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Língua Portuguesa Sidney Martins. Colocação Pronominal LÍNGUA PORTUGUESA. Colocação Pronominal. Prof. Sidney Martins.

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Academic year: 2022

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LÍNGUA PORTUGUESA

Colocação Pronominal

Prof. Sidney Martins

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Veja o exemplo abaixo:

C

ONTEÚDO

P

ROGRAMÁTICO

Colocação Pronominal ... 2

Três casos de Proibição do Pronome Oblíquo Átono – POA ... 5

1 regra: Não se Coloca o POA no Início da Estrutura. ... 5

2º regra: Não se Colocar o POA Depois do verbo no Futuro. ... 6

3º Regra: Não se Coloca o POA Depois do Verbo no Particípio ... 6

C

OLOCAÇÃO

P

RONOMINAL

Fala galera! Na aula de hoje trabalharemos colocação pronominal. O título é muito sugestivo, significa colocar um pronome em algum lugar. Quando falamos em

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colocação pronominal, trataremos especificamente sobre os pronomes pessoais oblíquos átonos, que são: me, te, se, nos, vos, o, a, lhe, os, as, lhes.

Quando estudamos os pronomes pela primeira vez, normalmente começamos com o pronome pessoal, utilizado para definir as pessoas do discurso, isto é, quem fala, com quem se fala, de quem se fala. Tratamos, nesse sentido, sempre da primeira, segunda e terceira pessoas do singular e do plural.

Quantos às classificações dos pronomes, tenha em mente que o pronome pessoal do caso reto remete ao sujeito e o pronome pessoal oblíquo remete ao objeto, pois funciona como um objeto, e por ser um objeto, tem que estar atrelado a um verbo transitivo. Se são pronomes oblíquos, então estarão atrelados ao verbo.

Os pronomes oblíquos que mais caem em provas são: “o” e “lhe”, por motivos muito simples. O pronome oblíquo “o”, quando atrelado ao verbo, funciona como objeto direto. O “lhe”, quando atrelado ao verbo, funciona como objeto indireto.

Claro que o lhe pode exercer outras funções sintáticas, mas, atrelado ao verbo ele sempre será um objeto indireto.

Em se tratando de colocação pronominal, vamos pensar na posição que os pronomes oblíquos podem exercer em relação aos verbos. O verbo consiste em apenas uma palavra, portanto, o pronome pode ser posto antes, depois, ou no meio do verbo. Em termos conceituais, trata-se daquilo que chamamos de próclise, ênclise e mesóclise, que determinam a colocação pronominal da SEGUINTE FORMA:

Próclise: o pronome é posto antes do verbo, também chamados de anteposto ao verbo e pronome em posição proclítica.

Ênclise: o pronome é posto depois do verbo, também chamados de “posposto ao verbo e pronome em posição enclítica.

Mesóclise: o pronome é posto no meio do verbo, também chamados de

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pronome em posição mesoclítica.

O que mais cai em provas de concurso é a PRÓCLISE, porque a língua portuguesa do Brasil é essencialmente proclítica, tanto em sua forma coloquial, quanto na forma culta. Perceba que, para que exista uma ênclise, é obrigatório que o verbo esteja no início da estrutura. Quanto à mesóclise, é mais difícil de ocorrer na nossa língua do que a própria ênclise. Para que ocorra, além de o verbo aparecer no início da estrutura, ele tem que estar no futuro.

Uma ESTRUTURA não necessariamente se inicia após um ponto, ou no início de um texto, pois o início de uma nova estrutura pode ocorrer, por exemplo, depois de uma vírgula.

Pois bem, se o verbo estiver no início da estrutura, deverá haver, obrigatoriamente, uma ênclise ou uma mesóclise. Agora, se estiver no meio da frase, existe uma grande possibilidade de termos uma próclise facultativa, tendo em vista que existem várias palavras atrativas (palavra de fator proclítico).

O nome vulgar “palavra atrativa” serve para mostrar que uma palavra jamais vai atrair um pronome para depois do verbo, só vai atrair para antes do verbo.

Além da possibilidade de o verbo ser atraído por uma palavra atrativa, uma vez que existem várias, há a possibilidade de não haver nada atrativo e, ainda assim, ser um caso facultativo. Em linhas gerais, existem muitas e muitas regras para colocação pronominal, e nós vamos resumi-las aqui de modo que você não precise passar o restante das suas horas estudando apenas este conteúdo. É possível resumir este conteúdo apreendendo alguns conceitos, então vamos lá!!

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Três casos de Proibição do Pronome Oblíquo Átono – POA

A colocação pronominal tem a ver com a prosódia também, porque tem soar agradável aos ouvidos. Além disso, conforme formos estudando, você irá compreender que colocação pronominal NÃO É um assunto isolado da gramática, porque, na verdade, trata-se de uma questão de transitividade e coesão, e se você souber bem a transitividade, você vai acertar, de cara, no mínimo noventa porcento das questões de colocação pronominal. Os outros aspectos são ínfimos dentro do concurso público.

1 regra: Não se Coloca o POA no Início da Estrutura.

À título de exemplificação, usaremos a estrutura: “Me empresta o caderno?”. Trata-se de o início de uma estrutura, e uma das máximas que você deve ter ouvido a vida inteira é que não se inicia frase com o pronome pessoal oblíquo átono. Essa regra justifica-se pelo fato de o pronome ser átono, e, portanto, não ter tonicidade, por conseguinte, precisa estar apoiado em alguma coisa. Nesse caso, a estrutura “me empresta o caderno” está incorreta. Para corrigi-la seria necessário jogar o pronome oblíquo átono para depois do verbo: “empresta-me o caderno?”. Repare que o pronome está depois do verbo, isso é uma ênclise.

Uma das regras sobre colocação pronominal remete aos advérbios e a vírgula. A construção “amanhã me empresta o caderno?” está correta, porque todo advérbio é uma palavra atrativa, e com isso, o pronome que a princípio estaria depois do verbo o precede de forma obrigatória, por uma atração. A palavra amanhã atraiu este pronome para junto dela.

Agora, se depois do advérbio amanhã colocássemos uma vírgula (normalmente colocamos a vírgula depois do advérbio para enfatizá-lo), como em “amanhã, me empresta o caderno”, essa estrutura estaria errada. Veja, ao colocar a vírgula impedimos a atração do advérbio. A vírgula marca o início de uma nova estrutura, em consequência, não podemos começá-la com o pronome pessoal oblíquo átono, pois ele necessita de outro termo para se apoiar. Se não há em quem se apoiar, o pronome oblíquo átono deve vir após o verbo. No referido exemplo, embora o advérbio amanhã seja atrativo, a vírgula impediu essa atração. Assim, deve ocorrer

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novamente a ênclise “amanhã, empresta-me o caderno?”

2º regra: Não se Colocar o POA Depois do verbo no Futuro.

Um exemplo de estrutura muito clássica para ilustrar essa regra é: “Seguirei-te sempre”. O advérbio, como termo sempre atrativo, portanto chamado de “palavra de fator atrativo”, atrai obrigatoriamente para antes do verbo e jamais para depois.

Agora, uma análise minuciosa nos coloca em uma posição difícil, pois, não podemos colocar o pronome oblíquo átono no início da estrutura, tampouco podemos colocá- lo depois do verbo se este estiver no futuro, então só nos resta uma opção: colocá-lo no meio do verbo “Seguir-te-ei sempre”, essa é a forma correta. Outra alternativa que temos é colocara palavra atrativa no início da estrutura, o que proibirá o uso da mesóclise, e atrairá o pronome para antes do verbo “Sempre te seguirei”.

3º Regra: Não se Coloca o POA Depois do Verbo no Particípio

Os verbos no particípio são aqueles com terminações -ado e ido. Aestrutura “tenho procurado-te todos os dias”, soa bem estranha, e não é à toa. Olha só, não podemos colocar o pronome no início da estrutura, todavia, tampouco podemos colocá-lo depois do verbo no particípio. Desse modo, só nos resta jogá-lo para entre os verbos:

“Tenho-te procurado sempre”, ou, “tenho te procurado todos os dias” (o hífen é facultativo). Ambas construções estão gramaticalmente corretas. Agora vamos tentar esse mesmo exemplo com a palavra atrativa “não”. Não podemos dizer “não tenho te procurado todos os dias”, pois, por haver uma palavra atrativa e um verbo no particípio, o pronome deveria ser jogado para antes do verbo “Não te tenho procurado todos os dias”.

Ainda, existe a possibilidade de haver na estrutura uma palavra atrativa e a próclise não ser obrigatória. Imagine o exemplo: “procurar-te alegra a minha alma”. Essa estrutura está correta, e se agregarmos a palavra atrativa “não”, como em “não procurar-te alegra a minha alma”, também estaria correta. Embora o “não” por ser palavra atrativa a rigor, atraia o pronome para perto dele, “procurar” é um verbo no infinitivo, e o verbo no infinitivo é o único verbo essencialmente enclítico. Portanto, as duas formas “não procurar-te alegra a minha alma” e “Não te procurar alegra a minha alma” estão corretas. Esse é um processo facultativo.

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Encerramos por aqui mais um bloco, tendo essas três regras em mente sua compreensão em relação à colocação pronominal, com certeza, será iluminada. Em momento mais oportuno falaremos mais sobre as palavras atrativas. Por hora, releia o material e, por favor, não deixe de copiá-lo na ideia de que isso é perda de tempo.

Quanto mais você se utilizar de todos os recursos a sua disposição para massificar o conhecimento, maior será a bagagem de conhecimento que carregará ao longo da vida.

Um grande Abraço e até a Próxima

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Referências

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