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Ciênc. saúde coletiva vol.1 número1

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Academic year: 2018

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"Tréplica"

zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

E liza b e t h Ba r r o s

zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

Ped e-m e a A BRA SCO q ue reaja ao s co mentário s d o s d ebated o res. Em

uma p á g i n a ! Tarefa difícil, d ad a a qualid ad e d as o bserv açõ es e a

quan-tid ad e d as p ro v o caçõ es... Vejo -as c o m o acréscimo s imp o rtante ao d ebate,

p o is o limitad o esp aç o d e um artigo não permitiria co brir to d o o rico

univ erso d e questõ es q ue o tema enseja. D essa fo rma, limitar-me-ei a

d estacar alguns p o nto s q u e p o d em co nstituir uma "ag end a" para o esfo rço

d e co ntinuid ad e da d iscussão q ue, esp ero , resultará d essa iniciativa da

A BRA SCO. zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

A

minha co nv icção so bre a relev ância d as p o líticas p úblicas para a c o

ns-trução da cid ad ania se refo rça c o m as info

r-m açõ es e análises trazidas p elo Nilso n, er-m

particular as relativas à área d e saneam ento

básico . E alimenta tam bém a minha d isp o

si-ção d e o lhar criticamente as "certez as" d a

co njuntura. Seu texto é uma excelente m o

s-tra d o quanto tem sid o freqüente a prática

d e co nferir m o no p ó lio d e interp retação a

al-guns ato res, em no sso País, e d e c o m o , nesse

co ntexto , o "dificultoso mesmo é um saber

definindo o que quer e ter o po d er de ir até no

rabo da p alav ra...", c o m o dizia o sábio

Gui-marães Ro sa.

Eleutério tam bém ( m e) refo rça o ânim o

ao co nv o car para o d ebate so bre a reto mad a

d o p ro jeto da refo rma sanitária na X CNS, e

( m e) p ro v o ca c o m seu ceticismo quanto ao s

"resultados positivos no reequilíbrio entre aç õ es

de saúd e de diversas naturezas, quand o , na

verdade, este po d e ser antes co nseqüência dos

co nstrangimento s eco nô mico s experimentad o s

pelo seto r". N ão d escarto a p o ssibilid ad e d e

que, em alguns caso s, essa variável p o ssa ter ¬

tid o imp o rtância na d eterm inação das o p

-ç õ es d e g esto res. Mas so u testemunha d e

muitas iniciativas q u e d eco rrem d e uma g

e-nuína v o ntad e p o lítica d e co nstruir um

siste-ma d e saúd e d em o crático e d e bo a qualid

a-d e. E se, qualquer q u e tenha sia-d o a mo

tiva-ç ão inicial, o resultad o fo r a o ferta d e uma

atenção à saúd e d e m elho r qualid ad e e d e

m aio r reso lutibilid ad e, será q u e não p o d

e-m o s c o nf iar ee-m q u e a p o p u laç ão d

estinatária p o d erá utilizar seu s rec u rso s d e p o

-d er p ara p reserv ar essas fo rm as -d e aç ão

p ública?

A exig ência d e um p ro jeto d emo crático

para a so cied ad e, "q ue articule d emo cracia

política e d emo cracia so cial", c o m o co nd ição

para q ue se im p lem entem p o líticas p úblicas

red istributivas, é enfatiz ad a p o r A mélia, e

d esse p o nto d e vista tam bém co mp artilho .

Nessa d ireção , reacend er, c o m o ela p ro p õ e,

o d ebate so bre a co nstrução d e alternativas

para sup eração da p o breza e so bre a natureza

da reo rganização necessária d o Estado p o d e

significar uma co ntribuição importante para que

(2)

A p ro v o cação para um d ebate co nceituai

so bre a d escentraliz ação e a d efesa da auto

-no mia das unid ad es p restad o ras d e serv iço s

são trazidas p elo Luciano . Não d isco rd o d e

que a "não centraliz ação " co nstitua a imag em

o bjetiv o a ser alcançad a. Mas, na no ssa exp

e-riência histó rica, a centralização é um fato a

ser sup erad o . N esse sentid o , esto u segura d e

que o p ro cesso d e d escentraliz ação é

inevi-tável, não c o m o uma o uto rga d o g o v erno

central, mas c o m o um p ro cesso o rd enad o d e

transferência d e p o d er e d e meio s e d e co

ns-trução d e no v as práticas. Há mais co m p

lexi-d alexi-d e no p ro cesso , a meu ver, lexi-d o q ue "ap

e-nas a garantia d e transferências dos recursos

financeiro s para o d esemp enho de suas

atri-buiçõ es", no co ntexto d e d esiguald ad e e d e

d iv ersid ad e entre o s entes fed erad o s q u e

caracterizam no sso País. Há q uestõ es q u e

env o lv em as p esso as q u e trabalham no

siste-ma. Há questõ es gerenciais e d e cap acitação

técnica. Há p ro blemas a reso lv er d e

articula-ç ão interg o v ernamental. E muitas mais, se

quisermo s co nstruir um sistema integrad o e

cap az d e garantir a integralid ad e. No q ue se

refere à auto no mia d as unid ad es, meu texto

rec o nhec e a necessid ad e d e auto no mia ad

-ministrativa, d e leg islação esp ecífica para o

seto r. Preo cup am -m e alternativas q ue p o ssam

auto no mizar em relação ao sistema — e essa

p reo cup ação está fund ad a na o bserv ação d as

exp eriências co ncretas q ue têm sid o

realiza-das em no sso País. Co nsid ero q ue essa é

uma das d im ensõ es d o d ebate q ue d ev eria

merecer maio r atenção , send o o bjeto d e

es-tud o s mais ap ro fund ad o s e d e av aliação d as

iniciativas em curso no País, para q ue p o

ssa-mo s d isp o r d e mais d o q ue o relato d as

exp eriências d esenv o lv id as em o utro s co

n-texto s só cio -p o lítico s para resp o nd er às no

s-sas ind ag açõ es.

As p reo c up aç õ es d e Gastão c o m a

ne-cessid ad e d e av ançarmo s c o m maio r clareza

no d elineamento d e um m o d elo d e atenção

cap az d e realizar as p ro messas d e cid ad ania

co ntid as no SUS são p o r mim co mp artilha¬

d as. Esto u segura q u e é este o c am p o para

o nd e mais p recisamo s dirigir no sso esfo rço ,

c o m o fo rmulad o res. O cam inho p arece ser o

p o r ele ap o ntad o , d e sup eração d e aç õ es

verticalizad as e frag mentad as, inco rp o rand o

a to d a a red e a ló g ica da ad scrição da

clien-tela, d o cuid ad o integral, "estend end o

zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

as di-retrizes d o méd ico d a família a to d o s os

pro-fissionais que trabalham n a rede básica". D e

reno v ação d a prática clínica. D e

reestrutura-ç ão d as instituireestrutura-çõ es e d o s p ro cesso s d e

tra-balho na atenção ho sp italar. E, para tanto ,

c o m eç ar p o r c o nhec er (o u criar) e d ebater

alternativas q u e no s ap ro xim em — e não

no s d istanciem — d o o bjetiv o d e co nstruir

um sistema d e saúd e p ara o cid ad ão .

Perguntas cruciais são feitas p o r Jairnilso n:

" q u e m s ã o os ato res e fo rças po líticas" que assumirão a d efesa d e p o líticas so ciais

uni-versais e, p articularmente, d o "SUS d emo

crá-tico " ? O nd e está, ho je, a o usad ia q ue lev o u

ao d esenc ad eam ento d o p ro cesso d e imp

le-m entação d o SUS ? O s ato res, v o c ê le-m esle-m o

o s id entifica terão q u e ser o s d estinatário s da

p o lítica. Seus recurso s d e p o d er são frágeis,

mas se p ud erem sair d o imo bilismo a q u e o s

c o nd u z iu a p erp lexid ad e d iante d a trág ica

c ertez a so b re a "inev itab ilid ad e" d as so

lu-ç õ e s até ag o ra ap resentad as talv ez p o ssam

v o ltar à c ena c o m o sujeito s p o lític o s. N o

s-sa c o ntrib u iç ão p o d e ser esta: amp liar o

d eb ate e as inf o rm aç õ es d e m o d o a p erm

i-tir ev id enc iar as d if erenç as entre o "SUS

real" ezyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA o "SUS d e m o c rátic o " , c riand o c o n-d iç õ es p ara q u e se rec o nstru a a esp eranç a

rep resentad a p ela existênc ia d e

alternativ as — c o n d iç ão ind isp ensáalternativ el à aç ão p o

-lítica af irm ativ a. Um d o s se u s re c u rso s

d e p o d er p o d e ser ac io nad o já neste ano

d e e l e i ç õ e s m u nic ip ais — o v o to . E a

o usad ia reto rnará q u and o p u d erm o s rec o m

-p o r a c o nf ianç a na -p o ssib ilid ad e d e um

p ro jeto c o letiv o . Po rq u e tam b ém ac red ito ,

c o m o G astão , q u e , " ap e sar d as d ificuld

Referências

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