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Fase ofensiva em futebol: análise sequencial de padrões de jogo ofensivo relativos à selecção nacional de Espanha no Euro 2008

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Academic year: 2021

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(1) . FASE OFENSIVA   EM FUTEBOL   . Análise Sequencial de padrões de jogo ofensivos  relativos à Selecção Nacional de Espanha no  Euro 2008. Manuel José Alves Ramos. Porto, 2009.

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(3) FASE OFENSIVA EM FUTEBOL   . Análise Sequencial de padrões de jogo  ofensivos relativos à Selecção Nacional de  Espanha no Euro 2008. Monografia  realizada  no  âmbito  da  disciplina  de  Seminário  do  5º  ano  da  Licenciatura em Desporto e Educação Física,  na  área  de  Desporto  de  Rendimento  –  Futebol,  da  Faculdade  de  Desporto  da  Universidade do Porto . Orientador: Professor Doutor Júlio Manuel Garganta da Silva   .                Manuel José Alves Ramos . Porto, 2009.

(4) Ficha de Catalogação. Ramos, M. (2009). Fase Ofensiva em Futebol. Análise Sequencial de padrões de jogo relativos à Selecção Nacional de Espanha no EURO 2008. Dissertação de Licenciatura. Porto: FADEUP.. Palavras-Chave:. FASE. OBSERVACIONAL;. OFENSIVA;. FUTEBOL;. ORGANIZAÇÃO TÁCTICA.. PADRÕES. EURO. 2008;. DE. JOGO;. SELECÇÃO. METODOLOGIA DE. ESPANHA;.

(5) Universidade do Porto – FADEUP. AGRADECIMENTOS Durante a elaboração do nosso trabalho, contámos, directa ou indirectamente, com o apoio de várias pessoas. Nesta página, queremos expressar os nossos agradecimentos a todos os que tornaram possível, pela sua participação, incentivo ou influência, a realização desta dissertação. -. Ao Professor Doutor Júlio Garganta, pelo seu saber, orientação e disponibilidade revelados ao longo da elaboração do estudo. Por me mostrar que conhecimento e competência podem coabitar com coerência, humildade e sensibilidade.. -. Ao Daniel Barreira por tudo o que me ensinou, por tudo o que me orientou, por tudo o que me ajudou. Pela imensurável disponibilidade e paciência, pelo conhecimento partilhado e, sobretudo, pela amizade.. -. Ao Rui Espincho, pela forma como me obrigou a pensar o treino. É um prazer discutir contigo, é um prazer ter-te como amigo.. -. Ao Brito, ao coordenador mas sobretudo ao amigo, por me questionares. Pela conviccção e pelos valores que me acrescentás-te.. -. Ao Bruno Vale, pela amizade de sempre e pela disponibilidade e generosidade. demonstradas. na. criação. do. programa. informático. (Visualizador) de suporte ao registo das observações. -. Aos Catingas, por serem diferentes mas iguais, por estarem ausentes mas presentes. São os amigos de sempre e para sempre.. -. À minha família, por nunca me deixarem a chorar ou a rir sozinho.. -. Aos meus Pais e à Ana, pelo seu AMOR.. Manuel Ramos. III.

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(7) Universidade do Porto – FADEUP. ÍNDICE GERAL Agradecimentos Índice Geral Índice de Figuras Índice de Quadros Resumo Lista de Abreviaturas / Legenda. III V VIII XII XV XVI. 1.. INTRODUÇÃO 1.1. Pertinência e âmbito do estudo 1.2. Estrutura do trabalho. 3 3 7. 2.. REVISÃO DA LITERATURA 2.1. Enfoque táctico do jogo de Futebol 2.1.1. Táctica individual e táctica colectiva: convergência para um saber táctico colectivo 2.1.2. Multi-análises do fluxo de jogo de Futebol 2.1.3. Análise do jogo a partir da respectiva organização táctica: a busca de padrões 2.2. Lógica(s) para um entendimento do jogo de Futebol 2.3. Fase ofensiva 2.3.1. Macro-estruturas indutoras da dinâmica acontecimental do jogo de Futebol 2.3.1.1. Espaço 2.3.1.2. Tempo 2.3.1.3. Tarefa 2.3.2. A Interacção nos contextos de jogo 2.3.2.1. Centro do Jogo 2.3.2.2. Configuração Espacial de Interacção 2.3.3. Métodos de Jogo Ofensivo / Estilos de Jogo. 11 13. 29 29 32 32 33 33 35 38. 3.. PROBLEMA, OBJECTIVOS E HIPÓTESES 3.1. Problema 3.2. Objectivos 3.3. Hipóteses. 43 43 44 45. 4.. METODOLOGIA 4.1 Proposta conceptual que sustenta a metodologia da presente investigação 4.2 Desenho Observacional da Investigação 4.3 Amostra 4.3.1. Justificação para a selecção da amostra 4.3.2. Amostra Observacional 4.3.2.1. Nível da Amostra Inter-sessional 4.3.1.2. Nível da Amostra Intra-sessional 4.4. Instrumento de Observação: Combinação Formato de Campo e Sistema de Categorias 4.4.1. Instrumento de Observação 4.4.2. Combinação Formato de Campo e Sistema de Categorias “Padrões de jogo da Fase Ofensiva em Futebol” 4.4.3. Procedimentos de Observação e de Registo 4.4.3. Qualidade dos dados 4.5. Análise dos dados 4.5.1. Análise Sequencial 4.5.2. Processamento dos dados. 49. Manuel Ramos. 14 15 19 22 28. 50 53 54 54 55 56 56 58 59 60 81 84 87 87 90. V.

(8) Universidade do Porto – FADEUP. 5.. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 5.1 Análise Descritiva 5.1.1. Análise Descritiva das Condutas Regulares 5.1.2. Análise descritiva da Conduta Estrutural: Espaço 5.1.3. Análise descritiva das Condutas Contextuais: Centro do Jogo (CJ) e Contexto Espacial de Interacção (CEI) 5.2. Análise Sequencial 5.2.1. Padrões de Jogo encontrados para as Condutas de Início da Transição – Estado defesa/ataque (IE) e Início da Transição – Interfase Defesa/Ataque (II) 5.2.1.1. Início da TEDA (IE) por recuperação da posse de bola por acção do guarda-redes em fase defensiva – (IEgr) 5.2.1.2. Início da Transição – Estado Defesa/Ataque (IE) por recuperação da posse de bola por acção defensiva seguida de passe – (IEp) 5.2.1.3. Início da Transição – Interfase Defesa/Ataque (II) por recuperação da posse de bola por infracção do adversário às leis do jogo – (IIi) 5.2.1.4. Início da Transição – Interfase Defesa/Ataque (II) por recuperação da posse de bola por pontapé de canto a favor – (IIc) 5.2.1.5. Início da Transição – Interfase defesa/ataque (II) por recuperação da posse de bola por pontapé de baliza a favor – (IIpb) 5.2.2. Padrões de Jogo encontrados para as condutas de Desenvolvimento da Transição-Estado defesa/ataque (DT) 5.2.2.1. Desenvolvimento da Transição-Estado defesa/ataque (DT) por passe curto positivo – DTpcp 5.2.2.2. Desenvolvimento da Transição-Estado defesa/ataque (DT) por passe longo positivo – DTplp 5.2.2.3. Desenvolvimento da Transição-Estado defesa/ataque (DT) por cruzamento positivo – DTczp 5.2.2.4. Desenvolvimento da Transição-Estado defesa/ataque (DT) por condução – DTcd 5.2.2.5. 5.2.2.5. Desenvolvimento da Transição-Estado defesa/ataque (DT) por drible (1x1) – DTd 5.2.2.6. Desenvolvimento da Transição-Estado defesa/ataque (DT) por recepção/controle – DTrc 5.2.2.7. Desenvolvimento da Transição-Estado defesa/ataque (DT) por duelo – DTdu 5.2.2.8. Desenvolvimento da Transição-Estado defesa/ataque (DT) por remate – DTr 5.2.2.9. Desenvolvimento da Transição-Estado defesa/ataque (DT) por acção do guarda-redes da equipa em fase defensiva – DTgra 5.2.3. Padrões de Jogo encontrados para as condutas de Desenvolvimento da Posse de Bola (DP) 5.2.3.1. Desenvolvimento da Posse de Bola (DP) por passe curto positivo – DPpcp 5.2.3.2. Desenvolvimento da Posse de Bola (DP) por passe longo positivo – DPplp 5.2.3.3. Desenvolvimento da Posse de Bola (DP) por cruzamento positivo – DPczp 5.2.3.4. Desenvolvimento da Posse de Bola (DP) por Condução – DPcd 5.2.3.5. Desenvolvimento da Posse de Bola (DP) por drible (1x1) – DPd. Manuel Ramos. 95 95 97 98 100 101. 102 102. 105. 108. 109. 110 112 112 114 118 120 121 124 125 126. 127 129 129 131 133 135 136. VI.

(9) Universidade do Porto – FADEUP. 5.2.3.6.. Desenvolvimento da Posse de Bola (DP) por recepção/controle – DPrc 5.2.3.7. Desenvolvimento da Posse de Bola (DP) por duelo – DPdu 5.2.3.8. Desenvolvimento da Posse de Bola (DP) por remate – DPr 5.2.3.9. Desenvolvimento da Posse de Bola (DP) por acção do guarda-redes da equipa em fase ofensiva – DPgro 5.2.3.10. Desenvolvimento da Posse de Bola (DP) por infracção do adversário às leis do jogo – DPi 5.2.4. Padrões de Jogo encontrados para as condutas de final da Fase Ofensiva (F) 5.2.4.1. Final da Fase Ofensiva (F) por remate para fora – (Frf) 5.2.4.2. Final da Fase Ofensiva (F) por remate dentro – (Frd) 5.2.4.3. Final da Fase Ofensiva (F) por remate contra o adversário sem continuidade da posse de bola – (Frad) 5.2.4.4. Final da Fase Ofensiva (F) por remate com obtenção de golo – (Fgl) 5.2.4.5. Final da Fase Ofensiva (F) por perda da posse de bola por erro do portador da bola e/ou acção do adversário (com excepção do Gr) – (Fbad) 5.2.4.6. Final da Fase Ofensiva (F) por perda da posse de bola por erro do portador da bola com acção do guarda-redes adversário – (Fgrad) 5.2.4.7. Final da Fase Ofensiva (F) por lançamento para fora – (Ff) 6. 7. 8. 9.. CONCLUSÕES CONSIDERAÇÕES FINAIS SUGESTÕES PARA FUTUROS ESTUDOS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS. 138 139 140 141 142 143 144 145 147 148. 152. 153 154 159 163 173 177. ANEXOS. Manuel Ramos. VII.

(10) Universidade do Porto – FADEUP. ÍNDICE DE FIGURAS Figura 2.1. Figura 2.2. Figura 2.3. Figura 2.4. Figura 2.5. Figura 2.6. Figura 4.1. Figura 4.2. Figura 4.3. Figura 4.4. Figura 4.5. Figura 4.6. Figura 4.7. Figura 4.8. Figura 5.1. Figura 5.2. Figura 5.3. Figura 5.4. Figura 5.5. Figura 5.6. Figura 5.7. Figura 5.8. Figura 5.9. Figura 5.10. Figura 5.11. Figura 5.12. Figura 5.13.. Manuel Ramos. Comportamento estratégico dos jogadores (Adaptado Bayer, 1994) Diagrama da segmentação do fluxo conductural do jogo de Futebol (Adaptado Castellano Paulis, 2000) Modelo Unitário da organização do jogo de Futebol (Adaptado Cervera & Malavés, 2001) Modelo da dinâmica comportamental da organização do jogo de Futebol (Barreira, 2006: 67) Espacialização do terreno de jogo: corredores e sectores (Adaptado Quina, 2001) Representação do espaço de jogo efectivo e das cinco partes ou zonas que o compõe, num determinado instante (Adaptado Silva, 2004) A Fase Ofensiva no modelo de organização da dinâmica do jogo de Futebol (Adaptado Barreira, 2006: 68) Desenhos Observacionais em quadrantes definidos (Adaptado Anguera, s/d, in Barreira, 2006) Software de visualização e registo das sequências ofensivas da Espanha no Campeonato da Europa Áustria - Suíça 2008 (Barreira, em preparação) Exemplo do registo de dois multieventos – ordem de registo. Folha Excell com sequências exportadas do software de visualização e registo das sequências ofensivas da Espanha no Campeonato da Europa Áustria - Suíça 2008 (Barreira, em preparação) Análise Sequencial pela técnica de retardos ou de transições (lag method) (Barreira, 2006: 118) Condutas Objecto activadas a partir da Conduta Critério Desenvolvimento da Posse de Bola por Cruzamento Positivo. Padrão de jogo DPczp encontrado através da forma (b) acima referida Frequência absoluta relativa às condutas de Início da Fase Ofensiva Frequência absoluta relativa às condutas de Desenvolvimento da Transição/Estado defesa-ataque Frequência absoluta relativa às condutas de Desenvolvimento da Fase Ofensiva Frequência absoluta relativa às condutas de Final da Fase Ofensiva Frequência absoluta relativa às condutas de Espacialização, em função do campograma (zonas 1 a 12) Frequência absoluta relativa às condutas de Centro do Jogo Frequência absoluta relativa às condutas de Contexto Espacial de interacção Padrão de conduta definitivo para a conduta critério IEgr, tendo como objecto as condutas regulares – desenvolvimento e final. Padrão de conduta definitivo para a conduta critério IEgr, tendo como objecto as condutas regulares – desenvolvimento e final. Padrão de conduta definitivo para a conduta critério IEgr, tendo como objecto a conduta estrutural – Espaço. Padrão de conduta definitivo para a conduta critério IEgr, tendo como objecto a conduta contextual – Centro do Jogo. Padrão de conduta definitivo para a conduta critério IEgr, tendo como objecto a condutas contextual – contexto espacial de interacção. Padrão de conduta definitivo para a conduta critério IEp, tendo como objecto as condutas regulares – desenvolvimento e final.. 13 13 15 16 20 27 35 38. 66 68. 69 73 75 75 80 80 80 81 82 83 83 86 86 87 87 88 90. VIII.

(11) Universidade do Porto – FADEUP. Figura 5.14. Figura 5.15. Figura 5.16. Figura 5.17. Figura 5.18. Figura 5.19. Figura 5.20. Figura 5.21. Figura 5.22. Figura 5.23. Figura 5.24. Figura 5.25. Figura 5.26. Figura 5.27. Figura 5.28. Figura 5.29. Figura 5.30. Figura 5.31. Figura 5.32. Figura 5.33. Figura 5.34. Figura 5.35. Figura 5.36. Figura 5.37. Figura 5.38. Figura 5.38. Figura 5.40. Figura 5.41. Figura 5.42. Figura 5.43.. Manuel Ramos. Padrão de conduta definitivo para a conduta critério IEp, tendo objecto a conduta estrutural – espaço. Padrão de conduta definitivo para a conduta critério IEp, tendo objecto a conduta contextual – Centro do Jogo. Padrão de conduta definitivo para a conduta critério IEp, tendo objecto a condutas contextual – Contexto Espacial de Interacção. Padrão (1) de conduta IIc eficaz Padrão (2) de conduta IIc eficaz Padrão de conduta definitivo para a conduta critério DTpcp, tendo objecto as condutas regulares – início, desenvolvimento e final. Padrão de conduta definitivo para a conduta critério DTpcp, tendo objecto a conduta estrutural – espaço. Padrão de conduta definitivo para a conduta critério DTpcp, tendo objecto a conduta contextual – Centro do Jogo. Padrão de conduta definitivo para a conduta critério DTpcp, tendo objecto a condutas contextual – Contexto Espacial de Interacção. Padrão de conduta definitivo para a conduta critério DTplp, tendo objecto a conduta estrutural – espaço. Padrão de conduta DTplp eficaz Padrão de conduta definitivo para a conduta critério DTplp, tendo objecto a conduta contextual – Centro do Jogo. Padrão de conduta definitivo para a conduta critério DTplp, tendo objecto a condutas contextual – Contexto Espacial de Interacção. Padrão de conduta definitivo para a conduta critério DTczp, tendo objecto as condutas regulares – início, desenvolvimento e final.. como 90 como 90 como 90 92 93 como 96 como 96 como 96 como 97 como 98 98 como 99 como 99 como 101 102. Padrão de conduta DTczp eficaz. Padrão de conduta definitivo para a conduta critério DTczp, tendo objecto a conduta estrutural – espaço. Padrão de conduta definitivo para a conduta critério DTczp, tendo objecto a conduta contextual – Centro do Jogo. Padrão de conduta definitivo para a conduta critério DTcd, tendo objecto as condutas regulares – início, desenvolvimento e final. Padrão de conduta definitivo para a conduta critério DTcd, tendo objecto a conduta estrutural – espaço. Padrão de conduta definitivo para a conduta critério DTcd, tendo objecto a conduta contextual – Centro do Jogo. Padrão de conduta definitivo para a conduta critério DTd, tendo objecto as condutas regulares – início, desenvolvimento e final. Padrão de conduta definitivo para a conduta critério DTd, tendo objecto a conduta estrutural – espaço. Padrão de conduta DTd eficaz Padrão de conduta definitivo para a conduta critério DTcd, tendo objecto a condutas contextual – Contexto Espacial de Interacção. Padrão de conduta definitivo para a conduta critério DTr, tendo objecto as condutas regulares – início, desenvolvimento e final. Padrão de conduta definitivo para a conduta critério DTr, tendo objecto a conduta estrutural – espaço. Padrão de conduta definitivo para a conduta critério DTr, tendo objecto a condutas contextual – Contexto Espacial de Interacção. Padrão de conduta definitivo para a conduta critério DPpcp, tendo objecto as condutas regulares – início, desenvolvimento e final. Padrão de conduta definitivo para a conduta critério DPpcp, tendo objecto a conduta estrutural – espaço. Padrão de conduta definitivo para a conduta critério DPplp, tendo. como 102 como 102 como 103 como 104 como 104 como 105 como 106 106 como 106 como 109 como 110 como 110 como 113 como como. 113 115. IX.

(12) Universidade do Porto – FADEUP. Figura 5.44. Figura 5.45. Figura 5.46. Figura 5.47. Figura 5.48. Figura 5.49. Figura 5.50. Figura 5.51. Figura 5.52. Figura 5.53. Figura 5.54. Figura 5.55. Figura 5.56. Figura 5.57. Figura 5.58. Figura 5.59. Figura 5.60. Figura 5.61. Figura 5.62. Figura 5.63. Figura 5.64. Figura 5.65. Figura 5.66.. Manuel Ramos. objecto as condutas regulares – início, desenvolvimento e final. Padrão de conduta definitivo para a conduta critério DPplp, tendo objecto a conduta estrutural – espaço. Padrão de conduta definitivo para a conduta critério DPczp, tendo objecto as condutas regulares – início, desenvolvimento e final. Padrão de conduta definitivo para a conduta critério DPczp, tendo objecto a conduta estrutural – espaço. Padrão de conduta definitivo para a conduta critério DPczp, tendo objecto a condutas contextual – Contexto Espacial de Interacção. Padrão de conduta DPczp Padrão de conduta definitivo para a conduta critério DPd, tendo objecto as condutas regulares – início, desenvolvimento e final. Padrão de conduta definitivo para a conduta critério DPd, tendo objecto a conduta contextual – Centro do Jogo. Padrão de conduta definitivo para a conduta critério DPd, tendo objecto a conduta estrutural – espaço. Padrão de conduta definitivo para a conduta critério Frf, tendo objecto as condutas regulares – início e desenvolvimento. Padrão de conduta definitivo para a conduta critério Frf, tendo objecto a condutas contextual – Contexto Espacial de Interacção. Padrão de conduta definitivo para a conduta critério Frd, tendo objecto as condutas regulares – início e desenvolvimento. Padrão de conduta definitivo para a conduta critério Frd, tendo objecto a conduta estrutural – espaço. Padrão de conduta definitivo para a conduta critério Frad, tendo objecto as condutas regulares – início e desenvolvimento. Padrão de conduta definitivo para a conduta critério Frad, tendo objecto a condutas contextual – Contexto Espacial de Interacção. Padrão de conduta definitivo para a conduta critério Frad, tendo objecto a conduta estrutural – espaço. Padrão de conduta Fgl eficaz Padrão de conduta definitivo para a conduta critério Fgl, tendo objecto a conduta estrutural – espaço. Padrão de conduta definitivo para a conduta critério Fgl, tendo objecto a condutas contextual – CEI. como 115 como 116 como 117 como 117 117 como 119 como 120 como 121 como 127 como 128 como 129 como 129 como 130 como 130 como 131 132 como 133 como. Padrão de conduta definitivo para a conduta critério Fbad, tendo como objecto as condutas regulares – início e desenvolvimento Padrão de conduta definitivo para a conduta critério Fbad, tendo como objecto a conduta contextual – CJ. Padrão de conduta definitivo para a conduta critério Fgrad, tendo como objecto as condutas regulares – início e desenvolvimento. Padrão de conduta definitivo para a conduta critério Fgrad, tendo como objecto as condutas regulares – início e desenvolvimento. Padrão de conduta definitivo para a conduta critério Ff, tendo como objecto a condutas contextual – CEI. 133 136 136 137 137 138. X.

(13) Universidade do Porto – FADEUP. ÍNDICE DE QUADROS Quadro 2.1. Quadro 2.2. Quadro 4.1. Quadro 4.2. Quadro 4.3. Quadro 4.4. Quadro 4.5. Quadro 4.6. Quadro 4.7. Quadro 4.8. Quadro 4.9. Quadro 4.10. Quadro 4.11.. Quadro 4.12.. Quadro 5.1.. Quadro 5.2.. Quadro 5.3.. Quadro 5.4.. Quadro 5.5.. Manuel Ramos. Resumo das vantagens da Análise de Jogo (adapt. Silva, 2006) Resumo das características de cada Método de Jogo Ofensivo, segundo vários autores e agrupadas em função das Macroestruturas Espaço, Tempo e Tarefa (Adaptado Morgado, 1999: 26) Amostra Observacional Comparação de instrumentos da metodologia observacional: SC e FC Critério 1 do Formato de Campo: Início da Fase Ofensiva (I) (Barreira, em preparação) Critério 2 do Formato de Campo: Desenvolvimento TEDA (DT) (Barreira, em preparação) Critério 3 Formato Campo: Desenvolvimento Posse de Bola (DP) (Barreira, em preparação) Critério 4 do Formato de Campo: Final da Fase Ofensiva (F) (Barreira, em preparação) Critério 5: Espacialização do Terreno de Jogo (Barreira, em preparação). Critério 6 (Sistema de Categorias): Centro do Jogo (Barreira, em preparação) Critério 6 (Sistema de Categorias): Centro do Jogo (Barreira, em preparação) Instrumento de Observação ad hoc: combinação formato de campo – sistema de categorias (Barreira, em preparação) Análise da qualidade de dados: resultados da fiabilidade para cada um dos critérios de formato de campo Sentidos retrospectivo, prospectivo e retrospectivo-prospectivo utilizadas para realizar a análise sequencial de retardos, tendo como condutas critério o catálogo de condutas que fazem parte das três fases do desenvolvimento da fase ofensiva (Inicio; Desenvolvimento e Final), e os critérios estruturais (espaço) e interaccionais (CJ e CEI). Frequências absolutas (FA) e relativas (FR) obtidas para as variáveis estudadas. Padrão de conduta ou “max lag” definitivo para a conduta critério de Início da Transição – Estado defesa/ataque por recuperação da posse de bola pelo guarda-redes (IEgr), tendo como condutas objecto: as regulares (desenvolvimento e final), as estruturais (espaço) e as contextuais (CJ e CEI). Padrão de conduta ou “max lag” definitivo para a conduta critério de Início da Transição – Estado defesa/ataque por recuperação da posse de bola por acção defensiva seguida de passe (IEp), tendo como condutas objecto: as regulares (desenvolvimento e final), as estruturais (espaço) e as contextuais (Centro do Jogo e Contexto Espacial de Interacção). Padrão de conduta ou “max lag” definitivo para a conduta critério de Início da Transição – Interfase Defesa/Ataque (II) por recuperação da posse de bola por infracção do adversário às leis do jogo (IIi), tendo como condutas objecto: as regulares (desenvolvimento e final), as estruturais (espaço) e as contextuais (Centro do Jogo e Contexto Espacial de Interacção). Padrão de conduta ou “max lag” definitivo para a conduta critério de Início da Transição – Interfase Defesa/Ataque (II) por recuperação da posse de bola por pontapé de canto a favor (IIc), tendo como condutas objecto: as regulares (desenvolvimento e final), as estruturais (espaço) e as contextuais (Centro do Jogo e Contexto Espacial de Interacção).. 6. 30 40 43 46 48 50 53 54 55 58 64 70. 77 79. 85. 89. 91. 92. XI.

(14) Universidade do Porto – FADEUP. Quadro 5.6.. Quadro 5.7.. Quadro 5.8.. Quadro 5.9.. Quadro 5.10.. Quadro 5.11.. Quadro 5.12.. Quadro 5.13.. Quadro 5.14.. Quadro 5.15.. Quadro 5.16.. Manuel Ramos. Padrão de conduta ou “max lag” definitivo para a conduta critério de Início da Transição – Interfase Defesa/Ataque (II) por recuperação da posse de bola por pontapé de baliza a favor (IIpb), tendo como condutas objecto: as regulares (desenvolvimento e final), as estruturais (espaço) e as contextuais (Centro do Jogo e Contexto Espacial de Interacção) Padrão de conduta ou “max lag” definitivo para a conduta critério de Desenvolvimento da Transição – Estado Defesa/Ataque (DT) por passe curto positivo (DTpcp), tendo como condutas objecto: as regulares (início, desenvolvimento e final), as estruturais (espaço) e as contextuais (CJ e CEI). Padrão de conduta ou “max lag” definitivo para a conduta critério de Desenvolvimento da Transição – Estado Defesa/Ataque (DT) por passe longo positivo (DTplp), tendo como condutas objecto: as regulares (início, desenvolvimento e final), as estruturais (espaço) e as contextuais (CJ e CEI). Padrão de conduta ou “max lag” definitivo para a conduta critério de Desenvolvimento da Transição – Estado Defesa/Ataque (DT) cruzamento positivo (DTczp), tendo como condutas objecto: as regulares (início, desenvolvimento e final), as estruturais (espaço) e as contextuais (CJ e CEI). Padrão de conduta ou “max lag” definitivo para a conduta critério de Desenvolvimento da Transição – Estado Defesa/Ataque (DT) por condução (DTcd), tendo como condutas objecto: as regulares (início, desenvolvimento e final), as estruturais (espaço) e as contextuais (CJ e CEI). Padrão de conduta ou “max lag” definitivo para a conduta critério de Desenvolvimento da Transição – Estado Defesa/Ataque (DT) por drible (1x1) (DTd), tendo como condutas objecto: as regulares (início, desenvolvimento e final), as estruturais (espaço) e as contextuais (CJ e CEI). Padrão de conduta ou “max lag” definitivo para a conduta critério de Desenvolvimento da Transição-Estado defesa/ataque (DT) por recepção/controle (DTrc), tendo como condutas objecto: as regulares (início, desenvolvimento e final), as estruturais (espaço) e as contextuais (CJ e CEI). Padrão de conduta ou “max lag” definitivo para a conduta critério de Desenvolvimento da Transição-Estado defesa/ataque (DT) por duelo (DTdu), tendo como condutas objecto: as regulares (início, desenvolvimento e final), as estruturais (espaço) e as contextuais (CJ e CEI). Padrão de conduta ou “max lag” definitivo para a conduta critério de Desenvolvimento da Transição-Estado defesa/ataque (DT) por remate (DTr), tendo como condutas objecto: as regulares (início, desenvolvimento e final), as estruturais (espaço) e as contextuais (CJ e CEI). Padrão de conduta ou “max lag” definitivo para a conduta critério de Desenvolvimento da Transição-Estado defesa/ataque (DT) por acção do guarda-redes da equipa em fase defensiva (DTgra), tendo como condutas objecto: as regulares (início, desenvolvimento e final), as estruturais (espaço) e as contextuais (Centro do Jogo e Contexto Espacial de Interacção). Padrão de conduta ou “max lag” definitivo para a conduta critério de Desenvolvimento da Posse de Bola (DP) por passe curto positivo (DPpcp), tendo como condutas objecto: as regulares (início, desenvolvimento e final), as estruturais (espaço) e as contextuais (CJ e CEI).. 94. 95. 97. 101. 103. 105. 107. 108. 109. 111. 112. XII.

(15) Universidade do Porto – FADEUP. Quadro 5.17.. Quadro 5.18.. Quadro 5.19.. Quadro 5.20.. Quadro 5.21.. Quadro 5.22.. Quadro 5.23.. Quadro 5.24.. Quadro 5.25.. Quadro 5.26.. Quadro 5.27.. Quadro 5.28.. Quadro 5.29.. Manuel Ramos. Padrão de conduta ou “max lag” definitivo para a conduta critério de Desenvolvimento da Posse de Bola (DP) por passe longo positivo (DPplp), tendo como condutas objecto: as regulares (início, desenvolvimento e final), as estruturais (espaço) e as contextuais (CJ e CEI). Padrão de conduta ou “max lag” definitivo para a conduta critério de Desenvolvimento da Posse de Bola (DP) por cruzamento positivo (DPczp), tendo como condutas objecto: as regulares (início, desenvolvimento e final), as estruturais (espaço) e as contextuais (CJ e CEI). Padrão de conduta ou “max lag” definitivo para a conduta critério de Desenvolvimento da Posse de Bola (DP) por condução (DPcd), tendo como condutas objecto: as regulares (início, desenvolvimento e final), as estruturais (espaço) e as contextuais (CJ e CEI). Padrão de conduta ou “max lag” definitivo para a conduta critério de Desenvolvimento da Posse de Bola (DP) por drible (1x1) (DPd), tendo como condutas objecto: as regulares (início, desenvolvimento e final), as estruturais (espaço) e as contextuais (CJ e CEI). Padrão de conduta ou “max lag” definitivo para a conduta critério de Desenvolvimento da Posse de Bola (DP) por recepção/controle (DPrc), tendo como condutas objecto: as regulares (início, desenvolvimento e final), as estruturais (espaço) e as contextuais (CJ e CEI). Padrão de conduta ou “max lag” definitivo para a conduta critério de Desenvolvimento da Posse de Bola (DP) por duelo (DPdu), tendo como condutas objecto: as regulares (início, desenvolvimento e final), as estruturais (espaço) e as contextuais (Centro do Jogo e Contexto Espacial de Interacção). Padrão de conduta ou “max lag” definitivo para a conduta critério de Desenvolvimento da Posse de Bola (DP) por remate (DPr), tendo como condutas objecto: as regulares (início, desenvolvimento e final), as estruturais (espaço) e as contextuais (Centro do Jogo e Contexto Espacial de Interacção). Padrão de conduta ou “max lag” definitivo para a conduta critério de Desenvolvimento da Posse de Bola (DP) por acção do guarda-redes da equipa em fase ofensiva (DPgro), tendo como condutas objecto: as regulares (início, desenvolvimento e final), as estruturais (espaço) e as contextuais (CJ e CEI). Padrão de conduta ou “max lag” definitivo para a conduta critério de Desenvolvimento da Posse de Bola (DP) por infracção do adversário às leis do jogo (DPi), tendo como condutas objecto: as regulares (início, desenvolvimento e final), as estruturais (espaço) e as contextuais (CJ e CEI). Padrão de conduta ou “max lag” definitivo para a conduta critério de Final da Fase Ofensiva (F) por remate para fora (Frf), tendo como condutas objecto: as regulares (início e desenvolvimento), as estruturais (espaço) e as contextuais (CJ e CEI). Padrão de conduta ou “max lag” definitivo para a conduta critério de Final da Fase Ofensiva (F) por remate dentro (Frd), tendo como condutas objecto: as regulares (início e desenvolvimento), as estruturais (espaço) e as contextuais (CJ e CEI). Padrão de conduta ou “max lag” definitivo para a conduta critério de Final da Fase Ofensiva (F) por remate contra o adv. sem continuidade da posse de bola (Frad), tendo como condutas objecto: as regulares (início e desenvolvimento), as estruturais (espaço) e as contextuais (CJ e CEI). Padrão de conduta ou “max lag” definitivo para a conduta critério de Final da Fase Ofensiva (F) por remate com obtenção de golo (Fgl), tendo. 115. 116. 118. 119. 122. 122. 123. 124. 125. 127. 128. 130 132. XIII.

(16) Universidade do Porto – FADEUP. Quadro 5.30.. Quadro 5.31.. Quadro 5.32.. Manuel Ramos. como condutas objecto: as regulares (início e desenvolvimento), as estruturais (espaço) e as contextuais (CJ e CEI). Padrão de conduta ou “max lag” definitivo para a conduta critério de Final da Fase Ofensiva (F) por perda da posse de bola por erro do portador da bola e/ou acção do adversário (com excepção do Gr) (Fbad), tendo como condutas objecto: as regulares (início e desenvolvimento), as estruturais (espaço) e as contextuais (Centro do Jogo e Contexto Espacial de Interacção). Padrão de conduta ou “max lag” definitivo para a conduta critério de Final da Fase Ofensiva (F) por perda da posse de bola por erro do portador da bola com acção do guarda-redes adversário (Fgrad), tendo como condutas objecto: as regulares (início e desenvolvimento), as estruturais (espaço) e as contextuais (Centro do Jogo e Contexto Espacial de Interacção). Padrão de conduta ou “max lag” definitivo para a conduta critério de Final da Fase Ofensiva (F) por lançamento para fora (Ff), tendo como condutas objecto: as regulares (início e desenvolvimento), as estruturais (espaço) e as contextuais (CJ e CEI).. 135. 136. 138. XIV.

(17) Universidade do Porto – FADEUP. RESUMO Actualmente, o grau competitivo alcançado pelo Futebol profissional tem exigido níveis de performance cada vez mais elevados. Neste sentido, o desempenho das equipas em treino, mas sobretudo em competição, tem sido analisado ao pormenor. Uma das formas que vem sendo utilizada para monitorizar e conhecer a performance em Futebol é a análise do jogo, sobretudo através da metodologia observacional em geral e a análise sequencial em particular. É finalidade primeira do Futebol a obtenção de golo na baliza adversária, sendo objectivo do presente estudo identificar os padrões de conduta ofensivos que, com maior probabilidade, configuram Métodos/Estilos de Jogo da Selecção Nacional de Futebol da Espanha, que conduziram à sua eficácia ofensiva no Euro 2008. Para esse efeito, foram identificados os critérios e as respectivas condutas, que constituem o instrumento de observação ad hoc utilizado (Barreira, em preparação), a partir da metodologia observacional. Na presente investigação registaram-se um total de 19178 comportamentos, que perfazem 5208 multieventos inerentes à fase ofensiva da Espanha, resultantes dos cinco jogos observados. Para o tratamento e análise dos dados recolhidos, recorreu-se ao Software SDISGSEQ. de Bakeman & Quera (1996), devido à sua especificidade na análise de eventos. múltiplos. Os dados foram submetidos a uma análise descritiva e a uma análise sequencial (retardos ou transições), possibilitando esta última verificar a probabilidade de existência de relações de excitação ou inibição significativas entre as diferentes categorias do instrumento de observação, assim como a força de coesão existente entre a conduta critério e as objecto. A análise dos resultados permitiu estimar padrões comportamentais da Fase Ofensiva da Selecção da Espanha, que firmam as seguintes conclusões: (1) os padrões de conduta encontrados caracterizam-se por indicadores de ataque de curta e de longa duração e por estilos de jogo directo e indirecto, respectivamente; (2) a eficácia ofensiva, no que concerne à execução do remate é favorecida pela adopção de um método ofensivo “misto”, uma vez que a Espanha privilegia, em zonas recuadas, o ataque posicional, utilizando o corredor central através dos seus médios para uma circulação de bola segura e calma, até que o adversário se desorganize defensivamente, acelerando nesse momento o jogo através dos corredores laterais, utilizando habitualmente o cruzamento para criar situações de finalização; (3) a obtenção de golo advém, com maior probabilidade, de um estilo de jogo directo e de um ataque de curta duração, isto é, de ataque rápido ou de contra-ataque. Não obstante a Espanha privilegiar a posse de bola durante a fase de construção do ataque, a obtenção de golo está fortemente relacionada com um jogo em progressão longitudinal desde o SD até ao SO, e com a preferencial utilização do passe longo em TEDA; (4) as condutas que se encontram mais fortemente associadas à obtenção de golo são as que pressupõem um maior risco, nomeadamente, o drible, a condução de bola e o passe longo, enquanto o remate é activado pelo cruzamento positivo desde zonas laterais do sector ofensivo. Palavras-Chave: FASE OFENSIVA; PADRÕES DE JOGO; METODOLOGIA OBSERVACIONAL; FUTEBOL; ORGANIZAÇÃO TÁCTICA; SELECÇÃO DE ESPANHA.. Manuel Ramos. XV.

(18) Universidade do Porto – FADEUP. Manuel Ramos. XVI.

(19) Universidade do Porto – FADEUP. LISTA DE ABREVIATURAS / LEGENDA ABREVIATURA FA MJO EJ JDC TDA TAD TEDA TIDA FC SC EObs Adv Tj gr RPB PB CJ SP P CC CO FA FR. IEi IEd IEgr IEp IIcg IIi IIc IIpb IIbs IILL DTpcp DTpcn DTplp DTpln DTczp DTczn DTcd DTd. Manuel Ramos. DESCRIÇÃO Fase Ofensiva Método de jogo ofensivo Estilo de jogo Jogo desportivo colectivo Transição Defesa/Ataque Transição Ataque/Defesa Transição – Estado defesa/ataque Transição – Interfase defesa/ataque Formato de Campo Sistema de Categorias Equipa Observada Adversário da equipa observada Tempo de jogo Guarda-redes Recuperação da Posse de Bola Posse de bola Centro do Jogo Sem Pressão Pressão Conduta Critério Conduto Objecto Frequência absoluta Frequência relativa LEGENDA Recuperação da posse de bola por intercepção Recuperação da posse de bola por desarme Recuperação da posse de bola por acção do guarda-redes em Fase Defensiva Recuperação da posse de bola por acção defensiva seguida de passe Inicio / reinício da Fase Ofensiva por começo/recomeço do jogo Recuperação da posse de bola por infracção do adversário às leis de jogo Recuperação da posse de bola por pontapé de canto a favor Recuperação da posse de bola por pontapé de baliza a favor Recuperação da posse de bola por bola ao solo RECUPERAÇÃO DA POSSE DE BOLA POR LANÇAMENTO DE LINHA LATERAL A FAVOR Desenvolvimento da Transição-Estado defesa/ataque por passe curto positivo Desenvolvimento da Transição-Estado defesa/ataque por passe curto negativo Desenvolvimento da Transição-Estado defesa/ataque por passe longo positivo Desenvolvimento da Transição-Estado defesa/ataque por passe longo negativo Desenvolvimento da Transição-Estado defesa/ataque por cruzamento positivo Desenvolvimento da Transição-Estado defesa/ataque por cruzamento negativo Desenvolvimento da Transição-Estado defesa/ataque por condução Desenvolvimento da Transição-Estado defesa/ataque por drible (1x1). XVII.

(20) Universidade do Porto – FADEUP. DTrc DTdu DTr DTse DTgro DTgra DPpcp DPpcn DPplp DPpln DPczp DPczn DPcd DPd DPrc DPdu DPr DPse DPgro DPgra DPi DPc DPpb DPbs DPLL Frf Frd Frad Fgl Fbad Fgrad Ff Fi 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12. Manuel Ramos. Desenvolvimento da Transição-Estado defesa – ataque por recepção /controle Desenvolvimento da Transição-Estado defesa – ataque por duelo Desenvolvimento da Transição-Estado defesa – ataque por remate Desenvolvimento da Transição-Estado defesa – ataque com intervenção do adversário sem êxito Desenvolvimento da TEDA por acção do guarda-redes da equipa em fase ofensiva Desenvolvimento da TEDA por acção do guarda-redes da equipa em fase defensiva Desenvolvimento da Posse de Bola por passe curto positivo Desenvolvimento da Posse de Bola por passe curto negativo Desenvolvimento da Posse de Bola por passe longo positivo Desenvolvimento da Posse de Bola por passe longo negativo Desenvolvimento da Posse de Bola por cruzamento positivo Desenvolvimento da Posse de Bola por cruzamento negativo Desenvolvimento da posse de bola por condução Desenvolvimento da posse de bola por drible (1x1) Desenvolvimento da posse de bola por recepção /controle Desenvolvimento da posse de bola por duelo Desenvolvimento da posse de bola por remate Desenvolvimento da posse de bola com intervenção do adversário sem êxito Desenvolvimento da posse de bola por acção do guarda-redes da equipa em fase ofensiva Desenvolvimento da posse de bola por acção do guarda-redes da equipa em fase defensiva Desenvolvimento da posse de bola Por infracção do adversário às leis de jogo Desenvolvimento da posse de bola por pontapé de canto a favor Desenvolvimento da posse de bola por pontapé de baliza a favor Desenvolvimento da posse de bola por bola ao solo Desenvolvimento da posse de bola por lançamento de linha lateral a favor Remate fora Remate dentro Remate contra adversário sem continuidade da posse de bola Remate com obtenção de golo Perda da posse de bola por erro do portador da bola / acção do adversário (excepção para o gr) Perda da posse de bola por erro do portador da bola, com acção do gr adversário Lançamento para fora Infracção às leis de jogo Zona 1 do campograma Zona 2 do campograma Zona 3 do campograma Zona 4 do campograma Zona 5 do campograma Zona 6 do campograma Zona 7 do campograma Zona 8 do campograma Zona 9 do campograma Zona 10 do campograma Zona 11 do campograma Zona 12 do campograma. XVIII.

(21) Universidade do Porto – FADEUP. Pr Pa Pi SPi SPr SPa VAD ATAD ATM ATE MAD MM MAT ADM ADAT EAT ADV. R. Inferioridade numérica relativa no Centro do Jogo Inferioridade numérica absoluta no Centro do Jogo Igualdade numérica pressionada no Centro do Jogo Igualdade numérica não pressionada no Centro do Jogo Superioridade numérica relativa no Centro do Jogo Superioridade numérica absoluta no Centro do Jogo A bola encontra-se em posse do guarda-redes (zona vazia) da equipa em fase ofensiva e a zona adiantada da equipa adversária. A bola encontra-se entre a zona atrasada da equipa em fase ofensiva e a zona adiantada da equipa adversária. A bola encontra-se entre a zona atrasada da equipa em fase ofensiva e a zona média da equipa adversária. A bola encontra-se entre a zona atrasada da equipa em fase ofensiva e a zona exterior da equipa adversária. A bola encontra-se entre a zona média da equipa em fase ofensiva e a zona adiantada da equipa adversária. A bola encontra-se entre a zona média da equipa em fase ofensiva e a zona média da equipa adversária. A bola encontra-se entre a zona média da equipa em fase ofensiva e a zona atrasada da equipa adversária. A bola encontra-se entre a zona a adiantada da equipa em fase ofensiva e a zona média da equipa adversária. A bola encontra-se entre a zona adiantada da equipa em fase ofensiva e a zona atrasada da equipa adversária. A bola encontra-se entre a zona exterior da zona adiantada da equipa em fase ofensiva e a zona atrasada da equipa adversária. A bola encontra-se entre a zona adiantada da equipa em fase ofensiva e a zona vazia da equipa adversária.. Jogador em posse de bola Jogador adversário Bola Passe (curto ou longo) Drible Deslocamento do colega do portador de bola Condução de bola Remate à baliza adversária Retardo Retardo vazio Linha atrasada da equipa em Fase Defensiva. Nota: Quando após uma conduta (retardo) apenas surge o desenho da bola e não surge a representação gráfica do jogador, como é o caso de R2 da Figura 5.14., significa que é o mesmo jogador da conduta precedente que realiza a conduta ou retardo em questão.. Manuel Ramos. XIX.

(22) Universidade do Porto – FADEUP. Manuel Ramos. XX.

(23) Universidade do Porto – FADEUP. Capítulo 1. INTRODUÇÃO.

(24)

(25) Universidade do Porto – FADEUP. 1. INTRODUÇÃO 1.1. PERTINÊNCIA E ÂMBITO DO ESTUDO Em 1981, Desmond Morris conta no seu livro “A tribo do Futebol”, que de todos os acontecimentos da história humana aquele que havia atraído maior audiência até à data não havia sido um acontecimento político nem uma celebração especial, mas sim um jogo de Futebol. No mesmo ano, relata também que em 1978 mais de mil milhões de pessoas assistiram à final do Campeonato do Mundo que opôs a Argentina à Holanda. Verifica-se, assim, que o jogo de Futebol se converteu no entretenimento preferido e mais popular nos cinco continentes do mundo (Castellano Paulis, 2000).. Contudo, não se trata apenas de um jogo de natureza recreativa, é sobretudo um desporto profissional, que move interesses vários (Ali, 1988), sendo a sua importância reflectida na crescente investigação científica na área das Ciências do Desporto (Joyce, 2002). Treinadores e investigadores vêm percebendo que é necessário reduzir a fronteira do desconhecido, já que uma decisão errada devido a um conhecimento superficial ou desconhecimento de conteúdo pode significar a derrota (Oliveira, 1993) e/ou o insucesso. Neste contexto, o estudo do jogo de Futebol, no que diz respeito à sua lógica interna e respectivos princípios, parece ser fundamental pois estes afiguram-se como importantes factores que implicam fortemente os planos do ensino, do treino e do controlo da prestação dos jogadores e das equipas (Garganta & Gréhaigne, 1999). Em suma, procura-se averiguar e entender os factores que permitem aos atletas e equipas alcançar melhores níveis de performance (Mendes & Janeira, 1998).. O Futebol é entendido como um jogo em que a eficiência e a eficácia dos jogadores e das equipas dependem em larga medida das competências táctico –. estratégicas. que. devem. ser. investigadas. e. suportadas. numa. interdisciplinariedade de conhecimentos aplicáveis (Barreira, 2006). Castellano Paulis (2000) acrescenta que a interligação entre aspectos físicos e fisiológicos do jogador com os aspectos tácticos e estratégicos contextualizados do jogo deve ser optimizado. Corroboramos Garganta (2002) quando refere que o. Manuel Ramos. 3.

(26) Universidade do Porto – FADEUP. primeiro problema que se coloca no Futebol é de natureza táctica. Assim, para serem dadas respostas efectivas às inevitáveis situações de final aberto que emanam do jogo, são reclamadas aos jogadores inteligência e desenvoltura táctico-técnica, perceptiva e informacional (idem, 2002).. Jamais se pode esquecer que a essência primeira dos Jogos Desportivos Colectivos é a disputa, entre dois grupos de pessoas (interacção), de uma série de objectivos, suportada por um regulamento determinado. Tal como a relação entre o indivíduo e o grupo é comandada por um duplo princípio de cooperação-solidariedade, por um lado, e de competição-antagonismo, por outro (Morin, 1973; cit. Silva, 2004), também o jogo de Futebol obedece a este duplo princípio. Assim, observa-se na concepção do Futebol enquanto Jogo Desportivo Colectivo, relações de cooperação e de oposição que medem forças para ser conseguida a obtenção de desequilíbrios na relação ataque/defesa do sistema inicial do jogo. Para tal, activa-se um emaranhando de acções individuais que se devem traduzir em benefício colectivo, desenvolvendo-se actuações criativas e de cooperação (Garganta, 2001b).. Posto isto, o Futebol acontece em contextos de grande complexidade e imprevisibilidade. Concordamos com Barreira (2006) quando refere que o jogo de Futebol deve ser analisado a partir de processos investigacionais rigorosos e imparciais, e apenas vendo os seus temas abordados com critério e consciência, poderá evoluir e atingir patamares de entendimento superiores.. Perseguindo o acima referido e objectivando-se o estudo da fase ofensiva em Futebol, utilizando-se o modelo de organização da dinâmica proposto por Barreira (2006), utilizar-se-á no presente trabalho a Metodologia observacional a partir da técnica de Análise Sequencial, por se ter vindo a apresentar como um modelo de análise pertinente e inovador, que tem ajudado a perceber melhor as relações de condutas e de comportamentos de jogadores e equipas nos Jogos Desportivos Colectivos e em particular no Futebol, como revelam os trabalhos de Castellano Paulis (2000), Silva (2004), Lopes (2007), entre outros.. Manuel Ramos. 4.

(27) Universidade do Porto – FADEUP. A Metodologia observacional permite uma análise quali-quantitativa, não só quantificando mas, essencialmente, qualificando o comportamento espontâneo no contexto natural em que a(s) conduta(s) ocorre(m), conferindo sentido probabilístico de ocorrência sequencial aos dados. Neste pressuposto, procurase estudar como as equipas em confronto, face a constrangimentos estruturais como o espaço de jogo e contextuais como a interacção no Centro do Jogo (CJ) e a Configuração Espacial de Interacção das equipas (CEI), tendem a influir a adopção de padrões de jogo ofensivos que, assentando em comportamentos individuais e colectivos, conseguem conduzir a uma fase ofensiva eficaz. Pensamos que esta tarefa é fundamental pois acreditamos que as exigências do jogo de Futebol do futuro serão ainda maiores (Mombaerts, 2000). Deste modo, é sobremaneira importante encontrar indicadores de qualidade de jogo de alto nível que permitam sistematizar os conteúdos e delinear metodologias adequadas aos processos de ensino e de treino do Futebol (Barreira, 2006).. Entendendo-se uma equipa de Futebol como uma rede viva (Capra, 2002), ela cria ou recria-se a si mesma continuamente mediante a transformação ou a substituição dos seus componentes. Desta maneira, sofre mudanças estruturais contínuas ao mesmo tempo que preservam os seus padrões de organização, que se assemelham a teias. Uma equipa de Futebol deve ser um sistema aberto capaz de se desenvolver e evoluir constantemente na direcção da novidade, no entanto, sem nunca perder de vista o seu conjunto de princípios de referência, que estão na base da sua existência. Porquanto, este estudo pretende perceber indicadores de ordem no aparente caos. Ou seja, como refere Silva (2004) descobrir um carácter de regularidade e de probabilidade de determinadas condutas relativamente a outras, que ultrapasse o mero conceito de sorte ou acaso, e a partir daí configurar padrões conducturais que permitam determinar sequências da acção do jogo de Futebol em geral e do processo ofensivo em particular.. Manuel Ramos. 5.

(28) Universidade do Porto – FADEUP. As estatísticas das grandes competições de Futebol, tanto de selecções como de clubes, mostram que tem havido um decréscimo significativo do número total de golos por competição (Castellano Paulis, 2009). Esta é uma tendência que vem sendo notada há algumas décadas e é explicada, em grande parte, como refere Barreira (2006), pelo maior equilíbrio táctico-estratégico entre as equipas e entre os jogadores em confronto, repercutindo-se na dificuldade de obtenção de espaço e de tempo para poder decidir e romper com a predominante igualdade, a principal inibidora da rota do golo e da vitória.. Cientes desta realidade, decidimos debruçar o nosso trabalho sobre a fase ofensiva em Futebol, para tentar perceber quais os factores ofensivos que estão inerentes ao golo e, só assim, à possibilidade de vitória. Com a procura de máxima objectividade, assume-se a fase ofensiva como uma etapa definida por um início, um desenvolvimento e um fim rigorosamente delimitados. Com base no modelo de segmentação do fluxo conductural da acção de jogo de Futebol, proposto por Castellano Paulis (2000), podemos inferir que esta fase é composta por três etapas: (1) início da posse de bola; (2) desenvolvimento da posse de bola; (3) final da posse de bola. Porém, pretendemos ainda acrescentar a este modelo, as noções de transição. Jones et al. (2004) sustenta que as tendências evolutivas do nível de rendimento internacional revelam que os processos de transição decidem frequentemente as partidas. Assim, trazemos para este estudo os conceitos de Transição-Estado defesa/ataque e de Transição-Interfase defesa/ataque, propostos por Barreira (2006), no sentido de ser possível construir um modelo que permita estudar a fase ofensiva do jogo de Futebol em toda a sua abrangência.. Para a presente investigação seleccionaram-se como amostra cinco jogos da Selecção nacional de Futebol de Espanha no Campeonato da Europa de 2008 (n=5), actual campeã Europeia. Pretende-se, assim, indagar sobre os factores ofensivos que parecem conduzir a uma organização e dinâmica em termos do fluxo acontecimental possivelmente capaz de originar resultados muito positivos.. Manuel Ramos. 6.

(29) Universidade do Porto – FADEUP. 1.2. ESTRUTURA DO TRABALHO Como refere Barreira (2006: 9), “uma dissertação de carácter académico e científico exige, desde logo, um método que a conduza à coerência dos seus componentes”. Desta forma, organizar-se-á o presente trabalho em nove capítulos para lhe atribuir pressupostos organizativos que induzam um processo coerente e congruente, que convirja num produto final com qualidade: ƒ O primeiro capítulo – Introdução – reflecte o “quadro de fundamentações e de operações” (idem, 2006: 9) em que se baseia todo o estudo. Tratase de indagar o estado actual do conhecimento do tema em estudo, bem como em que pressupostos metodológicos assenta a resolução do problema delineado, assim como a concretização dos objectivos propostos. ƒ No capítulo dois efectuar-se-á a Revisão da Literatura, onde, através do conhecimento. declarado. de. vários. autores,. se. enquadra. conceptualmente o estudo. Visto este pressupor a utilização de um instrumento ad hoc, no nosso caso, já construído (Barreira, em preparação), o presente capítulo constituir-se-á como uma base de sustentabilidade de conhecimentos e de apoio aos procedimentos metodológicos. ƒ No terceiro capítulo é tornado claro o Problema do estudo, os Objectivos propostos, bem como as Hipóteses formuladas para o mesmo. ƒ O quarto ponto deste trabalho trata da Metodologia, sendo apresentados com pormenor os aspectos basilares para a compreensão da metodologia observacional e da técnica de análise sequencial, direccionando-os para o nosso estudo. Ponto importante deste capitulo é a. proposta. conceptometodológica. da. fase. ofensiva. para. esta. investigação, assim como o instrumento ad hoc utilizado para a observação e registo das sequencias comportamentais. Como no estudo de Barreira (2006), são ainda aflorados os procedimentos de observação. Manuel Ramos. 7.

(30) Universidade do Porto – FADEUP. e de registo e, por fim, as características do processamento dos dados inerentes à técnica de análise sequencial. ƒ Segue-se o quinto capítulo - Análise e Discussão dos resultados -, que assume especial destaque numa investigação deste carácter, pois são aqui analisados os outputs alcançados pelos processos de recolha, observação, registo e análise dos dados da amostra. Utilizar-se-á, para a análise, a técnica descritiva, embora se dê primazia à análise sequencial através do software SDIS-GSEQ. de Bakeman & Quera. (1996; actualizado em http://www.ub.e/comporta/sg.htm) ƒ. As conclusões constituem-se como o sexto capítulo, sendo neste ponto sintetizada a análise dos resultados, de forma a dar resposta ao problema, objectivos e hipóteses formuladas no capítulo três.. ƒ As Considerações Finais, sétimo capítulo, assume-se como o lugar privilegiado para se relacionar o jogo de Futebol com os resultados obtidos, existindo lugar para uma reflexão, interpretação e expressão mais livres e concorrentes com a realidade. Assim, presume-se maior atenção à aplicabilidade dos resultados nos processos de ensino e de treino, para que exista o transfere da teoria para a prática. ƒ O oitavo capítulo presume a divulgação de ideias para investigações com carácter convergente com o aumento do conhecimento com qualidade - Sugestões para futuros estudos -. Este ponto é de todo pertinente uma vez que a quantidade de dados extraída pelo software de registo, através das suas possibilidades, permitiu o surgimento de ideias ao longo do processo de elaboração do trabalho ƒ Por fim, no capítulo nove surgem as Referências Bibliográficas, as quais constituem a base teórica em que se sustenta a realização do presente estudo.. Manuel Ramos. 8.

(31) Capítulo 2. REVISÃO DA LITERATURA.

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(33) Universidade do Porto – FADEUP. 2. REVISÃO DA LITERATURA Uma característica essencial dos desportos de equipa é a constante situação de inter-relação entre as condutas de colaboração que se estabelecem entre os elementos da mesma equipa para conseguir os seus objectivos, e as condutas de oposição que se desenrolam para evitar que a equipa contrária alcance os seus (Alcalde, 2000).. O jogo de Futebol, enquanto Jogo Desportivo Colectivo (JDC), caracteriza-se por uma simultânea e permanente relação de forças que, a cada momento, induz uma dinâmica relacional colectiva que suscita aos jogadores a realização de julgamentos e a tomada de decisões (Barreira, 2006). Conclui-se, facilmente, que se trata de um desporto cuja complexidade radica fundamentalmente na existência de múltiplas fontes de incerteza, que têm origem tanto nos dez companheiros do portador da bola, como nos onze adversários. Estes assumem-se como os verdadeiros actores (Oliveira, 2001), que continuamente recebem informação e elaboram respostas em função da situação, o que significa que existe uma contínua comunicação em toda e qualquer situação de jogo (Cervera & Malavés, 2001).. É comum afirmar-se que o rendimento competitivo no jogo de Futebol é multidimensional por serem vários os factores que concorrem para a sua efectivação (Garganta et al., 2002). Aliás, parece-nos que qualquer conceito táctico individual ou colectivo só pode ser concretizado através de um bom suporte técnico, físico e mental. Assim, a permanente interacção das várias dimensões. do. rendimento. (energético. -. funcional,. antropométrica,. psicológica/social, técnica, táctica, entre outras), com o acaso1 (Garganta & Cunha e Silva, 2000) e com variáveis caóticas2 (Werner, 1995) parecem fundamentar a construção do jogo (processo) e do sequente produto.. 1. O Acaso é designado por «sorte» quando nos é favorável e por «azar» quando nos é desfavorável (Eigen & Winkler, 1989; cit. Garganta e Cunha e Silva, 2000). 2 Variáveis Caóticas são as circunstâncias através das quais se pode atingir o objectivo (golo) de forma não planificada, casual ou imprevisível (Werner, 1995).. Manuel Ramos. 11.

(34) Universidade do Porto – FADEUP. Caracterizando-se o jogo de Futebol por habilidades abertas e de regulação externa, que lhe conferem características incertas, variáveis e imprevisíveis (Contreras & Pino Ortega, 2000), um comportamento competitivo adequado requer do jogador uma perfeita visão e percepção tácticas. Corroboramos Faina et al. (1987), citado por Silva (2004), quando refere que os jogos de equipa são modalidades onde a componente orgânico-funcional é complexa e sempre dependente da componente táctico-técnica. O enfoque táctico parece então ser o que mais se aproxima de uma abordagem conceptometodológica, estruturada e estruturante do jogo (Garganta, 1997; Gréhaigne, 2001), sendo esta faceta, enquanto dimensão unificadora, que dá sentido e lógica a todas as outras (Queiroz, 1983, 1986; Teodorescu, 1984; Castelo, 1994, 1996; Garganta, 1997; Gréhaigne, 2001; Mombaerts, 2000; Guilherme Oliveira, 2004), condicionando a prestação dos jogadores e das equipas de Futebol.. Contudo, muita da investigação realizada no Futebol foi, e continua a ser, orientada para a descrição e explicação de aspectos relacionados com parâmetros de ordem física e fisiológica, menorizando-se, por outro lado, aspectos relativos à acção de jogo em geral e à táctica em particular (Silva, 2004). Segundo Garganta et al. (2002), este facto pode dever-se à dificuldade que o seu estudo envolve do ponto de vista científico. Não obstante, os investigadores multiplicando. têm as. procurado linhas. de. melhorar investigação. e. ampliar que,. o. conhecimento,. utilizando. processos. metodológicos divergentes, tentam compreender a lógica que governa o jogo de Futebol (Barreira, 2006).. Manuel Ramos. 12.

(35) Universidade do Porto – FADEUP. 2.1. ENFOQUE TÁCTICO DO JOGO DE FUTEBOL O entendimento da noção de táctica tem sido debatido sobre diferentes perspectivas. De entre as várias, descobre-se que a táctica decorre de objectivos: imediatos da acção de jogo quando tomados isoladamente; de médio e longo prazo quando referentes à vitória na competição. Exprime-se por comportamentos observáveis, formadores e constituintes do fluxo de jogo, desenvolvidos por um saber fazer individual alicerçado e/ou construtor de um saber fazer colectivo, que pressupõe informação e conhecimento dos jogadores que cooperam e se opõem.. A táctica apresenta uma “dimensão espaço – temporal de realização, traduzida quer pela sua subordinação à estratégia, quer pela delimitação ou constrangimentos espaço – temporais da acção de jogo” (Letzelter, 1978; Zerhouni, 1980; LaRose, 1992; Duricek, 1985; Moreno, 1993; Mercier & Cross, s.d.; cit. Garganta & Oliveira, 1996: 15), sendo também observáveis os níveis de relação intra-equipa, onde coexistem a táctica individual, de grupo e colectiva (Zech, 1977; Zerhouni, 1980; cit. Garganta & Oliveira, 1996). Os mesmos autores (1996) reforçam que o desenvolvimento de comportamentos tácticos é condicionado por diversos constrangimentos, como são os de carácter psíquico, condicional e de perícia motora.. Castelo (1994) acrescenta que táctica não significa apenas uma organização em função do espaço de jogo e das missões específicas dos jogadores. Pressupõem a existência de uma concepção unitária, através da qual é permitida a existência de uma linguagem comum essencial para se comunicar numa equipa. Para que isso aconteça, deverá existir uma base de acção idêntica assente em princípios operacionais, para que, ante situações idênticas, os jogadores assumam decisões convergentes e complementares, que permitem unificar pautas comportamentais, capazes de por meio de uma acção final integrada, operarem de forma vantajosa relativamente à oposição efectuada (Barreira, 2006).. Manuel Ramos. 13.

(36) Universidade do Porto – FADEUP. 2.1.1. Táctica individual e Táctica colectiva: convergência para um saber táctico colectivo O jogador, entendido como o conteúdo e agente da táctica, deve tentar, individualmente mas em proveito do colectivo, percepcionar a situação envolvente e relacioná-la com a própria actividade, orientando as suas acções no campo de jogo (idem, 2006). É através da potenciação da actuação dos jogadores no seio de uma equipa, em interacção com a adversária, que são permanentemente construídas a diversidade e a singularidade do fluxo acontecimental do jogo (Júlio & Araújo, 2005), tendo como objectivo que o seu desenvolvimento possa confluir na marcação de golos na baliza adversária e no seu evitamento relativamente à própria baliza (Castelo, 1996). Romão (2002) conclui que é imprescindível que cada jogador, dentro da equipa, tenha relação com todos os outros elementos, e conheça o papel que os outros desempenham, para que a sua própria função possua um sentido e uma ordem, assumindo-se este pressuposto no conceito de “outro generalizado” proposto por Sánchez Bañuelos (2000), que significa numa equipa as relações entre o indivíduo e o seu grupo, em prol de um projecto colectivo.. Defende-se, por conseguinte, que a forma mais eficaz de atingir os objectivos do jogo de Futebol passa pela optimização de um saber táctico colectivo, entendido como o conjunto de conhecimentos existentes nos jogadores que permitem que estes se orientem prioritariamente para certas sequências de acção em detrimento de outras (Araújo, 1998). Isto é, em função da situação de jogo, devem ser utilizados pelo jogador comportamentos adequados que se identifiquem com a linguagem comum do colectivo, evidenciando uma intenção táctica anteriormente estabelecida (idem, 1998). Deduz-se, assim, que um saber táctico colectivo só pode existir quando nos elementos da mesma equipa se denota uma táctica individual consolidada, conceito definido por Teodorescu (1984) como todas as acções individuais que um jogador realiza para resolver eficazmente as situações de jogo.. Manuel Ramos. 14.

(37) Universidade do Porto – FADEUP. Sustenta-se que são os jogadores quem concretiza a organização racional do jogo, sendo que qualidade desta organização é traduzida pelas interacções por eles produzidas no momento da aplicação da táctica. Enquadra-se aqui a teoria desenvolvida pelos psicólogos alemães Max Wertheimer, Wolfgang Köhler e Kurt Koffka nos princípios do século XX, que aponta ao todo como mais do que a simples soma de suas partes. Deduz-se, portanto, que “cada jogador deve ser um estratego capacitado para integrar as suas soluções tácticas individuais no projecto colectivo e vice-versa” (Garganta & Oliveira, 1996: 20), sendo o elo de ligação entre os jogadores – interacção - o responsável pela “mais qualquer coisa que a totalidade dos elementos” (Pinto, 1996: 54) responsável pela maximização do rendimento. Em suma, a dominante táctica que o jogo de Futebol envereda faz emergir a interacção como o eixo da sua dinâmica, derivando daqui a ideia de padrão(ões) de jogo colectivo(s) observável(eis) e identificável(eis) no terreno de jogo a partir de comportamentos individualmente colectivos.. O jogo de Futebol assume então diversas cambiantes, que actualmente são estudadas numa multiplicidade de perspectivas. Não obstante, vários autores (Garganta & Gréhaigne, 1999; Garganta & Cunha e Silva, 2000; Gréhaigne, 2001; Guilherme Oliveira, 2004; Júlio & Araújo, 2005; Garganta, 2005) têm destacado a importância de se perspectivar este jogo enquanto sistema complexo, na medida em que tal faculta uma mais ajustada identificação com a essência do fenómeno.. 2.1.2. Multi-análises do fluxo de jogo de Futebol A ciência evolui com a observação (Anguera, 1989). O crescimento da performance no desporto nos últimos 50 anos, tanto nos desportos individuais como nos Jogos Desportivos Colectivos (JDC) é disso indicativo (Kuhn, 2005). A análise de jogo, entendida como o estudo do jogo a partir da observação da actividade dos jogadores e das equipas (Garganta, 1997), é considerada uma das ferramentas que mais e melhor proporciona o acesso à informação. Manuel Ramos. 15.

Referências

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