão d a es-m p r esa, ao p lan ej as-m en t o d o p r ocesso su cessór io e as p er sp ect iv as d o s su ced i d o s a p ó s a p a ssa g em d o b a st ã o .

O t r at am en t o est at íst ico u t ilizado f oi a est at íst ica descr it iv a ( f r eqü ên cias ab solu t a e r elat iv a) . Os q u est ion ár ios f or am ap licad os aos en t r ev ist ad os p or u m a p esq u isad or a t r ein ad a e só er a d eix ad o p ar a p r een ch im en t o p ost er ior q u an d o o d ir ig en t e m ost r av a- se m u it o ocu p ad o. As v ar iáv eis f or am m ed id as at r av és d e escalas n om in ais ou d e cat eg or ia.

A

PRESENTAÇÃO E

A

NÁLISE DOS

R

ESULTADOS

A

S

C

AR ACTERÍSTICAS DAS

E

MPRESAS

P

ESQUISAD AS

Os r esu lt ad os ob t id os id en t if icam as em p r esas p esq u isad as com o con st it u -íd as leg alm en t e sob a f or m a d e socied ad e p or cot as d e r esp on sab ilid ad e lim it ad a, p er t en cen t es ao set or ad o com ér cio, p or t e ad e p eq u en a em p r esa, ist o é, o n ú -m er o d e e-m p r eg ad os sit u a- se en t r e 0 5 e 0 9 e-m p r eg ad os. A op ção p elo sist e-m a d e con t r ole d e t r ib u t ação é o SI MPLES.

D im e nsã o da s Em pr e sa s Pe squisa da s

V ARI ÁV EI S RETI D AS EN CON TRAD O %

Const it uição Jurídica da Em presa Sociedade por Cot as de Responsabilidade Lim it ada

96,96

Set or de At ividade Com ér cio 100,00

Núm ero de Em pregados 05 a 09 em pr egados 69,69

Sist em a de Tribut ação SI MPLES 93,94

69,69% 21,21%

9,10%

(10)

A d im en são d as em p r esas, m ed id a em f u n ção d o n ú m er o d e em p r eg ad os é, p r ed om in an t em en t e, p eq u en a, ist o é, em 6 9 , 6 9 % d os casos, o n ú m er o d e em p r e-g ad os sit u a- se en t r e 0 5 e 0 9 em p r ee-g ad os e em 2 1 , 2 1 % d as em p r esas, esse n ú m er o v ar ia en t r e 1 0 a 1 9 em p r eg ad os.

27,28%

21,21%

51,51%

ACIONISTAS MINORITÁRIOS

ACIONISTAS MAJORITÁRIOS

PROPRIETÁRIOS

M e ca nism os Socie t á r ios

A ex p ect at iv a d os n eg ócios con t in u ar em n a f am ília e sob a d ir eção d e u m d escen d en t e d ir et o f az com q u e os m ecan ism os societ ár ios sej am r est r it os: são d et en t or es d o cap it al, sen d o 2 1 , 2 1 % acion ist as m aj or it ár ios, 2 7 , 2 8 % acion ist as m in or it ár ios e 5 1 , 5 1 % pr opr iet ár ios .

Os r esu lt ad os ob t id os em n ossa p esq u isa cor r ob or a com o d izer d e Mar t in s et al. ( 1 9 9 9 : 3 4 ) : quando div idem as cham adas em pr esas fam iliar es em dois gr upos “ o p r im eir o g r u p o cor r esp on d e às em p r esas d e p eq u en o e m éd io p or t e d e cap it al fechado, com a pr opr iedade for t em ent e concent r ada ou at é ex clusiv a da fam ília. O cont r ole é m uit o cent r alizado em um ou m ais m em br os da fam ília, que ocupam os car gos adm in ist r at iv os m ais im por t an t es da fir m a e são den om in adas de em pr esas fam iliar es cent r alizadas ( cont r ole cent r alizado) ou fechadas ( capit al fechado) ” .

A

S

C

ARACTERÍSTICAS DOS

D

IRIGENTES DAS

E

MPRESAS

P

ESQUISADAS

: C

ATEGORIZAÇÃO DOS

D

IRIGENTES

V ARI ÁV EI S SOCI OECON ÔM I CAS RETI D AS

EN CON TRAD O %

Sexo m asculino 8 5 , 0 0

Est ado Civ il casados 7 8 , 7 9

Núm er o de filhos ent r e um a t r ês filhos 7 8 , 7 9

I dade, 50 e 59 anos 2 7 , 2 8

Nat ur alidade Rio de Janeir o 6 9 , 7 0

Nacionalidade Brasileira 9 0 , 9 1

Nív el de Escolar idade 2º gr au com plet o 4 5 , 4 5

Religião cat ólicos pr at icant es 5 1 , 5 2

(11)

u-ra br asileir a, qu e ex clu i o sex o f em in in o dos car gos de dir eção n as em pr esas. “ Em r azão da t r adição fam iliar no Br asil, as m ulher es não assum em , ainda, função de dir eção m esm o n as PME” ( Leon e,1992) . De acor do com Kant er ( 1990) , as m ulher es ger en t es t êm dif icu ldades em ex er cer o poder por qu e as or gan izações t êm com o cost u m e de lh es con f iar car gos r ot in eir os e su balt er n os.

Os p esq u isad os são casad os e t êm en t r e u m a t r ês f ilh os.

As id ad es d est es d ir ig en t es sit u am - se m aior it ar iam en t e en t r e 5 0 e 5 9 an os. Ap en as 1 5 , 1 5 % d os en t r ev ist ad os t êm 7 0 an os e/ ou m ais.

São, n a q u ase t ot alid ad e b r asileir os, n ascid os n o Rio d e Jan eir o.

O n ív el d e escolar id ad e at in g e o seg u n d o g r au com p let o. Ap en as 1 2 , 1 2 % d os d ir ig en t es en t r ev ist ad os t êm n ív el su p er ior , sen d o a escolh a p ela g r ad u ação em Ad m in ist r ação d e Em p r esas, seg u id a p or En g en h ar ia as su as escolh as p r in ci-pais. O per cen t u al at in gido pela v ar iáv el - n ív el de escolar idade - r at if ica u m a das car act er íst icas d as PME’s f am iliar es, q u e é o b aix o n ív el d e escolar id ad e.

Qu an t o à r elig ião, a am ost r a p esq u isad a m ost r a q u e os en t r ev ist ad os são cat ólicos p r at ican t es. Os ou t r os p er cen t u ais est ão d iv id id os en t r e: cat ólica n ão-pr at ican t e, or t odox a, ev an gélica, j u daica, espír it a e m u çu lm an a, n essa or dem .

A d ed icação à em p r esa d e 4 0 a 6 0 h or as d e t r ab alh o sem an al é in d icad a p elo p er cen t u al d e 8 7 , 8 8 % .

Alg u n s d os en t r ev ist ad os ( 4 5 , 4 5 % ) são f ilh os d os f u n d ad or es d a at iv id ad e em pr esar ial, n a qu al com eçar am a par t icipar en t r e 1 2 e 1 7 an os ( 6 6 , 6 7 % ) . Em 1 0 0 , 0 0 % d os casos, os en t r ev ist ad os su cessor es f or am p r ep ar ad os e em u m p er cen t u al d e 8 0 , 0 0 % , o p r ocesso su cessór io acon t eceu sem m aior es cr ises. Ou t r os en t r ev ist ad os ( 4 5 , 4 5 % ) t or n ar am se d ir ig en t es cr ian d o a em p r esa q u e at u -alm en t e ad m in ist r am e 3 6 , 3 6 % o f azem d esd e a id ad e d e 2 6 a 3 1 an os. Ap en as 9 , 0 9 % d as em p r esas p esq u isad as en con t r a- se n a 3 ª g er ação f am iliar . De acor d o com Calv o e Gar cia ( 2 0 0 2 ) e Ber n h oef t ( 1 9 9 6 ) , as est im at iv as m ost r am qu e som en t e 3 0 , 0 0 % d as esom p r esas f asom iliar es sob r ev iv esom à t r an ssom issão p ar a a seg u n -d a g er ação e som en t e 1 3 , 0 0 % o f azem n a t er ceir a g er ação.

N íve l de Escola r ida de

V ARI ÁV EL RETI D A: FORM AÇÃO ESCOLAR

EN CON TRAD O %

Form ação Escolar do Pai 1º Gr au Com plet o 27,27

2º Gr au Com plet o 51,52

For m ação Escolar da Mãe 1º Grau 27,27

2º Grau 48,48

Relat iv am en t e às su as or igen s sociais, an alisadas at r av és da v ar iáv el f or -m ação escolar dos pais – , os r esu lt ados -m ost r a-m qu e, e-m r elação ao pai, 5 1 , 5 2 % t êm o 2 º gr au com plet o. A an álise da m esm a v ar iáv el, em r elação à for m ação esco-lar da m ãe, apr esen t a os segu in t es per cen t u ais: 2 7 , 2 7 % e 4 8 , 4 8 % par a o 1 º e 2 º gr aus, r espect iv am ent e. A or igem social do em pr eendedor é um a car act er íst ica pos-t a em ev idên cia n os espos-t u dos sobr e em pr esa fam iliar . A m aior ia deles são filh os de pais qu e j am ais passar am dos en sin am en t os pr im ár ios ou f ilh os de oper ár ios ou p eq u en os com er cian t es. Nossa p esq u isa ev id en cia esses r esu lt ad os.

O

PINIÕES DOS

D

IRIGENTES SOBRE O

P

ROCESSO

S

UCESSÓRIO EM SUAS

E

MPRESAS

A Or ga n iza çã o da Su ce ssã o

(12)

A m od alid ad e p r ef er id a p ar a a t r an sm issão d o p od er r ecair á em 5 1 , 5 2 % a u m dos filh os, em par t icu lar . En t r et an t o, n o dizer de Fr it z ( 1 9 9 3 : 1 2 9 ) é pr im or dial q u e “ os p ais p er ceb am q u e seu s f ilh os p r ecisam d esen v olv er seu s t alen t os g r a-d u alm en t e, t er alg u m as p eq u en as v it ór ias p ar a ea-d if icar su a con f ian ça e aa-d m it ir u m f r acasso d e q u an d o em q u an d o, en q u an t o ap r en d em o n eg ócio d a f am ília.

Qu an t o à t r an sm issão d o cap it al, a m od alid ad e escolh id a f oi, p ar a 4 2 , 4 2 % d os d ir ig en t es p esq u isad os, q u e est a r ecaia sob r e t od os os f ilh os e côn j u g e, con -j u n t am en t e. Segu n do Bau er ( 1 9 9 3 : 2 3 2 ) , “ t r an sf er ir u m a em pr esa n ecessit a r e-solv er u m d u p lo p r ob lem a : a t r an sm issão d o p od er e d o cap it al” . En t r et an t o, é n a PME qu e esse pr oblem a t or n se m ais t r au m át ico por qu e ela dev e at in gir , sim u lt a-n eam ea-n t e, a t r aa-n sm issão d o p od er e d o cap it al.

Os d ir ig en t es p esq u isad os acr ed it am q u e u m a em p r esa com o a “ su a” d ev e-r ia see-r d ie-r ig id a p elo p e-r op e-r iet áe-r io em 5 4 , 5 5 % d as e-r esp ost as, cae-r act ee-r izan d o o d u elo d o su ced id o com ele m esm o, ou sej a, o d u elo d e “ Passar a t och a” , n o q u al o su ced id o se d ef r on t a com a in cer t eza e a d ú v id a n a t r an sm issão d o p od er .

Ap en as 3 9 , 3 9 % d en t r e eles af ir m a q u e a m esm a d ev er ia ser d ir ig id a p or u m m em b r o d a f am ília d o p r op r iet ár io. As op in iões d em on st r am o d esej o d e q u e a em pr esa per m aneça com o seu car át er fam iliar .

En t r et an d o 6 , 0 6 % acr ed it a p od er “ su a em p r esa” ser d ir ig id a p or p essoa est r an h a ao capit al, ist o é, u m ex ecu t iv o pr of ission al. Ser á qu e a pr of ission alização n essas em p r esas só se d ar á p or m eio d a p r of ission alização d os su cessor es? So-b r e o assu n t o, Ricca ( 1 9 9 8 ) d iz q u e é p r eciso lem So-b r ar q u e, p ar a u m a em p r esa se t or n ar p r of ission al, o p r im eir o p asso n ão é con t r at ar ad m in ist r ad or es p r of ission ais qu e n ão per t en çam à f am ília. O f u n dam en t al é a at it u de qu e a f am ília assu m e d ian t e d a p r of ission alização.

O t em p o n ecessár io p ar a p r ep ar ar a su cessão é, n a op in ião d e 5 4 , 5 4 % d os d ir ig en t es, d e 0 1 a 0 5 an os. Par a 3 9 , 3 9 % d os d ir ig en t es q u e ain d a n ão or g an iza-r am a t iza-r an sm issão d e su as em p iza-r esas, o m om en t o é ain d a d e ciza-r escim en t o ou al-can ce d a m at u r id ad e.

A M oda lida de de Tra nsm issã o da Em presa

Qu an d o solicit ad os a escolh er a su a p r ef er ên cia em r elação à con t in u id ad e d a em p r esa, 1 0 0 , 0 % d os en t r ev ist ad os af ir m ar am q u e p r ef er iam q u e u m d os seu s f ilh os, ou algu m m em br o da f am ília os su cedessem n a em pr esa. Mais u m a v ez f ica ev iden ciado o m odelo com or igem n a an t iga t r adição de pr im ogen it u r a de t r an si-ção en t r e g er ações, n o q u al o p ai p assa su a em p r esa a u m f ilh o.

Con sid er am , t am b ém , q u e a t r an sm issão d e con h ecim en t o em r elação aos m ét od os d e g est ão e p r át icas d a em p r esa d ev er ia ser f eit a, d ir et am en t e, p or eles ( 6 9 , 7 0 % ) . Most r am - se p r eocu p ad os em f or m ar e t r ein ar seu s su cessor es p ar a assu m ir esses p ost os com con h ecim en t o d e cau sa, ou sej a, d e p ai p ar a f ilh o, lad o a lado, por m u it o t em po ain da. . . .

A con d ição d e ad q u ir ir esse con h ecim en t o f or a d e em p r esa ( u n iv er sid ad es, est ág ios, cu r sos, et c. ) at in g e o p er cen t u al d e 3 0 , 3 0 % .

Nen h u m d ir ig en t e op t ou p ar a q u e u m d os ex ecu t iv os at u ais ou p essoa d e f or a d a em p r esa d esse con t in u id ad e à m esm a, n ão aceit an d o o f at o d e q u e a “ su a” em p r esa sej a d ir ig id a p or u m p r of ission al n ão lig ad o à f am ília. O ap eg o à “ ob r a d e su a v id a” e a su cessão lig ad a ao f at or h er ed it ár io são f lag r an t es p or essas af ir m ações, car act er izan do bem a em pr esa f am iliar , de acor do com Leon e ( 1 9 9 2 ) . A sig n if icação d esse p er cen t u al m an if est a o v er d ad eir o ap eg o sen t im en t al d o d ir ig en t e ao seu n eg ócio. Ele n ão con sid er a a em p r esa com o u m sim p les b em q u e p od e ced er ap ós t er m ax im izad o seu v alor com er cial.

Pla ne j a m e nt o do Pr oce sso Suce ssór io

(13)

35%

18%

12%

35%

Filhos e cônjuges conjuntamente

Filhos

Outros membros da família

Outros

Os f i l h o s e o cô n j u g e, co n j u n t am en t e, o cu p am o p r i m ei r o l u g ar co m o in t er locu t or es in f or m ais, em r elação ao p lan ej am en t o su cessór io. Os en t r ev ist ados apon t am seu s f ilh os com o 2 ª opção de in t er locu t or es in f or m ais. Ou t r os m em -br os da f am ília são, t am bém , pr iv ilegiados com o in t er locu t or es in f or m ais.

I n t e r locu t or e s I n for m a is e m Re la çã o a o Pla n e j a m e n t o do Pr oce sso Su ce ssór io

I n t e r lo cu t o r e s Fo r m a is e m Re la çã o a o Pla n e j a m e n t o d o Pr o ce sso Su ce ssór io

64%

24%

3% 9%

Não existem profissionais capazes de ajudar-lhes

Profissionais de Ciências Jurídicas

Profissionais de Ciências Contábeis

Outra resposta

Em r elação aos in t er locu t or es f or m ais, os p r of ission ais t êm p ap el p r im or d ial a d esem p en h ar . É n ecessár i o est ar em à ial t u r a d essa m i ssão, o q u e n em sem -p r e ocor r e.

(14)

Qu an d o in d ag ad os sob r e os p r in cip ais en t r av es à su cessão, t r ês af ir m at i-v as f or am as m ais cit ad as: “ a p er d a d a at ii-v id ad e p r of ission al” , “ os p r ob lem as ou con f lit os f am iliar es” e “ a f alt a de su cessor ” .

A an álise a ser f eit a em r elação ao en t r av e “ a p er d a d a at iv id ad e p r of ission al” é b ast aission t e coer eission t e com as r esp ost as d ad as p elos d ir ig eission t es q u aission d o p er -g u n t ad os sob r e a at iv id ad e q u e ir ão ex er cer ap ós p r oced er em à t r an sm issão d e su as em p r esas: 3 6 , 3 6 % r esp on d er am q u e “ m an t er - se- ão a p ar d a ad m in ist r ação d a em p r esa” , con t r a 3 9 , 3 9 % q u e d eclar ar am “ con t in u ar t r ab alh an d o em t em p o in t egr al” . Os per cen t u ais dem on st r am , clar am en t e, o t em or pela per da da at iv ida-de pr of ission al.

Em r elação ao en t r av e “ os p r ob lem as ou con f lit os f am iliar es” v ej am os o q u e n os r elat a Leon e ( 1 9 9 6 ) a r esp eit o d o assu n t o: “ Par a ch eg ar a u m a solu ção, é n ecessár io q u e o em p r een d ed or su p er e os ob st ácu los p sicológ icos em r elação a si m esm o e a su a f am ília. Par a su p r ir os ob st ácu los p sicológ icos é n ecessár io u m p r oced im en t o d e aj u d a, at r av és d os p assos seg u in t es:

1 . Con h ecer os ob st ácu los p sicológ icos q u e p od em ser en con t r ad os; 2 . An alisar a sit u ação d e su cessão;

3 . Tom ar con sciên cia d os ob st ácu los p sicológ icos a ser em en f r en t ad os; 4 . Dist in g u ir os m ot iv os v er d ad eir os d e sim p les p r et ex t os e su b t er f ú g ios; 5 . Com b at er os p r et ex t os e su b t er f ú g ios;

6 . Tom ar a in iciat iv a de r egu lam en t ar a su cessão” .

Em r el ação ao en t r av e “ a f al t a d e su cessor ” , o p er cen t u al é b ast an t e in d icat iv o: o d ir ig en t e j á f ez su a escolh a em r elação ao su cessor ( 5 1 , 5 2 % d os d ir ig en t es p esq u isad os escolh eu a m od alid ad e d e t r an sm issão d o p od er a u m d os f ilh os em p ar t icu lar ) . Talv ez esse asp ect o r elacion e- se à f alt a d e p r ep ar ação d os su cessor es. Acr edit am os caber ao pr opr iet ár io/ su cedido desper t ar , n o su cessor , o in t er esse pelo n egócio da f am ília. A r epor t agem pu blicada n o I n f or m at iv o SAARA, de f ev er eir o de 2 0 0 2 , in t it u lada “ Fam ília Calil : ex em plo de u n ião e t r adição” n os d iz q u e : “ o g ost o p elo com ér cio com eçou com a av ó, p assou p ar a o p ai, con t in u ou com eles, e q u e d a q u ar t a g er ação só o f ilh o m ais v elh o d e u m d os en t r ev ist ad os se dedica ao com ér cio” . An alisan do a v ar iáv el - n ú m er o de f ilh os - , o per cen t u al de 7 8 , 7 9 % in d ica q u e esses d ir ig en t es p esq u isad os t êm d e u m a t r ês f ilh os. A p r ep a-r ação d o p a-r ocesso su cessóa-r io e a escolh a d e u m d os f ilh os é u m d u elo q u e o su ced id o t er á d e en f r en t ar . Ain d a é Leon e ( 1 9 9 6 : 7 9 ) q u e n os d iz: “ n est e m om en -t o, o h er d eir o q u e p ossu ir m aior lid er an ça, aliad a a m é-t od os d e g es-t ão ad eq u a-d os, sair á n a f r en t e, v en cen a-d o o a-d u elo p ela su cessão. Possiv elm en t e, essa lia-d e-r an ça m an if est a n ão dae-r ia f im aos con f lit os e pe-r oblem as f am iliae-r es apon t ados com o u m d os en t r av es ao p lan ej am en t o d o p r ocesso su cessór io.

E “ O Após a Su ce ssã o ?”

Par a 8 1 , 8 2 % d os d ir ig en t es p esq u isad os, o seu at u al p ad r ão d e v id a ser á m an t ido, pois além de possu ír em ou t r os pat r im ôn ios além da em pr esa, em 9 0 , 9 1 % d os casos, ain d a d isp or ão d e r ecu r sos d e p ou p an ça f am iliar ( 5 9 , 4 6 % ) e ap osen

-EN TRAV ES CLASSI FI CAÇÃO

A perda da at ividade profissional 1

Os problem as ou conflit os fam iliares 1

A falt a de sucessor 2

A com plexidade das soluções j ur ídicas a ser em im plant adas 3

A personalidade do dirigent e 4

A exist ência de um a garant ia pessoal 5

A falt a de um m er cado em pr esar ial 5

O regim e fiscal 6

Out ros 6

(15)

t ad or ia com p lem en t ar ( 3 2 , 4 3 % ) . Não esq u ecen d o q u e, d e acor d o com as r esp os-t as ob os-t id as, os en os-t r ev isos-t ad os p r eos-t en d em “ m an os-t er - se a p ar d a ad m in isos-t r ação d a em p r esa” e “ con t in u ar t r ab alh an d o em t em p o in t eg r al” .

C

ONCLUSÕES

As in f or m ações, d ad as aos em p r een d ed or es, a r esp eit o d o p lan ej am en t o d o p r ocesso su cessór io em em p r esas f am iliar es são r esp on sáv eis p ela q u eb r a d a p r of ecia d e q u e essas em p r esa n ão sob r ev iv er ão às cr ises, n ão ex p an d ir ão seu s n eg ócios e n ão con seg u ir ão se m an t er f ir m es n o m er cad o g lob alizad o, ob j et o d e m u it as af ir m ações t eór icas.

Nossa p esq u isa, d e car át er em p ír ico, t in h a p or ob j et iv o con h ecer a op in ião d os d ir ig en t es d as em p r esas f am iliar es, p er t en cen t es ao set or d o com ér cio d a SAARA ( Socied ad e d e Am ig os d as Ad j acên cias d a Ru a d a Alf ân d eg a) , sob r e a su cessão em su as em p r esas. De m od o g er al, essas in d ag ações f ocalizar am os asp ect os d a or g an ização d a su cessão, d a m od alid ad e d e t r an sm issão d a em p r e-sa, d o p lan ej am en t o d o p r ocesso su cessór io e as p er sp ect iv as d o d ir ig en t e “ ap ós a su cessão” , além d e car act er izar as em p r esas p esq u isad as e t r açar o p er f il socioecon ôm ico d os d ir ig en t es/ p r op r iet ár ios.

Tor n a- se d e g r an d e im p or t ân cia esclar ecer aos em p r esár ios q u e as ch an ces d e sob r ev iv ên cia d a em p r esa f am iliar r ep ou sam n a su cessão p lan ej ad a e n a ob -ser v ação d e r eg r as d e con v iv ên cia en t r e em p r esa e f am ília. Con t r ib u ím os com isso p ar a u m a r ev isão cr ít ica d aq u eles p r essu p ost os t eór icos q u e p r of et izam, a priori, o f r acasso d as em p r esas f am iliar es. Nou t r as p alav r as: u m a t eor ia q u e se p r et en d a ú t il n ão p od e p r escin d ir d a v er if icação d e cam p o, d a com p r ov ação q u e só os dados em pír icos podem for n ecer .

Essas com p r ov ações aj u d am a p er p et u ar o n eg ócio. Os r esu lt ad os d o n os-so est u d o m ost r am q u e a f am ília é p r iv ileg iad a n o t r ab alh o p r ep ar at ór io d a su ces-são. Den t r o d e u m a v isão m acr o, a su cessão, em b or a t en h a sid o v ist a com o “ u m a sit u ação n at u r al a ser en f r en t ad a” , su a p r ep ar ação, p ar a a m aior ia d os d ir ig en t es, ain d a n ão f oi or g an izad a : a f alt a d e p r ep ar o d os su cessor es, aliad a à p er d a d a at iv idade pr of ission al e aos con f lit os e pr oblem as f am iliar es qu e possam eclodir , f azem com q u e o d ir ig en t e n ão ab or d e, d e f or m a d ef in it iv a, esse assu n t o. As su as p ost u r as d ian t e d o q u e f ar ão ap ós a su cessão t er acon t ecid o - “ m an t er - se a p ar d a ad m in ist r ação d a em p r esa” , e “ con t in u ar t r ab alh an d o em t em p o in t eg r al” - são sin t om át icas d o d u elo q u e en f r en t a o su ced id o “ em p assar a t och a” . En t r et an t o, é d ef in it iv o q u e, p ar a g r an d e m aior ia d os d ir ig en t es d esse t ip o d e or g an ização, o f u t u r o d a em p r esa sig a sob o con t r ole d a f am ília. De p ai p ar a f ilh o, lad o a lad o, p or m uit o t em po ainda. . .

R

ECOMENDAÇÕES

Os r esu lt ad os aq u i ap r esen t ad os t êm com o ob j et iv o or ien t ar , t an t o t eor i-cam en t e q u an t o p r ag m at ii-cam en t e, os d ir ig en t es n a g er ação d e p r og r am as e p r o-j et os su cessór ios qu e v isem au m en t ar a lon gev idade da em pr esa f am iliar , de m odo q u e est ej a ad eq u ad a ao am b ien t e, in t eg r ad a às ex p ect at iv as d a f am ília e g er an -d o r esu lt a-d os p osit iv os.

(16)

O pr ocesso su cessór io n a em pr esa f am iliar su scit a v ár ias qu est ões r elev an -t es q u e m er ecem ou -t r as p esq u isas. Por -t an -t o, é n ecessár io in cen -t iv ar os or gan is-m os acadêis-m icos a desen v olv er eis-m est u dos t en do as eis-m pr esas f ais-m iliar es cois-m o f oco, além de pr om ov er em pesqu isas abor dan do t em as com o o plan ej am en t o do pr ocesso su cessór io, o t r ein am en t o dos “ pr ín cipes h er d eir os” e de ações qu e se t r adu -zam e r esu lt em em dados de n at u r eza obj et iv a e aplicáv el à r ealidade em pr esar ial. É n ecessár io q u e as in st it u ições d e p esq u isa d ef in am p r og r am as d e t r ei-n am eei-n t o e assist êei-n cia, especif icam eei-n t e par a em pr esár ios, a f im de elim iei-n ar os conflit os sist êm icos pr ej udiciais à int egr ação fam iliar .

Ad eq u ar o m od elo d e em p r esa f am iliar “ t r ad icion al” q u e v em sen d o q u est i-on ad o n as ú lt im as d écad as p r ocu r an d o or g an izar - se sob a f or m a d e m od elos es-t r u es-t u r ais e eses-t r aes-t ég icos d e ales-t a com p ees-t ies-t iv id ad e ob j ees-t iv an d o a sob r ev iv ên cia.

Bu scar a par t icipação m ais pr ó- at iv a dos pr ofission ais de Recu r sos Hu m an os n as at iv id ad es d e acon selh am en t o e con su lt or ia, d ev en d o esses ab or d ar q u est ões f am iliar es, iden t if icar ár eas de con f lit o pot en cial t an t o qu an t o abor dar as qu est ões em ocion ais e psicológicas, n ão esqu ecen do os aspect os t r ibu t ár ios e legais.

R

EFERÊNCIAS

BAUER, Mich el. Les pat r on s de PME en t r e le pou v oir , l’en t r epr ise et la f am ille. Par is: I n t er - Edit ion s, 1 9 9 3

BERNHOEFT, Renat o. Com o cr iar , m ant er e sair de um a sociedade fam iliar ( sem br igar ) . São Pau lo: Ed. SENAC, 1 9 9 6 .

BERNHOEFT, Ren at o. Em pr esa f am iliar : su cessão pr of ission alizada ou sobr ev i-v ên cia com pr om et ida. 2 ed. São Pau lo: Nobel, 1 9 8 9 .

CALVO, Juan Car los e Gar cia, Guadalupe. Succession in fam ily fir m s: som e k ey s t o su ccess. I n : XI I Jor n ad as Lu so- Esp an h olas d e Gest ão Cien t íf ica, Cov ilh ã, Por t u gal. An ais, 2 0 0 2

CASTRO, Lu iz Car los et al. At it u d es e com p or t am en t os d a cú p u la e os p r ocessos d e p r of ission alização, f or m alização est r u t u r al e su cessão em em p r esas f am ilia-r es: u m est u do de caso. I n : En con t ilia-r o da ANPAD, 2 4 , Floilia-r ian ópolis. An ais da ENANPAD, 2 0 0 0 .

COHN. Mik e. Passan d o a t och a. Com o con d u zir e r esolv er os p r ob lem as d e su cessão f am iliar . São Pau lo: Mak r on Book s, 1 9 9 1

CONSTANZ I , Roger io e LANZ ANA, An t on io. As em pr esas f am iliar es br asileir as d ian t e d o at u al p an or am a econ ôm ico m u n d ial. São Pau lo: Neg ócios Ed it or a, 1 9 9 9

FAMÍ LI A Calil : ex em plo de união e t r adição. SAARA. I nfor m a, Rio de Janeir o, n. 87, p. 7, fev . 2002.

FRI TZ, Roger . Em pr esa Fam iliar : Um a v isão em pr eendedor a. São Paulo: Mak r on Book s, 1 9 9 3 .

FOCKI NK, Har r y G. Lider an ça, o poder e a per v er são n as em pr esas f am iliar es. Por t o Alegr e: Su lin a, 1 9 9 8 .

GAJ, Lu ís. Tor n an do a adm in ist r ação est r at égica possív el. São Pau lo: McGr aw -Hill, 1990.

GALLO, Miguel Angel; RI BEI RO, Vit or Sev ilhano. A Gest ão das Em pr esas Fam ilia-r es, 1 9 9 6 ; I beilia-r con su lt

(17)

GRACI OSO, Fr an cisco. Ascen são, declín io e qu eda da em pr esa f am iliar br asileir a. Rev ist a Mar k et ing, fev . , 1998

GERSI CK et al. De g er ação p ar a g er ação. Ciclos d e v id a d as em p r esas f am iliar es. São Pau lo: Ed . Neg ócios Lt d a, 1 9 9 7

GUEI ROS, Môn ica M. Bar bosa. Su cessão f am iliar : o caso de u m a em pr esa t r an s-p or t ad or a n a r eg ião m et r os-p olit an a d o Recif e: u m a v isão d os d ir ig en t es. 1 9 9 8 . Disser t ação ( Mest r ad o em Ad m in ist r ação) , Un iv er sid ad e Fed er al d e Per n am b u co, Recife.

GUERREI RO, Mar ia das Dor es. Fam ílias n a act iv idade em pr esar ial. PME em Por t u -gal. Oeir as: Celt a Ed. , 1 9 9 6

KANTER, R. M. Pow er Failu r es in Man agen en t Cir cu it s Cam br idge, Mass: Har w ar d Bu sin ess Rev iew , 1 9 9 0 .

LEONE, Nilda. A Dim ensão Física das P. M. E’s: A Pr ocur a de um Cr it ér io

Hom ogeneizador . Rev ist a de Adm inist r ação de Em pr esa. FGV, v . 3 1 , n2 , p- 5 3 5 9 , abr il/ j u n 1 9 9 1 .

LEONE, Nild a. A su cessão em PME com er cial n a r eg ião d e João Pessoa. Rev ist a de Adm inist r ação, São Paulo, v . 2 7 , n. 3 , p. 8 4 - 9 1 , j ul. / set . 1 9 9 2 .

LEONE, Nilda. Su cessão: com o t r an sf or m ar o du elo em du et o. Rev ist a de Adm i-nist r ação, São Paulo, v . 3 1 , n. 3 , p. 7 6 - 8 1 , j ul. / set . 1 9 9 6 .

LI ÇÃO pacíf ica do pat r iar ca Sam Joh n son . I st o É. Din h eir o, São Pau lo, n . 1 0 6 , p. 6 6 - 6 7 , ago. 1 9 9 9 .

LODI , João Bosco. A em pr esa fam iliar . São Pau lo: Pion eir a, 1 9 9 3 .

MARTI NS, I v es et al. Em pr esas fam iliar es br asileir as. per fil e per spect iv as. São Pau lo: Negócio Edit or a, 1 9 9 9

MORGAN, Gar et h . I m agen s da or gan ização. São Pau lo : At las, 1 9 9 6 NOVELLI , Her v é. Aider les PME : déf is et r éalit és. Par is: Les Edit ion s d ’Or g an isat ion , 1 9 9 4

OLI VEI RA, Dj alm a de Pin h o Rebou ças de. Em pr esa fam iliar : com o for t alecer o em p r een d im en t o e ot im izar o p r ocesso su cessór io. São Pau lo: At las, 1 9 9 9 . RI CCA, Dom in gos. Da em pr esa f am iliar à em pr esa pr of ission al. São Pau lo: Edit or a CL- A Cu lt u r al, 1 9 9 8 .

SAARA I nfor m a . Rio de Janeir o, n. 87, fev . 2002

SCHEFFER, Ân gela Beat r iz Bu sat o. Fat or es dif icu lt an t es e f acilit ador es ao pr oces-so de sucessão fam iliar . Rev ist a de Adm inist r ação, São Paulo, v . 3 0 , n. 3 , j ul. /

set . 1 9 9 5 .

ULRI CH, St effen . Decifr an do o m ist ér io da em pr esa fam iliar - u m a per spect iv a et n ológica. Rede CEFE I n t er n at ion al. Dispon ív el em < h t t p: / / cef e. gt z. de/ por t u gu es/ pr odu ct s/ br ain st o/ 4 - 9 7 - 1 . h t m > Acessado em 1 1 / 1 0 / 0 1

(18)

Ca so qu e ir a r e ce be r a s con clu sõe s de ssa pe squ isa , fa v or pr e e n ch e r a ba ix o:

Envio das conclusões: pedido

não pedido

Ender eço par a env io das conclusões:

A

NEXO

I

S

UCESSÃO NA

E

MPRESA

F

AMILIAR

Est am os à su a d isp osição p ar a f or n ecer t od a in f or m ação com p lem en t ar a r esp eit o d a p esq u isa q u e or a d esen v olv em os.

Pr o f a . D r a . N i l d a M a r i a d e Cl o d o a l d o Pi n t o G u e r r a L e o n e ( leone@openlink . com . br )

Cu r so de Mest r ado em Adm in ist r ação e Desen v olv im en t o Em pr esar ial - MADE Un iv er sid ad e Est acio d e Sá

(19)

Quest ão nº 01 : Const it uição Jurídica da Em presa 1.1. Sociedade por Cot as de Responsabilidade Lim it ada

1.2. Firm a I ndividual 1.3. Sociedade Anônim a

1.4. Sociedade Capit al I ndúst ria 1.5. Cooper at iva

1.6. Out r a for m a de Const it uição Jur ídica Especificar:

Quest ão nº 02 : Set or de At ividade 2.1. Com ércio

Especificar :

2.2. Com ércio e I ndúst ria

Quest ão nº 03 : Núm er o de Em pr egados 3.1. De 05 a 09 em pr egados

3.2. De 10 a 19 em pr egados 3.3. De 20 a 49 em pr egados 3.4. De 50 a 99 em pregados 3.5. Mais de 100 em pr egados

Quest ão nº 04 : Sist em a de Cont role da Tribut ação 4.1. Sim ples

4. 2. Lucr o Real 4.3. Lucr o Pr esum ido

P

ARTE

I: V

ARIÁVEIS DE

I

DENTIFICAÇÃO DA

E

MPRESA

P

ARTE

II: V

ARIÁVEIS DE

I

DENTIFICAÇÃO DO

D

IRIGENTE

Quest ão nº 05 : Sexo 5.1. Masculino

5.2. Fem inino

Quest ão nº 06 : Est ado Civil 6.1. Casado

6.2. Solt eiro 6.3. Viúvo 6.4. Divorciado

Quest ão nº 07 : Núm ero de filhos 7.1. Nenhum filho

7. 2. De 01 a 03 filhos 7. 3. De 04 a 06 filhos 7. 4. Mais de 06 filhos

Quest ão nº 08 : I dade 8.1. Menos de 25 anos

(20)

Quest ão nº 09 : Nacionalidade 9.1. Br asileir a

9.2. Est rangeira País de origem :

Quest ão nº 10 : Nat ur alidade / Local de Nascim ent o

Quest ão nº 11 : Qual o seu nível es escolaridade? 11.1. Não possui educação for m al ( aut odidat a)

11.2 1º gr au incom plet o 11.3. 1º grau com plet o 11.4 2º grau incom plet o 11.5 2º grau com plet o 11.6 Técnico de nível m édio 11.7 Gr aduação

11.8 Pós-gr aduação

MBA/ Especialização Mest rado

Dout orado

Quest ão nº 12 : Caso t enha assinalado Técnico de nível m édio, gr aduação ou pós-graduação, queira especificar seu t ít ulo profissional

Quest ão nº 13 : Qual a sua r eligião 13.1. Cat ólica

13.2. Cat ólica, não pr at icant e 13.3. Evangélico

13.4. Out r a r eligião: Especificar

Quest ão nº 14 : Com o você se t ornou dirigent e dessa em presa? 14.1. Cr iando a em pr esa

14.2. Por sucessão fam iliar 14.3. Por aquisição ( com pra) 14.4. Por recrut am ent o ext erno 1 4 . 5 Por prom oção

Quest ão nº 15 : Com que idade você com eçou a t r abalhar ? 15.1. Ent r e 12 e 17 anos

15.2. Ent r e 17 e 22 anos 15.3. Ent r e 22 e 25 anos 15.4. Após 25 anos

Quest ão nº 16 : Com que idade você se t ornou dirigent e da em presa que at ualm ent e dirige? 16.1. Ant es de 26 anos

16.2. Ent r e 26 e 31 anos 16.3. Ent r e 31 e 36 anos 16.4. Ent r e 36 e 41 anos 16.5. Ent r e 41 e 50 anos 16.6. Após 50 anos

Referências

Documentos relacionados

la com pr ensión del fenóm eno “ Ser una fam ilia que pasa por la exper iencia del ingr eso de un fam iliar en la UTI ”... A t ape recorder was

The philosophical r efer ent ial fr om Mar t in Heidegger w as used for t he com pr ehensiv e analy sis of t he st at em ent in quest ion... (

The analy sis r ev ealed t hat t he phy siopat hological pr ocess of t he de Quer v ain’s disease caused changes in t he w or ker ’s life, char act er ized by painful m anifest at

Tr at a- se de est u do t r an sv er sal qu e t ev e com o pr opost a an alisar com par at iv am en t e as n ecessidades de fam iliar es de pacient es adult os, int er nados em UTI

Después de t abular los dat os, fuer on divididos en las siguient es cat egor ías: dat os sociodem ogr áficos, for m ación escolar , per fil fam iliar , hábit os, act uación

Result s showed t hat t he represent at ions of wom en in t his st udy about support for breast feeding consist of act ions available in t he hospit al, fam ily and w ork cont

t he Or gan Pr ocur em ent Or ganizat ion of t he Univ er sit y of São Paulo Medical School Hospit al das Clínicas... Cuando la fam ilia

Healt h care is considered in t he per spect iv e of r econst r uct iv e pr act ices, char act er ized as cont ingencies, highlight ing t he im por t ance of t he connect ion bet w