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QUANTIFICAÇÃO DO PESO CORPORAL E DO MATERIAL ESCOLAR EM CRIANÇAS DE 7 A 10 ANOS, DE ENSINO PRIVADO, NO MUNICÍPIO DE TABOÃO DA SERRA SP

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QUANTIFICAÇÃO DO PESO CORPORAL E DO MATERIAL ESCOLAR EM CRIANÇAS DE 7 A 10 ANOS, DE ENSINO PRIVADO, NO MUNICÍPIO DE TABOÃO DA SERRA – SP

Renata Soares de Oliveira Sabóia (Fisioterapia) Prof. Dr. Thais Weber de Alencar Bojadsen (Orientadora)

RESUMO

SABÓIA, Renata Soares de Oliveira. Quantificação do peso corporal e do material escolar em crianças de 7 a 10 anos, de ensino privado, no município de Taboão da Serra – SP 2007. 36f. [Body weight, school material weight and form of school material transportation in child from 7 to 10 years-old, in a private school, at Taboao da Serra - SP]. In: Programa Institucional de Bolsa de Iniciação Científica (PIBIC) – Curso de Fisioterapia, Centro Universitário FIEO, Osasco, 2008.

As curvaturas da coluna vertebral são as que mais sofrem alterações quando surgem os problemas posturais. Um dos fatores que pode prejudicar o equilíbrio corporal é a sobrecarga externa. Nas crianças esta sobrecarga pode ser representada por cargas superiores àquelas que suas estruturas, ainda em desenvolvimento, podem suportar. A aplicação de carga constante e assimétrica pode aumentar a força e o tônus muscular de apenas um lado do tronco, provocando a escoliose. Na fase escolar, a criança pode adquirir posturas que resultam em mau alinhamento por toda a vida. O presente estudo tem como objetivos: quantificar o peso e analisar o transporte do material escolar de crianças de 7 a 10 anos, em uma escola de ensino privado do município de Taboão da Serra – SP. Os dados foram coletados em um colégio de ensino fundamental privado no Município de Taboão da Serra. Foram analisados o peso do material escolar e o peso corporal de 28 crianças na faixa etária entre 7 a 10 anos (1ª à 4ª série do ensino fundamental I). Os pais dos alunos, previamente esclarecidos, autorizaram a pesquisa e responderam a um questionário com dados sobre o aluno e sobre seu material escolar. Após toda a análise pode-se concluir que a média de peso corporal das crianças é 32 kg, o peso médio do material escolar é 4 kg e o peso do material transportado corresponde a 14% do peso corporal das crianças, o que está acima da lei de dois vereadores (um em Curitiba e outro em Cuiabá), que diz que o peso do material das crianças em idade escolar deve ser de 5% do peso corporal até 10 anos e 10% do peso da criança com mais de 10 anos. Mais estudos são necessários para avaliar o peso ideal transportado pelas crianças.

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ABSTRACT

SABÓIA, Renata Soares de Oliveira. Body weight, school material weight and form of school material transportation in child from 7 to 10 years-old, in a private school, at Taboao da Serra - SP In: Programa Institucional de Bolsa de Iniciação Científica (PIBIC) – Curso de Fisioterapia, Centro Universitário FIEO, Osasco, 2008.

The vertebral column is the part of the body that gives support to body weitgh. One of the things that can bring damage to the balance is the overload material. In children, this overload can express below loads that they can transport. Sustained assymetrical load can increase muscle tonus and muscle strength on one side of the body, leading to a scoliosis. In school age, child can get a posture that can result in a bad alignment for the rest of the life. The present study has as objective: quantify and analyze the weigh and the way of transportation in children from 7 to 10 years-old, In a private school, at Taboao da Serra – SP. The items were collected at a school from fundamental education at Taboao da Serra. The school material weight was analyzed and the corporal weight from 28 children from 7 to 10 years-old (first at fourth year from fundamental education). Their parents were noticed about this study and authorized it, and answered a questionnaire about weight and school material. As results, we can conclude that: the medium of corporal weight was 32 pounds, the medium weight of material school was 4 ponds and the weight of school material correspond at 14 percent (%) from weight corporal from children. This is above the law from two aldermen (at Curitiba and Cuiaba), which says that the weight of school material should correspond to 5% of body weight in children until 10 years-old. Future studies should investigate the ideal material weigh for children below 10 years old.

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INTRODUÇÃO

Desde o início da humanidade, o homem vem se adaptando a alterações posturais. A partir do momento que deixou de utilizar os membros superiores (MMSS) para locomoção e a adotar o centro de gravidade, o peso do corpo sofre as acomodações o tempo todo para se ajustar a essa mudança ao longo dos muitos anos (GONÇALVES et al. 1989).

As curvaturas da coluna vertebral são as que mais sofrem essas alterações, por ser as que sustentam o corpo inteiro e quando surgem os problemas posturais, estas são as primeiras a ter conseqüências, reagindo com um mecanismo de defesa, alterando ossos, ligamentos e musculatura para manter a estabilização do corpo. Seria, portanto, prejudicada a boa postura, sendo esta um estado onde há equilíbrio entre os sistemas do corpo (esquelético e muscular), protegendo as estruturas de possíveis lesões traumáticas, sendo em pé ou deitado. Se o corpo estiver em perfeito equilíbrio, não há riscos de prejudicar a postura (GONÇALVES et al. 1989).

Nos adolescentes, a postura considerada correta, é afetada por estarem na fase do estirão, ou seja, na fase onde ocorre um crescimento desequilibrado, surgindo e aumentando a freqüência de alterações

posturais, afetando principalmente, o Centro de Gravidade (CG) (GONÇALVES et al. 1989). Na fase escolar, a criança adquire posturas que resultam em grande incidência nas alterações posturais, pois as mesmas ficam vulneráveis nas escolas, com posturas errôneas. As crianças com idade entre 7 e 12 anos sofrem transformações no equilíbrio às novas proporções do corpo e hábitos de postura, podendo ter uma resposta no futuro, como conseqüência (RODRIGUES et al., 2003) A aplicação de carga constante e assimétrica pode aumentar a força e o tônus muscular de apenas um lado do tronco. Durante o transporte, a coluna tem que estar o mais próximo da posição vertical e evitar também que o peso fique distante do corpo ou que se transporte cargas com pesos diferentes, exigindo da musculatura do tronco um esforço a mais para se equilibrar (IIDA, 2005).

Atualmente, essas crianças estão submetidas a carregar excesso de peso em suas mochilas, podendo levar à diversas alterações posturais, como a escoliose, sendo algo que pode ser analisado assiduamente em qualquer idade, principalmente quando se realiza a posição de anteriorização do tronco. É nesta fase que a criança costuma carregar muito material escolar para seu estudo, excedendo, muitas vezes, a quantidade de itens necessários. A escoliose é uma deformidade da coluna vertebral, sendo considerada uma deformidade de

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A escoliose e outras alterações da postura podem ser causadas por hábitos de vida.

Um exemplo de carga diária que as crianças transportam é o material escolar. Não se conhece normas confiáveis ou limites quanto ao peso transportado nem o peso real que a maioria das crianças transportam. Em Curitiba, um vereador estabeleceu normas para o peso de material escolar para crianças da pré-escola e do ensino fundamental, sendo estas:

“Art. 1º. O peso do material escolar a ser transportado por aluno do pré-escola e do ensino fundamental da rede de ensino público e privado do Município de Curitiba não poderá ultrapassar: I - 5% (cinco por cento) do peso da criança de até

10 (dez) anos de idade;

II - 10% (dez por cento) do peso da criança com mais de 10 (dez) anos de idade” (BERNARDI,

2006)”.

De acordo com a literatura, os estudos encontrados com postura de crianças em idade escolar são voltados à ergonomia do mobiliário escolar. São poucos os trabalhos que visam analisar e quantificar o peso do material escolar em crianças em idade escolar, como o estudo de Pereira et al., (2005), onde foi fundamental a quantificação do material escolar. Neste estudo foi realizada a medida da massa corporal e do peso de todo o material escolar de sujeitos entre 10 e 15 anos. Concluíram que 50%

anos e 100% dos que pertenciam à faixa etária de 13 a 15 anos, com giba, estavam com peso do material inadequado.

Ainda na literatura atual, não é possível encontrar dados que expliquem o peso ideal para cada faixa etária e a melhor maneira de se transportar o material escolar. Muita ênfase é dada às indústrias, às empresas, enfim, à ergonomia do trabalho. Grandjean e Kroemer (2001), afirmam que o manuseio de cargas deve ser feito de maneira adequada, a fim de evitar pressão exacerbada nos discos intervertebrais.

Assim como o estudo de Moro, (2005), que analisou a postura dos alunos em carteiras escolares consideradas por ele tradicionais (horizontais). Ele aplicou um questionário sendo uma das partes objetivando descobrir qual região do corpo a criança sente mais dor. A região cervical foi a mais referida (nuca e pescoço – 54%). Dados que complementam que a carteira escolar é a que causa desconfortos na postura da criança.

Entretanto, não se pode afirmar e nem se dar por concreto de que somente a fabricação errada da carteira escolar seja a única causa de dores em crianças. A inadequação do peso do material escolar também pode ser um fator imprescindível na busca de alterações posturais nestes sujeitos. Nas crianças, atividades esportivas que estimulam assimetricamente o tronco, maus hábitos posturais

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para manter-se em pé ou sentado podem favorecer o surgimento de uma atitude escoliótica ou agravar uma escoliose verdadeira.

Portanto, o objetivo deste trabalho foi quantificar o peso e analisar o transporte do material escolar de crianças de 7 a 10 anos, em uma escola de ensino privado do município de Taboão da Serra – SP.

METODOLOGIA

Local do estudo

Os dados foram coletados em um colégio de ensino fundamental privado no Município de Taboão da Serra.

Casuística

Amostra de conveniência com 28 crianças na faixa etária entre 7 a 10 anos (1ª à 4ª série do ensino fundamental I), sendo 16 do sexo feminino e 12 do sexo masculino.

Critérios de inclusão

Estar em atividade escolar, ter idade entre 7 e 10 anos e transportar diariamente o material escolar.

Critérios de exclusão

Crianças que não transportam diariamente o material escolar.

6 Materiais

- Balança de uso doméstico, da marca Ceman® para a quantificação do peso das mochilas dos sujeitos do trabalho;

- Balança de uso doméstico, da marca Sunrise® para a quantificação do peso das crianças.

Procedimentos

Inicialmente, foi realizado contato com a direção do colégio para autorização na entrada do mesmo para a realização do trabalho. Em seguida, após explicação e esclarecimento para a direção e coordenação do colégio, foi assinada a autorização pela diretora, permitindo a realização do trabalho. Foi combinado com a coordenação do colégio sobre possível reunião de pais bimestral para autorização dos pais para a coleta de dados das crianças. O dia e o horário da reunião foram marcados e os pais foram escolhidos aleatoriamente pela coordenação e direção do colégio.

Os pais foram esclarecidos sobre os objetivos do presente estudo e em seguida, leram e assinaram o termo de consentimento.

Foi conversado com a coordenação do colégio e combinado o dia e a hora do início da coleta de dados.

Inicialmente, os alunos os quais os pais autorizaram a coleta de dados foram chamados na sala, com todos os materiais escolares dentro da mochila, sendo uma série de cada vez.

Em seguida, foram pesados os materiais escolares (mochilas), a quantificação da quantidade de itens dentro da mochila e a forma como eram transportados.

A pesagem do material se procedeu da seguinte maneira: os alunos foram levados para uma sala de aula reservada, foram organizados e sendo

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mochila na balança, de uso doméstico, da marca Ceman® o peso foi anotado e em seguida foi pedido que o aluno demonstrasse a forma de transportá-la. Foi perguntado: “Como você costuma levar sua mochila?” E o aluno representava, colocando a mochila na região dorsal do tronco, por exemplo. Em seguida, foi realizada a contagem de itens dentro da mochila. Quanto ao peso da criança, outro dia e horário foi combinado novamente com a coordenação do colégio e procedeu-se da seguinte maneira: os mesmos alunos foram chamados, uma série por vez, sendo desta vez sem a mochila e foram conduzidos à mesma sala reservada. Os alunos foram organizados e um de cada vez, após serem chamados, se dirigiam até a balança, de uso doméstico, da marca Sunrise® e posicionavam-se sobre a mesma. O peso foi anotado e o aluno era solicitado a retornar ao lugar.

O período da coleta de dados realizou-se em dois dias de semanas diferentes, nos meses de Agosto e Setembro de 2007.

Análise estatística

Foi utilizado o programa Microsoft Excel 2003® para a tabulação dos dados. Os dados foram distribuídos em número e percentagem numa análise de freqüência simples.

RESULTADOS

peso do material escolar ficou em 14 kg, em média e a média da relação do material escolar com o peso corporal foi de 14%.

Pode-se verificar que a maioria das crianças (N=19) possui mochila com rodas e as puxam enquanto as demais (n=9) transportam a mochila no tronco, utilizando duas alças.

Quanto ao gênero da amostra, 16 foram do sexo feminino e 12 do sexo masculino.

Com relação à quantidade de material escolar transportado dentro das mochilas, o menor número de itens foi 7 e o maior foi 24. Foi considerado como item escolar, aparentemente necessário: caderno, livro, livro paradidático dicionário, estojo, régua e agenda escolar. Foram encontradas muitas outras coisas além destas, como estojo com jogo de borrachas, diários, agendas, brinquedos, agasalho, sacola com lanche, estojo com jogo de canetas e de lápis de cor, folhetos, revistas e acessórios para maquiagem. Estes, possivelmente podem contribuir para o excesso de peso de material dentro da mochila. Porém este fato ainda deve ser estudado e analisado mais cuidadosamente em estudos futuros.

DISCUSSÃO

No presente estudo, foram observados o peso corporal da criança, o peso do material transportado por ela e como é transportado este material. Os valores obtidos foram respectivamente 33 kg, 4 kg.

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Em relação a forma de transporte do material, 19 o transportam em mochilas com rodinhas e 9 o transportam em mochila com 2 alças.

O menor peso da mochila foi de 1,0 kg e o maior de 5,8 kg. Sendo que o sexo feminino carrega entre 3,3 e 5,8 kg, e o masculino entre 1,0 kg e 5,8 kg. Estes dados concordam com o estudo de Cremon (2005), realizado em um colégio da rede municipal de ensino em Osasco, SP, onde o menor peso foi de 1,20 kg e o maior de 5,20. Houve diferença, contudo, em relação ao estudo de Rebelatto et al. (1991), também realizado em ensino privado, onde os pesos transportados pelo sexo masculino variam entre 4,33 e 5,47 e no sexo feminino de 4,43 e 4,63 kg. Observa-se que o peso mínimo encontrado nas mochilas foi muito superior aos do presente estudo. O valor máximo do peso da mochila, neste estudo, foi entre 4,0 e 5,0 kg no sexo feminino, na faixa etária de 7 a 9 anos. No sexo masculino, o peso da mochila ficou entre o peso mínimo de 1,0 e 6,0 kg o peso máximo, com idade de 7 e 10 anos, respectivamente. Já no estudo de Rebelatto et al. (1991), o maior peso foi de 6,40 e 7,60 kg em ambos os sexos e faixa etária de 8 a 10 anos no sexo feminino e de 11 a 12 anos no sexo masculino. Os valores do sexo masculino diferem do presente estudo, na faixa etária de 8 a 10 anos. Podemos observar, ainda, que no sexo feminino, a maioria (13 crianças) transporta o material em mochilas com rodas e apenas 3 crianças transportam em

mochilas com alças. No sexo masculino não houve diferença: a distribuição das crianças que transportam a mochila com rodas e as que utilizam mochilas com alças é igual. Estes dados diferem dos resultados de Cremon (2005), onde a maioria (n=13) transporta o material na região posterior e apenas 4 crianças utilizavam rodinhas.

Quanto ao peso corporal das crianças, neste estudo foi observado que o menor peso foi de 18 kg e o maior foi de 50 kg. Já no estudo de Cremon, (2005), que também verificou o peso corporal, o peso menor e maior foi de 18,4 kg e 39,40 kg, respectivamente. Assim, observa-se que na amostra observada, havia crianças mais pesadas do que em estudo semelhante, realizado dois anos atrás. Os alunos relataram, após a contagem dos itens, que dependendo do dia da semana, a mochila permanece mais leve ou mais pesada, pois o colégio possui uma divisão de horários das aulas que distribui e divide as matérias em diferentes dias da semana. Assim, é possível que a mochila seja ainda mais pesada do que foi avaliada.

O trabalho de Pereira et al. (2005), é um dos poucos trabalhos que também visam a quantificação do peso do material escolar. O objetivo foi verificar a prevalência de casos com suspeita de escoliose e a associação com o peso do material escolar em alunos de uma escola pública em Jequié, na Bahia, porém em escolares de 10 a 15 anos. Os escolares foram divididos em faixa etária de 10 a 12 anos e

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classificação para peso do material adequado ou inadequado: se a relação entre peso do material escolar e massa corporal fosse maior a 10% da massa corporal, o peso seria inadequado e se fosse menor ou igual a 10%, seria adequado. Como resultado, observaram que a maioria dos sujeitos, na faixa etária de 10 a 13 anos, apresentou peso do material adequado. O resultado da relação do peso do material escolar, em relação ao peso corporal foi de 14%. Este dado é considerado inadequado por Pereira et al (2005) e está acima do proposto por um vereador de Curitiba, Bernardi e um vereador em Cuiabá, Riva (1998 e 2006), onde:

“Art. 1º. O peso do material escolar a ser transportado por aluno do pré-escola e do ensino fundamental da rede de ensino público e privado do Município de Curitiba não poderá ultrapassar: I - 5% (cinco por cento) do peso da criança de até

10 (dez) anos de idade;

II - 10% (dez por cento) do peso da criança com mais de 10 (dez) anos de idade.”

Entretanto, não se sabe como esses vereadores chegaram a esses valores, se realizaram trabalhos, se pesquisaram ou se simplesmente deduziram por si só. Foi realizado contato com os mesmos, porém, sem resposta. Sugere-se, portanto, que em estudos futuros, haja comprovação ou análise de outros valores propostos para o peso corporal e do material escolar.

grupos musculares, com avaliação postural para se saber se realmente existem influências na carga dos grupos musculares com a carga do material escolar. Porém, na análise de material escolar ficou nítido que as crianças transportam muitos acessórios que não são didáticos dentro da mochila

Uma outra observação que deve ser feita é em relação ao tipo de material didático utilizado. Como citado acima, dependendo do dia da semana, os sujeitos levam na mochila mais ou menos material escolar. Sugere-se que a escolha do material didático feita pela direção, coordenação ou professores dos colégios deva ser feita cuidadosamente, visando não somente um material de ótima qualidade, que intensifique a qualidade do ensino, mas que tenha um tamanho e espessura adequados, visando a prevenção de possíveis alterações na postura das crianças. Fato que deve ser orientado e esclarecido à direção dos colégios. Neste trabalho, os sujeitos coletados foram da rede privada, ma seria importante, no futuro, estudos que comparem a rede privada e a rede pública. Foi possível notar que os alunos da rede privada, na amostra estudada, em sua maioria possuem mochilas com rodinhas. Sugere-se então analisar se os alunos da rede pública possuem mochilas com rodinhas ou sem rodinhas e como as transportam, além de uma análise da postura para identificar

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possíveis alterações posturais causadas pelo excesso de peso na mochila.

CONCLUSÃO

O peso do material escolar analisado corresponde em média à 14% do peso corporal das crianças. Este dado está acima do indicado na literatura. Verificou-se também que a maioria das crianças utiliza mochilas com rodas.

Sugere-se que estudos futuros analisem precisamente o peso ideal para as crianças na faixa etária de 7 a 10 anos.

REFERÊNCIAS

BERNARDI, J. Projeto de Lei Ordinária. 02/05/2006. Estabelece o peso máximo do material escolar a ser transportado por aluno do pré-escolar e do ensino fundamental e da outras providências. Protocolo Legislativo. 2006. Câmara Municipal

de Curitiba. Disponível em:

<http://domino.cmc.pr.gov.br/prop2005.nsf/> e <http://www.jorgebernardi.com.br/mostra_projlei.a sp>. Acesso em: 08 nov. 2007.

CREMON, A.C. Hábitos Posturais em Escolares. 2005. 51f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) – Curso de Fisioterapia, Centro Universitário FIEO, Osasco, 2005.

GONÇALVES, D.V.; SANTOS, A.R.B.; DUARTE, C.R.; MATSUDO, V.K.R. Avaliação postural em praticantes de natação: uma análise

crítica. Revista Brasileira de Ciência e Movimento. v. 3. n. 2. p. 16-18, 1989.

GRANDJEAN, E.; KROEMER, K.H.E. Manual de ergonomia – adaptando o trabalho ao homem. 5 ed. Porto Alegre: Editora Artmed, 2001, p. 104-108.

IIDA, I. Ergonomia – Projeto e produção. 2 ed. São Paulo: Editora Edgard Blücher, 2005, p. 571, 575.

PEREIRA, L.M.; BARROS, C.C.; OLIVEIRA, M.N.D.; BARBOSA, A.R. Escoliose: triagem em escolares de 10 a 15 anos. Rev. Saúde. Com. v. 1, n. 2, p. 134-143, 2005.

REBELATTO, J.R., CALDAS, M.A.J., VITTA, A. de. Influência do transporte do material escolar sobre a ocorrência de desvios posturais em estudantes. Rev. Bras. Ortop. v. 26, n. 11-12, p. 403-410, nov./dez. 1991.

RIVA, J. Lei Ordinária nº 7.071, de 07 de dezembro de 1998. Dispõe sobre o peso máximo de material escolar a ser transportado pelos alunos do pré-escolar e 1º grau do ensino regulamentar das redes pública e particular. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil. Cuiabá, MT. 09.12.98 Disponível em: http://www.sad-legislacao.mt.gov.br/Aplicativos/Sad

Legislacao/legislacaosad.nsf/. Acesso em: 07 nov. 2007.

RODRIGUES, L.F.; FERNANDES, M.; BARROS, J.W.; SHIMANO, A.C.; MOREIRA, F.B.R.;

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N.T.; RODRIGUES, A.S.; PINTO, T.A.; SANTOS, V.C. Utilização da técnica de Moiré para detectar alterações posturais. Revista Fisioterapia

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