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Lewis Sperry Chafer - Teologia Sistemática - Livro II.

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Academic year: 2021

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(1)Lewls Sperry. CHAFER. ^TEOLOGIA SISTEMÁTICA VOLUMES TRÊS E QUATRO. W&GNOS.

(2) „ TEOLOGIA SISTEMÁTICA Lewis Sperry Chafer v o l u m e s três e q u a t r o. Lewis Sperry Chafer D.D.,Litt.D.,Th.D. Ex-presidente e professor de Teologia Sistemática no Seminário Teológico em Dallas.. MAGNOS.

(3) Copyright © 1948, 1976 por Dallas Theological Seminary Originalmente publicado por Kregel Publications Título Original Systematic Theology. ^*. Projeto gráfico ^ ^ t i s P r o d u ç à o Editorial Tradução Heber Carlos de Camjl^^H Revisão Edna Batista Guimarães. LU. 0. Coordenador de produção Mauro W Terrenguí Ia edição -Março 2003 Impressão e acabamento Imprensa da Fé. Dados Internacionais de: Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, TO, SP, Brasil) Chafer, Lewis Sperry Teologia Sistemática / Lewis Sperry Chafer; (tradução Heber Carlos de C - São Paulo: Hagnflfi_2003.. 0. Título ' riginal: SysMnatíc theology 1. Teologia - E s t u d B ensino I, Título.. 03-0105 índices para catálogo sistemático: 11. Teologia sistemática: Cristianismo 230. ISBN. LIVRO 3 L I V R O 4:. 85-89320-06-5. Conteúdo da obra: VoL. 1 Prologõmenos, Bibliologia, Teontologia VÒL. 2 Angelologia, Antropologia ^ VOL. 3 Soteriologia, Eclesio'""'a VOL, 4 Escatologia VOL. 5 Cristologia VOL. 6 Pneumatologia. VOL. 7 Sumário Doutrinário VOL. S índices Biográficos. V. Todos os direitos desta edição reservados à EDITORA HAGNOS Rua Belarmino Cardoso de Andrade, 108 São Paulo - SP - 04809-270 Tel/Fax: ( x x l l ) S ô í B % 9 e-mail: hagnos@hagnos.com.br www.hagnos.co-. x N.

(4) Dedicatória Esta obra de Teologia Sistemática é dedicada com profunda afeição ao corpo discente de todas as épocas do Seminário Teológico em Dallas..

(5) ÍNDICE VOLUME 3 SOTERIOLOGIA. 19. C A P Í T U L O I - INTRODUÇÃO À SOTERIOLOGIA 0 SALVADOR. 26. C A P Í T U L O II - A PESSOA D O SALVADOR. I. II. III. IV.. Sete Posições de Cristo Os Ofícios de Cristo A Filiação de Cristo A União Hipostática Conclusão Sofrimento nesta Vida Sofrimento na Morte. III. IV. V. VI. VIL VIII. IX. X. XI. XII. XIII. XIV. A Substituição dos Pecadores Cnsto, o Fim do Princípio da Lei em Favor Daqueles Que São Salvos A Redenção em Relação ao Pecado A Reconciliação em Relação ao Homem A Propiciação em Relação a Deus O Julgamento da Natureza Pecaminosa A Base do Perdão e da Purificação dos Crentes A Base da Procrastinação dos Justos Juízos Divinos A Retirada dos Pecados antes da Cruz Que Haviam Sido Cobertos pelo Sacrifício A Salvação Nacional de Israel As Bênçãos Milenares e Eternas Sobre os Gentios O Despojamento dos Principados e Potestades A Base da Paz A Purificação das Coisas no Céu. C A P Í T U L O V - O SOFRIMENTO E A M O R T E D E C R I S T O NOS T I P O S. I. II. III. IV.. Os Sacrifícios Gerais no Antigo Testamento Os Sacrifícios Prescritos no Antigo Testamento Vários Tipos da Morte de Cristo A Morte de Cristo de Acordo com Vários Textos das Escrituras. C A P Í T U L O VI - A TERMINOLOGIA BÍBLICA RELACIONADA AO SOFRIMENTO E M O R T E D E C R I S T O. I. II. III. IV. 47. 48 54. C A P Í T U L O IV - COISAS REALIZADAS POR C R I S T O EM SEU SOFRIMENTO E M O R T E. I. II.. 26. 27 32 43 45 46. C A P Í T U L O III - I N T R O D U Ç Ã O AO SOFRIMENTO DE C R I S T O. I. II.. 19. Expiação Perdão e Remissão Culpa Justiça. 65. 66 85 93 96 99 102 106 107 107 109 111 112 114 116 118. 120 122 125 127 128. 128 128 129 129 5.

(6) ÍNDICE. V VI. VIL VIII. IX. X. XI. XII.. Justificação Penalidade Propiciação Reconciliação Redenção e Resgate Sacrifício Satisfação Vicário e Substitutivo. 129 129 130 130 130 130 131 131. C A P Í T U L O VII - TEORIAS FALSAS E VERDADEIRAS D O VALOR DA M O R T E D E C R I S T O. I. II. III.. Considerações Preliminares Registro Histórico Teorias em Geral Conclusão. ELEIÇÃO DIVINA CAPÍTULO. I. II. III. IV. 166. VIII - O F A T O DA ELEIÇAO DIVINA Os Termos Usados Revelação Clara Verdades Essenciais Abraçadas Objeções à Doutrina da Eleição. C A P Í T U L O IX - A O R D E M DOS D E C R E T O S ELETIVOS. I. II. III. IV. A Ordem Apresentada A Ordem Apresentada A Ordem Apresentada A Ordem Apresentada Conclusão. pelos pelos pelos pelos. Supralapsarianos Infralapsarianos Sublapsarianos Arminianos. C A P Í T U L O X - P O R QUEM C R I S T O M O R R E U ?. I. II. III. IV. V. VI. VIL VIII. IX.. Classificação das Opiniões Pontos de Concordância e Discordância Entre as Duas Escolas do Calvinismo Moderado Aspectos Dispensacionalistas do Problema Três Palavras ^Doutrinárias A Cruz Não E o Único Instrumento de Salvação A Pregação Universal do Evangelho Será Deus Derrotado, se os Homens por quem Cristo Morreu Forem Condenados? A Natureza da Substituição O Testemunho das Escrituras Conclusão. A OBRA SALVADORA DO DEUS TRIÚNO. 166 168 169 172 175 177. 178 179 180 181 181 182. 183 184 187 189 191 192 193 196 198 201 203. C A P Í T U L O XI - A O B R A C O N S U M A D A D E C R I S T O C A P Í T U L O XII - A O B R A CONVENCEDORA D O E S P Í R I T O SANTO. I. II. III.. 132. 132 136 140 156. A Necessidade da Obra do Espírito Santo O Fato da Obra do Espírito Santo Os Resultados da Obra do Espírito Santo 6. 203 207. 208 213 218.

(7) ÍNDICE. XIII As Riquezas da Graça Divina I. O Estado dos Perdidos II. O Caráter Essencial dos Empreendimentos Divinos III. As Riquezas da Graça Divina Conclusão CAPÍTULO. A SEGURANÇA ETERNA DO CRENTE. 256. C A P Í T U L O XIV - I N T R O D U Ç Ã O À D O U T R I N A DA SEGURANÇA C A P Í T U L O XV - A IDEIA ARMINIANA DA SEGURANÇA. I. II. III.. 221 221 225 227 229 255. A Ideia Arminiana das Principais Doutrinas Soteriológicas Ênfase Arminiana na Experiência e na Razão Humanas Apelo Arminiano às Escrituras Conclusão. C A P Í T U L O XVI - A D O U T R I N A CALVINISTA DA SEGURANÇA. 256 262. 264 273 278 297 298. I. II. III.. As Razões Que Dependem de Deus, o Pai 301 As Razões Que Dependem de Deus, O Filho 308 Responsabilidades Pertencentes a Deus, o Espírito Santo 316 C A P Í T U L O XVII - A ESCRITURA. C O N S U M A D O R ^ 321 I. Liberta da Lei 323 II. O Fato da Presença da Natureza Divina 325 III. O Cristão, u m Filho e Herdeiro de Deus 326 IV. O Propósito Divino 327 V. A Execução do Propósito Divino 329 VI. A Própria Realização de Cristo 330 VIL A Incapacidade das Coisas Celestiais e Mundanas 331 Conclusão 333 C A P Í T U L O XVIII - LIBERTAÇÃO D O P O D E R REINANTE D O P E C A D O E AS LIMITAÇÕES H U M A N A S. I. II.. Libertação do Poder do Pecado Conclusão Libertação das Limitações Humanas Conclusão. C A P Í T U L O XIX - O C R E N T E APRESENTADO SEM P E C A D O. I. II. III. IV. V. VI. VIL. Cidadania Celestial Uma Nova Fraternidade Uma Posição Aperfeiçoada para Sempre U m Corpo Renovado Libertação da Natureza Pecaminosa Ser Igual a Cristo Compartilhar da Glória de Cristo Conclusão. Os TERMOS DA SALVAÇÃO. 342. 343 343 343 344 344 345 345 346 349. C A P Í T U L O XX - O s T E R M O S DA SALVAÇÃO. I.. 334. 334 338 339 341. Arrependimento e Fé Conclusão. 349. 350 355 7.

(8) ÍNDICE. II. III. IV V. VI.. Crer e Confessar Cristo Conclusão Crer e Ser Batizado Conclusão Crer e Render-se a Deus Conclusão Crer e Confessar o Pecado ou Fazer Restituição Crer e Implorar a Deus por Salvação Epílogo. 356 357 358 361 361 364 364 365 368. VOLUME 4 ECLESIOLOGIA C A P Í T U L O I - I N T R O D U Ç Ã O À ECLESIOLOGIA. I. II. III.. As Criaturas de Deus Vistas Dispensacionalmente A Doutrina da Escritura Vista Dispensacionalmente A Igreja Especificamente Considerada. A IGREJA COMO UM ORGANISMO C A P Í T U L O II - A S P E C T O S G E R A I S DA D O U T R I N A A R E S P E I T O DA IGREJA. I. II. III. IV. V. VI. VII.. O Significado da Palavra Igreja O Fato de um Novo Empreendimento Divino Vários Termos Empregados O Primeiro Uso da Palavra Igreja O Presente Propósito Divino da Igreja Quatro Razões por que a Igreja Começou no Pentecostes A Igreja nos Tipos e nas Profecias. C A P Í T U L O III - CONTRASTES ENTRE ISRAEL E A IGREJA. I. II. III. IV V. VI. VIL VIII. IX. X. XI. XII. XIII. XIV XV XVI. XVII. XVIII. XIX.. A Extensão da Revelação Bíblica O Propósito Divino A Semente de Abraão O Nascimento Jesus Como Cabeça Os Pactos A Nacionalidade O Trato de Deus As Dispensações O Ministério A Morte de Cristo O Pai Cristo O Espírito Santo O Princípio Governante A Capacitação Divina Os Discursos de Despedida A Promessa do Retorno de Cristo A Posição. 375 375. 376 384 396 403 403. 405 406 408 409 410 411 412 413. 413 413 414 414 414 415 415 415 415 416 416 416 416 417 417 417 417 418 418.

(9) ÍNDICE. XX. XXI. XXII. XXIII. XXIV.. O Reino Terreno de Cristo O Sacerdócio O Casamento Os Juízos A Posição na Eternidade Conclusão. C A P Í T U L O IV - S E T E FIGURAS USADAS SOBRE A IGREJA EM SUA R E L A Ç Ã O C O M C R I S T O. I. II. III. IV V. O Pastor e as Ovelhas A Videira e os Ramos A Pedra Angular e as Pedras do Edifício O Sumo Sacerdote e o Reino de Sacerdotes O Cabeça e o Corpo com seus Muitos Membros. C A P Í T U L O V - S E T E FIGURAS USADAS SOBRE A IGREJA EM SUA RELAÇÃO COM CRISTO: O Ú L T I M O A D Ã O E A NOVA CRIAÇÃO. I. II. III. IV. O Cristo Ressurrecto A Posição do Crente em Cristo Duas Criações Exigem Dois Dias de Comemoração A Transformação Final Conclusão. C A P Í T U L O VI - S E T E FIGURAS USADAS SOBRE A IGREJA EM SUA RELAÇÃO COM CRISTO: O NOIVO E A NOIVA. I. II. III. IV V. VI. VIL. Contrastada com Israel A Delineação do Conhecimento Insuperável e do Amor de Cristo Uma Segurança da Autoridade do Consorte Uma Revelação da Posição da Noiva Acima de Todos os Seres Criados A Segurança da Glória Infinita Os Tipos da Noiva O Significado Desta Figura Conclusão. A IGREJA ORGANIZADA C A P Í T U L O VII - A IGREJA ORGANIZADA. I. II. III.. A Igreja, uma Assembleia Local U m Grupo de Igrejas Locais A Igrej a Visível sem Referência à Localidade. A REGRA DE VIDA DO CRENTE C A P Í T U L O VIII - R E G R A S DE V I D A NO P E R Í O D O DO A N T I G O TESTAMENTO. I. II.. A Economia Pré-mosaica A Economia Mosaica. C A P Í T U L O IX - A E C O N O M I A D O R E I N O F U T U R O. 418 418 418 419 419 419 420. 422 425 427 429 432 442. 442 454 461 479 483 484. 484 489 490 491 491 492 497 497 499 499. 501 507 507 508 508. 510 512 519.

(10) ÍNDICE. C A P Í T U L O X - A E C O N O M I A DA PRESENTE G R A Ç A. I. II.. Três Aspectos Específicos Os Relacionamentos da Graça. C A P Í T U L O XI - CONTRASTES E N T R E A L E I E A G R A Ç A. I. II. III.. Sistemas Independentes, Suficientes e Completos da Regra Divina na Terra A Sequência da Bênção Divina e a Obrigação Humana Diferentes Graus de Dificuldade e Graus Diferentes de Capacitação Divina. C A P Í T U L O XII - O s SISTEMAS DA L E I E O JUDAÍSMO A B O L I D O. I. II. III. IV.. As Reais Instruções Escritas de Ambos os Ensinos da Lei de Moisés e do Reino São Abolidas A Lei do Pacto de Obras é Abolida O Princípio da Lei e Dependência da Energia da Carne é Abolido O Judaísmo é Abolido Conclusão. ESCATOLOGIA C A P Í T U L O XIII - INTRODUÇÃO À ESCATOLOGIA ASPECTOS GERAIS DA ESCATOLOGIA. 530. 535 542 549. 550 567 574 575. 575 585 586 586 588 593 593 601. CAPÍTULO XIV - U M BREVE PANORAMA DA HISTÓRIA D O MILENISMO 601. I. II. III. IV. V VI. VII.. O Período Representado pelo Antigo Testamento O Reino Messiânico Oferecido a Israel no Primeiro Advento O Reino Rejeitado e Posposto As Crenças Milenistas Sustentadas pela Igreja Primitiva A Expectativa Milenista Continuada até a Apostasia da Igreja de Roma O Milenismo Começou a Ser Restaurado na Reforma O Milenismo desde a Reforma. C A P Í T U L O XV - O C O N C E I T O BÍBLICO DE P R O F E C I A. I. II. III. IV. V VI.. 602 602 603 604 606 615 616 621. O Profeta A Mensagem do Profeta O Poder dos Profetas A Escolha dos Profetas O Cumprimento da Profecia A História da Profecia. 621 622 623 623 624 624. Os PRINCIPAIS CAMINHOS DA PROFECIA. 631. C A P Í T U L O "XVI - PROFECIAS A R E S P E I T O DOSENHOR JESUS C R I S T O 631. I. II. III. IV V.. Profeta Sacerdote Rei Semente Os Dois Adventos. 633 634 635 636 637 10.

(11) ÍNDICE. XVII - PROFECIAS A R E S P E I T O DOSPACTOS C O M Os Quatxo Principais Pactos Sete Aspectos C A P Í T U L O XVIII - PROFECIAS A R E S P E I T O DOS G E N T I O S CAPÍTULO. I. II.. C A P Í T U L O XIX - PROFECIAS A R E S P E I T O D E SATANÁS, DO M A L E DO H O M E M DO PECADO. I. II. III.. Satanás O Mal O Homem do Pecado. ISRAEL 644. 647 648 660 673. 673 674 674. C A P Í T U L O XX - PROFECIAS A R E S P E I T O D O C U R S O E D O F I M DA CRISTANDADE A P Ó S T A T A 680 C A P Í T U L O XXI - PROFECIAS A R E S P E I T O DA G R A N D E TRIBULAÇÃO 688. I. II.. A Doutrina em Geral A Igreja e a Tribulação C A P Í T U L O XXII - PROFECIAS A R E S P E I T O DA IGREJA I. Os Últimos Dias para a Igreja II. A Ressurreição dos Corpcs dos Santos III. A Transformação cios Santos Vivos IV. O Tribunal de Cristo V O Casamento cie Cordeiro VI. O Retomo da Igreja com Cristo VIL O Reinado da Igreja com Cristo Conclusão ~ C A P Í T U L O XXIII - TEMAS PRINCIPAIS DAS PROFECIAS DO A N T I G O T E S T A M E N T O. 688 691 700 700 701 702 702 703 703 703 704 705. I. II. III. IV.. Profecias a Respeito dos Gentios _ 705 Profecias a Respeito da História Primitiva de Israel 707 Profecias a Respeito da Nação de Israel 707 Profecias a Respeito das Dispersões e dos Reajuntamentos de Israel 707 V. Profecias a Respeito do Advento do Messias 708 VI. Profecias a Respeito da Grande Tribulação 708 VIL Profecias a Respeito do Dia de Jeováe do Reino Messiânico 709 Conclusão 709 C A P Í T U L O XXIV - T E M A S PRINCIPAIS DA P R O F E C I A DO N O V O TESTAMENTO. I. II. III. IV. V VI. VIL VIII. IX.. A Nova Dispensação O Novo Propósito Divino A Nação de Israel Os Gentios A Grande Tribulação Satanás e as Forças do Mal A Segunda Vinda de Cristo O Reino Messiânico O Estado Eterno Conclusão. 710. 710 711 712 712 713 713 713 714 714 714.

(12) ÍNDICE. C A P Í T U L O XXV. - EVENTOS P R E D I T O S EM SUA O R D E M. I. A Predição de Noé a Respeito de seus Filhos II. A Escravidão de Israel no Egito III. O Futuro dos Filhos de Jacó IV. • Israel na Terra V Os Cativeiros de Israel VI. Os Julgamentos Sobre as Nações Vizinhas VII. Uma Restauração Parcial VIII. A Vinda e o Ministério de João Batista IX. O Nascimento de Cristo X. Os Ofícios de Cristo XI. Os Ministérios de Cristo XII. A Morte de Cristo XIII. O Sepultamento de Cristo XIV A Ressurreição de Cristo XV. A Ascensão de Cristo XVI. A Presente Dispensação XVII. O Dia de Pentecostes XVIII. A Igreja XIX. A Destruição de Jerusalém XX. Os Últimos Dias para a Igreja XXI. A Primeira Ressurreição XXII. O Arrebatamento dos Santos Vivos XXIII. A Igreja no Céu XXIV As Recompensas dos Crentes XXV. O Casamento do Cordeiro XXVI. A Grande Tribulação XXVII. O Aparecimento do Homem do Pecado XXVIII.Os Sofrimentos Finais de Israel XXIX. A Destruição da Babilónia Eclesiástica XXX. A Batalha do Armagedom XXXI. A Destruição da Babilónia Política <s Comercial XXXII. O Dia do Senhor XXXIII. A Segunda Vinda de Cristo XXXIV Satanás Preso e Confinado XXXV O Reajuntamento e o Julgamento do Israel Afligido XXXVI. O Julgamento das Nações XXXVII. A Vida Humana no Reino Terrestre XXXVULA Soltura de Satanás e a Última Revolta XXXIX. A Condenação de Satanás XL. O Término do Presente Céu e da Presente Terra XLI. O Julgamento do Grande Trono Branco XLII. O Destino dos ímpios XLIII. A Criação do Novo Céu e da Nova Terra XLIV. O Destino dos Salvos XLV. O Dia de Deus Conclusão. 12. 715. 715 715 715 716 716 716 716 717 717 717 718 718 718 718 718 719 719 719 719 720 720 720 720 721 721 722 722 722 723 723 723 723 724 724 724 725 725 725 726 726 726 726 727 727 727 727.

(13) ÍNDICE. XXVI - O s JULGAMENTOS Os Julgamentos Divinos Através da Cruz, O Autojulgamento do Crente e os Castigos de Deus O Julgamento das Obras do Crente O Julgamento de Israel O Julgamento das Nações O Julgamento dos Anjos O Julgamento do Grande Trono Branco Conclusão C A P Í T U L O XXVII - O E S T A D O E T E R N O I. O Estado Intermediário II. As Criaturas de Deus Que Entram no Estado Eterno III. Várias Esferas de Existência IV. Teorias Relativas a um Estado Futuro V. A Nova Terra VI. A Doutrina do Inferno VII. A Doutrina do Céu Conclusão. CAPÍTULO. I. II. III. IV. V VI. VII.. NOTAS. 728 728 729 730 732 734 735 736 736 737 737 739 742 743 750 750 756 760 762. 13.

(14) ^TEOLOGIA SISTEMÁTICA Lewis Sperry Chafer. Volume 3 Soteriologia. Lewis Sperrv Chafer D.D.,Litt.D.,Th.D. Ex-presidente e professor de Teologia Sistemática no Seminário Teológico em Dallas.

(15) SOTERIOLOGIA.

(16) SOTERIOLOGIA. CAPÍTULO I. Introdução à Soteriologia. A. é aquela porção da Teologia Sistemática que trata da salvação. A palavra salvação é uma tradução do vocábulo grego aooTripía (cf. aw^w e atúTfjpios), e é derivada imediatamente da palavra acoTrjp que significa Salvador. XtOTT|pía aparece 45 vezes no Novo Testamento. Quarenta vezes ela é traduzida como salvação, uma vez como liberdade (At 7.25), uma vez como saúde (At 27.34), u m a v e z c o m o salvamento (Hb 11.7), e duas vezes como salvos (Lc 1.71; Rm 10.1). Em comparação com aquilo que se obtém no Novo Testamento, a doutrina da salvação na Antiga Aliança é mais envolvente, basicamente porque ela entra na revelação do Antigo Testamento, a saber, no progresso da doutrina. Esta progressão bem pode ser afirmada nas palavras de Cristo: "...primeiro a erva, depois a espiga, e por último o grão cheio na espiga" (Mc 4.28). Parece que no Novo Testamento a palavra salvação apresenta uma amplidão de significado que vai desde a ideia de libertação dos inimigos até a de se ter as relações corretas com Deus. Deuteronômio 28.1-14 descreve o estado desejado por u m israelita na terra, e para ele salvação consistia basicamente de libertação de tudo o que poderia impedir as bênçãos. Na verdade, tais eram os benefícios, que o próprio Jeová permanecia perante o seu povo. Uma esperança ainda maior esteve sempre diante de Israel a respeito de u m triunfo espiritual do reino do pacto, que era ainda futuro. Em referência ao estado deles naquele reino, está escrito: "E o Senhor teu Deus te trará à terra que teus pais possuíram, e a possuirás; e te fará bem, e te multiplicará mais do que a teus pais. Também o Senhor teu Deus circuncidará o teu coração, e o coração de tua descendência, a fim de que ames o Senhor teu Deus de todo o teu coração e de toda a tua alma, para que vivas" (Dt 30.5, 6); "Mas este é o pacto que farei com a casa de Israel depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei a minha lei no seu interior, e a escreverei no seu coração; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo. E não ensinarão mais cada um a seu próximo, nem cada um a seu irmão, dizendo: Conhecei ao Senhor; porque todos me conhecerão, desde o menor deles até o maior, diz o SOTERIOLOGIA. 19.

(17) SOTERIOLOGIA. Senhor; pois lhes perdoarei a sua iniquidade, e não me lembrarei mais dos seus pecados" (Jr 31.33, 34); "Pois vos tirarei dentre as nações, e vos congregarei de todos os países, e vos trarei para a vossa terra. Então aspergirei água pura sobre vós, e ficareis purificados; de todas as vossas imundícies, e de todos os vossos ídolos, vos purificarei. Também vos" darei um coração novo, e porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei da vossa carne o coração de pedra, e vos darei um coração de carne. Ainda porei dentro de vós o meu Espírito, e farei que andeis nos meus estatutos, e guardeis as minhas ordenanças, e as observeis. E habitareis na terra que eu dei a vossos pais, e vós sereis o meu povo, e eu serei o vosso Deus" (Ez 36.24-28); "E assim todo o Israel será salvo, como está escrito: Virá de Sião o Libertador, e desviará de Jacó as impiedades; e este será o meu pacto com eles, quando eu tirar os seus pecados" (Rm 11.26, 27). As Escrituras, que apresentam um grande número de promessas semelhantes, falam da nação como um todo, e predizem a restauração e a salvação daquele povo, de acordo com o propósito eterno de Jeová. Em oposição a essa expectativa nacional, as questões envolvidas eram sobre a relação que os indivíduos tinham com Deus, realidade essa que era um assunto totalmente independente daquelas grandes promessas que asseguram a salvação da nação. Abraão teve filhos com Hagar, Sara e Quetura; mas somente "em Isaque [o filho de Sara] será chamada a tua descendência" (Rm 9.7). E, além disso, a eleição que Deus fez da nação da promessa determina que, dos filhos de Israel, "o mais velho servirá o mais moço" (Rm 9.12; cf. Is 60.12), e somente através de Jacó os pactos nacionais serão realizados. Da semente de Jacó, embora como uma nação eles sejam preservados em sua solidariedade e entidade e "ainda que o número dos filhos de Israel seja como a areia do mar, o remanescente é que será salvo" (Rm 9.27); um remanescente composto de indivíduos que estiveram em relação correta com Deus aparece em cada geração. E a este grupo que o apóstolo se refere, quando diz: "Porque nem todos os que são de Israel são israelitas" (Rm 9.6), e é deste Israel espiritual que ele também fala, quando declara: "E assim todo Israel será salvo" (Rm 11.26). Assim, a realização final do propósito divino em favor do povo a quem pertencem os pactos terrenos, e cujo destino é o da terra (cf. Mt 5.5), é consumado tanto com respeito à nação eleita quanto cumprimento da esperança de que cada indivíduo israelita, cuja vida foi vivida num tempo particular, quando as promessas distintas para os judeus foram obtidas. A presente era deve sempre ser vista em seu caráter excepcional, a saber, que agora não há diferença entre judeu e gentio, seja com respeito ao estado de perdição deles e à necessidade de salvação pela graça (Rm 3.9), e nenhuma diferença com respeito aos termos pelos quais eles podem ser salvos (Rm 10.12; cf. At 15.9). As doutrinas distintivas do judaísmo devem ser discernidas também, tanto com referência ao caráter deles com referência à dispensação na qual eles estão em vigor. Por falta de revelação específica, a 20.

(18) INTRODUÇÃO A SOTERIOLOGIA. salvação do indivíduo sob o judaísmo - com respeito aos termos, tempo e caráter geral - é obscura para os homens. Com respeito ao significado da palavra salvação, há uma semelhança muito grande no Antigo e Novo Testamentos. Este vocábulo comunica o pensamento de libertação, segurança, preservação, coisa sadia, restauração e cura; mas ainda que muito amplo, u m alcance da experiência humana é expresso pela palavra salvação, e seu uso principal e específico denota uma obra de Deus em favor do homem. Quando assim empregada, ela representa o que é evidentemente a doutrina mais abrangente da Bíblia. Ela reúne em um conceito ao menos doze doutrinas extensas e vitais, a saber: redenção, reconciliação, propiciação, convicção, arrependimento, fé, regeneração, perdão, justificação, santificação, preservação e glorificação. Pode ser observado, também, que as duas ideias fundamentais estão inerentes no significado da palavra salvação; de um lado, ser salvo é ser resgatado da situação de perdido, enquanto que, por outro lado, ser salvo é ser trazido para a situação de saivo. vitalmente renovado, e para ser u m participante da herança dos santos em luz. A pregação do Evangelho pode seguir qualquer uma dessas ideias. Pode advertir os ímpios, para que eles fujam da ira vindoura, ou pode persuadi-los pela consideração dos benefícios que a graça infinita de Deus proporciona. O estado indesejável do qual a salvação de Deus resgata os homens tem sido parcialmente definido em porções anteriores desta obra. No estudo de satanologia, foi assinalado que os homens não-regenerados estão debaixo do poder de Satanás, energizados por ele, e que somente a libertação de Deus, que transporta do poder das trevas para o reino do Filho do seu amor (Cl 1.13), pode ser de grande proveito. Igualmente, tanto em antropologia quanto em hamartiologia, já foi demonstrado que o homem é oriundo de uma raça caída, condenado por causa de sua participação no pecado de Adão, julgado como aquele que está debaixo do pecado, e culpado diante de Deus por causa dos seus pecados pessoais. E também afirmado que a salvação divina tem a ver com a libertação da maldição da lei (Gl 3.13), da ira (1 Ts 5.9; Jo 3.36), da morte (2 Co 7.10), e da destruição (2 Ts 1.9). Por outro lado, a salvação divina proporciona a dispensa e a remoção de toda acusação contra o pecador e o equipa com a vida eterna em lugar da morte, com o mérito perfeito de Cristo em lugar da condenação, e com o perdão e a justificação em lugar da ira. Em sua significação mais ampla, a doutrina da salvação inclui todo empreendimento divino para o crente, a partir de sua libertação do estado de perdição, até a sua apresentação final em glória, já conformado à imagem de Cristo. Visto que o objetivo divino é abrangente dessa forma, o tema é dividido naturalmente em três tempos: A) O cnstão foi salvo quando creu (Lc 7.50; At 16.30, 31; 1 Co 1.18; 2 Co 2.15; Ef 2.8; 2 T m 1.9). O aspecto do tempo passado da salvação é um fato imutável e essencial da salvação. No momento em que crê, a pessoa salva é completamente liberta do seu estado de perdição, tomando-se purificada, perdoada, justificada, nascida de Deus, vestida com o mérito de Cristo, liberta de toda condenação, e segura para sempre. 21.

(19) SoTERIOLOGIA. B) O crente está sendo salvo do domínio do pecado (Rm 6.1-14; 8.2; 2 Co 3.18; Gl 2.20; 4.19; Fp 1.19; 2.12; 2 Ts 2.13). Nesse segundo tempo da salvação, o crente está sendo divinamente preservado e santificado. c) O crente ainda será salvo da presença do pecado, quando for apresentado sem pecado em glória (Rm 13.11; 1 Ts 5.8; H b 1.14; 9.28; 1 Pe 1.3-5; 1 Jo 3.1-3). A isto podem ser acrescidas outras passagens que, por sua vez, apresentam todos os três aspectos temporais da salvação — (1 Co 1.30; Fp 1.6; Ef 5.25-27; 1 Ts 1.9, 10; Tt 2.11-13). Semelhantemente, nenhum fato maior a respeito da salvação divina pode ser declarado do que aquilo que é afirmado em Jonas 2.9: "A salvação é de Jeová"; no Salmo 3.8: "A salvação pertence a Jeová". A verdade de que a salvação é de Jeová é mantida tanto pela revelação quanto pela razão. Com respeito à revelação, está o testemunho das Escrituras, sem exceção, de que cada aspecto da salvação do homem desde o seu princípio até a sua perfeição final no céu, é uma obra de Deus pelo homem e não uma obra do homem para Deus. Com respeito à razão, há necessidade de apenas uma consideração momentânea sobre o caráter sobrenatural de cada passo nessa grande realização, para se descobrir que o homem não poderia contribuir com nada para a sua realização. Que cada passo é pela fé tem de ser uma necessidade, visto que o homem, não tendo qualquer poder para produzir um resultado sobrenatural, deve permanecer confiante em Alguém que é capaz. Essas verdades óbvias podem ser vistas a partir de dois ângulos diferentes: A) O que pode ser chamado de aspecto legal do problema da salvação de um ser pecaminoso é aquilo que satisfaz aquelas exigências infinitamente santas da justiça divina e do governo divino que são ultrajados pelo pecado em cada uma de suas formas. Nenhum homem pode fazer uma expiação por sua alma e, assim, salvar a si próprio. A penalidade por sua condição pecaminosa requer um juízo tão grande que, no final, se ele tivesse de pagar, não lhe sobraria algo para que o salvasse. Em oposição a isso, está a verdade de que Deus providenciou na morte substitutiva de Seu Filho, para que a penalidade fosse paga. Esta se torna a única esperança para o homem, mas a atitude de dependência de outra pessoa, como um princípio, está muito distante da ideia do próprio esforço do homem de salvar-se a si mesmo. B) O que pode ser chamado de aspecto prático do problema da salvação de um ser pecaminoso é visto no caráter de todas as coisas que compõem o estado daquele que é salvo. Ninguém, sob quaisquer circunstâncias, poderia perdoar o seu próprio pecado, comunicar vida eterna a si mesmo, vestir-se a si mesmo com a justiça de Deus, ou escrever o seu próprio nome no céu. Assim, conclui-se que nenhuma verdade mais óbvia será encontrada nas páginas da Bíblia do que esta: que a "salvação é de Jeová". Não somente em tudo que entra na salvação no tempo passado, que foi operada por Deus imediatamente, em resposta ao simples ato de fé em Deus, com base na confiança de que Ele é capaz de salvar com justiça somente através da morte de seu Filho, mas Deus é revelado ao pecador como Aquele que deseja salvar com um anelo infinito. 22.

(20) INTRODUÇÃO À SOTIÍRIOLOGIA. Aquele que não poupou a seu próprio Filho, antes por todos nós o entregou, dificilmente poderia demonstrar mais plenamente do que demonstrou, a sua paixão em salvar os perdidos. O maior de todos os motivos que move Deus ao exercício de sua graça salvadora é a satisfação do seu próprio infinito amor por aqueles que foram arruinados pelo pecado. Neste modo, pode ser vista a verdade de que a salvação de uma alma significa mais infinitamente para Deus do que jamais poderia significar para aquele que é salvo, sem levar em conta as realidades gloriosas que constituem essa salvação. Mas, além de satisfazer o seu amor infinito, três outros motivos divinos são revelados sobre a salvação dos perdidos: A) Está escrito: "Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus, não vem das obras, para que ninguém se glorie. Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus antes preparou para que andássemos nelas" (Ef 2.8-10). Mais enfática ainda é a verdade declarada de que a salvação é um empreendimento divino com base na pura graça de Deus na qual nenhuma obra ou mento humano entra na conta. Esta salvação para as boas obras nunca e pelas boas obras; e é para tais boas obras que somos preordenados por Deus. B) De igual modo, está declarado que Deus é motivado em sua salvação dos homens pela vantagem que a salvação vai ser para eles. João 3.16 afirma: "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigénito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna". Está claramente afirmado, neste texto familiar, que um benefício duplo resulta para todos os que crêem em Cristo - eles não perecem e de fato recebem a vida eterna. Essas vantagens são imensuravelmente grandes, tanto em seu valor intrínseco quanto em sua duração infinita. A questão que pode ser levantada é se poderia haver qualquer motivo estimulante mais elevado da parte de Deus na salvação do homem do que o benefício que o homem recebe dela. Há um objetivo no fato de Deus exercer a sua graça salvadora, que é muito mais uma realidade para Deus do que as boas obras ou o próprio benefício do homem. c) É o fato de que a salvação do homem é pela graça divina com o fim dessa graça ter uma manifestação adequada. Sobre esta verdade está registrado: "...para mostrar nos séculos vindouros a suprema riqueza da sua graça, pela sua bondade para conosco em Cristo Jesus" (Ef 2.7). Houve alguma coisa em Deus que nenhum anjo havia visto. Eles tinham observado a sua sabedoria e poder demonstrados na criação e na sustentação de todas as coisas. Eles haviam contemplado sua glória, mas eles não haviam \isto ainda a sua graça. Não poderia haver uma manifestação da graça até que houvesse criaturas pecadoras que fossem objetos dessa graça. A importância da revelação da graça infinita nas esferas celestiais não poderia ser avaliada neste mundo. Não tinha havido uma exibição do amor divino até que Deus deu o seu Filho para morrer pelos homens perdidos. A importância dessa demonstração está além do entendimento humano. De igual modo, não poderia haver uma manifestação completa da graça 23.

(21) SOTERIOLOGIA. divina até que pecadores fossem salvos através da morte do Filho de Deus, e a medida dessa graça também está além do entendimento finito. O pensamento transcende toda compreensão, de que mesmo um dentre a raça caída seja mudado pelo poder divino e venha satisfazer a Deus como uma exibição de sua graça infinita, e, embora os vastos espaços do céu sejam invadidos com tal graça, a demonstração não é realçada pelas apresentações multiplicadas, pois cada indivíduo será a expressão da graça superlativa de Deus. Pela realização perfeita de Cristo em sua morte - o justo morrendo pelos injustos - o braço salvador de Deus não mais fica impedido por causa daquelas alegações justas de julgamento que o caráter ultrajado de Deus deve impor e, sendo assim livre para agir, Deus faz tudo o que o seu infinito amor dita. Nada no céu ou na terra - nada dentro da divindade ou entre as coisas criadas - poderia sobrepujar o fim que a salvação divina realiza para uma alma perdida, ou seja, a manifestação da graça divina e a satisfação do seu amor. Este resultado incompreensível e ilimitado está assegurado na promessa de que todo salvo será "conformado à imagem de seu Filho" (Rm 8.29); e o apóstolo João também testifica que "quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é, o veremos" (1 Jo 3.2). Isto é evidentemente o que está na mente do apóstolo quando escreve: "... e assim como trouxemos a imagem do terreno, traremos também a imagem do celestial" (1 Co 15.49). Mesmo agora Cristo está no crente como "a esperança da glória" (Cl 1.27), e este corpo será feito "semelhante ao corpo da sua glória" (Fp 3.21). Não é pequena honra para o pecador que merece o inferno, que Deus o tenha amado tanto que, tendo suportado os seus juízos, o Senhor devesse empregá-lo como o agente por quem Ele declararia eternamente ao universo o escopo exato e o caráter de sua graça ilimitada. O pregador do Evangelho fana bem em estudar, com a finalidade de poder enfatizar corretamente as duas perfeições divinas na salvação do homem, mencionadas anteriormente, que são ganhas com base justa através da morte e ressurreição de Cnsto. Uma dessas é a disponibilidade daquilo que o mal é, enquanto que a outra é a segurança daquilo que é bom. Estas duas perfeições divinas são (1) que pela morte de Cristo, todo julgamento e condenação são tão perfeitamente realizados que eles nunca mais podem ser trazidos contra o crente (Rm 8.1). Mesmo na salvação de uma alma, nenhum golpe é desferido, nenhuma crítica ou censura é feita. (2) Igualmente, e com base na mesma morte e com base na ressurreição de Cristo, toda exigência para uma eterna associação com Deus no céu é concedida - na verdade, tudo é com base no princípio simples da graça. Na conclusão desta introdução ao estudo da Soteriologia, o estudante é obrigado a dar uma atenção especial a este grande tema, e por duas razões importantes, que são: (1) A mensagem de Deus inclui a totalidade da família humana em alcance, e visto que a grande proporção é de não-regenerados, e visto que o Evangelho é a única palavra dirigida aos não-salvos, é razoável concluir que, num ministério bem equilibrado, a pregação do Evangelho deva ser responsável não menos 24.

(22) INTRODUÇÃO A SOTERIOLOGIA. do que 75% do testemunho do púlpito. O restante pode ser para a edificação daqueles que já são salvos. Permanece o fato que, se muita coisa da mensagem do pregador deve estar dentro do campo da Soteriologia, o estudo desta divisão da Teologia Sistemática tem que ser observado com grande diligência, sinceridade, em expectativa regada por oração. (2) O pregador é u m elo importante na corrente que conecta o coração de Deus com as almas dos homens perdidos. A respeito de outros elos nessa corrente, pode ser observado que não há uma deficiência nas provisões da redenção através do sacrifício de Cristo. Não há uma imperfeição no registro da redenção revelada nos oráculos de Deus. Não há uma fraqueza ou falha da parte do Espírito capacitador. Não deveria haver uma omissão, defeito ou negligência na apresentação que o pregador faz da redenção àqueles a quem ela é pregada. Quando levada a sério, a responsabilidade da pregação do Evangelho não é outra, senão solenizar o coração e ser a causa de uma dependência sempre crescente de Deus. Não se deve admirar que o apóstolo, lalando pelo Espírito Santo, tenha declarado com aquela ênfase singular que uma repetição dupla se lhe impunha: "Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos pregasse outro evangelho além do que já vos pregamos, seja anátema. Como antes temos dito, assim agora novamente o digo: Se alguém vos pregar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema" (Gl 1.8, 9). Este anátema nunca havia sido revogado, nem poderá ser enquanto a graça salvadora de Deus for proclamada ao mundo perdido. Do ponto de vista humano, uma apresentação errónea do Evangelho poderia orientar erradamente uma alma e o caminho da vida poderia ser perdido para sempre. Cabe ao médico de almas conhecer o remédio exato, para que Ele possa prescrever. Um médico pode, por erro, dar fim a uma vida breve aqui na terra. O médico de almas está tratando com o destino eterno. Havendo dado o seu Filho para morrer por homens perdidos, Deus não pode senão ser exato a respeito de como os grandes benefícios p o d e m ser apresentados, nem deveria Ele considerar injusto se Ele pronuncia u m anátema sobre os que pervertem o único caminho de salvação que foi comprado a preço tão alto. U m h o m e m sensível, quando percebe essas questões eternas, pode se retrair diante de tão grande responsabilidade, mas Deus não chamou os seus mensageiros para tal fracasso. Ele lhes ordena a "pregar a palavra", e lhes assegura de sua presença constante e poder capacitador. Provavelmente, em n e n h u m ponto do campo total da verdade teológica, a determinação seja mais aplicável do que quando se diz: "Procura apresentar-te diante de Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade" (2 T m 2.15). O estudo da soteriologia deve ser empreendido sob as seguintes divisões principais: (1) o Salvador, (2) a eleição divina, (3) por quem Cristo morreu? (4) a obra salvadora do Deus triúno, (5) a segurança eterna do crente, (6) a libertação do poder reinante do pecado e as limitações humanas e (7) os termos da salvação. 25.

(23) O SALVADOR. CAPITULO II. A Pessoa do Salvador. H. Á APENAS UM SALVADOR e somente Um que, em todos os sentidos, é qualificado para salvar. A verdade assim afirmada é o fundamento da soteriologia, e, destas duas declarações, a primeira exige uma investigação da Pessoa de Cristo - cuja linha de pensamento já foi considerada em muitas páginas no estudo do trinitarianismo, e ali propriamente restrito ao estudo de sua pessoa. A segunda declaração - de que Ele somente é qualificado para salvar — exige uma investigação na obra de Cristo na cruz, que é a base de tudo que entra na soteriologia. Assim, por sua vez, a soteriologia é a pedra de esquina da Teologia Sistemática, sendo no seu grau mais pleno, aquilo que o homem pode compreender da auto-revelação de Deus à raça caída. O volume V desta obra sobre Teologia Sistemática é dedicado ao estudo de cristologia. Nessas páginas, será feito um estudo mais ordenado e abrangente deste grande tema. Como já foi afirmado acima, já foi feita uma abordagem específica sobre a pessoa de Cristo no estudo do Trinitarianismo. Em soteriologia (à parte da palavra introdutória), será dada uma consideração específica à obra de Cristo, enquanto sob cristologia estas duas verdades fundamentais serão consideradas juntas. Como foi sugerido antes, quando abordamos o estudo da obra de Cristo, é essencial reafirmar ou rever certos fatos relativos à sua pessoa, com o fim de que algum reconhecimento mais amplo possa ser assegurado a respeito daquilo que leva Deus a empreender tão grande salvação. Portanto, a atenção primeira aqui é dirigida à pessoa do Salvador. Que o homem é incapaz de uma compreensão da divindade, é uma verdade axiomática, e é igualmente certo que o homem seja incapaz de descrever o que não pode compreender. Na Bíblia, Deus falou a respeito de si mesmo, e isto tem feito muito pelos homens debilitados em sua tentativa de conhecer a verdade a respeito de Deus; todavia, esta revelação - mesmo quando a mente é iluminada pelo Espírito - é vagamente apreendida. E sob tais restrições inevitáveis que um autor ou humanos podem se expressar. Indizivelmente exaltado é o tema da pessoa de Cristo; mas, para a situação presente, esta divisão da tese geral pode ser subdividida em quatro aspectos — (a) sete posições de Cristo, (b) seus ofícios, (c) suas filiações e (d) a união hipostática. 26.

(24) SETE POSIÇÕES DE CRISTO. I. Sete Posições de Cristo O campo total da cristologia abrange sete posições em que Cristo é apresentado nas Escrituras. Embora estas sejam observadas mais plenamente sob Cristologia, parece não haver uma abordagem mais esclarecedora para este vasto tema a respeito da pessoa e obra de Cristo. O propósito, neste estudo preparatório, é uma tentativa de compreender - tanto quanto possível — a grandeza infinita daquele que empreendeu realizar a salvação dos perdidos. O progresso espiritual do cristão pode ser medido pelo crescimento que ele tem "no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo" (2 Pe 3.18). É afirmado pelo próprio Cristo que a obra do Espírito no coração do crente é a de "me glorificar" (Jo 16.14). Por este texto, está indicado que a concepção que o crente tem do Cristo que o salva não deveria ser apenas estendida a proporções sobrenaturais, mas deveria aumentar com o passar do tempo. Para que Ele possa ter preeminência, essas sete posições são apresentadas aqui. 1. C R I S T O P R É - E N C A R N A D O . E sem dúvida verdade que, em vista da verdade que Ele tomou sobre si a fornia e a natureza humana, a mente do homem está inclinada a pensar de Cnsto em termos de incapacidade finita. Uma correção certa para esta prática errónea é a meditação e a reflexão sobre a sua existência antes da encarnação. Tal consideração sempre tende à apreensão do Cristo encarnado que é livre dessas concepções erróneas. Por ter recebido cordialmente alguma coisa de sua divindade eterna, será natural dar à sua divindade o seu devido lugar quando busca a verdade a respeito de seu modo encarnado de existência. Espera-se que o estudante esteja atento para fazer uma investigação mais extensa, sob teontologia, de passagens importantes como Isaías 7.14; 9.6, 7; Miquéias 5.2; Lucas 1.30-35; João 1.1, 2, 14; Filipenses 2.6-8; Colossenses 1.13-17; 1 Timóteo 3.16, que tratam da existência pré-encarnada de Cristo, como U m membro da Trindade. Mas um texto será considerado novamente neste contexto, a saber, João 1.1, 2, 14. Até onde vai o registro, o Filho de Deus não aplicou a si mesmo o termo específico logos, mas este é usado pelo Espírito na passagem sob consideração. Esse título, com a melhor razão, pode ser usado mais do que para identificar o Filho de Deus pré-encarnado. U m nome distintivo que o relaciona à eternidade não é somente necessário, mas é assim suprido pelo Espírito, cujo uso desse título neste contexto é autoridade completa para o seu emprego, para o mesmo propósito, debaixo de todas as circunstâncias. Por seu real significado, a designação logos apresenta uma revelação de grande alcance, não somente de sua divindade, mas de sua relação essencial e eterna com a primeira pessoa. Sobre este nome logos, A. B. D. Alexander escreve: A doutrina do logos tem exercido uma influência decisiva e de longo alcance sobre o pensamento cristão e o especulativo. A palavra tem uma longa história, e a evolução da ideia que ela incorpora é realmente o desdobramento do conceito que o homem tem de Deus. Compreender a relação da divindade com o mundo tem sido o alvo de 27.

(25) SOTERIOLOGIA. toda filosofia religiosa. Enquanto posições muito divergentes quanto à manifestação divina têm sido concebidas, desde a aurora da especulação ocidental, a palavra grega logos tem sido empregada com certo grau de uniformidade por uma série de pensadores, para expressar e definir a natureza e o modo da revelação de Deus. Logos significa no grego clássico tanto "razão" quanto "palavra". Embora no grego bíblico o termo seja majoritariamente empregado no sentido de "palavra", não podemos propriamente dissociar as duas significações. Toda palavra implica num pensamento. E impossível imaginar uma vez em que Deus esteve sem pensamento. Consequentemente, o pensamento deve ser eterno como a divindade. A tradução "pensamento" é provavelmente a mais equivalente para o termo grego, visto que ele denota, de um lado, a faculdade da razão, ou o pensamento concebido interiormente na mente; e, por outro lado, o pensamento exteriormente expresso através do veículo da linguagem. As duas ideias, pensamento e linguagem, estão indubitavelmente combinadas no termo logos; e em cada emprego da palavra, na filosofia e na Escritura, ambas as noções do pensamento e sua expressão externa estão intimamente conectadas. 1 A Segunda Pessoa, cumprindo o importante significado do título logos, é, e sempre foi, como sempre será, a manifestação de Deus. Isto está implícito no termo logos; pois Aquele que leva esse nome dentro da divindade, é para a divindade o que a linguagem é para o pensamento — a expressão dele. O Dr. W. Lindsay Alexander escreve claramente sobre isto: A palavra carrega o seu próprio significado consigo; em outras palavras, aquela simples ideia apresentada à mente por esta palavra é tão verdadeiramente descritiva de Jesus Cristo que ela pode ser usada sem qualquer qualificação como uma designação dele, exatamente como as palavras vida, luz, maná, Páscoa, paz etc. Mas esta lança luz sobre a pergunta: Em que sentido Jesus Cristo é a Palavra? Porque deve ser permitido que o termo não abra mão tão imediatamente do seu significado como o fazem alguns daqueles outros termos com os quais o temos comparado. Ora, eu penso que a resposta mais antiga ainda é a melhor. "O Filho", diz Orígenes, "pode ser o Verbo porque Ele anuncia as coisas de seu Pai que estão escondidas"; ou como outro dos pais da Igreja diz que "Ele é o intérprete da vontade de Deus". A ideia aqui, que como uma palavra é o intérprete do espírito invisível escondido do homem, assim Jesus, vindo do seio do Pai, daquele a quem nenhum homem jamais viu, Ele nos revelou Jesus a nós. As palavras ligam o abismo entre o Espírito Santo e o espírito, e formam um meio de comunicação entre a mente divina e a mente. Elas são mensageiras aladas que sentido algum pode avistar, e através do meio do sentido comunicam a outros o conhecimento daquele poder escondido que lhes foi enviado. Elas são assim enfaticamente reveladoras do invisível, expoentes que nos são palpáveis daquilo que, exceto para eles, deve sempre ter permanecido 28.

(26) SETE POSIÇÕES DE CRISTO. escondido de nós, por serem supra-sensíveis. De igual modo, Jesus Cristo tornou Deus exposto e conhecido de nós. Em si mesmo Deus é totalmente muito além de nosso conhecimento; não podemos encontrá-lo através de pesquisa; e é somente quando Ele se nos revela que podemos ter apenas uma ideia dele. Mas de todas as revelações de si mesmo que Ele tem dado aos homens, nenhuma é tão plena, tão clara e tão impressionante como aquela que Ele nos deu na pessoa de seu Filho. Aqui, todos os outros raios de luz que Deus enviou para iluminar as nossas trevas são concentrados em um esplendor de glória. Aqui todas as outras palavras que Deus falou aos homens são reunidas e condensadas em uma elocução grande e abrangente, que, portanto, torna-se enfaticamente em O Verbo [a Palavra] - a manifestação pessoal e viva de Deus aos homens... O leitor atento do Antigo Testamento não pode falhar em observar como examinar rapidamente os escritos que contêm uma distinção entre Deus e o que Ele é em si mesmo - escondido, invisível, insondável, incompreensível, e o Deus que está em relação com as suas criaturas — revelado, manifesto, declarado. Algumas vezes isto é um comunicado muito distinto e inconfundível como o é o próprio Jeová e, todavia, distinto de Jeová - uma representação que pode ser tornada inteligível somente na suposição de uma distinção entre Deus revelado e o Deus escondido. Em outros casos, a mesma ideia é apresentada por certas formas de expressão que a pressupõem. Por exemplo, essa é a expressão frequentemente usada, o "nome de Deus" - uma expressão que indica algo distinto de Deus como Deus, mas ao qual, não obstante, as qualidades pessoais e divinas são atribuídas; pois os homens são ordenados a colocar a sua confiança no nome de Deus, e Deus serve os homens pelo seu nome, Deus coloca seu nome numa pessoa ou lugar, o resultado do que é aquilo que Deus é naquela pessoa ou lugar; e muitos outros usos semelhantes, que podem ser explicados satisfatoriamente somente com a suposição de que o nome de Deus é Deus, não como Ele é em si mesmo, mas como ele é revelado aos homens. Essa também é a distinção feita entre a "face de Deus", que nenhum homem pode contemplar, e as suas "costas", que a Moisés foi permitido ver, como condescendência ao seu pedido sincero. Gomo o semblante é o índice da alma, a parte espiritual do corpo (se é que podemos dizer isto), a face de Deus é a sua glória essencial interior, a sua essência como um Espírito; e como as costas do homem são uma parte material dele, e sujeitas ao escrutínio dos sentidos, assim isto é usado por Deus para denotar o que dele pode ser revelado, e sendo revelado pode ser conhecido por suas criaturas. Aquilo que é, Ele próprio declara expressamente quando, no mesmo contexto, em resposta ao pedido de Moisés: "Mostra-me a tua glória", Deus diz: "Eu farei a minha bondade [propriamente, beleza, majestade] passar diante de ti, e proclamarei o nome do Senhor diante 29.

(27) SOTERIOI.OGIA. de ti". Isto era o que Moisés poderia ver, e isto - o nome divino ou a revelação de Deus, a beleza, a perfeição manifesta de Deus - Ele faria passar diante dele; e é disso que Deus fala como suas costas, porque poderia ser tornado conhecido aos homens em contraste com a sua face, o seu ser essencial, que nenhum homem poderia ver e continuar vivo. Esses exemplos podem ser suficientes para mostrar que a ideia de uma distinção entre Deus como Ele é em si mesmo e Deus como Ele se revela às suas criaturas não poderia apenas ser familiar a um leitor atento das Escrituras dos judeus; de forma que João, ao apresentar o grande revelador de Deus que estava com Deus e que era Deus, não ultrapassaria os limites do pensamento iluminado e inteligente dos judeus. 2 Há três verdades determinantes demonstradas por João em seu evangelho a respeito do Logos: (a) Ele, como um com Deus e como Deus, existe desde a eternidade (1.1, 2); (b) Ele se toma carne (1.14); e (c) Ele sempre revela a primeira pessoa (1.18). Com esta revelação abrangente, toda a Escritura está de acordo, e essa pessoa é adorável, poderosa, sábia e eterna, e veio ao mundo para ser o Salvador dos homens. 2. C R I S T O ENCARNADO. Num esforço razoável de alcançar uma avaliação digna do Redentor, esta verdade fundamental deve ficar firme na mente como a base para todas as outras realidades que fazem parte desse Ser maravilhoso e exaltado, a saber, visto que Ele combina em Si mesmo uma divindade não-diminuída e uma perfeita humanidade, não há outro comparável a Ele, seja dentro da divindade, entre os anjos, ou entre os homens. Essa pessoa teantrópica é tanto Deus quanto é o Pai ou o Espírito Santo; mas nem o Pai nem o Espírito entraram em união com aquilo que é humano. Semelhantemente, a pessoa teantrópica em todo sentido é a personificação de cada aspecto de um verdadeiro ser humano; mas nenhum outro ser humano jamais foi unido à divindade. Não há uma sugestão de que essa pessoa teantrópica seja superior ao Pai ou ao Espírito; está somente indicado que Ela difere de todos os outros no céu ou na terra naquilo em que a amplitude da esfera do seu Ser foi expandido a u m ponto ao qual nenhum outro jamais atingiu ou jamais atingirá. Ela funciona perfeita e finalmente no serviço para o qual uma pessoa teantrópica foi designada. Não haveria necessidade de outra jamais surgir. Em vista desta última consideração do todo campo da mediação, a busca deste tema fica descontinuada para o momento. Contudo, muito urgentemente a verdade enfatizada é no sentido de que, à parte de uma investigação interminável dela, de meditação nela, os aspectos peculiares dessa Pessoa teantrópica singular, não pode haver um crescimento recomendável "no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo". 3. CRISTO EM SUA M O R T E . Além disso, uma discussão extensa vem pela frente sobre os sofrimentos de Cristo; todavia, a avaliação correta do Salvador está ligada, em grande medida, com sua obra sobre a cruz. Tal avaliação viera para o apóstolo quando, em adoração pessoal, ele disse de Cristo: "... que me amou e a si mesmo se entregou por mim". Grandes, de fato, são os triunfos de Cristo através da cruz — ao alcançar a transformação das coisas da terra e do céu. Um entendimento correto disso resultará num conhecimento mais rico e mais pleno daquele que é poderoso para salvar. 30.

(28) SETE POSIÇÕES DE CRISTO. 4. C R I S T O RESSUSCITADO. A encarnação realizou a união das duas naturezas numa pessoa teantrópica, em cuja união a sua divindade foi escondida e a sua humanidade, embora sem pecado, poderia se misturar nas experiências comuns com outros homens; mas a ressurreição realizou a revelação de sua divindade e a glorificação de sua humanidade. Através da ressurreição, Ele se tornou o que Ele sempre será e aquilo que nunca havia sido antes - um homem glorificado no céu. Dele é dito: "...aquele que possui, ele só, a imortalidade, e habita em luz inacessível; a quem nenhum dos homens tem visto nem pode ver; ao qual seja honra e poder sempiterno. Amém" (1 T m 6.16). Por causa dos seus sofrimentos e morte, Deus, na ressurreição de Cristo, exaltou-o sobremaneira e deu-lhe um nome que está acima de todo nome. Em qualquer reconhecimento de tudo o que o Salvador é, deve haver uma reflexão sobre o seu presente estado - aquele que Ele sempre terá no céu. 5. C R I S T O ASCENDEU AO C É U E ESTÁ ASSENTADO LÁ. O Salvador onipresente, embora habite em cada crente, embora presente onde dois ou três se reúnem em seu nome, e embora acompanhe cada mensageiro até o fim dos tempos, tudo isso através do Espírito Santo, não obstante, está localmente presente no céu, assentado à direita do trono do Pai e ali administra como Salvador dos perdidos, como Cabeça sobre todas as coisas à Igreja; e prepara um lugar para os filhos a quem Ele levará para a glória. Quando ainda sobre a terra, ninguém o conheceu mais intimamente do que João, o discípulo amado. Ele o viu como uma criança, em seu ministério público, na transfiguração, na morte, e na ressurreição; todavia, quando Ele o viu na glória - como está descrito em Apocalipse 1.13-18 - foi que ele se sentiu como morto aos pés do Salvador glorificado, e foi capaz de se levantar somente quando fortalecido pelo Senhor glorificado. É com esse mesmo Salvador glorificado que os cristãos serão confrontados à medida que eles entrarem no céu, e é desse Salvador que eles devem estar conscientes, se querem conhecer aquele que salva as suas almas. 6. C R I S T O EM SEU R E T O R N O . A capacidade extrema da linguagem para expressar a glória ilimitada é abraçada por aqueles textos onde o segundo advento de Cristo é descrito (cf. Is 63.1-6; Dn7.13,14; Mt24.27-31; At 15.16-18; 2Ts 1.7-10; Ap 19.11-16), e essa concepção dessa pessoa gloriosa deve ser acrescida à soma total de tudo o que Salvador é, por quem os perdidos são salvos e por quem eles são apresentados com sem pecado diante da presença da sua glóna. 7. C R I S T O R E I N A N D O PARA SEMPRE. Pela autoridade do Pai, o Filho, a quem toda autoridade é dada, deve reinar sobre o trono de Davi, até que todos os inimigos sejam postos sob os seus pés. Então, pela mesma autoridade, Ele reinará para sempre e sempre, para que Deus possa ser tudo em todos (1 Co 15.24-28). Está predito que o seu remo será eterno - no trono de seu pai Davi (cf. Is 9.6-7; Ez 37.21-25; Dn 7.13, 14; Lc 1.31-33; Ap 11.15). É nele que o pecador deve confiar e é a Ele que todos os cristãos são admoestados a conhecer. A convocação para conhecer "nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo" é uma chamada para entrar na esfera imensurável da realidade - inclusive tudo o que o Salvador é. 31. Rim iriTPra. AIIBOCV. r*, « r,^.

(29) SOTERIOLOGIA. II. Os Ofícios de Cristo Baseada na Escritura, a crença dos intérpretes da Bíblia, tanto daqueles que viveram no tempo do Antigo Testamento quanto os que viveram no tempo do Novo Testamento, tem sido a de que o título Messias do Antigo Pacto e o título Cristo do Novo Pacto sugerem uma responsabilidade oficial tríplice - as de Profeta, Sacerdote, e Rei. Há razão para se reter essa divisão geral da verdade, e esses ofícios devem ser considerados separadamente. 1. P R O F E T A . A ideia subjacente de um profeta é que ele é um canal ou meio de comunicação através de quem a mensagem de Deus pode ser entregue ao homem. Neste sentido, o serviço do profeta é o oposto do serviço sacerdotal, cuja responsabilidade é representar o homem perante Deus. Ambos os ministérios igualmente pertencem a Cristo e juntos constituem dois aspectos principais de sua obra redentora. Gomo Mediador, Ele permanece entre Deus e o homern e representa cada um junto ao outro. Deve ser feita uma distinção entre o profeta do Antigo Testamento e o do Novo Testamento. Em cada caso o campo de serviço é duplo - predição e proclamação. O ministério do profeta do Antigo Testamento era basicamente o de u m reformador ou patriota. Ele procurava a restauração para as bênçãos da aliança do povo que estava sob os pactos. Nenhuma ilustração melhor disto será encontrada do que aquela de João Batista - o último profeta da antiga ordem e o arauto do Messias. Dele Cristo disse: "Um profeta? Sim, eu vos digo, mais do que u m profeta" (Mt 11.9); e nenhuma predição maior foi emitida por João do que a expressa nas seguintes palavras: "Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo" (Jo 1.29). Tendo a atitude de um reformador e de um avivalista, o profeta do Antigo Testamento era apontado pelo Senhor para dar advertências a respeito do castigo de Deus que estava por vir ao seu povo em pecado, e, com as predições, dar testemunho de Jeová que o propósito e a fidelidade do Senhor com respeito às bênçãos definitivas de Israel jamais pudessem falhar. Por causa de seus pecados, o povo sofreria provações, mas, no final, as bênçãos pactuais de Deus seriam experimentadas, visto que Deus não pode mudar. Com respeito a Israel, "os dons e a vocação de Deus são irretratáveis" (Rm 11.29). Sobre o profeta do Antigo Testamento, deve ser observada uma ordem de desenvolvimento. Ele foi primeiro chamado o homem de Deus, mais tarde, considerado o vidente, e finalmente foi identificado como o profeta. A ordem de desenvolvimento é facilmente traçada. O homem de Deus poderia ver, com base no princípio invariável de que o puro de coração verá a Deus; portanto, tornou-se conhecido como o vidente. Para aqueles que possuem visão espiritual, é apenas um passo para a capacidade de declarar tanto a predição quanto a proclamação. No volume 1 desta obra, em Bibliologia, capítulo V, dedicado à canonicidade, foi assinalado que certas responsabilidades foram colocadas sobre as autoridades judaicas com respeito às Escrituras. A responsabilidade do povo é declarada em Deuteronômio 4.2: "Não acrescentareis à palavra que vos mando, 32.

(30) Os OFÍCIOS DE CRISTO. nem diminuireis dela, para que guardeis os mandamentos do Senhor vosso Deus, que eu vos mando". A instrução para o rei no trono — embora nenhum rei tenha reinado em Israel por cinco séculos subsequentes — foi revelada em Deuteronómio 17.18, 19; "Será também que, quando se assentar sobre o trono do seu reino, escreverá para si, num livro, uma cópia desta lei, do exemplar que está diante dos levitas sacerdotes. E o terá consigo, e nele lerá todos os dias da sua vida, para que aprenda a temer ao Senhor seu Deus, e a guardar todas as palavras desta lei, e estes estatutos, a fim de os cumprir". O juiz interpretava a lei contida nas Escrituras; mas alguma matéria poderia ser levantada, quando os juízes eram incapazes de julgá-la. Então ela era remetida aos sacerdotes que atuavam como a corte suprema, e o ofensor que não alcançasse o perdão dos sacerdotes, era morto. Esta provisão importante está registrada em Deuteronómio 17.8-10: "Se alguma causa te for difícil demais em juízo, entre sangue e sangue, entre demanda e demanda, entre ferida e ferida, tornando-se motivo de controvérsia nas tuas portas, então te levantarás e subirás ao lugar que o Senhor teu Deus escolher; virás aos levitas sacerdotes, e ao juiz que houver nesses dias, e inquirirás; e eles te anunciarão a sentença do juízo. Depois cumprirás fielmente a sentença que te anunciarem no lugar que o Senhor escolher; e terás cuidado de fazer conforme tudo o que te ensinarem". Aos levitas foi dada a custódia das Escrituras. Está escrito: "Tomai este livro da lei, e ponde-o ao lado da arca do pacto do Senhor vosso Deus, para que ali esteja por testemunha contra vós" (Dt 31.26). Mas ao profeta foi dada a elevada responsabilidade de receber e transmitir a Palavra de Deus. A comissão que o profeta tinha de falar por Deus e a exigência do povo de ouvir são estabelecidas na lei constituída de Israel. Sem dúvida, como muitas outras, a passagem tem o seu cumprimento final no ministério profético de Cristo. Ele é o maior de todos os profetas, o maior de todos os sacerdotes, e o maior de todos os reis. Essa instrução é uma autorização imediata dos profetas que, sob Deus, deveriam suceder Moisés. Esta passagem diz: "O Senhor teu Deus te suscitará do meio de ti, dentre teus irmãos, u m profeta semelhante a mim; a ele ouvirás;.. .do meio de seus irmãos lhes suscitarei um profeta semelhante a ti; e porei as minhas palavras na sua boca, e ele lhes falará tudo o que eu lhe ordenar. E de qualquer que não ouvir as minhas palavras, que ele falar em meu nome, eu exigirei contas" (Dt 18.15, 18, 19). A verdadeira mensagem do profeta tinha de ser recebida e atendida pela totalidade da casa de Israel, desde o rei no trono até o menor no reino. Dessas mensagens, contudo, somente as porções que o Espírito de Deus determinou é que se tornaram canónicas. O verdadeiro profeta atestou a sua própria mensagem e demonstrou a sua autoridade por evidência sobrenatural. Isto não evitou que um profeta atestasse a mensagem que outro profeta houvesse recebido e transmitido com autoridade. Tal colaboração é observável, especialmente com respeito aos escritos que aparecem no cânon do Novo Testamento. 33.

Referências

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