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LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL Renato Brasileiro Aula 2 JECRIM II ROTEIRO DE AULA. Juizados Especiais Criminais (JECRIM) II

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LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL Renato Brasileiro

Aula 2 JECRIM II

ROTEIRO DE AULA

Juizados Especiais Criminais (JECRIM) II

7. Termo Circunstanciado de Ocorrência.

Conceito: trata-se de um relatório sumário da infração de menor potencial ofensivo, contendo: (i) identificação das partes envolvidas; (ii) menção à infração praticada; (iii) dados básicos e fundamentais que possibilitem a perfeita individualização dos fatos e (iii) indicação das provas, visando à formação da opinio delicti pelo titular da ação penal.

O princípio ou critério da simplicidade do JECRIM também se aplica à fase investigatória. Por isso, o legislador substitui o inquérito policial do CPP pelo procedimento investigatório do termo circunstanciado de ocorrência.

Grosso modo, o TCO contém, basicamente, aquilo que um Boletim de Ocorrência contém: nome do autor do fato; nome da vítima; identificação de eventuais testemunhas e breve síntese do fato delituoso.

Lei 9.099/95

Art. 69. A autoridade policial que tomar conhecimento da ocorrência lavrará termo circunstanciado e o encaminhará imediatamente ao Juizado, com o autor do fato e a vítima, providenciando-se as requisições dos exames periciais necessários.

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Geralmente o encaminhamento imediato se dá apenas quando temos juizados funcionando naquele local, como em alguns jogos de futebol. Em regra, na prática, o sujeito se compromete a comparecer em juízo.

7.1. Atribuições Para A Lavratura Do Termo Circunstanciado.

Como estamos falando de autoridade policial, falamos de atribuições. Se fosse autoridade judicial, seria competência. Quem seria essa autoridade policial?

1ª Corrente: o Termo Circunstanciado pode ser lavrado apenas pela polícia judiciária, ou seja, pela polícia civil, delegados de polícia e polícia federal. A justificativa dada por essa primeira corrente é que, a despeito de sua simplicidade, o Termo Circunstanciado não deixa de ser um procedimento investigatório, ainda que muito mais simples do que um inquérito policial.

- Por ocasião do julgamento da ADI 3.614, concluiu a Suprema Corte que a lavratura de termos circunstanciados pela Polícia Militar caracteriza hipótese de usurpação de atribuições exclusivas da Polícia Judiciária, seja ela a Polícia Civil, seja ela a Polícia Federal. (STF, Pleno, ADI 3.614/PR, Rel. Min. Cármen Lúcia, j. 20/09/2007, DJe 147 22/11/2007). Com entendimento semelhante: STF, 1ª Turma, RE 702.617 AgR/AM, Rel.

Min. Luiz Fux, j. 26/02/2013, DJe 54 20/03/2013.

2ª Corrente: a autoridade policial referida no art. 69 não abarca apenas as policias que exercem a função de polícia judiciária (civil e federal), mas também a polícia militar que já lavra boletins de ocorrência, em homenagem aos critérios da simplicidade e da celeridade. O problema aqui é do ponto de vista prático, pois nenhuma das instituições deseja conferir poder a outra. O professor é adepto desta segunda corrente.

Lei 11.343/06 Art. 48. (...)

§2º Tratando-se da conduta prevista no art. 28 desta Lei [porte de drogas para consumo pessoal], não se imporá prisão em flagrante, devendo o autor do fato ser imediatamente encaminhado ao juízo competente ou, na falta deste, assumir o compromisso de a ele comparecer, lavrando-se termo circunstanciado e providenciando-se as requisições dos exames e perícias necessários.

§3º Se ausente a autoridade judicial, as providências previstas no §2º deste artigo, serão tomadas de imediato pela autoridade policial, no local em que se encontrar, vedada a detenção do agente.

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Atentem para esse § 3º porque ele nos leva à conclusão de que, se ausente a autoridade judicial, as providências serão tomadas de imediato pela autoridade policial. E se acaso estiver presente a autoridade judicial? Essas providências seriam tomadas pela própria autoridade judicial. Aos olhos da doutrina, isso é uma aberração porque como é que se pode permitir que o juiz lavre um termo circunstanciado, se se trata de um procedimento investigatório? Isso viola o nosso sistema acusatório.

Contudo, isso foi parar no STF que apreciou um ADI em 2020, a ADI 3.807 que foi ajuizada exatamente contra esse § 3º, questionando a polêmica que acabamos de colocar. O STF decidiu da seguinte forma, vindo ao encontro da segunda corrente:

- Mais recentemente, porém, por ocasião do julgamento da ADI 3.807/DF (Rel. Min. Cármen Lúcia, j.

29.06.2020), ajuizada pela Associação dos Delegados de Polícia do Brasil (ADEPOL) em face do art. 48, §3º, da Lei n. 11.343/06, que autoriza que a autoridade judiciária proceda à lavratura do termo circunstanciado e às requisições dos exames e perícias necessários em relação ao crime de porte de drogas para consumo pessoal, o Plenário do STF julgou improcedente o pedido formulado por concluir que o termo circunstanciado não é um procedimento investigativo, mas mera peça informativa com descrição detalhada do fato e as declarações do condutor do flagrante e do autor do fato. Logo, a possibilidade de sua lavratura pelo órgão judiciário não entraria em rota de colisão com os §§1º e 4º do art. 144 da Constituição Federal, nem tampouco com a garantia da imparcialidade do julgador.

7.2. Situação De Flagrante E Infrações De Menor Potencial Ofensivo.

Imagine uma IMPO como o desacato ou lesão corporal leve, o que fazer quando alguém é flagrado na prática de crime de menor potencial ofensivo? Havendo situação de flagrância, se o indivíduo for encaminhado de imediato ou assumir o compromisso de comparecer em juízo, não se imporá prisão em flagrante.

Art. 69 (...)

Parágrafo único. Ao autor do fato que, após a lavratura do termo, for imediatamente encaminhado ao juizado ou assumir o compromisso de a ele comparecer, não se imporá prisão em flagrante, nem se exigirá fiança. Em caso de violência doméstica, o juiz poderá determinar, como medida de cautela, seu afastamento do lar, domicílio ou local de convivência com a vítima*. (Redação dada pela Lei nº 10.455, de 13.5.2002)

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Parte da doutrina entende que a parte final do art. 69 da Lei n. 9.099/95 foi tacitamente revogada pela Lei Maria da Penha, que tem dispositivo expresso no sentido de vedar a aplicação da Lei n. 9.099/95.

Embora não seja possível a prisão em flagrante no caso de IMPO, isso não significa que a autoridade nada pode fazer com esse indivíduo. Senão vejamos:

CAPTURA: nos termos do art. 302 do CPP, pode ser realizada a captura do cidadão que se encontra em flagrante delito, inclusive com o emprego de força moderada se houver resistência por parte dele.

CONDUÇÃO COERCITIVA: o cidadão deverá ser conduzido coercitivamente até a Delegacia ou Polícia Militar, onde o termo circunstanciado será lavrado. Por isso, quando a lei diz que “não se imporá prisão em flagrante”, entende-se que não é dado a polícia lavrar o auto de prisão em flagrante e não que a captura e a condução estão proibidas para fins de lavratura do termo circunstanciado.

Uma vez lavrado o TC, o cidadão poderá sair livre da Delegacia, desde que ele seja encaminhado de imediato ou assuma o compromisso de comparecer, de forma condicionada pelo parágrafo único. Se por acaso o sujeito não quiser assumir o compromisso de comparecer no JECRIM, impor-se-á nesse caso a prisão em flagrante, mas talvez ele não permaneça preso porque muito provavelmente será cabível a concessão de fiança pela autoridade policial.

8. Fase preliminar dos juizados especiais criminais

No JECRIM, existe uma fase preliminar e uma fase judicial propriamente dita. A fase preliminar visa evitar a fase judicial, buscando a composição civil dos danos e a transação penal o que pode se dar através de, pelo menos, desses dois mecanismos: (i) composição civil e (ii) transação penal.

Se não lograr êxito na celebração desses acordos, passamos para a fase judicial propriamente dita, em que haverá o recebimento da peça acusatória, tem início o procedimento comum sumaríssimo e, a depender do caso concreto, vai culminar com a prolação de uma sentença condenatória ou absolutória.

Lei 9.099/95

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Art. 72. Na audiência preliminar, presente o representante do Ministério Público, o autor do fato e a vítima e, se possível, o responsável civil, acompanhados por seus advogados, o Juiz esclarecerá sobre a possibilidade da composição dos danos e da aceitação da proposta de aplicação imediata de pena não privativa de liberdade.

Essa proposta de aplicação imediata é exatamente o objeto da transação penal.

9. Composição Dos Danos Civis

O próprio nome já diz tudo. A composição dos danos civis nada mais é do que um acordo celebrado entre o autor do delito e a vítima, objetivando a reparação dos danos civis. A lei não especifica qual é o dano civil em questão, então o ideal é compreendermos a expressão “dano civil” em sentido amplo, cujo conceito certamente é muito melhor estudado nas aulas de Direito Civil, podendo ser os danos materiais, danos emergentes, lucros cessantes, danos morais, danos estéticos, etc.

Qual é a vantagem de um eventual acordo? Sob o ponto de vista da vítima, a vantagem é que ela vai conseguir a reparação do dano. Se houver o acordo, para a vítima, ela terá um título em mãos e levado à homologação do juiz, passando a ter eficácia de título a ser executado no juízo cível competente. Não necessariamente significa dizer que ela vai receber, pode ser que o autor do fato não pague depois. Caberá à vítima proceder com a execução tal qual estudamos em Direito Processual Civil.

Sob o ponto de vista do autor do autor da infração, a vantagem é o que consta do dispositivo:

Lei 9.099/95

Art. 74. A composição dos danos civis será reduzida a escrito e, homologada pelo Juiz mediante sentença irrecorrível, terá eficácia de título a ser executado no juízo civil competente.

Parágrafo único. Tratando-se de ação penal de iniciativa privada ou de ação penal pública condicionada à representação, o acordo homologado acarreta a renúncia ao direito de queixa ou representação.

Recebimento de indenização é sinônimo de renúncia? A renúncia nada mais é do que uma causa extintiva da punibilidade.

CPP/CP JECRIM

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O recebimento de indenização não acarreta renúncia tácita ao direito de queixa.

A mera homologação do acordo, sem necessidade de pagamento, acarreta renúncia à queixa ou representação.

CP

Art. 104 - O direito de queixa não pode ser exercido quando renunciado expressa ou tacitamente. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

Parágrafo único - Importa renúncia tácita ao direito de queixa a prática de ato incompatível com a vontade de exercê-lo; não a implica, todavia, o fato de receber o ofendido a indenização do dano causado pelo crime.

Exemplo: se alguém arranha o carro de outra pessoa com um prego e quebrando o retrovisor, há crime de dano, de ação penal privada, que configura IMPO. Sendo o caso encaminhado para o JECRIM, o autor do delito e a vítima podem celebrar um acordo na presença de seus advogados com vistas a recompor o dano causado. Vale anotar que o dano civil pode ser de qualquer espécie.

Como o crime de dano é de ação penal privada, a vítima que anui ao acordo renuncia, automaticamente, ao direito de queixa. A composição dos danos civis pode ser feita nos crimes de ação privada, tendo como consequência a renúncia ao direito de queixa.

O parágrafo único do art. 74 traz essa consequência de renúncia ao direito de queixa ou representação. Preste atenção que esse dispositivo diz que isso ocorrerá apenas quando se tratar de ação penal privada ou ação penal pública condicionada à representação. Surge na doutrina o questionamento quando se tratar de ação penal pública incondicionada, cabe composição civil dos danos? Se acaso cabível, qual será a consequência de eventual acordo homologado? É cabível, mas eventual acordo não implica em renúncia, e sim arrependimento posterior desde que haja o pagamento.

CONSEQUÊNCIAS DA COMPOSIÇÃO:

AÇÃO PRIVADA AÇÃO PÚBLICA

CONDICIONADA

AÇÃO PÚBLICA INCONDICIONADA Renúncia ao direito de queixa. Renúncia à representação Realizado o pagamento, o

indivíduo passa a ter direito ao arrependimento posterior.

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Obs.: não se pode confundir o disposto no Código Penal com o que consta da Lei dos Juizados, pois, pelo CP, o recebimento de dinheiro não é sinônimo de renúncia do direito de queixa, ao passo que a Lei 9099/95, em seu Art. 74, parágrafo único prevê que a mera homologação do acordo já é sinônimo de renúncia ao direito de queixa.

- Arrependimento posterior:

CP, Art. 16 - Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984).

10. Oferecimento de Representação.

Lei 9099/95

Art. 75. Não obtida a composição dos danos civis, será dada imediatamente ao ofendido a oportunidade de exercer o direito de representação verbal, que será reduzida a termo.

Parágrafo único. O não oferecimento da representação na audiência preliminar não implica decadência do direito, que poderá ser exercido no prazo previsto em lei.

Ainda estamos na fase preliminar, na audiência preliminar, onde buscamos a reparação do dano e uma eventual transação penal. O art. 75 diz que, se por acaso não houver a composição dos danos civis, a vítima terá a oportunidade de exercer seu direito de representação verbal. Isso só ocorrerá se não obtida a composição dos danos civis porque acabamos de ver no artigo anterior que, se acaso tiver havido o acordo, isso acarretaria a renúncia ao direito de queixa ou à representação.

Não havendo a composição, a vítima terá a oportunidade de exercer seu direito de representação verbal, já que um dos critérios orientadores do JECRIM é o critério da oralidade. E se por acaso a vítima não exercer seu direito naquele momento? O parágrafo único do art. 75 traz que isso não implica necessariamente em decadência do direito, que poderá ser exercido no prazo legal.

Devemos aguardar o decurso do prazo previsto em lei. Qual é o prazo previsto em lei? Cuidado para não dizer para o examinador que esse prazo seria de 30 dias, que é aquele prazo para o implemento da representação

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para os crimes que passaram a exigi-la, como a lesão leve e a lesão culposa. Aqui, temos que nos lembrar que o prazo decadencial previsto em lei é o prazo de 6 meses à luz do art. 38 do CPP.

Representação anterior feita na polícia precisa ser ratificada na audiência preliminar? Na própria lavratura do termo circunstanciado, a vítima já representa contra o agressor em uma lesão leve. Essa audiência preliminar no JECRIM vai demorar muito a ser marcada. No dia, a vítima não compareceu e não houver a composição dos danos civis e não houve a representação verbal apresentada pela vítima naquele momento. É possível aproveitar a representação feita em sede policial ou devemos entender que não houve representação? O tema é muito polêmico e controverso.

1ª Corrente: sim, precisa ser ratificada. Juizados prezam pela simplicidade, economia processual. No exemplo dado, houve representação em sede policial por parte da vítima. Se no CPP uma representação feita perante a Polícia já é o quanto basta e vigora quanto a ela toda uma noção de informalidade, não há formas sacramentais quanto à representação, por que no JECRIM deveríamos exigir maiores rigores e formalidades?

2ª Corrente: não há necessidade de ratificação porque a vítima já apresentou sua representação no termo circunstanciado, sendo que a primeira corrente exige mais rigor do que o presente no próprio CPP. É o entendimento do professor.

11. Transação Penal.

A transação penal nada mais é do que um negócio jurídico celebrado entre o autor da infração de menor potencial ofensivo e o titular da ação penal, com o objetivo básico da aplicação de multa ou de uma pena restritiva de direitos, não podendo jamais ser uma pena privativa de liberdade, porque não se pode transacionar em relação a um bem de natureza indisponível. O promotor de justiça não é obrigado a denunciar todo mundo.

CPP JECRIM

Princípio da Obrigatoriedade da Ação Penal Pública (art. 24)

Princípio da Discricionariedade Regrada ou Obrigatoriedade Mitigada

Conceito: trata-se de acordo celebrado entre o titular da ação penal e o autor do fato delituoso, assistido por seu defensor, objetivando a aplicação imediata de pena restritiva de direitos ou de multa.

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Lei 9099/95.

Art. 76. Havendo representação ou tratando-se de crime de ação penal pública incondicionada, não sendo caso de arquivamento, o Ministério Público poderá propor a aplicação imediata de pena restritiva de direitos ou multas, a ser especificada na proposta.

§1º Nas hipóteses de ser a pena de multa a única aplicável, o Juiz poderá reduzi-la até a metade.

(...)

Art. 76 (...) § 2º Não se admitirá a proposta se ficar comprovado:

I - ter sido o autor da infração condenado, pela prática de crime, à pena privativa de liberdade, por sentença definitiva;

II - ter sido o agente beneficiado anteriormente, no prazo de cinco anos, pela aplicação de pena restritiva ou multa, nos termos deste artigo;

III - não indicarem os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias, ser necessária e suficiente a adoção da medida.

Art. 76 (...)

§ 3º Aceita a proposta pelo autor da infração e seu defensor, será submetida à apreciação do Juiz.

§ 4º Acolhendo a proposta do Ministério Público aceita pelo autor da infração, o Juiz aplicará a pena restritiva de direitos ou multa, que não importará em reincidência, sendo registrada apenas para impedir novamente o mesmo benefício no prazo de cinco anos.

Art. 76 (...)

§ 5º Da sentença prevista no parágrafo anterior caberá a apelação referida no art. 82 desta Lei.

§ 6º A imposição da sanção de que trata o § 4º deste artigo não constará de certidão de antecedentes criminais, salvo para os fins previstos no mesmo dispositivo, e não terá efeitos civis, cabendo aos interessados propor ação cabível no juízo cível.

11.1. Requisitos.

a. Infração de menor potencial ofensivo;

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Súmula 536 do STJ: “A suspensão condicional do processo e a transação penal não se aplicam na hipótese de delitos sujeitos ao rito da Lei Maria da Penha”. Terceira Seção, aprovada em 10/6/2015, Dje 15/6/2015.

b. Não ser caso de arquivamento do termo circunstanciado;

Se estamos propondo para alguém o cumprimento de uma pena não privativa de liberdade, isso só deverá ocorrer diante da viabilidade de denúncia. A pessoa só deve aceitar o acordo quando ela visualizar que vai ser denunciada e, por isso, a transação penal é vantajosa. Por isso, não deve ser caso de arquivamento.

c. Não ter sido o autor da infração condenado, pela prática de crime, à pena privativa de liberdade, por sentença definitiva;

Esse requisito nada mais é do que o que consta do art. 72, § 2º, I. Em provas objetivas, o examinador troca a palavra “crime” por “contravenção penal”, e “pena privativa de liberdade” por “pena de multa” ou “pena restritiva de direitos”, fazendo pegadinhas. A expressão “definitiva” significa irrecorrível, sobretudo à luz da atual orientação da Suprema Corte para fins de aplicação da pena que pressupõe o trânsito em julgado

d. Não ter sido o agente beneficiado anteriormente, no prazo de 5 anos, pela transação penal;

Cuidado com o § 6º. Quando alguém aceita o acordo de transação penal, essa pessoa não está admitindo culpa, não é culpado. Esse acordo sequer deverá constar da certidão de antecedentes criminais. Não é possível a reprovação em concurso público com base nisso. A única consequência concreta do acordo de transação penal é o inciso II do § 2º, porque quem já tiver sido beneficiado por um acordo, não poderá celebrar novo acordo nos próximos 5 anos.

Lembre-se que esse acordo é celebrado com o titular da ação penal, na maioria dos casos com o MP. A transação penal não se confunde com a composição dos danos civis, não produzindo efeitos civis. Se a vítima tiver interesse em obter reparação, vai ter que entrar com uma ação indenizatória no juízo civil competente.

e. Antecedentes, conduta social, personalidade do agente, bem como os motivos e circunstâncias do delito favoráveis ao agente;

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Esse requisito é subjetivo. Temos que fazer uma análise dessas circunstâncias judiciais e chegar à conclusão de que são positivas. Se positivas, favoráveis ao indivíduo, poderemos celebrar acordo de transação penal.

f. Reparação do dano ambiental nos crimes ambientais.

Lei n. 9.605/98

Art. 27. Nos crimes ambientais de menor potencial ofensivo, a proposta de aplicação imediata de pena restritiva de direitos ou multa, prevista no art. 76 da Lei n. 9.099/95, somente poderá ser formulada desde que tenha havido a prévia composição do dano ambiental, de que trata o art. 74 da mesma lei, salvo em caso de comprovada impossibilidade.

11.2. Legitimidade para oferecimento da proposta de transação.

Quando o art. 76 fala em representação, é porque estamos diante de um crime de ação penal pública condicionada, falando também em ação penal pública incondicionada. Quem poderá propor a aplicação imediata das penas? O Ministério Público.

De quem é a legitimidade para o oferecimento da proposta de transação? Em se tratando de crime de ação penal pública, é o MP, seja ela condicionada ou incondicionada. A discussão recai sobre a ação penal privada. Muita coisa do que estudaremos a partir de agora também vale para a suspensão condicional do processo. A leitura do caput do art. 76 fala apenas em ação pública, mas a doutrina vai dizer que se cabe em ação penal pública, por que não caberia na ação penal privada? Não há nenhuma lógica nesse tratamento desigual. A resposta é pacífica: cabe transação e suspensão nos crimes de ação privada. O problema, e isso é mais controverso, recai sobre quem vai oferecer a proposta.

1ª Corrente: pelo MP. Essa não é a melhor orientação porque como que o MP poderia negociar com algo que não lhe pertence? A ação penal em questão é uma ação penal privada.

FONAJE (Fórum Nacional dos Juizados Especiais) - ENUNCIADO 112: na ação penal de iniciativa privada, cabem transação penal e a suspensão condicional do processo, mediante proposta do Ministério Público (XXVII Encontro – Palmas/TO).

2ª Corrente: pelo próprio querelante, pelo próprio ofendido assistido por seu defensor.

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STJ: “(...) A transação penal, assim como a suspensão condicional do processo, não se trata de direito público subjetivo do acusado, mas sim de poder-dever do Ministério Público (Precedentes desta e. Corte e do c.

Supremo Tribunal Federal). II - A jurisprudência dos Tribunais Superiores admite a aplicação da transação penal às ações penais privadas. Nesse caso, a legitimidade para formular a proposta é do ofendido, e o silêncio do querelante não constitui óbice ao prosseguimento da ação penal. III - Isso porque, a transação penal, quando aplicada nas ações penais privadas, assenta-se nos princípios da disponibilidade e da oportunidade, o que significa que o seu implemento requer o mútuo consentimento das partes”. (STJ, Corte Especial, Apn 634/RJ, Rel. Min. Felix Fischer, DJe 03/04/2012).

11.3. Recusa injustificada por parte do titular da ação penal em oferecer a proposta de transação penal.

O que aqui for dito vale também para a suspensão condicional do processo. Imagine que de maneira injustificada, o titular da ação penal não ofereceu a proposta no dia da audiência. O juiz pode oferecer a proposta por ele? Não. O juiz não pode fazer a proposta para ele porque estamos diante de um acordo que pressupõe a vontade dos negociantes. O que deve ser feito?

a) Por parte do ofendido nos crimes de ação penal privada – nada poderá ser feito e a própria jurisprudência do STJ exibida dizia isso, será dado prosseguimento à demanda aguardando um possível oferecimento de uma queixa-crime;

b) Por parte do Ministério Público nos crimes de ação penal pública – o juiz aplica o art. 28 do CPP e vai determinar a remessa dos autos à instância de revisão ministerial;

Súmula 696 do STF: “Reunidos os pressupostos legais permissivos da suspensão condicional do processo, mas se recusando o Promotor de Justiça a propô-la, o Juiz, dissentindo, remeterá a questão ao Procurador-Geral, aplicando-se por analogia o art. 28 do Código de Processo Penal”.

A súmula fala em suspensão, mas seus dizeres também são válidos para a transação penal.

O art. 28 do CPP foi alterado pelo Pacote Anticrime e passou a prever que, uma vez em vigência e com sua eficácia válida, o juiz não participa mais do controle do arquivamento. Quando o promotor arquiva, ele não precisa mais sujeitar sua decisão ao controle do Judiciário, sujeitando apenas à sua instância de revisão

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ministerial. Apesar dessa alteração legislativa, o professor entende que o art. 28 ainda continua sendo passível de aplicação pelo juiz nessas hipóteses em que houver discordância entre o promotor e juiz.

11.4. Momento para o Oferecimento da Proposta de Transação Penal.

Já respondemos essa pergunta porque, em regra, vamos oferecer a proposta naquela fase preliminar, ou seja, antes do início do processo. Existem exceções? A proposta de transação penal também pode ser negociada durante o processo judicial, mas, se tiver havido recusa anterior, o acusado não pode querer aceitar a proposta agora. O processo é marcha para frente.

E se acaso não tiver sido oferecida a proposta, é possível? Sim, a doutrina vai dizer que a transação ou a suspensão condicional do processo também podem ser concedidas em casos de desclassificação ou de procedência parcial da pretensão punitiva.

Exemplo: alguém está respondendo no Juízo Comum por um crime de furto qualificado pelo concurso de duas ou mais pessoas, com pena de 2 a 8 anos. Todas as testemunhas foram ouvidas e disseram que apenas um agente furtou, até a própria vítima. Terminada a audiência, o promotor verifica que o que houve foi um furto simples, cuja pena mínima é de 1 ano. O crime admite suspensão condicional do processo (e transação penal). Houve uma procedência parcial ou uma desclassificação para o crime de furto simples, que agora admite suspensão. O promotor oferece a proposta.

Súmula 337 do STJ: “É cabível a suspensão condicional do processo [e transação penal] na desclassificação do crime e na procedência parcial da pretensão punitiva”.

CPP

Art. 383. O juiz, sem modificar a descrição do fato contida na denúncia ou queixa, poderá atribuir-lhe definição jurídica diversa, ainda que, em consequência, tenha de aplicar pena mais grave.

§1o Se, em consequência de definição jurídica diversa, houver possibilidade de proposta de suspensão condicional do processo, o juiz procederá de acordo com o disposto na lei.

§2o Tratando-se de infração da competência de outro juízo, a este serão encaminhados os autos.

11.5. Descumprimento injustificado do acordo homologado de transação penal.

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O cidadão celebrou o acordo, o acordo foi homologado só que pouco tempo depois teria havido o seu descumprimento. Qual é a consequência? Hoje o tema está pacificado porque antigamente havia uma controvérsia entre o STJ e o STF, só que o STF resolveu sumular de maneira vinculante a controvérsia, entendendo que diante do descumprimento injustificado, o processo retorna ao status quo, ou seja, ao estado de origem permitindo que o titular da ação penal ofereça sua peça acusatória ou requisitar diligências.

Súmula vinculante n. 35 do STF: “A homologação da transação penal prevista no artigo 76 da Lei 9.099/1995 não faz coisa julgada material e, descumpridas suas cláusulas, retoma-se a situação anterior, possibilitando- se ao Ministério Público a continuidade da persecução penal mediante oferecimento de denúncia ou requisição de inquérito policial”.

12. Análise do procedimento comum sumaríssimo dos Juizados.

a) Peça acusatória:

Lei 9.099/95

Art. 77. Na ação penal de iniciativa pública, quando não houver aplicação de pena, pela ausência do autor do fato, ou pela não ocorrência da hipótese prevista no art. 76 desta Lei, o Ministério Público oferecerá ao Juiz, de imediato, denúncia oral, se não houver necessidade de diligências imprescindíveis.

Art. 77 (...) § 1º Para o oferecimento da denúncia, que será elaborada com base no termo de ocorrência referido no art. 69 desta Lei, com dispensa do inquérito policial, prescindir-se-á do exame do corpo de delito quando a materialidade do crime estiver aferida por boletim médico ou prova equivalente.

Art. 77 (...) § 2º Se a complexidade ou circunstâncias do caso não permitirem a formulação da denúncia, o Ministério Público poderá requerer ao Juiz o encaminhamento das peças existentes, na forma do parágrafo único do art. 66 desta Lei.

§ 3º Na ação penal de iniciativa do ofendido poderá ser oferecida queixa oral, cabendo ao Juiz verificar se a complexidade e as circunstâncias do caso determinam a adoção das providências previstas no parágrafo único do art. 66 desta Lei.

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b) Citação: em regra, é feita pessoalmente. Não cabe citação por edital e por carta rogatória. Há quem entenda que cabe citação por hora certa, apesar de ser uma modalidade de citação presumida, porque seu procedimento é rápido considerando que o oficial de justiça procura o acusado por duas vezes.

Lei 9.099/95

Art. 66. A citação será pessoal e far-se-á no próprio Juizado, sempre que possível, ou por mandado.

Parágrafo único. Não encontrado o acusado para ser citado, o Juiz encaminhará as peças existentes ao Juízo comum para adoção do procedimento previsto em lei.

FONAJE - ENUNCIADO 110: no Juizado Especial Criminal é cabível a citação com hora certa (XXV Encontro – São Luís/MA).

c) Defesa preliminar: é uma oportunidade de a defesa se manifestar entre o oferecimento e o recebimento da peça acusatória. Alguns doutrinadores a chamam de contraditório prévio ao juízo de admissibilidade da peça acusatória. O acusado vai poder tentar convencer o juiz de que aquela peça acusatória deve ser rejeitada.

A defesa preliminar está prevista apenas em alguns procedimentos especiais e um deles é o do JECRIM.

Lei 9.099/95

Art. 81. Aberta a audiência, será dada a palavra ao defensor para responder à acusação, após o que o Juiz receberá, ou não, a denúncia ou queixa; havendo recebimento, serão ouvidas a vítima e as testemunhas de acusação e defesa, interrogando-se a seguir o acusado, se presente, passando-se imediatamente aos debates orais e à prolação da sentença.

Art. 81 (...)

§ 1º Todas as provas serão produzidas na audiência de instrução e julgamento, podendo o Juiz limitar ou excluir as que considerar excessivas, impertinentes ou protelatórias.

§ 2º De todo o ocorrido na audiência será lavrado termo, assinado pelo Juiz e pelas partes, contendo breve resumo dos fatos relevantes ocorridos em audiência e a sentença.

Art. 81 (...)

§3º A sentença, dispensado o relatório, mencionará os elementos de convicção do Juiz.

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d) (Des)necessidade de resposta à acusação: se existe defesa preliminar no JECRIM, ainda há a necessidade de uma ulterior resposta à acusação?

CPP

Art. 396. Nos procedimentos ordinário e sumário, oferecida a denúncia ou queixa, o juiz, se não a rejeitar liminarmente, recebê-la-á e ordenará a citação do acusado para responder à acusação, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias.

Parágrafo único. No caso de citação por edital, o prazo para a defesa começará a fluir a partir do comparecimento pessoal do acusado ou do defensor constituído.

CPP Art. 394.

(...)

§4º As disposições dos arts. 395 a 398 deste Código aplicam-se a todos os procedimentos penais de primeiro grau, ainda que não regulados neste Código.

Pela leitura do § 4º do art. 394 do CPP, a resposta à acusação seria aplicável a todos os procedimentos penais de primeiro grau, mesmo que não regulados no CPP. Há doutrinadores que entendem que a resposta à acusação é realmente necessária no JECRIM porque partem de uma leitura gramatical do § 4º.

Contudo, a defesa já se pronunciou. Precisa se manifestar de novo, de forma tão próxima da manifestação anterior, se estamos diante de um procedimento chamado de procedimento comum sumaríssimo? Não há lógica nenhuma. Quando o procedimento contemplar a defesa preliminar, não haverá necessidade de resposta à acusação porque o conteúdo desta peça já poderá constar da própria defesa preliminar com base no princípio da eventualidade e subsidiariedade.

e) Possibilidade de absolvição sumária: nada mais é do que um julgamento antecipado da lide em que o magistrado enfrenta o mérito para dizer um dos seguintes motivos, mas, apesar de o art. 397 constar do CPP, cuidado para não nos esquecermos da norma há pouco citada, o art. 394, § 4º. Se é admitida a absolvição sumária no Juízo Comum, por que o acusado não teria direito à ela no âmbito do JECRIM? É perfeitamente possível a absolvição sumária no JECRIM.

CPP

(17)

Art. 397. Após o cumprimento do disposto no art. 396-A, e parágrafos, deste Código, o juiz deverá absolver sumariamente o acusado quando verificar:

I - a existência manifesta de causa excludente da ilicitude do fato;

II - a existência manifesta de causa excludente da culpabilidade do agente, salvo inimputabilidade;

III - que o fato narrado evidentemente não constitui crime; ou IV - extinta a punibilidade do agente.

13. SISTEMA RECURSAL DOS JUIZADOS.

13.1. Turma Recursal.

As turmas recursais nada mais são do que o juízo para o qual se recorre no âmbito do JECRIM, gozando de previsão constitucional. Apesar de funcionar como órgão de segunda instância, a turma recursal é composta por juízes em exercício no primeiro grau de jurisdição.

Constituição Federal

Art. 98. A União, no Distrito Federal e nos Territórios, e os Estados criarão:

I - juizados especiais, providos por juízes togados, ou togados e leigos, competentes para a conciliação, o julgamento e a execução de causas cíveis de menor complexidade e infrações penais de menor potencial ofensivo, mediante os procedimentos oral e sumaríssimo, permitidos, nas hipóteses previstas em lei, a transação e o julgamento de recursos por turmas de juízes de primeiro grau;

13.2. Apelação nos juizados.

Quando falamos de apelação nos Juizados, o que vai cair nas provas objetivas são as diferenças entre o CPP e a Lei do JECRIM.

Lei n. 9.099/95

Art. 82. Da decisão de rejeição da denúncia ou queixa e da sentença caberá apelação, que poderá ser julgada por turma composta de três juízes em exercício no primeiro grau de jurisdição, reunidos na sede do Juizado.

§1º A apelação será interposta no prazo de 10 dias, contados da ciência da sentença pelo Ministério Público, pelo réu e seu defensor, por petição escrita, da qual constarão as razões e o pedido do recorrente.

(...)

(18)

ATENÇÃO: rejeição da denúncia ou queixa, no CPP, tem como recurso adequado o RESE. No JECRIM, é a apelação, juntamente enfrentando a sentença e a decisão que homologa a transação penal.

13.3. Embargos de Declaração.

Lei n. 9.099/95

Art. 83. Cabem embargos de declaração quando, em sentença ou acórdão, houver obscuridade, contradição ou omissão.

§1º Os embargos de declaração serão opostos por escrito ou oralmente, no prazo de cinco dias, contados da ciência da decisão.

§ 2o Os embargos de declaração interrompem o prazo para a interposição de recurso. (Redação dada pelo novo CPC).

§3º Os erros materiais podem ser corrigidos de ofício.

Pelo menos no CPP, no art. 382, o prazo é de 2 dias. Os embargos de declaração interrompem o prazo para a interposição de recurso. Esse § 2º teve sua redação alterada pelo CPC. Antigamente, a Lei dos Juizados dizia que quando opostos contra sentença, os embargos suspenderiam os prazos para recurso. Agora o legislador viu por bem dar um tratamento semelhante, tendo como consequência a interrupção do prazo. É como se o prazo fosse zerado, começando a fluir novamente a partir do zero.

13.4. Recurso Extraordinário e Especial.

CF

(19)

Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição Federal, cabendo- lhe:

(...)

III – julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida:

(...)

Em nenhum momento o inciso III diz que tal decisão obrigatoriamente precisa ter sido proferida por Tribunal.

Quando comparamos a redação do art. 102, III com a previsão do recurso especial, vemos a diferença. Turma recursal não é Tribunal, por isso não é cabível recurso especial.

Súmula 640 do STF: “É cabível recurso extraordinário contra decisão proferida por juiz de primeiro grau nas causas de alçada, ou por turma recursal de juizado especial cível e criminal”.

CF

Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:

(...)

III – julgar, em recurso especial, as causas decididas em única ou última instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos Tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão recorrida:

Súmula 203 do STJ: “Não cabe recurso especial contra decisão proferida por órgão de segundo grau dos juizados especiais”.

13.5. “Habeas Corpus”.

O HC será cabível desde que haja risco à liberdade de locomoção. Se só cabe multa, ela não pode ser convertida em prisão, portanto não cabe HC.

Súmula n. 693 do STF: não cabe "habeas corpus" contra decisão condenatória a pena de multa, ou relativo a processo em curso por infração penal a que a pena pecuniária seja a única cominada.

Exemplo 1: art. 28 da Lei de Drogas. Os Tribunais Superiores ficam apreciando HC sobre esse crime, mas, com a devida vênia, o professor acha que isso está errado porque ao art. 28 não há cominação

(20)

de pena privativa de liberdade, nem mesmo de maneira alternativa. Logo, se não há risco à liberdade de locomoção, o HC não poderia ser manejado.

Exemplo 2: o crime de desacato é uma IMPO a qual é cominada pena privativa de liberdade, com pena de 6 meses a 2 anos. Se o sujeito está respondendo por desacato no JECRIM, o HC dele sobe para a turma recursal. E se o sujeito quiser impetrar novo HC contra a decisão da turma recursal, quem irá o apreciar? Até pouco tempo, esse HC era apreciado pelo STF, por incrível que pareça e sumularam isso.

Agora, o entendimento é que deve ser apreciado pelos TJ e pelos TRF.

Súmula n. 690 do STF: “Compete originariamente ao Supremo Tribunal Federal o julgamento de habeas corpus contra decisão de turma recursal de juizados especiais criminais”.

Cuidado, todavia, porque esse entendimento está ultrapassado. Operou-se quanto à matéria o overruling, desde que o STF apreciou o seguinte HC:

STF: “(...) COMPETÊNCIA - HABEAS CORPUS - ATO DE TURMA RECURSAL. Estando os integrantes das turmas recursais dos juizados especiais submetidos, nos crimes comuns e nos de responsabilidade, à jurisdição do tribunal de justiça ou do tribunal regional federal, incumbe a cada qual, conforme o caso, julgar os habeas impetrados contra ato que tenham praticado”. (STF, Pleno, HC 86.834, Rel. Min. Marco Aurélio, DJe 09/03/2007).

13.6. Mandado de segurança.

O sujeito está sendo processado no JECRIM e vai impetrar MS, que vai para a turma recursal. Se o sujeito quiser impetrar MS contra a turma recursal, ele permanece na competência da turma recursal, diferentemente do que ocorre no HC. Se aplica, por analogia, o art. 21, VI da LC n. 35/79, que vai dizer que compete aos próprios Tribunais (turmas recursais, no caso), o julgamento originário de mandados de segurança contra seus próprios atos.

Súmula n. 376 do STJ: “Compete à Turma Recursal processar e julgar o mandado de segurança contra ato de juizado especial”.

13.7. Revisão Criminal.

(21)

Lei n. 9.099/95

Art. 59. Não se admitirá ação rescisória nas causas sujeitas ao procedimento instituído por esta Lei.

Contudo, a revisão criminal é cabível no JECRIM porque não há vedação expressa. De quem é a sua competência? Da turma recursal, porque exerce funções de segunda instância.

STJ: “(...) Apesar da ausência de expressa previsão legal, mostra-se cabível a revisão criminal no âmbito dos Juizados Especiais, decorrência lógica da garantia constitucional da ampla defesa, notadamente quando a legislação ordinária vedou apenas a ação rescisória, de natureza processual cível. É manifesta a incompetência do Tribunal de Justiça para tomar conhecimento de revisão criminal ajuizada contra decisum oriundo dos Juizados Especiais. (...)

(...) A falta de previsão legal específica para o processamento da ação revisional perante o Colegiado Recursal não impede seu ajuizamento, cabendo à espécie a utilização subsidiária dos ditames previstos no Código de Processo Penal. Caso a composição da Turma Recursal impossibilite a perfeita obediência aos dispositivos legais atinentes à espécie, mostra-se viável, em tese, a convocação dos magistrados suplentes para tomar parte no julgamento, solucionando-se a controvérsia e, principalmente, resguardando-se o direito do agente de ver julgada sua ação revisional. Competência da Turma Recursal”. (STJ, 3ª Seção, CC 47.718/RS, Rel. Min.

Jane Silva, DJe 26/08/2008).

13.8. Conflito de competência entre Juizados Especiais Criminais e Juízo Comum.

Antigamente, havia um entendimento de que essa competência seria do STJ. Sobre o assunto, o STJ chegou a editar uma súmula:

(22)

O STF, no julgamento do RE 590.409, entendeu que não faria nenhum sentido o STJ julgar tais conflitos. Hoje, prevalece a orientação de que essa competência será do respectivo TJ ou TRF, tendo o STJ cancelado a súmula anterior e deliberado da seguinte forma:

Súmula n. 428 do STJ: “Compete ao Tribunal Regional Federal decidir os conflitos de competência entre Juizado Especial Federal e Juízo Federal da mesma Seção Judiciária [do mesmo TRF]”.

14. SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO.

Aproveitaremos muita coisa do que já foi dita acerca da transação penal, como a recusa injustificada em oferecer a proposta, a legitimidade para o oferecimento da proposta, o cabimento em crimes de ação privada, o momento procedimental adequado, etc.

Lei 9.099/95

Art. 89. Nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior a um ano, abrangidas ou não por esta Lei, o Ministério Público, ao oferecer a denúncia, poderá propor a suspensão do processo, por dois a quatro anos, desde que o acusado não esteja sendo processado ou não tenha sido condenado por outro crime, presentes os demais requisitos que autorizariam a suspensão condicional da pena (art. 77 do Código Penal).

Art. 89 (...) § 1º Aceita a proposta pelo acusado e seu defensor, na presença do Juiz, este, recebendo a denúncia, poderá suspender o processo, submetendo o acusado a período de prova, sob as seguintes condições:

I - reparação do dano, salvo impossibilidade de fazê-lo;

II - proibição de frequentar determinados lugares;

III - proibição de ausentar-se da comarca onde reside, sem autorização do Juiz;

IV - comparecimento pessoal e obrigatório a juízo, mensalmente, para informar e justificar suas atividades.

(...)

§ 2º O Juiz poderá especificar outras condições a que fica subordinada a suspensão, desde que adequadas ao fato e à situação pessoal do acusado.

§ 3º A suspensão será revogada se, no curso do prazo, o beneficiário vier a ser processado por outro crime ou não efetuar, sem motivo justificado, a reparação do dano.

§ 4º A suspensão poderá ser revogada se o acusado vier a ser processado, no curso do prazo, por contravenção, ou descumprir qualquer outra condição imposta.

(23)

§ 5º Expirado o prazo sem revogação, o Juiz declarará extinta a punibilidade.

§ 6º Não correrá a prescrição durante o prazo de suspensão do processo.

§ 7º Se o acusado não aceitar a proposta prevista neste artigo, o processo prosseguirá em seus ulteriores termos.

14.1. Requisitos.

a) Crimes (ou contravenções penais) com pena mínima igual ou inferior a 1 ano:

O art. 89 está previsto na Lei n. 9.099/95 e alguns alunos pensam que, por isso, a suspensão condicional do processo somente seria cabível nos Juizados. Errado. É cabível se a pena mínima inferior a 1 ano, independente se prevista na Lei do JECRIM ou não.

O crime de furto simples é de competência do Juízo Comum, só que como a pena mínima cominada é de 1 ano, será cabível a suspensão condicional do processo concomitantemente com a denúncia. Apesar de a lei falar somente em “crimes”, a doutrina diz que, se cabe para o mais, também deve caber para o menos, que é a contravenção penal porque se trata de um benefício e não um prejuízo.

CP.

Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel:

Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.

Obs. 1: atenção para crimes com pena de multa cominada de maneira alternativa;

Lei 8.137/90.

Art. 7° Constitui crime contra as relações de consumo:

(...) Pena - detenção, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, ou multa.

Apesar de a pena mínima nesse caso ser de 2 anos, a este crime é cominada a pena de multa de maneira alternativa. O STF entendeu que quando o crime tiver pena de multa cominada de maneira alternativa, pode acontecer que, ao final, sequer seja aplicada uma pena privativa de liberdade e o juiz delibere por aplicar apenas a pena de multa. Seria contraditório não dar a este indivíduo direito à suspensão condicional do processo, por isso sua admissibilidade ainda que a pena mínima seja superior a 1 ano.

(24)

STF: “(...) Previsão alternativa de multa. Suspensão condicional do processo. Admissibilidade. Recusa de proposta pelo Ministério Público. Constrangimento ilegal caracterizado. HC concedido para que o MP examine os demais requisitos da medida. Interpretação do art. 89 da Lei nº 9.099/95. Quando para o crime seja prevista, alternativamente, pena de multa, que é menos gravosa do que qualquer pena privativa de liberdade ou restritiva de direito, tem-se por satisfeito um dos requisitos legais para a suspensão condicional do processo”. (STF, 2ª Turma, HC 83.926/RJ, Rel. Min. Cezar Peluso, DJe 101 13/09/2007).

Obs. 2. Concurso de crimes:

Súmula 723 do STF: não se admite a suspensão condicional do processo por crime continuado, se a soma da pena mínima da infração mais grave com o aumento mínimo de um sexto for superior a um ano.

Exemplo: um sujeito praticou um crime de furto simples, com pena de 1 ano só que, ao ser preso, praticou resistência. Cabe suspensão condicional do processo? Não, porque os Tribunais entendem que se deve somar e majorar, aplicando o critério do aumento, tendo resultado superior à 1 ano.

Súmula 243 do STJ: O benefício da suspensão do processo não é aplicável em relação às infrações penais cometidas em concurso material, concurso formal ou continuidade delitiva, quando a pena mínima cominada, seja pelo somatório, seja pela incidência da majorante, ultrapassar o limite de um (01) ano.

Obs. 3. Violência doméstica e familiar contra a mulher:

Lei 11.340/06

Art. 41. Aos crimes praticados com violência doméstica e familiar contra a mulher, independentemente da pena prevista, não se aplica a Lei no 9.099, de 26 de setembro de 1995.

Súmula 536 do STJ: “A suspensão condicional do processo e a transação penal não se aplicam na hipótese de delitos sujeitos ao rito da Lei Maria da Penha”. Terceira Seção, aprovada em 10/6/2015, DJe 15/6/2015.

b) Não estar sendo processado ou não ter sido condenado por outro crime:

(25)

Mais uma vez, a lei fala em crime. Na hora da prova, não pode ser contravenção penal. A lei fala em “sendo processado”, não há violação à presunção da inocência porque estamos diante de um instituto despenalizador.

C) Presença dos demais requisitos que autorizam a suspensão condicional da pena:

CP.

Art. 77 - A execução da pena privativa de liberdade, não superior a 2 (dois) anos, poderá ser suspensa, por 2 (dois) a 4 (quatro) anos, desde que: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

I - o condenado não seja reincidente em crime doloso; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) (...)

Art. 77 (...)

II - a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias autorizem a concessão do benefício;(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

Art. 77 (...)

III - Não seja indicada ou cabível a substituição prevista no art. 44 deste Código. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

(...)

14.2. Cabimento da Suspensão em Crimes de Ação Penal Privada.

Tudo o que foi dito sobre transação penal serve nesse tópico.

14.3. Iniciativa da Proposta de Suspensão.

Tudo o que foi dito sobre transação penal serve nesse tópico.

Súmula 696 do STF: reunidos os pressupostos legais permissivos da suspensão condicional do processo, mas se recusando o promotor de justiça a propô-la, o juiz, dissentindo, remeterá a questão ao procurador-geral, aplicando-se por analogia o art. 28 do código de processo penal.

(26)

14.4. Momento para o Oferecimento.

Tudo o que foi dito sobre transação penal serve nesse tópico.

Súmula 337 do STJ: é cabível a suspensão condicional do processo na desclassificação do crime e na procedência parcial da pretensão punitiva.

14.5. Condições da Suspensão Condicional do Processo.

Quando se aceita a suspensão, a pessoa se sujeita ao cumprimento de condições. As condições não poderão ser privativas de liberdade. As condições também não poderão ser vexatórias. Há quem entenda que podem ser celebradas condições de doação de sangue, mas o professor também não acha isso legal. Pode ser utilizada a aplicação de pena restritiva de direito? A doutrina entende que não, mas os Tribunais Superiores entendem que sim. Sobre o assunto:

STJ: “(...) Não há óbice a que se estabeleçam, no prudente uso da faculdade judicial disposta no art. 89, § 2º, da Lei n. 9.099/1995, obrigações equivalentes, do ponto de vista prático, a sanções penais (tais como a prestação de serviços comunitários ou a prestação pecuniária), mas que, para os fins do sursis processual, se apresentam tão somente como condições para sua incidência. (STJ, 3ª Seção, Resp 1.498.034/RS, Rel. Min.

Rogerio Schietti Cruz, j. 25/11/2015, DJe 02/12/2015).

14.7. Revogação da suspensão.

a) Revogação obrigatória: art. 89, § 3º.

b) Revogação facultativa: a lei confere uma certa discricionariedade para o Magistrado, art. 89, § 4º.

Lei 9.099/95 Art. 89. (...)

§ 3º A suspensão será revogada se, no curso do prazo, o beneficiário vier a ser processado por outro crime ou não efetuar, sem motivo justificado, a reparação do dano.

§ 4º A suspensão poderá ser revogada se o acusado vier a ser processado, no curso do prazo, por contravenção, ou descumprir qualquer outra condição imposta.

§ 5º Expirado o prazo sem revogação, o Juiz declarará extinta a punibilidade.

(27)

O porte de drogas para consumo pessoal continua sendo crime, na visão do STF, ou teria havido a sua descriminalização? Continua sendo crime, apesar de não haver mais pena privativa de liberdade.

Se o indivíduo vier a ser processado pelo art. 28 da Lei de Drogas isto é causa de revogação obrigatória ou facultativa? À primeira vista, por ser crime, o aluno pode pensar que é obrigatória, mas os Tribunais vêm entendendo que é uma causa de revogação facultativa. Apesar de ser crime, as penas que lhe são cominadas são semelhantes e até de menor gravidade do que aquelas cominadas a uma contravenção penal. Sobre o assunto, entendimento do STJ:

- Conquanto não tenha havido a descriminalização da conduta de porte de drogas para consumo pessoal prevista no art. 28 da Lei n. 11.343/06, mas mera despenalização, há precedentes da 5ª Turma do STJ no sentido de que seria desproporcional que o mero processamento do réu por tal delito tornasse obrigatória a revogação da suspensão condicional do processo, enquanto que o processamento por contravenção penal, que tem efeitos primários mais deletérios, ocasionasse a revogação facultativa. Por isso, vem entendendo que o fato de o indivíduo estar sendo processado pelo crime previsto no art. 28 da Lei de Drogas deve ser analisado como causa facultativa de revogação da suspensão condicional do processo, nos termos do art. 89, §4º, da Lei n. 9.099/95. Nesse sentido: STJ, 5ª Turma, REsp 1.795.962/SP, Rel. Min. Ribeiro Dantas, j. 10.03.2020; DJe 26.03.2020.

14.8. Extinção da Punibilidade.

Pelo menos em regra, a extinção da punibilidade vai ocorrer quando houver o cumprimento das condições. O problema é se descobrirmos que houve uma causa de revogação durante o período de prova. Depois dos 2 anos, se descobre que durante o período de prova ele teria praticado um crime. Será que ainda podemos revogar o benefício depois do decurso do período de prova? Alguns entendem que não por conta do § 5º.

Cuidado com isso porque, na jurisprudência, temos julgados em sentido contrário.

STJ: “(...) Se descumpridas as condições impostas durante o período de prova da suspensão condicional do processo, o benefício poderá ser revogado, mesmo se já ultrapassado o prazo legal, desde que referente a fato ocorrido durante sua vigência. (STJ, 3ª Seção, Resp 1.498.034/RS, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, j.

25/11/2015, DJe 02/12/2015).

14.9. Suspensão Condicional do Processo em Crimes Ambientais.

(28)

Lei 9.605/98.

Art. 28. As disposições do art. 89 da Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995, aplicam-se aos crimes de menor potencial ofensivo definidos nesta Lei, com as seguintes modificações:

I - a declaração de extinção de punibilidade, de que trata o § 5° do artigo referido no caput, dependerá de laudo de constatação de reparação do dano ambiental, ressalvada a impossibilidade prevista no inciso I do § 1° do mesmo artigo;

II - na hipótese de o laudo de constatação comprovar não ter sido completa a reparação, o prazo de suspensão do processo será prorrogado, até o período máximo previsto no artigo referido no caput, acrescido de mais um ano, com suspensão do prazo da prescrição;

III - no período de prorrogação, não se aplicarão as condições dos incisos II, III e IV do § 1° do artigo mencionado no caput;

(...)

IV - findo o prazo de prorrogação, proceder-se-á à lavratura de novo laudo de constatação de reparação do dano ambiental, podendo, conforme seu resultado, ser novamente prorrogado o período de suspensão, até o máximo previsto no inciso II deste artigo, observado o disposto no inciso III;

V - esgotado o prazo máximo de prorrogação, a declaração de extinção de punibilidade dependerá de laudo de constatação que comprove ter o acusado tomado as providências necessárias à reparação integral do dano.

15. Quadro comparativo entre o CPP (CP) e a Lei n. 9.099/95.

(29)

STF: “(...) AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE ESTADUAL. SERVIÇO PÚBLICO. POLÍCIA MILITAR.

ATRIBUIÇÃO PARA LAVRAR TERMO CIRCUNSTANCIADO. LEI 9.099/95. ATIVIDADE DE POLÍCIA JUDICIÁRIA.

ACÓRDÃO RECORRIDO EM HARMONIA COM O ENTENDIMENTO DO SUPREMO. (...)”. (STF, 1ª Turma, RE 702.617 AgR/AM, Rel. Min. Luiz Fux, j. 26/02/2013, Dje 54 20/03/2013).

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FONAJE - ENUNCIADO 110: no Juizado Especial Criminal é cabível a citação com hora certa (XXV Encontro – São Luís/MA).

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