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Ciênc. saúde coletiva vol.1 número1

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Academic year: 2018

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Comentários a: "A Política de Saúde no Brasil

a Universalização Tardia como

Possilidade de Construção do Novo"

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C o m e n t á r i o s a : "A Política d e S a ú d e n o Brasil

a U n i v e r s a l i z a ç ã o T a r d i a c o m o

Possilidade d e C o n s t r u ç ã o d o N o v o "

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E le u t é r io R o d r igu e s N e t o

1

1 Centro d e Estud o s A v ançad o s Multidisciplinares, UNB, Brasília.

O

artigo em pauta é da maio r rele-v ância e o p o rtunid ad e, e o meu

nível d e id entificação c o m ele é d e tal o rd em

que cheg a a dificultar qualquer co mentário , a

não ser na d ireção da ênfase, so b o risco da

red und ância.

A auto ra c o nseg u e transitar d esd e

ques-tõ es mais gerais q ue p o v o am o m und o da

po lítica e da so cio lo g ia no s dias d e ho je,

c o m o a crise d o

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W elfare State e o neo -libe-ralismo , até situaçõ es co njunturais q ue

afe-tam a p o ssibilid ad e cie av anço d e po líticas

esp ecíficas, c o m o a da saúd e, tend o c o m o

eixo central a q uestão d o Estad o e da nec

es-sid ad e d e sua refo rma. To d av ia, a amp litud e

da temática abo rd ad a, se é v erd ad e q ue não

permite um esg o tamento d o marco co nceituai,

no s p ro p o rcio na d o is p ro d uto s muito o

bjeti-v o s: o racio cínio ló g ico so bre a Saúd e c o m o

exp ressão última d as po líticas eco nô m icas e

seto riais, embutid o na d o utrina da Refo rma

Sanitária, e o p ap el estratégico q ue a

nature-za d o reo rd enamento "seto rial" rep resentad o

p elo SUS p o d e ter no p ro cesso d e d esenv o

l-v imento , e d emo cratiz ação da so cied ad e; e,

na m esm a d ire ç ão , um a ag end a p ara a

efetiv ação d essa p o lítica.

No m o m ento em q ue se acirram na so

-cied ad e o s d ebates so bre o sistema d e saúd e

brasileiro , em termo s d e p ercep ção geral so bre

o seu d escalabro , e em q ue ap arecem as ¬

análises o p o rtunistas d e c o nd enaç ão d o SUS

c o m o resp o nsáv el p ela situação , imp õ e-se ao s

intelectuais e lid eranças um p ap el p ed ag ó g

i-c o e militante d e restabelei-cim ento da verd

a-d e a-d o s fato s, em busca a-d e rearticulação a-d o

mo v imento p ela d emo cratiz ação da saúd e q ue

culmino u c o m as co nquistas co nstitucio nais

e legais, q ue d efiniram as bases juríd icas d o

reo rd enam ento seto rial até ho je d ev id o à

so cied ad e.

Entretanto , tal aç ão não p o d e se

restringir a uma mera d efesa d e p rincíp io s e c o

-brança d e uma "v o ntad e p o lítica" d o s go v

er-nantes, mas d ev e buscar a co nstrução p

actu-ad a d e uma "v o ntactu-ad e" so cial rep resentativa

d as v erd ad eiras nec essid ad es d a p o p u

la-ç ão e q u e , muitas v ez es, d e fo rma auto

ri-tária e arro g ante, ju lg am o s interp retar e

"reso lv er". A ssim, há q u e se reto m ar alg

u-m as q u estõ es b ásic as q u e julg áv au-m o s

"re-so lv id as", "re-so b o criv o d e no ssa racio

nali-d anali-d e téc nic a, e p ro m o v er a sua e x e g e se

junto ao s m o v im ento s so c iais, d e m aneira

a rec u p erar id éias-fo rç a esteriliz ad as p elo

fo rm alism o , e q u e p erd eram sua c ap ac id

a-d e a-d e transf o rm aç ão .

Dessa maneira, c o m o afirma a auto ra, é

mister que, neste m o m ento , d e realização da

X Co nferência, seja reto m ad o o "Pro jeto ", não

c o m o um ato d eclamató rio , mas a partir d o

c o nhec im ento analítico d a realid ad e

circuns-tante e c o m uma clareza d e o bjetiv o s q ue

permita uma aç ão estratégica o rganizad a para

(2)

Isso si g n i f i c a a s u p e r a ç ã o d e u m

maniqueísmo q ue muitas v ez es tem co

nfun-d infun-d o o s mo v imento s so ciais: p o r um lanfun-d o , o

d esco nhecim ento d o p ró p rio SUS, em

ter-mo s d as suas p o ssibilid ad es e d e suas bases

d o utrinárias, lev and o a uma po stura cética

quanto às suas reais p o tencialid ad es; e, p o r

o utro , uma certa aco m o d ação , em co nseq

üên-cia d e uma av aliação d e q u e o SUS p o ssui

d e an te m ão to d as as resp o stas f ac e ao

reeq u ac io nam ento d o seto r, e q u e basta

imp lementá-las. N ão é essa a p o stura d a

auto ra, q ue ressalta as co nquistas e d ificuld

a-d es a-d o p ro cesso , em bo ra, a no sso v er,

exa-gere, ao atribuir ao SUS alguns resultad o s

po sitivo s no reequilíbrio entre aç õ es d e

saú-d e saú-d e saú-d iversas naturezas, quansaú-d o , na v ersaú-d

a-d e, este p o a-d e ser antes co nseq üência a-d o s

co nstrang imento s ec o nô m ic o s exp

erimenta-d o s p elo seto r.

Nessa d ireção , entend emo s ser essencial

uma reto mad a da d iscussão so bre o pró prio

p ro jeto da Refo rma Sanitária, p actuad o p o r

o casião da VIII Co nferência Nacio nal d e

Saú-d e, e que acabo u p o r se reSaú-duzir, co m o

ban-deira d o mo v imento , ao SUS; e a um SUS

quase exclusiv amente restrito à questão da

assistência méd ica e ao s mecanismo s de

repas-se financeiro . Isso no s leva à questão fo

rmu-lada pela auto ra no sentid o d e identificarmos

no SUS, principalmente na Refo rma Sanitária, a

po tencialid ad e d e catalisar refo rmas no Estado,

na d ireção d e sua d emo cratização e efetividade.

A Refo rma Sanitária e o SUS p o d em, p o is,

rep resentar o "no v o " nas p o líticas so ciais, na

reco nstrução da so lid aried ad e esgarçad a p elo

p ro jeto neo -liberal e q ue co ntamina a to d o s,

d esd e g o v ernantes, até co rp o raçõ es pro

fis-sio nais e d e usuário s, na busca imed iata d o

Referências

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