• Nenhum resultado encontrado

Braz. j. . vol.82 número5

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2018

Share "Braz. j. . vol.82 número5"

Copied!
2
0
0

Texto

(1)

Braz J Otorhinolaryngol. 2016;82(5):618-619

www.bjorl.org

OTORHINOLARYNGOLOGY

Brazilian Journal of

BRAZILIAN JOURNAL OF OTORHINOLARYNGOLOGY

VERSÃO EM PORTUGUÊS - CORTESIA PARA OS ASSOCIADOS

FATOR DE IMPACTO 2015: 0.730

© THOMSON REUTERS JOURNAL CITATION REPORTS, SCIENCE EDITION (2015)

© 2016 Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial. Publicado por Elsevier Editora Ltda. Este é um artigo Open Access sob a licença CC BY (https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/deed.pt).

CARTA AO EDITOR

Treatment of tympanic membrane

perforation using bacterial cellulose:

a randomized controlled trial

Tratamento de perfuração da membrana

timpânica com uso de celulose bacteriana:

estudo controlado randomizado

Caro Editor;

Vimos por meio desta apresentar alguns comentários sobre o artigo original intitulado “Tratamento de perfuração da membrana timpânica com uso de celulose bacteriana: estu-do controlaestu-do ranestu-domizaestu-do” por Silveira FC et al.1

O trabalho descrito neste manuscrito foi interessante. Após a revisão, concordamos com os autores que a celulose bac-teriana é um excelente material para regeneração da Mem-brana Timpânica (MT) e pode ser uma alternativa eicaz para a miringoplastia convencional. No entanto, acreditamos que os seguintes detalhes deste estudo devem ser mais bem es-clarecidos:

O tamanho da perfuração: Embora os autores tenham re-latado uma taxa de fechamento de 100% utilizando celulose bacteriana em 14 pequenas perfurações crônicas de MT, eles calcularam essa taxa ao categorizar o tamanho da perfuração como pequeno ou médio. No entanto, eles não descrevem claramente o diâmetro da perfuração como uma medida (isto é, em milímetros ou em percentagem da MT). Estudos publi-cados anteriormente indicam que o uso de Gelfoam ou tim-panoplastia com adesivo de papel em pequenas perfurações de MT crônicas é eicaz. Anders Niklasson et al.2 relataram

que a miringoplastia com tampão de Gelfoam foi bem-suce-dida para 12 perfurações crônicas de MT pequenas, de 2-4 mm de tamanho. Outro estudo por Park SN et al.3 relatou

uma taxa de fechamento de 78,3% usando papel de cigarro em 23 perfurações crônicas de MT, menos de 5% do tamanho da MT. De maneira semelhante, Golz A et al.4 relataram uma

taxa de fechamento de 78,3% usando papel de cigarro em 38 perfurações crônicas de MT, com menos de 3 mm. Também

é importante destacar que o Gelfoam e o papel de cigarro são convenientes, fáceis de utilizar e baratos em comparação com a celulose bacteriana.

Os critérios de inclusão são vagos: Para os critérios de in-clusão, os autores airmaram, “40 pacientes com perfuração da membrana timpânica causada por otite média foram in-cluídos em um estudo clínico randomizado controlado... Os pacientes com perfurações marginais, úmidas ou de co-lesteatoma foram excluídos.” Não houve indicação de se as perfurações com placas escleróticas foram incluídos neste estudo. As placas escleróticas são o principal fator que afeta a taxa de sucesso da miringoplastia. Alguns estudos que ava-liam o uso de timpanoplastia para tratar PMT crônicas des-cobriram que a excisão de placas escleróticas melhorou a taxa de sucesso.5,6 Os resultados de dois estudos utilizando

Fator de Crescimento 2 de Fibroblastos (FGF-2) para o trata-mento de PMT traumáticas e crônicas indicaram que a calci-icação residual de MT foi um fator de risco signiicativo para a não cicatrização.7,8 Da mesma maneira, os resultados de

um estudo que investigou uma grande amostra de PMT trau-mática de cicatrização espontânea mostraram que placas escleróticas pré-existentes foram a principal causa de não cicatrização.9

Não houve descrição detalhada do tratamento de borda perfurada: Para o grupo experimental, os autores airmam, “As bordas perfuradas foram escariicadas e, em seguida, uma membrana de celulose bacteriana foi colocada sobre a perfuração lateralmente aos remanescentes timpânicos. A membrana foi mantida no lugar por autoadesão”. Durante miringoplastia, na maioria dos casos, as bordas perfuradas são excisadas para criar uma borda fresca para o adesivo ou enxerto de fáscia temporal da PMT crônica.

Para transmitir eicazmente a metodologia utilizada neste estudo, cremos que os autores terão de trabalhar em todos os três pontos mencionados anteriormente.

Conlitos de interesse

O autor declara não haver conlitos de interesse.

Referências

1. Silveira FC, Pinto FC, Caldas Neto SD, Leal MC, Cesário J, Aguiar JL. Treatment of tympanic membrane perforation using

DOI se refere ao artigo: http://dx.doi.org/10.1016/ j.bjorl.2016.05.002

(2)

CARTA AO EDITOR 619

7. Hakuba N, Hato N, Okada M, Mise K, Gyo K. Preoperative fac

-tors affecting tympanic membrane regeneration therapy using

an atelocollagen and basic ibroblast growth factor. JAMA Oto

-laryngol Head Neck Surg. 2015;141:60–6.

8. Lou Z, Yang J, Tang Y, Xiao J. Risk factors affecting human trau -matic tympanic membrane perforation regeneration therapy

using ibroblast growth factor-2. Growth Factors. 2015;18:1–9.

9. Lou ZC, Tang YM, Yang J. A prospective study evaluating spon-taneous healing of aetiology, size, and type-different groups of traumatic tympanic membrane perforation. Clin

Otolaryn-gol.2011;36:450–60.

Zhengcai Lou

Department of Otorhinolaryngology,

The Affiliated YiWu Hospital of Wenzhou

Medical University, Zhejiang 322000, China E-mail: louzhengcai@163.com

bacterial cellulose: a randomized controlled trial. Braz J Otor-hinolaryngol. 2015. S1808-8694(15)00136-6.

2. Niklasson A, Tano K. The Gelfoam® plug: an alternative

treatment for small eardrum perforations. Laryngoscope.

2011;121:782–4.

3. Park SN, Kim HM, Jin KS, Maeng JH, Yeo SW, Park SY. Predictors for outcome of paper patch myringoplasty in patients with

chronic tympanic membrane perforations. Eur Arch

Otorhino-laryngol. 2015;272:297–301.

4. Golz A, Goldenberg D, Netzer A, Fradis M, Westerman ST, Wes -terman LM, et al. Paper patching for chronic tympanic

mem-brane perforations. Otolaryngol Head Neck Surg. 2003;128: 565–70.

5. Migirov L, Volkov A. Inluence of coexisting myringosclerosis on

myringoplasty outcomes in children. J Laryngol Otol. 2009;123:

969–72.

6. Aslan H, Katilmiş H, Oztürkcan S, Ilknur AE, Başoğlu S. Tympa -nosclerosis and our surgical results. Eur Arch Otorhinolaryngol.

Referências

Documentos relacionados

In this study, we measured the diurnal trajectories of the salivary free-testosterone and Cortisol concentrations and analyzed the interaction of these two hormones by assessing

Methods: Cross-sectional historical study that analyzed all cases pathologically diagnosed as mucus extravasation phenomenon by the department of anatomic pathology of an oral

Objective: The objective of this study was to determine possible predictive factors related to the occurrence of occult cervical lymph node metastasis through the analysis

In this study we selected cancer patients and evaluated the improvement of QoL, expressed as ‘‘QoL outcomes’’, through the University of Washington Quality of Life ques-

Objective: The goals of this study were to evaluate the association of three genotypic polymor- phism ( MTHFR C677T, MTHFR A1298C and CBS 844ins68) and oral cancer risk in

In conclusion, this study found that T2DM had appreciable effects on hearing acuity, showing a significant association between the disease and the type and the degree of the

Treatment of idiopathic trigeminal neuralgia: comparison of long-term outcome after radiofrequency rhizotomy and microvascu- lar decompression. Erdine S, Ozyalcin NS, Cimen A, Celik

For declaration of non-inferiority of the investigational drug compared to the control drug, the upper limit of the 95% CI for the difference between the proportions of patients in