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ÂNGELA VIEIRA- Coordenadora de Educação IDAAM-POSGRADO Prof. Mestra em Educação e Psicóloga- CRP ª região. PSICOPEDAGOGIA TÍTULO:

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ÂNGELA VIEIRA-

Coordenadora de Educação IDAAM-POSGRADO Prof. Mestra em Educação e Psicóloga- CRP 0687- 20ª região.

PSICOPEDAGOGIA

TÍTULO:

ORIENTADORA: ÂNGELA VIEIRA - Mestra em Educação e Psicóloga (CRP 0687).

EQUIPE

1- Ana Dalva Vieira Teixeira.

2-Daniela Cristina Nunes de Menezes. 3- Ismaelma Dos Santos Menezes. 4- Josete Pinto Barreto.

5- Magaly Martins Cordovil. 6- Maria Antônia Dos Reis Nunes. 7- Priscila Nascimento da Costa.

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COORDENAÇÃO DE EDUCAÇÃO. PROJETO BÁSICO PARA TCC/PBL LÍDER: Ismaelma dos Santos Menezes.

PARTICIPANTES DA EQUIPE:

1- Ana Dalva Vieira Teixeira.

2- Daniela Cristina Nunes de Menezes. 3- Ismaelma Dos Santos Menezes. 4-Josete Pinto Barreto.

5- Magaly Martins Cordovil. 6- Maria Antônia Dos Reis Nunes. 7- Priscila Nascimento da Costa.

TEMA ESCOLHIDO (X) Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade – TDAH.

IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO

TÍTULO: Aluno identificado com TDAH/Problemas de Aprendizagem que não rende o esperado, em Escola Pública do Município de Manaus.

CARACTERÍSTICA DO LOCAL DE PESQUISA: 1-QUADRO SÍNTESE Nome da Escola Endereço /bairro Nome da Diretora Número de alunos Número de professores Número de funcionários Escola Municipal Professora Sulamita Pereira Gonçalves. Av. Timbiras 177, Cidade Nova II. Zona Norte de Manaus.

Jesséli Freitas da Silva.

474 33 22

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A Escola Municipal Professora Sulamita Pereira Gonçalves, iniciou suas atividades em março de 1998 no prédio onde funciona o Centro Educacional Caminho Suave, situado Rua 32, nº 17, quadra 132, núcleo 03, Cidade Nova 2, sendo conveniada a Semed, atendendo a clientela de 1ª a 4ª série.

Foi legalizada através do ato de criação nº 452:98. A escola recebeu este nome em homenagem póstuma a professora Sulamita Pereira Gonçalves que exerceu suas atividades com extrema dedicação ao magistério durante 17 anos na escola Vicente de Paula. Faleceu em 05 de novembro de 1997 vítima de câncer.

A partir do ano 2000, passou a funcionar em um prédio alugado localizado na rua 27 nº 100, núcleo 03 Cidade Nova, atendendo alunos de 1ª a 4ª série, projeto aceleração da aprendizagem EJA. Em 2005, passou atender alunos de 5ª a 8ª série do projeto SESI EDUCA.

Em 2007, a escola mudou-se para o prédio do CMEI Mário Jorge C. Lopes, onde funcionava com 05 salas. Em 2014 a Escola Professora Sulamita Pereira Gonçalves absorveu a equipe do CMEI Mário Jorge Couto, tornando-se uma única escola sobe direção da atual pedagoga Jesséli Freitas da Silva, funcionando com 12 salas de aula, atendendo turmas de Educação Infantil e Ensino Fundamental 01, (1º a 5º). Atualmente atende somente ao ensino fundamental 01, com uso somente de 10 salas de aula. No turno matutino são no total 247 alunos e 12 professores já no turno vespertino 227 alunos e 11 professores.

3-OBSERVAÇOES DA EQUIPE:

A referida escola está localizada na Avenida Timbiras nº 177, no bairro Cidade Nova II, na Zona Norte de Manaus, funcionando com uso de 10 salas de aula, atualmente atende somente ao ensino fundamental I. No turno matutino são no total 247 alunos e 12 professores já no turno vespertino 227 alunos e 11 professores.

A escola possui também uma sala de mídia onde é trabalhado a inclusão dos alunos com necessidades especiais, a sala é bem temática, dispõe de diversos

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equipamentos e materiais para interação tais como jogos, massa de modelar, pincéis, computadores etc.

A estrutura conta também com uma sala dos professores, uma sala da pedagoga e uma da diretora, cujas são bem amplas e climatizadas possuindo assentos, mesas e computadores.

Disponibilizando de um amplo refeitório com mesas e assentos para todas as crianças. A preparação dos alimentos é feita na cozinha que fica dentro do mesmo. Dispondo de duas pias para a lavar as mãos.

Em decorrer do corredor da escola encontrado banheiros feminino e masculino, no total de quatro banheiros para os alunos, e na soma de dois para os professores sendo um feminino e o outro masculino.

É destinada uma sala para realização de um projeto, que acontece semanalmente na escola levando a prevenção das cáries e outros males da boca para a sala de aula de maneira lúdica e motivadora, para que cada vez mais as crianças reforcem a escovação dos dentes e higiene bucal como um hábito saudável e preventivo. O trabalho, realizado envolve os profissionais de saúde bucal das Unidades Básicas de Saúde (UBS), como dentistas, auxiliares e técnicos em saúde bucal, nas ações coletivas de escovação dental supervisionada, bochecho fluorado e distribuição de escovas dentais a todos os alunos. “O projeto intensificou-se este ano com a ampliação da parceria da Secretaria de Saúde com a Secretaria de Educação”.

Para a realização das atividades física dos alunos há um campo de futebol ao ar livre, bem extenso, onde é usado para todos os fins relacionados com a prática dos exercícios físicos.

Na visita a escola para o reconhecimento e permissão para elaboração do projeto de pesquisa, fomos bem recebidas pela gestora, que estava em planejamento com os professores e equipe pedagógica, durante a conversa a mesma mencionou que há vários casos de crianças com TDAH.

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5 JUSTIFICATIVA DO TEMA ESCOLHIDO:

O que nos levou a abordar o tema TDAH - Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade proposto neste trabalho de conclusão de curso, foi devido ser um problema muito comum no âmbito escolar, caracterizado por impulsividade, desatenção ou distração. Distúrbios que afetam o aprendizado das crianças na escola, em casa e na comunidade em que vivem.

DESCRIÇÃO DO PROJETO:

a) METODOLOGIA

Trata-se de um estudo do tipo transversal e qualitativo de dados, realizado por meio de aplicações de formulários (ANAMNESE, EOCA e Teste de Escala de TDAH) onde por meio do teste de escala TDAH pudemos identificar quais as probabilidades e os índices relatado pelo professor antes mesmo da entrevista com o aluno, onde a EOCA foi realizada no ato da entrevista e a ANAMNESE feita com a mãe do mesmo posteriormente.

De acordo com os dados obtidos foi revestido em um gráfico onde existe várias possibilidades, que indicam com exatidão qual é a nota e o percentil do aluno para que possamos identificar o fator mais relevante, as probabilidades referentes no gráfico são: déficit de atenção, hiperatividade; impulsividade, problemas de aprendizagem e comportamento anti-social.

b) CRONOGRAMA BÁSICO DO PROJETO

ATIVIDADES

MAR 2018 ABR 2018 MAI 2018 JUN 2018 JUL 2018 AGO 2018 Encontro com a tutora para a

escolha dos temas e divisão das equipes e seus componentes.

X

Visita para o reconhecimento da escola e a permissão para elaboração do projeto.

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6 Visita a escola para a coleta de

dados do projeto (conversa com a professora e a equipe pedagógica).

x

Encontro com a família.

x

Visita a escola para observação da criança.

X Encontro com a coordenadora e a

psicóloga/pedagoga da escola para conhecimento do laudo da criança.

X

Seleção do material bibliográfico para subsidiar o PBL

X

Organização do Projeto PBL X

Construção do PBL X

Conclusão e apresentação em Banner no evento SEPI

X

ANAMNESE PSICOPEDAGÓGICA DADOS PESSOAIS DO ALUNO

Data: 04/04/2018. Nome: Y. dos A. da S. Tem apelido? Não.

Data de nascimento: __/__/__ Idade: 09 anos Sexo (X) M ( ) F Cidade: Manaus

Escola: Municipal Professora Sulamita Pereira Gonçalves.

Rua: Av. Timbiras 177, Cidade Nova II. Zona Norte de Manaus.

Período que estuda: Manhã. Série: 3ºano Professor: Thiago Peixoto Meirelles. Coordenadora: Jesséli Freitas da Silva.

Nome do pai: Jairo Vicente da Silva. Idade: 28 anos.

Estudou até: Ensino médio. Teve dificuldades: ( ) S (X) N Se formou: ( ) S (X) N Profissão: Autônomo.

Nome da mãe: Michelle Silva. Idade:

Estudou até: Ensino Fundamental. Teve dificuldades:( ) S (X) N Se formou: ( ) S (X) N

Profissão: Doméstica, catadora de latinhas. Fone: Não tem. Irmãos (nome e idade): Não tem.

Esquema familiar: Não teve. Na escola: Gosta da escola.

Indicado por: Professor e pedagoga.

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7 MOTIVO DA CONSULTA

Há quanto tempo vem apresentando o problema? Segundo a mãe a criança não tem problema.

ANTECEDENTES PESSOAIS HISTÓRIA DE VIDA Concepção:

Filho biológico (X) Adotivo ( )

Filho(a) desejado(a): (X) sim ( ) Você queria engravidar? (X) sim ( ) não Foi acidental? ( ) sim (X) não

Perturbou a vida do casal ou de um dos pais? (X) sim ( ) não

Como foi a gestação (cuidados pré-natais, doenças, sintomas, alimentação)? Normal.

Como foi o parto?

Normal (X) Cesária ( ) Fórceps ( ) Prematuro ( ) Com quantos meses:

Peso: 3 quilos Altura: Não sabe. Reações: Chorou logo: Sim Transfusão de sangue: Não sabe. Icterícia: Não. Pediatria: Sim. DESENVOLVIMENTO

Alimentação:

Mamou no peito? (X) Sim ( ) Não Boa sucção: Sim

Boa mastigação: Sim

Boa deglutição: Sim

Engasgava-se muito: Às vezes Iniciou a mamadeira com que idade? 2 anos.

Aceitou bem a passagem para o sólido? Sim. Aceitou bem o alimento salgado? Sim.

Como é a alimentação hoje? Normal.

Até quando recebeu ajuda na alimentação? Quando havia alguém para ajudar. Hoje tem hora para comer ( ) Sim (X) Não Come depressa (X) Sim ( ) Não Mastiga bem (X) Sim ( ) Não Comem juntos ( ) Sim (X) Não CONTROLE ESFINCTERIANO E HIGIENE

Com que idade controlou a urina de dia? A mãe não tinha tempo. E a noite? Era normal.

Com que idade controlou as fezes? Não sabe. Com que idade parou de usar as fraudas? 2 anos. Houve dificuldades nesses controles? Mais ou menos. Tendo havendo dificuldade, qual a atitude familiar? Toma banho sozinho? Às vezes.

Faz sua higiene sozinho? Algumas vezes. DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR

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8 Com que idade andou? 2 anos.

Quem ensinou a andar? Todos da casa. Como aprendeu a andar? Coma avó.

Mostrava-se corajoso(a) ao subir uma escada? (X) Sim ( ) Não

Era corajoso ao explorar, engatinhar, um novo espaço? (X) Sim ( ) Não Era inseguro(a)? (X) Sim ( ) Não

Com quem andava melhor? Com a avó.

E dos grandes músculos? (chutar uma bola, correr) Com a avó e às vezes coma mãe.

Amarra laços? Não. Corta com a tesoura? Hoje em dia já corta. Destro (X) Canhoto ( )

HOJE:

É estabanado? (X) Sim ( ) Não Nada? (X) Sim ( ) Não

É agitado? (X) Sim ( ) Não Anda de patins? ( ) Sim (X) Não Anda a cavalo? ( ) Sim (X) Não

Anda de bicicleta sem rodinha? ( ) Sim (X) Não Sobe em árvore? (X) Sim ( ) Não

FALA

Com que idade começou a falar? 1 ano. Com quem falava mais? Com a avó. Falavam para ele repetir? (X) Sim ( ) Não

Trocava letras? (X) Sim ( ) Não Quais? Falava muito errado? (X) Sim ( ) Não HOJE:

Troca letras? (X) Sim ( ) Não

Fala muito/pouco (ansioso) (X) Sim ( ) Não

Fala de uma forma que todos entendem? ( ) Sim (X) Não Dê um exemplo de como ele fala: As vezes troca as letras. Consegue dar um recado? ( ) Sim (X) Não

Faz uma compra sozinho? ( ) Sim (X) Não

Como conta uma história/ um caso/ uma novela? (X) Sim ( ) Não Dê um exemplo: Conta história em quadrinhos, porém troca tudo. Você entende o que ele conta? (X) Sim ( ) Não

Tem começo, meio e fim? ( ) Sim (X) Não SONO

Dorme só ou acompanhado? Às vezes. Com quantas pessoas? Com a mãe ou a avó.

Quando acorda vai para cama dos pais? (X) Sim ( ) Não Tem medo de dormir sozinho? (X) Sim ( ) Não

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9 Costuma urinar na cama? Às vezes. Quantas horas dorme? Cerca de 6 horas. Acorda à noite? Às vezes.

(X) Chorando ( ) Assustado (X) Fala (X) Range os dentes (X) Senta na cama (X) Mexe-se ( ) Transpira ( ) Baba ( ) Pesadelos (X) Insônia ( ) Sonâmbulo ( ) Grita Dorme no escuro? Às vezes.

Quando dorme faz ruído pela boca ou nariz? Algumas vezes. HISTÓRIA CLÍNICA:

Teve ou tem algumas dessas doenças? (SIM) (NÃO) (SIM) SARAMPO (NÃO) MENINGITE (NÃO) CIRURGIAS (NÃO) RUBÉOLA (NÃO) PNEUMONIA (NÃO) BRONQUITE (NÃO) HEPATITE (NÃO) CATAPORA (NÃO) INTERNAÇÕES (NÃO) CAXUMBA (NÃO) ASMA (NÃO) ALERGIA (SIM) TOSSE COMPRIDA MANIPULAÇÃO E TIQUES:

Usou chupeta até que idade? Até 3 anos. Chupou o dedo? Não.

Arranca cabelos? Não.

Bate a cabeça na parede? Não.

Apresenta outros tiques ou manipulações? Não.

Toma ou tomou alguma medicação sistematicamente? Não. Houve complicação ou sequela de alguma doença? Não. Apresenta ou apresentou: (x) FEBRE ALTA ( ) DORES DE CABEÇA ( ) PERDA DE FÔLEGO ( ) PANCADAS NA CABEÇA ( ) DESMAIOS ( ) HEMORRAGIAS

Já fez cirurgias? Não. SEXUALIDADE:

Apresenta curiosidade sexual? Não.

Faz muitas perguntas? Quando assiste televisão. DISTÚRBIOS SENSORIAIS:

Tem problema de visão? Não.

Já consultou um oftalmologista? Não. Já teve otites? Não.

Já fez audiometria? Não.

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10 Já fez tomografia computadorizada? Não. Ressonância magnética? Não.

ESTIMULAÇÃO:

A criança tem acesso a: celular.

Brinquedos pedagógicos? Sim, na escola. Jogos? Sim.

Revista / livro? Não.

Brinquedos eletrônicos? Não.

De que atividade ele participa? Esporte, gosta de jogar futebol.

Há situações negativas vivenciadas pela criança? Quais? (Familiar) Sim. Nascimento de irmão, mudança, separação e desemprego.

HISTÓRIA DA FAMÍLIA AMPLIADA:

Passado, presente e futuro: os pais são separados, mas o pai visita a criança as vezes.

Relaciona-se bem com: O pai? Sim.

A mãe? Sim. Madrasta? Não.

Os pais sabem ler e escrever? Sim. Quem auxilia na lição de casa? A avó.

Problemas que a família passa no momento? A situação financeira, porém, a mãe trabalha (cata lata).

De que brincadeiras gosta no dia a dia? Vídeo game no celular. SOCIABILIDADE:

Como reage as brigas? É agressivo. Demonstra medo? Sim, de animais. A família costuma fazer visitas? Sim. É visitada? Sim.

Como a criança reage nessas ocasiões? Brinca e bate. Os pais gostam de ler? Não.

Que tipo de história prefere? Em quadrinhos. Gosta de animais? Sim. Possui algum? Cachorro.

Quanto tempo de televisão no assiste no dia? Depois que chega da escola. Computador? Não. Internet? Não.

Vídeo game? Sim, do tio.

ANTECEDENTES FAMILIARES:

Há casos na família de: alcoolismo (tio por parte da mãe), deficiência mental, epilepsia.

FINALIZANDO:

O que você mais gosta no seu filho? Ele, é atencioso, mas pede para repetir várias vezes. Ouve a mãe e é obediente.

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Orientações aos pais: foi orientado que procurassem ajuda para que a criança tenha um melhor desenvolvimento quanto a vida escolar.

ELABORAÇAO DESCRITIVA DA ANAMNESE

Y.A.S. nascido em Manaus - Amazonas atualmente com 9 (nove) anos, foi indicado pelo professor para aplicação do teste de THDA.

A anamnese foi aplicada com a mãe na qual fizemos plano básico, que foi de dar à maior atenção a mesma, para que pudéssemos criar uma avaliação significativa e colhêssemos o maior registro de informações possíveis, como responsável legal pela criança apesar de que, trabalha fora catando latinhas, ela deixa com a avó materna, que já tem uma “certa idade” e com seu tio que apresenta epilepsia, e mais pessoas na casa. A família possui renda familiar baixa, mas a mãe recebe benefícios do governo (por exemplo: bolsa família, dentre outros).

Quando a genitora engravidou, tinha uma união estável com o pai da criança, porém essa união era conturbada, com muitas brigas e agressões verbais, apesar da gravidez ter sido muito complicada, a mãe continuava trabalhando na rua e o pai ajudava no que podia, pois era pedreiro, a mesma não teve nenhum problema de saúde durante a gravidez e realizou todas as consultas de pré-natal, ocorrendo parto normal e sem dificuldade.

A criança teve uma evolução compatível com a idade, tendo seu desenvolvimento motor normal, só teve dificuldades em sua fala, iniciando-a com 3 anos, que é um atraso significativo, mesmo hoje a criança tem dificuldade de pronunciar algumas palavras. Conforme a mãe relatou o único que teve problemas na família, foi o tio, que tem epilepsia, mas relacionado a aprendizagem, ninguém teve. Na vida escolar a criança iniciou o seu ciclo em tempo certo, teve algumas dificuldades de adaptação, tendo crises de choro até se adaptar. A mãe questiona que nas outras escolas ele conseguia acompanhar a turma normal, por isso a mãe não entende porque estão suspeitando que seu filho tem TDHA.

Segundo o relato da mãe, o menor tem uma vida social normal, tendo facilidade de se relacionar com outras crianças, por exemplo, nas brincadeiras de rua. Ela afirma que tem dificuldade de controlá-lo, em decorrência da agitação, relatou também que é uma criança afetuosa, carinhosa, insegura, resistente, cooperador, indagador e medroso.

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Percebemos que durante a entrevista, a mãe relatava coisas negativas sobre o pai, como por exemplo, “– ele não presta! ”, principalmente quando a criança pergunta pelo mesmo.

EOCA -ENTREVISTA OPERATIVA CENTRADA NA APRENDIZAGEM

NOME DO ALUNO: Y. Dos A. da S. IDADE: 09 ANOS

❖ Um instrumento de uso simples que avalia em uma entrevista a aprendizagem. (BOSSA, 2007.p.46)

Gostaria que você mostrasse o que sabe fazer, o que te ensinaram e o que aprendeu...

Escolaridade do aluno: 3 ANO.

Alguma repetência? (X) sim ( ) não. Qual? 3º ANO. Disciplina favorita? EDUCAÇÃO FÍSICA.

Por quê? É DIVERTIDO.

Desde quando? DESDE QUE COMEÇOU. Disciplina de que não gosta? NENHUMA.

Por quê? _____________________________________________ Desde quando? ________________________________________

Disciplina (s) indiferente (s) _________________________ Sempre foram essas? ( ) sim ( ) não. Por quê? _____________________________________________ O que deseja fazer quando crescer? BOMBEIRO.

Por quê? PARA AJUDAR AS PESSOAS.

Como foi sua entrada na escola atual? BOA. Teve outras? (X) sim ( ) não Como foi? PRIMEIRO ANO QUE ESTUDA.

Você sabe por que está aqui comigo hoje? (X) sim ( ) não O que achou da ideia? BOA IDEIA.

Você quer estar aqui ou veio porque sua mãe, o colégio ou o seu professor o obrigou?

Eles têm razão? (X) sim ( ) não

Se pudesse e tivesse que fazer algo para um aluno que se parecesse com você em sala de aula, o que aconselharia, a fazerem:

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Aos pais: A TRAZEREM SEUS FILHOS PARA A ESCOLA E AS ATIVIDADES. Aos professores: A INCENTIVAREM SEUS ALUNOS.

Você gosta de: Use este material, se precisar para mostrar-me o que você sabe a respeito do que sabe fazer, do que lhe ensinaram e o que aprendeu. Desenhe, escreva, faça alguma coisa que lhe venha à cabeça.

ROTEIRO DE OBSERVAÇÃO Marque as questões observadas em relação à temática: (X) fala muito durante todo o tempo da sessão

( ) fala pouco durante todo o tempo da sessão

(X) verbaliza bem as palavras ( ) expressa com facilidade (X) apresenta dificuldades para se expressar verbalmente (X) fala de suas ideias, vontades e desejos

( ) mostra-se retraído para se expor

( ) sua fala tem lógica e sequência de fatos (X) parece viver num mundo de fantasias

( ) tem consciência do que é real e do que é imaginário ( ) conversa com o terapeuta sem constrangimento

Observação: _________________________________________ Em relação à dinâmica (consiste em tudo que o cliente faz) ( ) o tom de voz é baixo

(X) o tom de voz é alto

(X) sabe usar o tom de voz adequadamente (X) gesticula muito para falar

(X) não consegue ficar assentado (X) tem atenção e concentração ( ) anda o tempo todo

( ) muda de lugar e troca de materiais constantemente (X) pensa antes de criar ou montar algo

( ) apresenta baixa tolerância à frustração ( ) diante de dificuldades desiste fácil ( ) tem persistência e paciência

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14 ( ) mostra-se desorganizado e descuidado

( ) possui hábitos de higiene e zelo com os materiais

( ) sabe usar os materiais disponíveis, conhece a utilidade de cada um (X) ao pegar os materiais, devolve no lugar depois de usá-los

( ) não guarda o material que usou ( ) apresenta iniciativa ( ) ocupa todo o espaço disponível

(X) possui boa postura corporal ( ) deixa cair objetos que pega ( ) faz brincadeiras simbólicas

(X) expressa sentimentos nas brincadeiras ( ) leitura adequada à escolaridade

( ) interpretação de texto adequada à escolaridade faz cálculos ( ) escrita adequada à escolar

Observação: _______________________________ Em relação ao produto (é o que o sujeito deixa registrado no papel) ( ) desenha e depois escreve

( ) escreve primeiro e depois desenha

( ) apresenta os seus desenhos com forma e compreensão

(X) não consegue contar ou falar sobre os seus desenhos e escrita (X) se nega a descrever sua produção para o terapeuta

( ) sente prazer ao terminar sua atividade e mostrar ( ) demonstra insatisfação com os seus feitos

(X) sente-se capaz para executar o que foi proposto ( ) sente-se incapaz para executar o que foi proposto (X) os desenhos estão no nível da idade do entrevistado ( ) prefere matérias que lhe possibilite construir, montar criar’ ( ) fica preso no papel e lápis

( ) executa a atividade com tranquilidade

( ) demonstra agressividade de alguma forma em seus desenhos e suas criações ou no comportamento ( ) é criativo(a)

Observação: ________________________ Conclusão:

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REFERÊCIA: WEISS, Maria Lúcia Lemme. Psicopedagogia Clínica – Uma visão diagnóstica dos problemas de aprendizagem escolar. 13 ed. Ver.

PRODUÇÃO TEXTUAL DESCRITIVA. 1- DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Nome do aluno: Y. dos A. da S. Data de nascimento:

Naturalidade: Manaus- Amazonas

Escola: Escola Municipal Sulamita Pereira Gonçalves Série: 3º Ano Turno: Matutino

Filiação:

Pai: Jairo Vicente da Silva Mãe: Michele Silva

Endereço:

Chegando à escola o aluno foi apresentado para a pessoa responsável pela aplicação do EOCA que o levou para a sala de recursos, chegando na sala o mesmo foi convidado a sentar na mesa no qual foram disponibilizados alguns materiais didáticos pedagógicos para serem utilizados como ferramentas, apesar de muito apreensivo com a presença do entrevistador, foi evoluindo conforme ganhava confiança, estava trajando uniforme da escola em boa condição de higiene. Com os materiais a serem utilizados sobre a mesa, porém muito inquieto, não respondendo com coerências as perguntas, pois mudava rapidamente de assunto saindo do contexto educativo para o imaginário fazendo a conexão ao seu desenho do que mais gostava de fazer, referindo-se ao seu super-herói do Matrix que assiste diariamente. Timidamente falou da relação familiar num contexto conturbado com a ausência do pai que não tem uma boa convivência com sua mãe após separação conjugal, mora com a avó materna da qual recebe toda assistência na ausência de sua mãe que sai para trabalhar, convive com um tio que não soube explicar se tinha transtorno mental ou se era alcoólatra.

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O mesmo ainda não adquiriu todas as habilidades e capacidades para sua fase de desenvolvimento da aprendizagem.

Apresenta leitura das palavras silabando.

Falou muito durante a sessão verbalizando bem as palavras, porém não havia conexão dos fatos.

Ao descrever sua atividade se expressou usando a linguagem corporal e sempre gesticulando os braços. Seu tom de voz foi usado adequadamente. Tem dificuldade quanto à escrita e leitura de frases.

Demonstrou interesse pela atividade prática esportiva, pois, em seguida seria aula de Educação Física e não queria perder.

RELATÓRIO DA ENTREVISTA COM O PROFESSOR

Fomos encaminhadas a sala do professor T.P.M., que nos recebeu bem, colaborando nas respostas quanto a pesquisa sobre o aluno com suspeita de TDAH- Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade. Ele possui o nível superior completo com o curso de Pedagogia, formou-se pela Universidade Luterana do Brasil – ULBRA, tem 38 anos e está na Escola Estrelinha do Saber* há 9 anos.

Conforme descrição do professor, a criança é agitada, apresentando dificuldade de atenção/concentração e dificuldade de aprendizagem, já repetiu uma vez o 3º ano, porém atualmente faz uso de medicação e está “melhorando” quanto as atividades do cotidiano escolar.

Ao responder o questionário do Teste de Escala – TDAH, o docente relatou que o aprendente não consegue seguir o ritmo da classe, não sabe trabalhar independentemente, não é detalhista em suas atividades e não consegue manter a atenção à mesma coisa durante muito tempo. Distrai-se facilmente com barulhos em sala de aula, as vezes passa de uma atividade incompleta para outra, tem bastante dificuldades para concentrar-se, esquecendo muito rápido o que acabou de ser dito. É impulsivo, agindo imprudentemente, está sempre apressado e fala pouco.

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Na disciplina de Língua Portuguesa, a criança não rende de acordo com o esperado, não compreende textos corretamente, escreve com erros trocando as letras e tem algumas dificuldades de expressar verbalmente seus pensamentos.

Já em Matemática, ele tem dificuldades para entender problemas, seu raciocínio logico é lento, não consegue fazer cálculos e tampouco domina as 4 operações (adição, subtração, divisão e multiplicação).

O professor ainda acrescentou, que alguns colegas da classe o evitam e por isso não tem muitos amigos. No entanto, é respeitoso com os professores.

O professor tenta ajudá-lo da melhor maneira possível, apesar dos recursos serem limitados e não ter auxiliar na sala de referência. No momento da conversa, ele se encontrava na sala da pedagoga com algumas crianças que não foram a aula de educação física, por estarem impossibilitadas de praticar exercícios, e que (estavam na aula de reforço).

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RESULTADO DA TESTAGEM Identificação do tipo de TDAH.

Hipótese diagnóstica: Problemas de Aprendizagem com escore de 67.

Quanto ao percentil de maior índice foi de 92% em Problemas de Aprendizagem, acima da expectativa, “indicando que a criança tem mais problemas que a maioria das crianças”.

Estatística aos transtornos.

Áreas Resultado bruto Percentil

Déficit de Atenção Soma 1-16 = 64 81

Hiperatividade/Impulsividade Soma 17-28 = 37 60

Problemas de Aprendizagem Soma 29-42 = 72 92

Comportamento Anti-social Soma 43-49 = 20 74

64

37

67

20

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Intervenções para problemas de aprendizagem Intervenções para o professor:

Na atualidade o papel do professor vai muito além de ministrar conteúdos de cunho pedagógico, visto que, também prepara os alunos para uma vida em sociedade. O mesmo deve atentar sobre o currículo que está sendo ofertado e a dificuldade da criança.

Organizar a sala de referência, com poucos alunos, rotinas diárias e previsíveis, tarefas curtas com explicação fracionada para cada parte da atividade, alternando com atividades físicas, mais lúdicas, estar sempre na primeira fileira, longe da janela e da porta, ajudante do dia, etc., propiciar um ambiente acolhedor, além de ter um diálogo aberto e um elo família X professor.

Intervenções para a família:

Comunicar os pais sobre os transtornos e treinamentos de estratégias comportamentais, para saberem lidar com seus filhos, como por exemplo, negociar um dever seguido de um intervalo.

Intervenção psicopedagógica: 81% 60% 92% 74%

PERCENTIL

DÉFICIT DE ATENÇÃO HIPERATIVIDADE/IMPULSIVIDADE

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23

Vale ressaltar a importância do diagnóstico preciso, feito pelo psicopedagogo, ele deve ser um observador das causas do problema de aprendizagem. É de suma importância fornecer alternativas para resolução dos problemas.

Uma das maneiras é trabalhar em grupo, envolvendo os que aprendem com os que não aprendem, ocorrendo dessa forma, a interação, em muitos casos as próprias crianças servem de professoras para as outras. A socialização entre as crianças permite uma troca de experiência e informações até então vivenciadas.

Mediar a criança e seus objetivos frente ao conhecimento aplicado. Além de, orientar e fazer acompanhamento com o professor e a família.

Intervenção psicológica:

Após o diagnóstico, é preciso elaborar um plano de acompanhamento que sirva como um norte junto a criança com problemas de aprendizagem, criando estratégias que atendam as dificuldades de forma geral e em grupo.

Além de orientar os educadores a não convergir somente nas dificuldades de aprendizagem e sim na superação e promoção do progresso da criança. Deve também compartilhar junto ao professor com os saberes relacionados ao desenvolvimento infantil.

Orientar a família sobre a relevância da sua responsabilidade em relação aos resultados obtidos pelos filhos, seja o sucesso ou fracasso.

Intervenção neuropsicopedagógica:

Na escola, o neuropsicopedagogo tem um olhar sobre as relações entre aprendizagens e as estruturas cerebrais, que danificadas, provocarão alguma dificuldade de aprendizagem. Primeiro ele executa as mesmas atividades definidas para o psicopedagogo, mas pelo alcance da sua formação, ele procura intervir através da compreensão das disposições cerebrais envolvidas na aprendizagem humana, deduzindo de que forma o cérebro gerencia a concepção do saber humano, da conduta emocional, o mapeamento dos transtornos neuropsiquiátricos e incentivo a novas sinapses para uma aprendizagem significativa (LIMA, 2017).

Intervenção neuropsicológica:

A maioria das crianças com problemas de aprendizagem mostram irregularidades no desenvolvimento neuropsicológico e que podem ser reparados, desde que diagnosticados e tratados a tempo.

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O neuropsicólogo deve colaborar para o desenvolvimento de novos artifícios de reabilitação cognitiva, qualificar-se para usá-las e dividir, com a equipe interdisciplinar, as técnicas e experiências efetivas. No entanto, é muito importante, que as atividades realizadas pela família, escola, e todos os profissionais envolvidos na reabilitação neuropsicológica atendam a essência lúdica da criança, em outras palavras, nesta "cirandinha, vamos todos cirandar" (SANTOS, 2004).

RELATÓRIO FINAL

O diagnóstico de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade – TDAH, deve ser realizado com precisão e responsabilidade por uma equipe composta de pelo menos alguns desses profissionais, psicopedagogo, psicólogo, neurologista, que determinarão um plano de tratamento que envolva a criança, a escola e a família.

A avaliação psicopedagógica compreende várias etapas, que são elas, ANAMMENSE com os genitores ou responsáveis; EOCA, entrevista com a criança; entrevista com o professor e aplicação do teste de escala, em seguida é feita a análise de todo material.

Após uma análise minuciosa dos dados coletados de um aluno da rede pública de ensino do município de Manaus, foi detectado que a criança apresenta problemas de aprendizagem com percentil acima da expectativa.

O TDAH está associado com outras comorbidades neuropsiquiátricas como as dificuldades de aprendizado, depressão e ansiedade. Problemas ou dificuldades de aprendizagem, é um fator comum nas escolas. As principais dificuldades de aprendizagem são associadas a algum comprometimento no funcionamento de certas áreas do cérebro. No entanto, não podemos dizer que resulta somente de causas biológicas, existem muitas condições que contribuem, como por exemplo conflitos internos e familiares.

Ao falarmos de problemas de aprendizagem, devemos pensar: Qual o problema? É da área pedagógica? Sobre a área pedagógica, podemos dizer que está à conquista do professor, pois é de sua alçada todo o processo de ensino para que resulte na aprendizagem. É necessário refletir que a docência vai muito além de ministrar aulas, o professor prepara os alunos para a vida. Então, este deve estar atualizado e aberto a novos conhecimentos, uma vez que a partir dele haverá um

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diálogo e a criação de um elo entre família e professor. Vale ressaltar que a maioria das escolas da rede pública infelizmente não oferece suporte para o bom desempenho do trabalho desse profissional.

A estrutura e a organização familiar são fundamentais para que a criança alcance o progresso, deve-se enfatizar que os pais são os maiores responsáveis pelo sucesso de seus filhos. Eles necessitam de um bom acompanhamento e orientações a respeito da dificuldade da criança, como devem agir, para que possam auxiliar na superação da mesma.

As perspectivas futuras envolvem buscar inovações nas propostas curriculares, preparar os docentes para entenderem seus alunos, sabendo assim identificar suas dificuldades e diferenciar dos demais, respeitando o ritmo de cada um. A escola deve empenhar-se para a aprendizagem ser significativa, proporcionado um ambiente de interação e acolhedor, visando produzir conhecimento sustentados por saberes diversos. Dessa foram todos serão beneficiados, a escola, o grupo familiar e especialmente a criança, salientando que a educação é uma via de mão dupla.

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DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM ACIMA DA EXPECTATIVA

Introdução

Neste trabalho será apresentado os fatores positivos da contribuição da psicopedagogia para a superação das dificuldades de aprendizagem em sala de aula. O tema abordado dará suporte aos educadores norteando um trabalho diferenciado com os alunos que apresentam esse problema.

Hoffmann (2001), destaca que as questões referentes as dificuldades de aprendizagem não são responsabilidades direta das famílias, mas dos profissionais que atuam nas escolas.

De acordo com Fonseca (1999) a dificuldade de aprendizagem e abrangente e global, relaciona-se ao aprendente, ao ensinante, a metodologia e conteúdo, a escola e ao meio ambiente enquanto que distúrbios de aprendizagem são dificuldades pontuais e específicas onde há disfunção neurológica.

Qual a contribuição do psicopedagogo para superar os transtornos de aprendizagem?

As dificuldades de aprendizagem surgem no decorrer do processo formativo do indivíduo, ou seja, na sua alfabetização, segundo Lourenço (2003) apud Golfeto et al (2008), é onde se consegue identificar as dificuldades de aprendizagem e é quando se tornam mais evidentes.

Neste contexto apresentam-se as técnicas de intervenção do professor e do psicopedagogo na identificação dos níveis de dificuldades. A criança com dificuldade de aprendizagem e comportamentos divergentes podem chegar a um fracasso escolar podendo causar aversão a sala de aula.

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A intervenção escolar é muito importante e em alguns casos pode facilitar o convívio dessas crianças com colegas e também evitar que elas se desinteressem pelo colégio, fato muito comum em adolescentes. “O problema é a escola participar do tratamento; muitas escolas não apenas desconhecem o TDAH como também não têm o desejo ou possibilidade de participar do tratamento, pelas mais variadas razões” (MATTOS, 2007ª, p. 43).

E nesse caso toda a equipe técnica da escola, exerce um papel importante no diagnostico desses transtornos. No entanto devem se manter bem informados para fazer a orientação não só as crianças, mas principalmente aos pais. Durante esse estudo percebeu-se poucos recursos nas escolas públicas, a começar pelas condições precárias de trabalho dos professores, outro agravante é as escolas tradicionais. Sobre o modelo tradicionalista Mattos (2007).

O que se passa no processo educativo e o que levam ao fracasso escolar, tornando-se muitas vezes fracasso de vida. É de grande valia, porém desafiante, repensar as práticas educativas envolvendo não só os alunos, mas também professores, gestores, famílias, equipe técnica pedagógica e todos que fazem parte do processo diretamente, num alinhamento para intervenção psicopedagógica. É percebido na atuação do professor uma fragilidade com relação ao aluno que ao perceber suas dificuldades em sala de aula não tem apoio familiar principalmente nos dias atuas. Sendo assim todo esse contexto consiste numa rede de relações do sujeito aprendiz aprofundando-se assim as técnicas específicas, direcionadas ou focalizando as problemáticas do não aprender com maior profundidade.

No enfoque preventivo, o papel do psicopedagogo é detectar possíveis problemas no processo ensino-aprendizagem, participar da dinâmica das relações da comunidade educativa objetivando favorecer o processo de integração e troca (PORTO, P. 37)

Quanto as intervenções psicopedagógicos pode-se listar as seguintes: • Estabelecer uma rotina diária clara, com períodos de descanso definidos;

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• Usar reforços visuais e auditivos para definir e manter essas regras e expectativas, como calendários e cartazes;

• Dar instruções de forma direta, clara e curta;

• Iniciar a aula pelas atividades que requerem mais atenção, deixando para o final do turno aquelas que são mais “agradáveis e/ou estimulantes”;

• Dar mais tempo os alunos;

• Colocar um número menor de páginas;

• Estabelecer consequências razoáveis e realistas para o não cumprimento de tarefas e das regras bem combinadas anteriormente;

• Ignorar as transgressões leves que não forem intencionais; • Permitir que ele saia para dar uma volta, tomar água;

• Sentar o aluno perto do professor, para que estes possam acompanhar mais próximos o trabalho desenvolvido pela criança, longe de janelas;

Pode-se concluir que o campo de atuação da psicopedagogia e aprendizagem e sua intervenção é preventiva e curativa, pois se dispõem a detectar problemas de aprendizagem e revê-los, além de preveni-los evitando que sujam novos, tendo como tarefa principal a possibilidade de solucionar com rapidez os efeitos mais graves do sintoma, para em seguida trabalhar os recursos cognitivos, ou mesmo paralelamente. Provocados por vários motivos crianças, jovens e adultos portadores de TDAH podem enfrentar inúmeros obstáculos (falta de atenção, hiperatividade, Impulsividade) ao longo da vida. O profissional psicopedagogo tende a trabalhar com essas dificuldades utilizando suas técnicas e conhecimentos para garantir a melhoria de capacidade do aluno e o ajuda a reconhecer as suas próprias limitações que o impedem de acompanhar os demais.

Ao fazer o acompanhamento psicopedagógico, a criança e/ou adolescente terá apoio terapêutico durante seu trabalho escolar, pois vai atuar sobre a dificuldade escolar apresentada, suprindo sua de defasagem, ajudando na assimilação e acomodação dos conceitos apresentados nas salas de aulas, nas diferentes disciplinas e possibilitando ao aluno condições para que novas aprendizagens ocorram. (Edyleine Bellini Perone Benczik, 2000)

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Adequar a criança a sua própria realidade, ampliar as possibilidades de aprendizagem é o cerne do empenho do psicopedagogo, cabendo ao mesmo o trabalho de orientar os pais e professores da criança portadora de TDAH.

Para Mattos (2006), a criança e sua família precisam de ajuda, desenvolvendo novas atitudes diante do problema, se relacionando de forma melhor entre sim e assim desenvolverem novas habilidades.

A presença do psicopedagogo na escola é de extrema importância, pois nesses casos ele estará orientando os professores e desenvolvendo estratégias para diminuir a hiperatividade e melhorar a aprendizagem, aumentando a concentração, estimulando a autoestima do aluno e evitando o comprometimento dessa aprendizagem.

Problemas da linguagem (isolamento social)

Na epistemologia de Piaget – a linguagem é conceituada como uma sequência de atos que fazem parte do desenvolvimento humano.

Existem casos de criança que não conseguem alcançar os estágios normais descritos no desenvolvimento humano. Determinadas ações como: falar, identificar, diferenciar, contar é ações que só podem ser realizadas através do pensamento, lugar onde ocorre a organização das transformações.

Para Piaget a criança é um ser em evolução gradativa que segue uma sequência lógica.

Nas teorias de Vygotsky é possível identificar o valor das interações sociais e descreve a linguagem:

O surgimento de pensamento verbal e da linguagem como sistemas de signos é um momento crucial do desenvolvimento da espécie humana, momento em que o biológico transforma-se no sócio histórico (OLIVEIRA, 1997, p.45).

De acordo com Montessori - “A linguagem é um dos mais poderosos instrumentos de progresso” (Mente Absorvente).

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Na teoria observada por Montessori o desenvolvimento da linguagem ocorre de forma espontânea, independente e natural.

Emília Ferreiro, psicóloga argentina, constituem nova teoria, intitulada Psicogênese da língua escrita. Suas pesquisas, realizada na Argentina e no México, juntamente com Ana Teberosky, foram motivadas pelos altos índices de fracasso escolar apresentado por esses países. Para Ferreiro, a língua escrita deve ser entendida como um sistema de representação da linguagem, que se opõe à ideia de que a língua escrita é considerada como uma codificação e decodificação da linguagem.

Segundo Emília Ferreiro (1996, p.24) “O desenvolvimento da alfabetização ocorre, sem dúvida, em um ambiente social. Mas as práticas sociais assim como as informações sociais, não são recebidas passivamente pelas crianças”.

Através das pesquisas das teóricas citadas a cima, observa-se que a linguagem é um fenômeno cognitivo complexo e bastante desenvolvido no cérebro humano, praticamente todas as regiões cerebrais estão envolvidas de alguma forma na linguagem.

Ela se reveste de aspectos emocionais, requer a reatividade de várias modalidades de “memória”, como visuais, auditivas e olfativas e depende da integridade de inúmeras outras funções cerebrais.

Muitas crianças chegam a escola apresentando algumas dificuldades de comunicação que possivelmente são perturbações primárias ou perturbações de aspecto: Autismo, perturbação da Aprendizagem e Mutismo Seletivo. Os sintomas devem estar presentes na primeira infância, mas não se manifestam completamente até a exigência de discurso e comunicação problemas que afetará seu intelectual e provavelmente seu emocional. Existem vários motivos que vão desde alterações auditivas, cognitivas, neurológicas e amnésicas, às lesões, paralisias cerebrais ou até acidentes vasculares cerebrais, as deficiências respiratórias ou de deglutição, assim como defeitos de nascença (caso das fissuras labiopalatais). A esta lista podemos ainda acrescentar as perturbações emocionais e de atenção.

O profissional de psicopedagogia ou até mesmo o professor e pais podem estar atentos aos requisitos abaixo, para a comprovação de uma suposta enfermidade, vejamos com cuidado cada uma delas:

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32 Depreciação na Linguagem

• A criança tem 2 anos e ainda não fala ou diz poucas palavras; • Parece não perceber o que as pessoas lhe estão a dizer;

• Não responde ou responde erradamente ao que lhe é dito ou pedido; • É distraída, prestando pouca atenção àquilo que a rodeia;

• A sua forma de comunicação resume-se a gestos. Debilitação na voz:

• A criança tem uma voz rouca e tem de se esforçar para falar; • Utiliza os gritos como forma de comunicação habitual;

• A criança queixa-se de dores de garganta (que no fundo pode ser a garganta seca e áspera);

Debilitação na Articulação:

• A criança pronuncia todos os sons e letras corretamente ou tem por hábito trocá-las?

• A criança fala muito depressa ou atrapalha-se quando está a conversar? • A criança fala pelo nariz?

• Utiliza chupeta ou deixou de usar muito tarde? Gaguez:

• A criança tem mais de 4 anos e já evidência sinais claros de gaguez? • Quando fala, bloqueia ou repete muitas vezes as mesmas palavras? • A criança isola-se muito?

• Considera que a criança tem medo ou vergonha de falar? Dificuldade em mastigar e engolir:

• A criança mastiga os alimentos de boca aberta?

• Tem dificuldade em mastigar ou não consegue mastigar?

• A criança baba ou engasga-se com alimentos sólidos? E líquidos? Dificuldade em ler e escrever:

• A criança troca sons ou letras quando está a ler ou a escrever? • Não gosta de ler? Demora muito tempo a fazê-lo?

• Não gosta de escrever?

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ISOLAMENTO SOCIAL

O comportamento isolado é observado frequentemente em crianças com atraso mental, desordens da conduta, dificuldades de aprendizagem, autistas e com défices sensoriais (Strain ET AL.,1981). O isolamento parece nesses casos ser estável e um padrão persistente de comportamento, parcialmente função de contextos socialmente não responsivos e segregados, onde as educadas (Strain ET AL., 1981). As crianças isoladas são usualmente tímidas, assustadas e reservadas, ausentes da participação nas atividades (Schaefer ET AL., 1986). Verifica-se que o momento em que o isolamento social severo se manifesta e quando a criança é colocada numa situação de grupo, na escola ou no dia a dia. Raramente o problema ocorre em casa e, assim, as intervenções são relativas mormente a situação fora de casa (Hersen, Bellack e Kazdin, 1982).

De acordo com os relatos prescritos por estagiarias de psicopedagogia, durante a EOCA direcionada ao Y.A.S de 09 anos, constatou-se que o mesmo sofria de problemas de aprendizagem possivelmente ligada a fatores emocionais. Vendo que sofria a ausência de sua mãe na educação e no lar, provido apenas da dedicação da avó materna, notou-se que o mesmo não respondia às perguntas e nem completava frases, sinais indicadores de isolamento e desconforto social. Na sessão de avaliação foram utilizados instrumentos de (Desenhos da família, Jogo Diagnóstico, Sondagem da escrita e Provas Piagetianas).

Com base no resultado citado acima, indicamos um modelo de intervenção que o auxiliará no seu desenvolvimento de aprendizagem e desenvolvimento social, veja os requisitos a seguir.

• Intervenção cognitivo-comportamental; • Reforço material e social;

• Modelagem;

• Interação e influência de pares;

• Treino e ensaio comportamental de competência social; • Intervenções sociais cognitivas.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

O determinado trabalho tem como a preocupação contribuir para mediação de crianças que enfrentam problemas emocionais que supostamente se refletem em suas atividades educacionais. Para que se possa ter sucesso no desenvolvimento da aprendizagem de uma criança é preciso estabelecer comunicação entre pais, visto que eles são as peças fundamentais do convívio entre família. Através da boa relação família e escola será possível perceber qualquer anomalia com antecedência.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM-DETECÇÃO E ESTRATÉGIAS DE AJUDA. Disponível em: <https://gestaoescolar.org.br/conteudo/1259/o-que-fazer-com-os-alunos-que-apresentam-dificuldades-de-aprendizagem>. Acesso em 14 de jun. 2018.

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