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Avaliação da sustentabilidade em edifícios multifamiliares do Programa Minha Casa Minha Vida em Criciúma,SC, segundo o Selo Casa Azul

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Academic year: 2021

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(1)Daniel Comin da Silva. AVALIAÇÃO DA SUSTENTABILIDADE EM EDIFÍCIOS MULTIFAMILIARES DO PROGRAMA MINHA CASA MINHA VIDA EM CRICIÚMA, SC, SEGUNDO O SELO CASA AZUL. Dissertação submetida ao Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Santa Catarina para obtenção do Grau de Mestre em Arquitetura e Urbanismo. Orientadora: Profª. Drª. Lisiane Ilha Librelotto Coorientador: Prof. Dr. Anderson Claro. Florianópolis 2016.

(2) Ficha de identificação da obra elaborada pelo autor no Programa de Geração Automática da Biblioteca Universitária da UFSC..

(3) Daniel Comin da Silva. AVALIAÇÃO DA SUSTENTABILIDADE EM EDIFÍCIOS MULTIFAMILIARES DO PROGRAMA MINHA CASA MINHA VIDA EM CRICIÚMA, SC, SEGUNDO O SELO CASA AZUL Esta Dissertação foi julgada adequada para obtenção do Título de “Mestre” e aprovada em sua forma final pelo Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo. Florianópolis, 29 de março de 2016. ________________________ Prof. Renato Tibiriçá de Saboya, Dr. Coordenador do Curso Banca Examinadora: ________________________ Prof.ª Lisiane Ilha Librelotto, Dr.ª Orientadora Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC ________________________ Prof.º Anderson Claro, Dr. Coorientador Universidade Federal de Santa Catarina- UFSC ________________________ Prof.ª Ana Ligia Papst de Abreu, Dr.ª Instituto Federal de Santa Catarina - IFSC ________________________ Prof. Fernando Barth, Dr. Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC ________________________ Prof. Juan Antonio Zapatel Pereira de Araújo, Dr. Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC.

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(5) Dedico este trabalho à minha amada, Mirela, por estar sempre presente, sorridente e compreensiva, dando razão a todo trabalho despendido. Dedico também aos meus queridos pais, Olizio e Albertina, pelo incentivo, apoio e referência de vida..

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(7) AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus, pela saúde e oportunidade de vida. Aos meus pais, pelo incentivo, preocupação e noites acordadas em minhas frequentes viagens a Florianópolis. À minha namorada, Mirela, por toda a paciência e compreensão durante este período de muito trabalho e pouco tempo disponível. À minha orientadora Lisiane, por ter me acolhido como aluno em disciplina isolada e, posteriormente, como orientando. Obrigado pelos ensinamentos, pela referência e disponibilidade de assessoramentos. Ao meu coorientador Anderson, por também ter me acolhido como aluno de mestrado. Obrigado pelas reflexões e apontamentos essenciais para o rumo deste trabalho. Ao IFSC Criciúma, pelo afastamento parcial concedido e pela flexibilidade de horário, sempre atendendo as minhas limitações. Em especial aos colegas docentes, por prontamente atenderem às minhas solicitações de trocas de aulas, agindo sempre com companheirismo e solidariedade. Ao engenheiro Eduardo Milaneze, por gentilmente responder aos meus questionamentos junto a Superintendência Regional da Caixa em Criciúma. Aos funcionários do Departamento de Habitação e Departamento de Planejamento Físico Territorial de Criciúma, pela cordialidade no atendimento. Ao arquiteto Maurício da Cunha Carneiro, pela disponibilidade de projetos e demais informações relevantes para os estudos realizados. Aos funcionários da Construtora BS, em especial ao diretor Tiago Stangherlin e ao engenheiro Renier Perucchi, pelos projetos disponibilizados. Aos professores do PósARQ, pelas disciplinas cursadas e aprendizado obtido..

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(9) “Não é possível aumentar indefinidamente o consumo de matérias-primas se a fonte, o planeta terra, é um mundo finito. ” (CAIXA, 2010)..

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(11) RESUMO Com a expansão da população urbana mundial observada no século XX, a construção civil assume grande responsabilidade sobre as ações para a sustentabilidade, à medida que produz e consome uma gigantesca quantidade de produtos e serviços. Em Criciúma, SC, a população urbana atingiu 98,61% em 2010. Associado a isto, o deficit habitacional também é crescente, intensificando as demandas habitacionais. No município, o Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV) é o principal programa habitacional. No entanto, nenhum dos 27 conjuntos habitacionais do programa possuem qualquer tipo de certificação residencial. Os edifícios contam com pouca diversidade de configurações e estão situados na periferia da cidade. O objetivo deste trabalho é avaliar a sustentabilidade socioambiental dos edifícios do PMCMV em Criciúma, utilizando como ferramenta o Selo Casa Azul (SCA). Foram identificados os 27 empreendimentos, analisadas as suas características e selecionados três estudos de caso. Os estudos de caso foram avaliados pelo SCA. Observouse que, embora não certificados, os edifícios atendem, em média, a 14 critérios do SCA. Por não atenderem a todos os critérios obrigatórios, não estão aptos à certificação. Porém, por atenderem a critérios de livre escolha, indicam uma tendência para a certificação nível Prata. Deste modo, foram propostas adequações para que os edifícios atendessem ao SCA. Constatou-se o potencial de adaptabilidade dos edifícios onde, por meio de mudanças simples nos materiais especificados, é possível o atendimento de vários critérios. Outros critérios, no entanto, evidenciaram a importância de um estudo de viabilidade, verificando se o local é adequado para receber o empreendimento. Como resultado, foram avaliados os impactos econômicos destas adequações, além do nível de atendimento do empreendimento com a certificação nível Ouro do SCA, frente uma avaliação pelo Procel Edifica. Observou-se que a certificação pelo SCA permite uma melhora significativa na eficiência energética dos edifícios e, que com as adequações propostas, houve um incremento médio no custo da obra de 13,05%. Palavras-chave: Avaliação da sustentabilidade. Selo Casa Azul. Programa Minha Casa Minha Vida..

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(13) ABSTRACT With the expansion of the global urban population observed in the 20th century, the construction industry takes great responsibility for sustainability actions, since it produces and consumes a huge amount of products and services. In Criciúma, SC, the urban population reached 98.61% in 2010. Additionally, the housing deficit has also been growing, thus intensifying the housing demands. In this municipality, the My House My Life Program is the leading government housing program. However, none of the 27 projects of the program had any kind of residential certification. The buildings had little settings diversity and were located in the outskirts of the city. The goal of the present study was to assess the social and environmental sustainability profile of My House My Life Program buildings in Criciúma using the Blue House Seal as a tool. We assessed the characteristics of the 27 projects and selected three case studies. The case studies were assessed using the Blue House Seal. It was observed that, although not certified, on average, the buildings complied with 14 criteria of the Blue House Seal. Since the projects did not meet all the mandatory criteria, they were not eligible for certification. However, since they meet the free-choice criteria, they were eligible for the Silver-Level Certification. This way, adjustments were proposed so that the buildings complied with the Blue House Seal. We observed the adaptability potential of the buildings, in which it would be possible to meet the various criteria performing simple changes in the materials specified,. Other criteria, however, showed the importance of a feasibility study in order to verify whether the site was suitable to receive the project. As a result, we assessed the economic impacts of these adjustments, in addition to the extent to which the projects would be eligible for the Goldlevel Certification of the Blue House Seal through an assessment performed by Procel Edifica. It was observed that the Blue House Seal Certification enables a significant improvement in energy efficiency of the buildings and that there was 13.05% increase in the cost of the work due to the adjustments proposed. Keywords: Sustainability assessment. Blue House Seal. My House My Life Program..

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(15) LISTA DE FIGURAS Figura 01: Esquema das etapas da pesquisa .......................................... 42 Figura 02: Deficit habitacional de 2012 por estados brasileiros ........... 49 Figura 03: Deficit habitacional criciumense (2010), por regiões administrativas ...................................................................................... 51 Figura 04: Localização dos empreendimentos do PMCMV em Criciúma ............................................................................................................... 53 Figura 05: Esquema síntese dos marcos na problemática habitacional brasileira ................................................................................................ 56 Figura 06: Obras de programas habitacionais em Criciúma.................. 58 Figura 07: Distribuição das unidades contratadas e entregues até 30/04/2014............................................................................................. 59 Figura 08: Conjunto Residencial da Mooca. a) Planta baixa b) configurações de implantação c) Imagem do edifício ........................... 65 Figura 09: Conjunto Residencial Cachambi. a) Planta baixa b) configurações de implantação ............................................................... 66 Figura 10: Conjunto Residencial do Pedregulho. a) Planta baixa b) Imagem atual do edifício c) Forma de implantação .............................. 67 Figura 11: Conjunto Residencial Lagoinha. a) Planta baixa b) Implantação ........................................................................................... 68 Figura 12: Conjunto Residencial Areal a) Planta Baixa b) Fachada c) configurações de implantação ............................................................... 69 Figura 13: Exemplos de conjuntos habitacionais anteriores ao PMCMV ............................................................................................................... 72 Figura 14: Quinta Monroy – construção inicial e ampliada .................. 73 Figura 15: Projetos Elemental – a) Monterrey, México b) Villa Verde, Chile ...................................................................................................... 74 Figura 16: BedZed – Londres................................................................ 75 Figura 17: Esquema das estratégias adotadas no BedZed ..................... 76 Figura 18: Edifício Hab2 - Chapéu Mangueira / Babilônia – RJ .......... 77 Figura 19: Esquema da sustentabilidade e suas dimensões ................... 84 Figura 20: Organograma da construção sustentável .............................. 85 Figura 21: Métodos de avaliação da sustentabilidade no mundo .......... 90 Figura 22: Etiqueta de eficiência energética Procel .............................. 93 Figura 23: Selo Casa Azul CAIXA ....................................................... 94 Figura 24: Esquema da MASP-HIS .................................................... 110 Figura 25: Estrutura da pesquisa ......................................................... 115 Figura 26: Localização e acessibilidade regional de Criciúma ........... 124 Figura 27: Perspectiva comercial do Residencial A ............................ 128 Figura 28: Mapa de localização dos estudos de caso .......................... 128.

(16) Figura 29: Implantação do Residencial A ............................................ 129 Figura 30: Planta baixa do pavimento tipo dos blocos 01, 02, 03 e 04 ...... ............................................................................................................. 130 Figura 31: Planta baixa do pavimento tipo dos blocos 05, 06, 07 e 08 ...... ............................................................................................................. 130 Figura 32: Corte AA’ – Residencial A................................................. 131 Figura 33: Perspectiva do Residencial B ............................................. 132 Figura 34: Implantação do Residencial B ............................................ 132 Figura 35: Pavimento térreo do bloco 01 ............................................. 133 Figura 36: Pavimento térreo dos blocos 02, 03 e 04 ............................ 134 Figura 37: Pavimento tipo dos blocos 01, 02, 03 e 04 ......................... 135 Figura 38: Corte AA’ – Residencial B ................................................. 136 Figura 39: Perspectiva do Residencial C ............................................. 137 Figura 40: Planta baixa do pavimento subsolo do Residencial C ........ 138 Figura 41: Planta baixa do pavimento térreo do Residencial C ........... 138 Figura 42: Planta baixa do pavimento tipo do Residencial C .............. 139 Figura 43: Corte AA’ – Residencial C ................................................. 140 Figura 44: Equipamentos no entorno imediato do Residencial A ........ 145 Figura 45: Padrão de passeio sugerido para a Rua Felipe Colombo .... 146 Figura 46: Resid. A - Mapa de localização e identificação dos fatores de risco ...................................................................................................... 147 Figura 47: Decibelímetro utilizado para as medições de ruído ............ 148 Figura 48: Ponte de madeira sobre o Rio Sangão, poluído .................. 149 Figura 49: Córrego afluente do Rio Sangão ......................................... 149 Figura 50: Lagoa resultante de atividade mineradora .......................... 150 Figura 51: Implantação proposta para o Residencial A ....................... 154 Figura 52: Apartamentos final 03 e 04 – atual e proposto ................... 154 Figura 53: Residencial A – locação de medidores de água .................. 156 Figura 54: Equipamentos no entorno imediato do Residencial B ........ 172 Figura 55: Pavimentação viária no entorno imediato do Residencial B ............................................................................................................. 172 Figura 56: Equipamentos no entorno imediato do Residencial C ........ 173 Figura 57: Resid. B - Mapa de localização e identificação dos fatores de risco ...................................................................................................... 174 Figura 58: Implantação proposta para o Residencial B........................ 174 Figura 59: Resid. C - Mapa de localização e identificação dos fatores de risco ...................................................................................................... 175 Figura 60: Rio Criciúma no entorno do Residencial C ........................ 176 Figura 61: Proposta de local para coleta, seleção e armazenamento de lixo ............................................................................................................. 178.

(17) Figura 62: Indicação da orientação das janelas dos App do Residencial B ............................................................................................................. 182 Figura 63: Residencial B – locação de medidores de água ................. 183 Figura 64: Áreas permeáveis do Residencial C................................... 184 Figura 65: Locação do reservatório de retenção de águas pluviais no térreo ............................................................................................................. 185 Figura 66: Abertura adicional nos salões de festas do Residencial B . 188 Figura 67: Isométrica dos banheiros do Resid. C, antes e depois da proposição ........................................................................................... 190 Figura 68: Reservatório inferior e superior de águas pluviais ............. 190 Figura 69: Melhorias no entorno do Residencial B ............................. 193 Figura 70: Rua 368 - Residencial C .................................................... 193 Figura 71: Planta esquemática das melhorias no entorno do Residencial C ............................................................................................................. 194 Figura 72: Esquema de instalação do aquecedor de água a gás .......... 194 Figura 73: Cisterna para o armazenamento de águas pluviais............. 195 Figura 74: Esquema do funcionamento das instalações para o aproveitamento de águas pluviais........................................................ 196.

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(19) LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 01: Deficit habitacional quantitativo – Projeção do PLHIS e comparativo com levantamento de 2015 ............................................... 39 Gráfico 02: Licenças para construir e Habite-se emitidos pelo DPFT – 2008-2014 ............................................................................................. 39 Gráfico 03: Evolução do deficit habitacional no Brasil de 1970 a 2001 ............................................................................................................... 49 Gráfico 04: Situação dos domicílios criciumenses com relação a propriedade............................................................................................ 50 Gráfico 05: Composição do deficit habitacional quantitativo de Criciúma (2010) .................................................................................................... 50 Gráfico 06: Composição do deficit habitacional qualitativo de Criciúma (2010) .................................................................................................... 50 Gráfico 07: Comparativo entre as licenças para construção residenciais e o PMCMV – 2009 / 2014 ...................................................................... 54 Gráfico 08: Produtividades das indústrias brasileiras em R$ / trabalhador ............................................................................................................... 81 Gráfico 09: Valor adicionado da construção civil em R$1000 ............. 88 Gráfico 10: Recategorização dos indicadores de diferentes métodos de avaliação da sustentabilidade .............................................................. 111 Gráfico 11: Critérios do SCA atendidos pelos estudos de caso .......... 143 Gráfico 12: Critérios do SCA atendidos pelos edifícios certificados até 2015 ..................................................................................................... 143 Gráfico 13: Comparação entre as emissões de CO2 na produção do cimento ................................................................................................ 161 Gráfico 14: Percentual de investimento por nível de certificação ....... 164 Gráfico 15: Percentual de investimento por categorias do SCA ......... 164 Gráfico 16: Atendimento prévio ao SCA – integralmente .................. 207 Gráfico 17: Atendimento prévio ao SCA – integral e parcialmente .... 208 Gráfico 18: Critérios trabalhados por níveis de certificação do SCA . 208 Gráfico 19: Critérios trabalhados por categorias do SCA ................... 209 Gráfico 20: Etiquetagens gerais (por edifício) dos estudos de caso .... 210 Gráfico 21: Percentual do custo adicional por categorias do SCA...... 213 Gráfico 22: Custo adicional percentual por níveis de certificação do SCA ............................................................................................................. 213 Gráfico 23: Custo adicional por Unidade Habitacional ...................... 214 Gráfico 24: Custo adicional por metro quadrado ................................ 215.

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(21) LISTA DE QUADROS Quadro 01: Projeção do deficit habitacional de Criciúma 2010-2025 .. 38 Quadro 02: Valores das unidades habitacionais .................................... 61 Quadro 03: Valores limites das unidades habitacionais para sua avaliação pelo SCA em função de sua localidade ................................................. 95 Quadro 04: Critérios da categoria “Qualidade urbana” ......................... 96 Quadro 05: Critérios da categoria “Projeto e conforto” ........................ 98 Quadro 06: Critérios da categoria “Eficiência Energética” ................. 101 Quadro 07: Critérios da categoria “Conservação de recursos materiais” ............................................................................................................. 103 Quadro 08: Critérios da categoria “Gestão da água”........................... 105 Quadro 09: Critérios da categoria “Práticas sociais”........................... 106 Quadro 10: Indicadores do Critério Qualidade do entorno – infraestrutura ............................................................................................................. 117 Quadro 11: Avaliação pelo critério “Qualidade do entorno infraestrutura” ..................................................................................... 126 Quadro 12: Avaliação dos estudos de caso pelo SCA ......................... 141 Quadro 13: Situação do Residencial A para a certificação Bronze do SCA ............................................................................................................. 144 Quadro 14: Propriedades térmicas das paredes e coberturas do Residencial A ...................................................................................... 152 Quadro 15: Características das aberturas do Residencial A ................ 152 Quadro 16: Situação do Residencial A para a certificação Prata do SCA ............................................................................................................. 157 Quadro 17: Características das janelas dos banheiros do Residencial A ............................................................................................................. 158 Quadro 18: Resultados do Residencial A para a avaliação Procel Edifica ............................................................................................................. 164 Quadro 19: Custo estimado das proposições para certificação do Residencial A ...................................................................................... 166 Quadro 20: Situação dos estudos de caso para a certificação Bronze do SCA ..................................................................................................... 171 Quadro 21: Características das aberturas do Residencial B ................ 179 Quadro 22: Características das aberturas do Residencial C ................ 180 Quadro 23: Propriedades térmicas das paredes e coberturas do Residencial C ...................................................................................... 181 Quadro 24: Situação dos Residenciais B e C para a certificação Prata do SCA ..................................................................................................... 186 Quadro 25: Iluminação natural das áreas comuns do Residencial B ... 187 Quadro 26: Iluminação natural das áreas comuns do Residencial C ... 188.

(22) Quadro 27: Características das janelas dos banheiros do Residencial C ............................................................................................................. 189 Quadro 28: Resultados do Residencial B para a avaliação Procel Edifica ............................................................................................................. 198 Quadro 29: Resultados do Residencial C para a avaliação Procel Edifica ............................................................................................................. 200 Quadro 30: Custo estimado das proposições para a certificação do Residencial B ....................................................................................... 201 Quadro 31: Custo estimado das proposições para a certificação do Residencial C ....................................................................................... 204 Quadro 32: Número de UHs por etiquetagem Procel – antes e depois do SCA...................................................................................................... 211 Quadro 33: Caracterização dos empreendimentos do PMCMV em Criciúma............................................................................................... 236 Quadro 34: Estrutura dos aspectos ambientais da Etapa 1 - MASP-HIS ............................................................................................................. 247 Quadro 35: Estrutura dos aspectos socioculturais da Etapa 3 – MASP-HIS ............................................................................................................. 248 Quadro 36: Estrutura dos aspectos econômicos da Etapa 5 – MASP-HIS ............................................................................................................. 249 Quadro 37: Estrutura dos aspectos socioculturais da Etapa 4 - MASP-HIS ............................................................................................................. 252 Quadro 38: Justificativas dos critérios atendidos pelos estudos de caso ............................................................................................................. 254 Quadro 39: Estratégias de projeto por zonas bioclimáticas ................. 270.

(23) LISTA DE TABELAS Tabela 01: Dados do PMCMV em Criciúma por sistema construtivo .. 52 Tabela 02: Dados da construção civil brasileira – 2011 e 2012 ............ 87 Tabela 03: Números de edifícios certificados por diferentes métodos .. 92 Tabela 04: Horários e valores limites para medições de ruído ............ 119 Tabela 05: Medições de ruído efetuadas no entorno do Residencial A..... ............................................................................................................. 148 Tabela 06: Critérios atendidos por Categorias do SCA – Residencial A ............................................................................................................. 160 Tabela 07: Medições de ruído efetuados no entorno do Residencial B..... ............................................................................................................. 173 Tabela 08: Medições de ruído efetuados no entorno do Residencial C..... ............................................................................................................. 176 Tabela 09: Situação da orientação solar do Residencial B .................. 182 Tabela 10: Áreas permeáveis do Residencial C .................................. 184 Tabela 11: Critérios atendidos por Categorias do SCA – Residencial B ............................................................................................................. 186 Tabela 12: Critérios atendidos por Categorias do SCA – Residencial A ............................................................................................................. 192 Tabela 13: Síntese comparativa dos custos adicionais aos estudos de caso ............................................................................................................. 212 Tabela 14: Orçamento do abrigo proposto para coleta de lixo ............ 257 Tabela 15: Orçamento das inst. para aproveit. de águas pluviais no Resid. B .......................................................................................................... 258 Tabela 16: Orçamento das inst. para aproveit. de águas pluviais no Resid. C .......................................................................................................... 259 Tabela 17: Licenças para novas construções e Habite-se – 2008 ........ 261 Tabela 18: Licenças para novas construções e Habite-se – 2009 ........ 262 Tabela 19: Licenças para novas construções e Habite-se – 2010 ........ 263 Tabela 20: Licenças para novas construções e Habite-se – 2011 ........ 264 Tabela 21: Licenças para novas construções e Habite-se – 2012 ........ 265 Tabela 22: Licenças para novas construções e Habite-se – 2013 ........ 266 Tabela 23: Licenças para novas construções e Habite-se – 2014 ........ 267 Tabela 24: Propriedades térmicas de paredes e coberturas por Zona Bioclimática ........................................................................................ 268 Tabela 25: Aberturas – ventilação e iluminação natural por Zona Bioclimática ........................................................................................ 269.

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(25) LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS A.S ABNT ACV AMREC AP App APP AQUA ASUS BDI BEN BNH BRE BREEAM CAIXA CASBEE CB3E CBCS CGEE CH CIAM CNUMAD CP CUB DEINFRA DGNB DHM DHP DPFT ECO 92 ELETROBRAS ENCE EPE. - Área de Serviço - Associação Brasileira de Normas Técnicas - Avaliação do Ciclo de Vida - Associação dos Municípios da Região Carbonífera - Apartamento - Ambiente de permanência prolongada - Área de Preservação Permanente - Alta Qualidade Ambiental - Ferramenta de Avaliação da Sustentabilidade - Benefícios e Despesas Indiretas - Balanço Energético Nacional - Banco Nacional de Habitação - Building Research Establishment - Building Research Establishment Environmental Assessment Method - Caixa Econômica Federal - Comprehensive Assessment System for Built Environment Efficiency - Centro Brasileiro de Eficiência Energética em Edificações - Conselho Brasileiro de Construção Sustentável - Centro de Gestão e Estudos Estratégicos - Chuveiro - Congresso Internacional de Arquitetura Moderna - Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento - Cimento Portland - Custo Unitário Básico da Construção (R$/m²) - Departamento Estadual de Infraestrutura - Deutsche Gesellschaft für Nachhaltiges Bauen - Departamento de Habitação Municipal de Criciúma - Departamento de Habitação Popular - Departamento de Planejamento Físico Territorial de Criciúma - Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e o Desenvolvimento 1992 - Centrais Elétricas Brasileiras - Escola Nacional de Ciências Estatísticas - Empresa de Pesquisa Energética.

(26) EUA FAMCRI FAR FCP FDS FGTS FJP FTC GBC GBTool GLP HFM HIS HQE IAP IBGE ICLEI IDEC IFSC IPAT IPI ISO JaGBC LabEEE LED LEED LV MAASC MASP-HIS MEC MG MMA Modelo ESA NBR ONU PAC. - Estados Unidos da América - Fundação do Meio Ambiente de Criciúma - Fundo de Arrendamento Residencial - Fundação da Casa Popular - Fundo de Desenvolvimento Social - Fundo de Garantia por Tempo de Serviço - Fundação João Pinheiro - Ferrovia Tereza Cristina - Green Building Council - Green Building Assessment Tool - Gás Liquefeito de Pretróleo - Horto Florestal Municipal - Habitação de Interesse Social - Haute Qualité Environnementale - Instituto de Aposentadoria e Pensão - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - Conselho Internacional para Iniciativas Ambientais Locais - Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor - Instituto Federal de Santa Catarina - Instituto de Pesquisas Ambientais e Tecnológicas - Imposto sobre Produtos Industrializados - International Organization for Standardization - Japan GreenBuild Council - Laboratório de Eficiência Energética em Edificações - Light Emitting Diode - Leadership in Energy and Environmental Design - Lavatório - Metodologia de Avaliação Ambiental de Sistemas Construtivos - Metodologia de Avaliação da Sustentabilidade de HIS com foco no projeto - Ministério da Educação - Minas Gerais - Ministério do Meio Ambiente - Método de Avaliação da Sustentabilidade Econômica, Social e Ambiental - Norma Brasileira - Organização das Nações Unidas - Programa de Aceleração do Crescimento.

(27) PAR PBE PBQP-H PIB PlanHab PLHIS PMCMV PNHR PNHU PósARQ PPR Procel Edifica PVC QUALISOL RCD RG RJ RP RTI RTQ-R SATC SBPE SC SCA SENAI SFH SINAPI SP SRC SSSH TCPO TCU TI UE. - Programa de Arrendamento Residencial - Programa Brasileiro de Etiquetagem - Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade do Habitat - Produto Interno Bruto - Plano Nacional de Habitação - Plano Local de Habitação de Interesse Social - Programa Minha Casa Minha Vida - Programa Nacional de Habitação Rural - Programa Nacional de Habitação Urbana - Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo - Polipropileno Copolímero Random - Programa Nacional de Eficiência Energética em Edificações - Policloreto de polivinila - Programa de Qualificação de Fornecedores de Sistemas de Aquecimento Solar - Resíduos de Construção e Demolição - Registro de gaveta - Rio de Janeiro - Registro de pressão - Reserva Técnica de Incêndio - Regulamento Técnico da Qualidade para o Nível de Eficiência Energética de Edificações Residenciais - Associação Beneficente da Indústria Carbonífera de Santa Catarina - Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo - Santa Catarina - Selo Casa Azul - Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - Sistema Financeiro de Habitação - Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil - São Paulo - Superintendência Regional da Caixa - Secretaria do Sistema Social e Habitação - Tabela de Composição de Preços para Orçamentos - Tribunal de Contas da União - Tecnologia da Informação - União Europeia.

(28) UFES UFSC UH UNRIC USGBC VS ZB ZEIS. - Universidade Federal do Espírito Santo - Universidade Federal de Santa Catrina - Unidade Habitacional - United Nations Regional Information Centre - United States Green Building Council - Bacia sanitária - Zona Bioclimática - Zonas Especiais de Interesse Social.

(29) SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ............................................................................... 35 1.1 PROBLEMA DA PESQUISA ..................................................... 36 1.2 JUSTIFICATIVA......................................................................... 38 1.3 OBJETIVOS ................................................................................ 40 1.3.1 Objetivo Geral ...................................................................... 40 1.3.2 Objetivos Específicos ........................................................... 40 1.4 SÍNTESE DOS MÉTODOS, FERRAMENTAS E TÉCNICAS . 41 1.5 DELIMITAÇÕES ........................................................................ 43 1.6 ESTRUTURA DO TRABALHO................................................. 44 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA E ESTADO DA ARTE ................ 45 2.1 HABITAÇÃO .............................................................................. 45 2.1.1 Habitação de Interesse Social ............................................ 46 2.1.2 Deficit habitacional .............................................................. 47 2.1.2.1 Deficit habitacional brasileiro.......................................... 48 2.1.2.2 Deficit habitacional em Criciúma .................................... 49 2.1.2.3 O PMCMV e o deficit habitacional criciumense ............. 52 2.2 PROGRAMAS E POLÍTICAS HABITACIONAIS BRASILEIRAS .................................................................................. 55 2.2.1 Programas habitacionais em Criciúma .............................. 57 2.2.2 Programa Minha Casa Minha Vida ................................... 58 2.2.2.1 Funcionamento do PMCMV............................................ 59 2.2.2.2 Perspectivas para o PMCMV 3........................................ 62 2.3 TIPOLOGIAS HABITACIONAIS E A QUALIDADE DA HIS 62 2.3.1 Tipologia 1 ............................................................................ 65 2.3.2 Tipologia 2 ............................................................................ 66 2.3.3 Tipologia 3 ............................................................................ 67 2.3.4 Tipologia 4 ............................................................................ 68 2.3.5 Tipologia 5 ............................................................................ 69 2.3.6 O PMCMV e a qualidade habitacional .............................. 70 2.3.7 Qualidade da HIS em Criciúma ......................................... 71 2.3.8 Exemplos contemporâneos de HIS ..................................... 73 2.4 SUSTENTABILIDADE .............................................................. 78 2.4.1 Os impactos da construção civil.......................................... 80 2.4.1.1 Os impactos da construção civil em Criciúma................. 82 2.4.2 As dimensões da sustentabilidade na construção civil ...... 83 2.4.2.1 Dimensão ambiental ........................................................ 85.

(30) 2.4.2.2 Dimensão social ............................................................... 86 2.4.2.3 Dimensão econômica ....................................................... 87 2.5 MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DA SUSTENTABILIDADE ..... 89 2.5.1 Certificação de edifícios ....................................................... 89 2.5.2 Métodos brasileiros de avaliação da sustentabilidade ....... 90 2.5.2.1 Procel Edifica ................................................................... 92 2.5.3 Selo Casa Azul (CAIXA, 2010) ............................................ 93 2.5.3.1 Categoria 1 - Qualidade urbana ........................................ 95 2.5.3.2 Categoria 2 - Projeto e conforto ....................................... 98 2.5.3.3 Categoria 3 - Eficiência Energética ................................ 101 2.5.3.4 Categoria 4 - Conservação de recursos materiais ........... 103 2.5.3.5 Categoria 5 - Gestão da água .......................................... 104 2.5.3.6 Categoria 6 - Práticas sociais.......................................... 106 2.5.3.7 Critério Bônus ................................................................ 108 2.5.4 Métodos de avaliação da sustentabilidade desenvolvidos no meio acadêmico brasileiro........................................................... 108 2.5.5 Análise dos métodos............................................................ 110 3 MÉTODOS, FERRAMENTAS E TÉCNICAS ............................ 114 3.1 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.................................................... 114 3.2 SELEÇÃO DOS ESTUDOS DE CASO ..................................... 114 3.3 ANÁLISE DOS ESTUDOS DE CASO ...................................... 118 3.4 PROPOSIÇÕES .......................................................................... 120 3.5 ANÁLISE DOS RESULTADOS................................................ 121 4 ESTUDO DE CASO – AVALIAÇÃO PELO SCA ...................... 124 4.1 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO ...................... 124 4.2 AVALIAÇÃO PELO CRITÉRIO “QUALIDADE DO ENTORNO” ..................................................................................... 125 4.3 SELEÇÃO DOS ESTUDOS DE CASO..................................... 127 4.3.1 Residencial A....................................................................... 127 4.3.2 Residencial B ....................................................................... 132 4.3.3 Residencial C....................................................................... 137 4.4 AVALIAÇÃO PELO SCA ......................................................... 141 5 PROJETO PILOTO ....................................................................... 144 5.1 PROPOSIÇÕES PARA A CERTIFICAÇÃO SCA – BRONZE...... .......................................................................................................... 144.

(31) 5.1.1 Critério 1.1 – Qualidade do entorno / infraestrutura ..... 145 5.1.2 Critério 1.2 – Qualidade do entorno / impactos .............. 147 5.1.3 Critério 2.1 – Paisagismo ................................................... 150 5.1.4 Critério 2.7 – Desempenho térmico / vedações ................ 151 5.1.5 Critério 2.8 – Desempenho térmico / orientação ao sol e ventos ........................................................................................... 153 5.1.6 Critério 4.4 – Fôrmas e escoras reutilizáveis ................... 155 5.1.7 Critério 5.1 – Medição individualizada / água ................ 156 5.1.8 Critério 5.2 – Dispositivo economizador / sistema de descarga ....................................................................................... 156 5.1.9 Critério 6.2 – Educação ambiental dos empregados ....... 157 5.2 PROPOSIÇÕES PARA A CERTIFICAÇÃO SCA – PRATA .. 157 5.2.1 Critério 2.3 – Relação com a vizinhança .......................... 158 5.2.2 Critério 2.10 – Ventilação e iluminação natural de banheiros ...................................................................................................... 158 5.2.3 Critério 6.5 – Inclusão de trabalhadores locais ............... 159 5.3 PROPOSIÇÕES PARA A CERTIFICAÇÃO SCA – OURO.... 159 5.3.1 Critério 3.4 – Sistema de aquecimento a gás ................... 160 5.3.2 Critério 4.7 – Cimento de alto-forno e pozolânico .......... 161 5.3.3 Critério 5.3 – Dispositivo economizador / arejador ........ 162 5.3.4 Critério 6.8 – Educação ambiental aos moradores ......... 162 5.3.5 Critério 6.9 – Capacitação para a gestão do empreendimento ......................................................................... 163 5.4 PROCEL EDIFICA.................................................................... 164 5.5 AVALIAÇÃO DOS CUSTOS ADICIONAIS PARA A CERTIFICAÇÃO PELO SCA ......................................................... 166 5.6 CONSIDERAÇÕES FINAIS SOBRE O PROJETO PILOTO .. 170 6 ADEQUAÇÕES PARA A CERTIFICAÇÃO PELO SCA ......... 171 6.1 PROPOSIÇÕES PARA A CERTIFICAÇÃO SCA – BRONZE 171 6.1.1 Critério 1.1 – Qualidade do entorno / infraestrutura ..... 172 6.1.1.1 Residencial B ................................................................. 172 6.1.1.2 Residencial C ................................................................. 173 6.1.2 Critério 1.2 – Qualidade do entorno / impactos .............. 173 6.1.2.1 Residencial B ................................................................. 173 6.1.2.2 Residencial C ................................................................. 175 6.1.3 Critério 2.1 – Paisagismo ................................................... 177 6.1.3.1 Residencial B ................................................................. 177 6.1.3.2 Residencial C ................................................................. 177 6.1.4 Critério 2.5 – Local para coleta seletiva........................... 177.

(32) 6.1.4.1 Residenciais B e C.......................................................... 177 6.1.5 Critério 2.7 – Desempenho térmico – vedações ................ 178 6.1.5.1 Residencial B.................................................................. 178 6.1.5.2 Residencial C.................................................................. 179 6.1.6 Critério 2.8 – Desempenho térmico – orientação ao sol e ventos ............................................................................................ 181 6.1.6.1 Residencial B.................................................................. 181 6.1.6.2 Residencial C.................................................................. 182 6.1.7 Critério 4.4 – Fôrmas e escoras reutilizáveis.................... 183 6.1.7.1 Residencial B.................................................................. 183 6.1.7.2 Residencial C.................................................................. 183 6.1.8 Critério 5.1 – Medição individualizada – água ................ 183 6.1.8.1 Residencial B.................................................................. 183 6.1.9 Critério 5.2 – Dispositivo economizador – sistema de descarga ........................................................................................ 184 6.1.9.1 Residenciais B e C.......................................................... 184 6.1.10 Critério 5.8 – Áreas permeáveis ...................................... 184 6.1.10.1 Residencial C................................................................ 184 6.1.11 Critério 6.2 – Educação ambiental dos empregados...... 185 6.1.11.1 Residenciais B e C........................................................ 185 6.2 PROPOSIÇÕES PARA A CERTIFICAÇÃO SCA – PRATA .. 186 6.2.1 Critério 2.9 – Iluminação natural de áreas comuns ........ 187 6.2.1.1 Residenciais B e C.......................................................... 187 6.2.2 Critério 2.10 – Ventilação e iluminação natural dos banheiros ...................................................................................... 189 6.2.2.1 Residencial C.................................................................. 189 6.2.3 Critério 5.5 – Aproveitamento de águas pluviais ............. 189 6.2.3.1 Residencial C.................................................................. 189 6.2.4 Critério 6.5 – Inclusão de trabalhadores locais................ 191 6.2.4.1 Residenciais B e C.......................................................... 191 6.2.5 Critério 5.3 – Dispositivo economizador – arejadores..... 191 6.2.5.1 Residencial B.................................................................. 191 6.3 PROPOSIÇÕES PARA A CERTIFICAÇÃO SCA – OURO .... 191 6.3.1 Critério 1.3 – Melhorias no entorno.................................. 192 6.3.1.1 Residencial B.................................................................. 192 6.3.1.2 Residencial C.................................................................. 193 6.3.2 Critério 3.4 – Sistema de aquecimento a gás .................... 194 6.3.2.1 Residenciais B e C.......................................................... 194 6.3.3 Critério 4.7 – Cimento de alto-forno e pozolânico ........... 195 6.3.3.1 Residenciais B e C.......................................................... 195 6.3.4 Critério 5.5 – Aproveitamento de águas pluviais ............. 195.

(33) 6.3.4.1 Residencial B ................................................................. 195 6.3.5 Critério 6.8 – Educação ambiental dos moradores ......... 197 6.3.5.1 Residenciais B e C ......................................................... 197 6.3.6 Critério 6.9 – Capacitação para a gestão do empreendimento ......................................................................... 197 6.3.6.1 Residenciais B e C ......................................................... 197 6.4 PROCEL EDIFICA.................................................................... 197 6.5 AVALIAÇÃO DOS CUSTOS ADICIONAIS PARA A CERTIFICAÇÃO PELO SCA ......................................................... 201 6.5.1 Residencial B ...................................................................... 201 6.5.2 Residencial C ...................................................................... 204 7 ANÁLISE DOS RESULTADOS DOS ESTUDOS DE CASO.... 207 7.1 ATUAL NÍVEL DE ATENDIMENTO AO SCA ..................... 207 7.2 ADEQUAÇÕES PARA A CERTIFICAÇÃO ........................... 208 7.3 ETIQUETAGEM PROCEL EDIFICA ...................................... 209 7.4 IMPACTOS ECONÔMICOS DAS ADEQUAÇÕES ............... 211 8 CONCLUSÕES .............................................................................. 216 8.1 SOBRE AS EDIFICAÇÕES DO PMCMV EM CRICIÚMA ... 216 8.2 QUANTO AO ATENDIMENTO PRÉVIO AO SCA ............... 217 8.3 QUANTO A ADAPTABILIDADE DOS EDIFÍCIOS .............. 218 8.4 SOBRE O IMPACTO ECONÔMICO DAS ADEQUAÇÕES .. 219 8.5 SOBRE O SCA .......................................................................... 219 8.6 SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS ..................... 220 REFERÊNCIAS ................................................................................ 222 APÊNDICES...................................................................................... 235 ANEXOS ............................................................................................ 260.

(34)

(35) 35. 1 INTRODUÇÃO. Em seu cotidiano, o homem produz e, ao mesmo tempo, consome uma variedade imensa de produtos e serviços relacionados às suas necessidades diárias. Em toda a sua volta, ele se depara com uma aparente inesgotável fonte de recursos, os quais, muitas vezes, não lhe são de fato úteis. No entanto, mesmo assim, são consumidos e brevemente descartados, diante de uma necessidade criada de renovação e desapego de objetos agora tidos como ultrapassados. Em seus estudos, a ONU, principalmente a partir da década de 1980, vem apontando para a importância de mudanças neste modelo atual de consumo, no qual a relação entre ser humano e meio ambiente não seja apenas extrativista e exploratória. A busca pelo desenvolvimento sustentável deve ser algo constante, de modo a garantir que o crescimento econômico esteja associado a impactos positivos também nas dimensões sociais e ambientais. Neste sentido, por sua importância e dimensões, a indústria da construção civil merece um destaque especial, à medida que produz e consome uma gigantesca quantidade dos mais variados produtos e serviços. Como resultado desse processo, a construção civil gera, somente no canteiro de obras, resíduos que somam 500Kg/hab/ano. Esses resíduos normalmente são depositados em locais inadequados, intensificando alguns problemas urbanos como inundações e a proliferação de doenças (JOHN, 2000). Com uma intensa expansão da população urbana mundial, saltando de 746 milhões em 1950, para 3,9 bilhões em 2014, percebe-se a grande responsabilidade da construção civil, frente à evidente necessidade de revisão dos atuais padrões de consumo e ocupação territorial (UNRIC, 2014). A arquitetura se insere com um papel fundamental nesta busca por soluções adequadas para uma sadia relação do ser humano com o meio ambiente, almejando uma possível harmonia entre ambos ou, ao menos, a minimização dos impactos negativos desta relação. Sendo assim, o arquiteto assume grande responsabilidade, à medida que precisa adequar o projeto ao seu local de implantação, bem como se apropriar de condicionantes naturais, além de especificar materiais e sistemas construtivos diversos. Segundo o documento intitulado “Nosso Futuro Comum”, divulgado em 1987 pela norueguesa Grö Harlem Brundtland, desenvolvimento sustentável é “aquele que atende às necessidades do.

(36) 36. presente sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem às suas necessidades”. Isto se traduz em um pensamento de desenvolvimento economicamente viável, socialmente benéfico e ambientalmente adequado (MUDANÇAS CLIMÁTICAS, 2013, p.01). No Brasil, foram lançados recentemente pelo Governo Federal, o Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV), com o objetivo de facilitar e intensificar o acesso à moradia e, também, o Selo Casa Azul (SCA), cuja contribuição é intensificar e incentivar a adoção de ações sustentáveis nos edifícios residenciais brasileiros. No entanto, ambos os programas não estão relacionados, não sendo necessária a certificação residencial para empreendimentos financiados e subsidiados pelo PMCMV. Segundo Silva (2012, p.120), o SCA poderia ser utilizado como “uma ferramenta de governo para as áreas de habitação, tecnologia e desenvolvimento sustentável”. Com o atendimento ao SCA, somente na categoria de qualidade urbana, ter-se-iam atingidas condições mínimas de: inclusão social, infraestrutura, saneamento, mobilidade, e serviços urbanos. Esses são requisitos essenciais para uma moradia digna. Além disso, o empreendimento certificado proporcionará maior conforto térmico e eficiência energética, fazendo uso de materiais de qualidade e construídos por empresas que tenham um mínimo de comprometimento social (SILVA, 2012). Sob este contexto, a presente dissertação de mestrado, que tem por tema a sustentabilidade na construção civil, avalia a sustentabilidade socioambiental de edifícios do PMCMV, utilizando como ferramenta o SCA, identificando também as adequações necessárias para que estes edifícios estejam aptos à certificação. O trabalho está inserido no Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Santa Catarina, enquadrando-se na área de concentração e linha de pesquisa, denominadas, respectivamente: Projeto e Tecnologia do Ambiente Construído; Métodos e Técnicas Aplicadas ao Projeto em Arquitetura e Urbanismo. 1.1 PROBLEMA DA PESQUISA O Programa Minha Casa Minha Vida foi lançado pelo Governo Federal em 2009, concedendo subsídios e empréstimos facilitados por meio da Caixa Econômica Federal, com o intuito de ampliar o acesso à moradia, além de reduzir o deficit habitacional brasileiro que, segundo a Fundação João Pinheiro (2014), é de 5,79 milhões de moradias. No ano.

(37) 37. seguinte, a Caixa Econômica Federal lançou o Selo Casa Azul (CAIXA, 2010). Embora ambos os programas estejam vinculados à CAIXA, cuja missão é “atuar na promoção da cidadania e do desenvolvimento sustentável do País, como instituição financeira, agente de políticas públicas e parceira estratégica do Estado brasileiro”, no momento, eles não estão ligados. Essa poderia ser uma grande contribuição do poder público para viabilizar, intensificar e incentivar a sustentabilidade dos edifícios residenciais brasileiros, visto que, somente em 2009, a CAIXA foi responsável por 71% de todo o crédito imobiliário do mercado, atingindo, aproximadamente, 897 mil famílias, com um montante de R$ 47 bilhões (CAIXA, 2010). O PMCMV completou cinco anos em abril de 2014, contratando 3,39 milhões de unidades, das quais, 1,68 milhão foram entregues até essa data, beneficiando mais de seis milhões de pessoas, com um investimento de R$ 234 bilhões (CAIXA, 2014a). Por outro lado, foram certificados pelo SCA, até o mês de julho de 2015, somente dez empreendimentos, totalizando 1.499 unidades habitacionais (CAIXA, 2015a). No município de Criciúma, o qual tem a construção civil como uma das suas principais atividades econômicas, o PMCMV é, atualmente, o principal programa habitacional (SSSH, 2012). No entanto, nenhum dos 27 conjuntos habitacionais do programa, aprovados para construção na cidade, sequer se candidataram ao SCA. Além disso, em uma avaliação prévia, os edifícios normalmente possuem pouca diversidade de configurações, além de estarem situados na periferia da cidade. Estes fatores não contribuem para a sua sustentabilidade, à medida que tratam a singularidade das necessidades dos usuários, com projetos padronizados e de produção em escala. Por outro lado, também aumentam os deslocamentos urbanos, além de impulsionarem a ocupação de áreas, normalmente, pouco providas de infraestrutura urbana (SRC, 2015). O comum desconhecimento dos métodos de avaliação da sustentabilidade, associado a um pressuposto de que a adoção de medidas mais sustentáveis onera o edifício, são fatores que também distanciam essas práticas da construção civil. Diante desta situação e tendo o município de Criciúma como recorte para o presente estudo, definiu-se as seguintes questões norteadoras da pesquisa: • Questão principal: qual o atual nível de atendimento dos edifícios multifamiliares do PMCMV em Criciúma, perante uma avaliação pelo Selo Casa Azul?.

(38) 38. • Questões secundárias: A) Quais os programas e políticas habitacionais desenvolvidos em Criciúma? B) Quais requisitos são avaliados pelo SCA e quais os enfoques desta avaliação? C) Em quais áreas do município de Criciúma vêm sendo construídos os edifícios multifamiliares do PMCMV e quais suas principais características? D) Qual a contribuição do PMCMV para o equacionamento do deficit habitacional em Criciúma? E) Quais critérios do SCA são previamente atendidos por estes edifícios? F) Quais adequações são necessárias para que um edifício multifamiliar do PMCMV em Criciúma, não certificado, receba cada um dos três níveis do SCA? G) Qual o impacto econômico associado às adequações necessárias para que edifícios multifamiliares do PMCMV atinjam cada um dos três níveis de certificação do SCA? H) Qual a contribuição da certificação nível Ouro do SCA para a eficiência energética do edifício? 1.2 JUSTIFICATIVA Por sua centralidade regional, Criciúma caracteriza-se como um destino frequente, principalmente para a população jovem dos municípios vizinhos, além do contínuo êxodo rural, em razão de seu diversificado e demandante setor industrial. O município de Criciúma apresentava, em 1970, 68% da população em área urbana, passando em 2010, para 98,61% (SSSH, 2010). Estes fatores intensificam sua demanda habitacional, conforme indicado na Quadro 01, onde se observa que há uma projeção crescente para o deficit habitacional municipal, apontando um panorama também crescente para a construção civil e, com ela, os problemas relacionados. Quadro 01: Projeção do deficit habitacional de Criciúma 2010-2025.. Fonte: SSSH, 2010..

(39) 39. Segundo o Departamento de Habitação Municipal (2015), o novo deficit habitacional quantitativo, em 2015, é de 7.088 unidades, o que representa um acréscimo de 3,2% em relação a sua projeção pelo Plano Local de Habitação de Interesse Social (PLHIS). Considerando este crescimento como constante nos próximos anos, em 2025, o deficit será de 8.646 unidades, valor este 11,6% superior à projeção feita pelo PLHIS, conforme ilustrado no Gráfico 01. Gráfico 01: Deficit habitacional quantitativo – Projeção do PLHIS e comparativo com levantamento de 2015.. Fonte: DEPARTAMENTO DE HABITAÇÃO, 2015, elaborado pelo autor. Gráfico 02: Licenças para construir e Habite-se emitidos pelo DPFT – 2008-2014.. Fonte: DPFT, 2015, elaborado pelo autor.. No entanto, apesar do deficit, há uma grande oferta anual de novas moradias. Como se observa no Gráfico 02, que representa as Licenças para Construção e Habite-se emitidos pelo Departamento de Planejamento Físico Territorial (DPFT) do município, houve um pico no setor da construção civil em 2012. Neste ano, foram emitidas Licenças para Construção de 703.346,95m², dos quais, 411.761,39m² (58,54%) eram residenciais e 58.111,50m² (8,26%) estavam vinculadas ao PMCMV..

(40) 40. Contribuindo para o equacionamento do deficit habitacional e para ampliar o volume da construção civil local, foram aprovados na Caixa Econômica Federal, entre 2009 e abril de 2015, 27 conjuntos habitacionais pelo PMCMV a serem construídos no município. Estes edifícios totalizam 306.790,33m², distribuídos em 4.621 unidades habitacionais (SRC, 2015). Este estudo permitiu identificar o perfil da sustentabilidade socioambiental dessa tipologia de edificações, a partir de uma avaliação pelo SCA, bem como as adequações necessárias para que atinjam as diferentes classificações da respectiva certificação. Permitiu, ainda, identificar os impactos econômicos relacionados, subsidiando e justificando projetos futuros. 1.3 OBJETIVOS 1.3.1 Objetivo Geral Avaliar a sustentabilidade socioambiental de edifícios multifamiliares do Programa Minha Casa Minha Vida em Criciúma, por meio de estudos de caso, tendo como método o Selo Casa Azul. 1.3.2 Objetivos Específicos A) Expor um panorama dos programas e políticas habitacionais brasileiros, sobretudo em Criciúma; B) Identificar os requisitos avaliados pelo SCA e seus enfoques, comparados a outros métodos; C) Identificar os edifícios multifamiliares do PMCMV aprovados para construção no município, suas características gerais e distribuição geográfica; D) Constatar a contribuição do PMCMV para o equacionamento do deficit habitacional em Criciúma; E) Detectar os critérios do SCA previamente atendidos por edifícios multifamiliares do PMCMV no município; F) Propor adequações aos projetos selecionados para estudos de caso, de modo que atendam aos critérios necessários para os três níveis de certificação, avaliando os impactos econômicos associados; G) Avaliar a eficiência energética de edifícios aptos ao nível Ouro do SCA..

(41) 41. 1.4 SÍNTESE DOS MÉTODOS, FERRAMENTAS E TÉCNICAS Nesta seção, é apresentada uma síntese dos procedimentos adotados nesta pesquisa, abordados com maiores detalhes no Capítulo 3. Para contemplar os objetivos deste trabalho, foi realizada, inicialmente, uma pesquisa bibliográfica que, segundo Lakatos e Marconi (2003), ocorre quando o pesquisador coloca-se em contato direto com o que já foi escrito sobre determinado assunto. Esta pesquisa buscou levantar o estado da arte do tema abordado, apresentando um panorama dos programas habitacionais brasileiros e métodos de avaliação da sustentabilidade existentes, sobretudo o PMCMV e o SCA, de modo a embasar as próximas etapas da pesquisa. Na sequência, a pesquisa se concentrou em realizar estudos de caso que, segundo Yin (2001), é uma forma de realizar uma pesquisa investigativa de fenômenos inseridos em seu contexto real, extraindo deles informações a partir de uma problemática estabelecida. Neste trabalho, a problemática foi identificar o atual nível de atendimento ao SCA, em edifícios multifamiliares do PMCMV, avaliando neste contexto três estudos de caso em Criciúma. A pesquisa está pautada em um método indutivo em que, por meio dos estudos de caso definidos, pretende-se visualizar um panorama da sustentabilidade dos edifícios do PMCMV em Criciúma. Para tal, os dados coletados são tratados de forma quantitativa, buscando-se aferir os projetos selecionados com os indicadores do SCA e sintetizar os resultados obtidos em gráficos e tabelas. O trabalho é, ainda, propositivo, procurando identificar as adaptações necessárias aos projetos avaliados, de modo que contemplem as exigências do SCA. Neste trabalho, o termo adaptabilidade refere-se à capacidade dos edifícios de se adequarem as exigências dos diferentes critérios do SCA, de modo a tornarem-se aptos a certificação. (LAVILLE; DIONNE, 1999). Para coletar as informações pertinentes para o presente estudo, foi realizado contato com o Departamento de Planejamento Físico Territorial e Departamento de Habitação do Município de Criciúma, além de contato com a Superintendência Regional da CAIXA. Nesta pesquisa de campo, as informações levantadas permitiram identificar o deficit habitacional municipal e a participação do PMCMV na oferta de moradias. Para auxiliar na definição dos empreendimentos a serem selecionados para os estudos de caso, foi realizada uma avaliação prévia pelo critério “Qualidade do entorno / infraestrutura” do SCA, classificando-os em: atendendo, atendendo parcialmente ou não atendendo ao critério. Na sequência, foi feito o contato com as.

(42) 42. construtoras e escritórios de arquitetura responsáveis pelos projetos, permitindo, a partir da disponibilidade de informações, definir os três estudos de caso. Neste momento, foi realizada uma pesquisa documental, analisando os projetos dos empreendimentos selecionados, de modo a identificar as informações necessárias para a avaliação pelo SCA. Figura 01: Esquema das etapas da pesquisa.. Fonte: autor, 2016.. Conforme indicado na Figura 01, após definidos os estudos de caso, o trabalho seguiu com a avaliação destes empreendimentos pelo SCA, identificando os critérios atendidos, total ou parcialmente. A partir dos resultados obtidos e, pela maior disponibilidade inicial das informações necessárias, selecionou-se o Estudo de Caso A para desenvolver um Projeto Piloto. O Projeto Piloto consistiu em identificar e propor as adequações necessárias, permitindo que o empreendimento estivesse apto para receber cada um dos três níveis de certificação do SCA. Como resultado, foram avaliados os impactos econômicos destas adequações, além do nível de atendimento do empreendimento com a certificação nível Ouro do SCA, frente uma avaliação pelo Procel Edifica. Seguindo o cronograma, a próxima etapa da pesquisa consistiu em realizar o mesmo estudo do Projeto Piloto com os demais estudos de caso, permitindo a análise dos resultados obtidos em ambos os projetos..

(43) 43. 1.5 DELIMITAÇÕES A definição do município de Criciúma como local para o presente estudo se deu por ser uma cidade polo do Sul do estado de Santa Catarina, onde a construção civil vem apresentando valores crescentes. As Licenças para Habite-se emitidas pela Prefeitura Municipal saltaram de 389 em 2006 para 771 em 2014, totalizando, respectivamente, 116.231,51m² e 256.517,21m². Estes valores representam um acréscimo de 120% em nove anos. Além disso, o município apresenta um significativo número de empreendimentos do PMCMV, o que contribui para a identificação de um panorama da sua distribuição geográfica na cidade. Com relação ao método de avaliação da sustentabilidade, foi selecionado o SCA pois, além de ser um método oficial desenvolvido para a realidade brasileira, está vinculado à CAIXA, assim como o PMCMV. Este fator contribui para uma futura obrigatoriedade desta certificação para os empreendimentos financiados pelo Governo Federal. Entendendo que as características do entorno possuem influência direta sobre os edifícios e que sua avaliação é essencial no estudo de viabilidade de qualquer empreendimento, realizou-se uma avaliação prévia dos edifícios do PMCMV pelo critério “1.1 Qualidade do entorno – infraestrutura”. De forma a simplificar a análise, o critério “1.2 Qualidade do entorno – impactos”, não foi avaliado previamente em todos os empreendimentos. Isto demandaria uma identificação dos fatores de risco presentes em cada um dos edifícios, além de, necessariamente, exigir visitas exploratórias a todos os empreendimentos. A definição pelo Procel Edifica ocorreu, pois, assim como o SCA, é um método desenvolvido no Brasil e que se adequa às diversidades climáticas do país, à medida que leva em consideração o zoneamento bioclimático definido pela NBR 15220 (2003). Além disso, por avaliar, especificamente, a eficiência energética do edifício, o faz de forma pormenorizada, considerando uma maior variedade de indicadores, conforme exposto no item 2.5.2.1. O SCA também possui uma categoria de eficiência energética, o que se considera extremamente importante, especialmente neste estudo, no qual se avalia habitações populares. A eficiência energética está diretamente relacionada ao custo de operação do edifício, resultado do seu condicionamento térmico, iluminação artificial e aquecimento de água. Deste modo, uma melhor eficiência energética representa, além de conforto e comodidade, um menor consumo de energia elétrica no uso do edifício, representando menores gastos aos moradores com este serviço..

Referências

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