• Nenhum resultado encontrado

Anota¸c˜ oes sobre Multiconjuntos

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2022

Share "Anota¸c˜ oes sobre Multiconjuntos"

Copied!
15
0
0

Texto

(1)

Anota¸c˜ oes sobre Multiconjuntos

Rodrigo Carlos Silva de Lima

rodrigo.uff.math@gmail.com

(2)

1

(3)

Sum´ ario

1 Multiconjuntos 3

1.0.1 Nota¸c˜oes de multiconjuntos . . . 3

1.0.2 Uni˜ao no sentido de conjuntos . . . 5

1.0.3 Interse¸c˜ao no sentido de conjuntos. . . 6

1.1 Uni˜ao sobre multiconjunto . . . 8

1.1.1 Soma sobre multiconjunto . . . 11

1.1.2 N´umero de elemento e ocorrˆencia . . . 11

1.2 Produto sobre multiconjunto . . . 12

1.3 Aplica¸c˜oes de multiconjuntos. . . 12

1.3.1 Ra´ızes de polinˆomios . . . 12

1.4 Multiconjunto e fatora¸c˜ao . . . 13

2

(4)

Cap´ıtulo 1

Multiconjuntos

Defini¸c˜ao 1 (Multiconjunto). Seja Ω̸= um conjunto dado, que ser´a nosso conjunto de discurso ( ou conjunto universo). SejamA⊂Ω propriamente, g : Ω→R o par composto pelo conjuntoA e a fun¸c˜ao g, denotado por (A, g) ´e um multiconjunto se

g(x) = 0, x∈Ac.

Em que Ac ´e o complementar de A em Ω. Podemos denotar o multiconjunto como (A, gA) para deixar claro que g se anula fora de A . Diremos tamb´em que (Ω, f) ´e um multiconjunto para qualquerf : Ω→R.

1.0.1 Nota¸ oes de multiconjuntos

Defini¸c˜ao 2 (Nota¸c˜ao para multiconjunto). Usaremos a seguinte nota¸c˜ao para multicon- juntos

(A, g) = {kg(k) |k∈A}.

O valor g(k) em kg(k) pode ser chamados de ´ındice do elemento k, o ´ındice pode ser intepretado, como n´umero de vezes que um elemento aparece no multiconjunto, se for negativo como d´ıvida do multiconjunto . Por exemplo

{mapa2, estrela5} 3

(5)

CAP´ITULO 1. MULTICONJUNTOS 4

seria um multiconjunto com 2 mapas e 5 estrelas .

{Dinheiro100}

um multiconjunto para simbolizar que se deve 100 unidades de um tipo de dinheiro . {casa1, casa0, camisas20}

neste multi conjunto, casa n˜ao ´e um elemento pois possui ´ındice 0 , temos nele 20 camisas e uma casa.

Defini¸c˜ao 3 (Igualdade de multiconjuntos). Dizemos que (A, g) = (B, f) seg =f em Ω.

Observa¸c˜ao 1. Com essa defini¸c˜ao podemos ver que do ponto de vista formal um multi- conjunto ´e equivalente a uma fun¸c˜ao, por´em damos a esse conceito uma interpreta¸c˜ao que vai al´em disso, assocciando, por exemplo a conjuntos em que cada elemento possui um peso ou n´umero associado a ocorrˆencia do elemento , entre outras interpreta¸c˜oes poss´ıveis.

Ent˜ao o que difere em nossa abordagem ´e a interpreta¸c˜ao do objeto formal, que d´a um certo sentido ao objeto definido .

Defini¸c˜ao 4 (Pertinˆencia). Dizemos que xt (A, g) x Ω e g(x) =t > 0. Dizemos quext ´e elemento de (A, g), se t >0 , se t <0 dizemos que ´e anti-elemento ou d´ıvida de (A, g).

Defini¸c˜ao 5 (Multiconjuntos e conjuntos). Um multiconjunto (A, g) ´e dito ser um con- junto, quandog assume apenas valores em {0,1}, fazemos nesse caso a associa¸c˜ao

(A, g) := A.

Propriedade 1. Se (∅, g) ´e multiconjunto, ent˜ao g ´e a fun¸c˜ao nula .

(6)

CAP´ITULO 1. MULTICONJUNTOS 5

Demonstra¸c˜ao. Pela condi¸c˜ao de (A, g) ser multiconjunto, temos que terg vazia em Ac, com A=, Ac = Ω, logo g ´e a fun¸c˜ao nula e o ´unico multiconjunto da forma (∅, g) ´e (∅,0) .

Propriedade 2. Vale que (A,0) = (Ω,0) para qualquer A⊂Ω.

Demonstra¸c˜ao. (A, g|{z}

g=0

),g ´e fun¸c˜ao nula em Ω , tamb´em em (Ω,0), logo s˜ao iguais, pela defini¸c˜ao de igualdade de multiconjuntos.

Defini¸c˜ao 6 (Uni˜ao no sentido de multiconjuntos). Dados dois multiconjunto (A, g) e (B, f) sua uni˜ao (no sentido de multiconjuntos), denotada por

(A, g)(B, f),

´e definida como

(A∪B, g+f).

Al´em disso (A∪B, g+f),´e multiconjunto, isto ´e,g+f se anula em (A∪B)c. A opera¸c˜ao de uni˜ao ´e fechada.

Usaremos o s´ımbolo para tal uni˜ao no sentido de multiconjuntos , para diferenciar da uni˜ao no sentido de conjuntos que definiremos a seguir .

Demonstra¸c˜ao. Caso A ou B sejam Ω, temos A∪B = Ω e da´ı (A∪B, g+f) ´e multiconjunto por defini¸c˜ao . Agora o caso deA e B como subconjuntos pr´oprios de Ω.

Como (A, g) e (B, f) s˜ao multiconjuntos, temos que g se anula em Ac, f se anula em Bc,g+f deve ter que se anular em (A∪B)c=Ac∩Bc que ´e subconjunto de Bc e deAc, portantog ef se anulam em (A∪B)ce da´ı sua soma g+f, como quer´ıamos demonstrar .

1.0.2 Uni˜ ao no sentido de conjuntos

Defini¸c˜ao 7 (Uni˜ao no sentido de conjuntos). Dados dois multiconjuntos (A, g) e (B, f), definimos sua uni˜ao no sentido de conjuntos como

(A, g)(B, f) = (A∪B,max{g, f}).

Sendo que (A∪B,max{g, f}) ainda ´e um multiconjunto .

(7)

CAP´ITULO 1. MULTICONJUNTOS 6

Demonstra¸c˜ao. Temos que mostrar que max{g, f} se anula fora em (A ∪B)c = Ac∩Bc. Demonstramos que g ef se anulam em Ac∩Bc, logo tamb´em seu m´aximo . Corol´ario1(Comutatividade).Vale que (A, g)(B, f) = (B, f)(A, g) pois max{g, f}= max{f, g} eA∪B =B∪A.

Propriedade 3. Se (A, g) e (B, f) s˜ao conjuntos ent˜ao (A, g)(B, f) ´e conjunto . Demonstra¸c˜ao. Vale pois max{g, f} assume valor 1 ou 0 .

Corol´ario 2 (Idempotˆencia). Vale a propriedade de idempotˆencia para uni˜ao no sentido de conjuntos

(A, g)(A, g) = (A∪A,max{g, g}) = (A, g).

Propriedade 4 (Associatividade da uni˜ao ). Vale que

(C, h)[(A, g)(B, f)] = [(C, h)(A, g)](B, f)

Demonstra¸c˜ao. A igualdade segue de max{h,max{f, g}}= max{h, f, g}= max{f,max{h, g}}.

1.0.3 Interse¸ ao no sentido de conjuntos

Defini¸c˜ao 8 (Interse¸c˜ao no sentido de conjuntos). Dados dois multiconjuntos (A, g) e (B, f), definimos sua interse¸c˜ao no sentido de multiconjuntos como

(A, g)(B, f) = (A∩B,min{g, f}).

Demonstra¸c˜ao. (A∩B,min{g, f}) ´e um multiconjunto , pois g e f s˜ao nulas em Ac∩Bc logo tamb´em o m´ınimo .

Corol´ario 3 (Comutatividade). Vale que

(A, g)(B, f) = (B, f)(A, g).

Pois A∩B =B∩A e min{g, f}= min{f, g}.

Propriedade 5. Se (A, g) e (B, f) s˜ao conjuntos ent˜ao (A, g)(B, f) ´e conjunto .

(8)

CAP´ITULO 1. MULTICONJUNTOS 7

Demonstra¸c˜ao. Vale pois min{g, f} assume valor 1 ou 0 . Propriedade 6. Vale que

A⊎B = (A∪B)⊎(A∩B), em que A eB s˜ao multiconjuntos quaisquer .

Demonstra¸c˜ao. Temos que

(A, g)(B, f) = (A∪B, g+f),

[(A, g)(B, f)](A, g)(B, f) = (A∪B,maxg, f)(A∩B,ming, f) =

= (A∪B,maxg, f + ming, f) = (A∪B, g+f) logo vale a propriedade .

Propriedade 7 (Existˆencia do elemento neutro). Existe um elemento neutro da uni˜ao de multiconjuntos, que ´e (Ω,0).

Demonstra¸c˜ao.

(Ω,0)(A, g) = (A,0)(A, g) = (A∪A, g+ 0) = (A, g),

onde usamos que (Ω,0) = (A,0) e idempotˆencia da uni˜ao de conjuntos A⊎A=A.

Corol´ario 4. Vale que

(Ω, gA) = (A, gA).

Propriedade 8 (Existˆencia de inverso). Vale que

(A, gA)(A,−gA) = (Ω,0)

por isso (A,−gA) ´e o inverso de (A, gA), todo elemento possui inverso . Demonstra¸c˜ao. Pois vale

(A, gA)(A,−gA) = (A∪A, gA−gA) = (A,0) = (Ω,0).

(9)

CAP´ITULO 1. MULTICONJUNTOS 8

Corol´ario 5. Vale que a uni˜ao de multiconjuntos tamb´em ´e associativa e comutativa, pois uni˜ao de conjuntos e adi¸c˜ao de fun¸c˜oes tamb´em o s˜ao . Por isso temos um grupo abeliano .

Defini¸c˜ao 9(Multiconjunto finito e infinito). Um multiconjunto (A, g) possui uma quan- tidade finita de tipos de elementos se existeB ⊂Afinito tal queg ̸= 0 emB eg = 0∈Bc , caso g ̸= 0 em um subconjunto infinito de A dizemos que (A, g) possui quantidade infinita de tipos de elementos .

Vamos considerar a partir de agora multiconjuntos finitos .

1.1 Uni˜ ao sobre multiconjunto

Sejam dados Ak multiconjuntos para todo k∈Z; Definimos

t

k=t

(A, gk) = (A, gt)∀t∈Z.

b

k=a

(A, gk) =

p

k=a

(A, gk)

b

k=p+1

(A, gk)∀p, a, b∈Z.

Corol´ario 6 (Uni˜ao vazia). Em

b

k=a

(A, gk) =

p

k=a

(A, gk)

b

k=p+1

(A, gk) tomando p=a−1 tem-se

b

k=a

(A, gk) = (

a1

k=a

(A, gk))

b

k=a

(A, gk)

por isso

a1

k=a

(A, gk) deve ser o elemento neutro da uni˜ao de multiconjuntos , (Ω,0).

Tomando agora b =a−1 em

b

k=a

(A, gk) =

p

k=a

(A, gk)

b

k=p+1

(A, gk),

(10)

CAP´ITULO 1. MULTICONJUNTOS 9

segue que

a1

k=a

(A, gk)) = (Ω,0) =

p

k=a

(A, g(k))

a1

k=p+1

(A, gk) o que implica

p

k=a

(A, gk)) =

a1

k=p+1

(A, gk)) tomando a= 1 e substituindo ppor −p

p

k=1

(A, gk) =

0

k=p+1

(A, gk) =

=((A, g(p+1))∪ ∪(A, g(p))∪ · · ·(A, g(1))(A, g0) =

p−1

k=0

(A, g(k)).

Logo se p≥1

p

k=1

(A, gk) =

p1

k=0

(A, g(k)).

Exemplo 1. Damos sentido ent˜ao a soma

n

k=1

f(k)∀n∈Z,

como a soma sobre um multiconjunto .

tal soma para n 1 ´e uma soma sobre o multiconjunto uni˜ao {11,· · · , n1}={11} ∪ {21} · · · {n1}=

={· · · ,00,· · ·11,· · · , n0} ∪ {· · · ,00,· · ·10,21,· · · , n0} ∪ · · · ∪ {· · · ,00,· · ·00,· · · , n1}= usando a fun¸c˜ao delta de kronecker que satisfaz δ(k, k) = 1 eδ(k, j) = 0 sek ̸=j ent˜ao

= (Z, δ(1, ) )(Z, δ(2, ) )∪ · · · ∪(Z, δ(n, ) ) =

n

k=1

(Z, δ(k, ) ),

Sen 1 tem-se

n

t=1

(Z, δ(k, ) ) = (Z,

n

t=1

δ(t, ) ), logo

kn

t=1

(Z,δ(t,) )

f(k) = ∑

k(Z,

n t=1

δ(t,) )

f(k) =

kZ

[

n

t=1

δ(t, k)]f(k) =

k=−∞

n

t=1

δ(t, k)f(k) =

(11)

CAP´ITULO 1. MULTICONJUNTOS 10

=

n

t=1

f(t).

Logo a defini¸c˜ao recupera o sentido comum de soma quando n 1. Sen = 0 , temos a uni˜ao vazia

n

t=1

(Z, δ(t, ) ) = (Z,0), portanto

k0

t=1

(Z,δ(t,) )

f(k) = ∑

k(Z,0)

f(k) = ∑

kZ

0.f(k) = 0 =

0

k=1

f(k),

soma chamada de soma vazia . Agora sen ≤ −1, escrevendon =−p segue que

p

k=1

(A, gk) =

p1

k=0

(A,−g(k)) = (A,

p1

k=0

g(k)), ent˜ao

kp

t=1

(Z,δ(t,) )

f(k) =

k(Z,p1

t=0

δ(t,) )

f(k) =

=∑

kZ

[

p1

t=0

δ(−t, k)]f(k) =

p1

t=0

f(−t) =

p

t=1

f(k).

Podemos mostrar que essa extens˜ao de conceito para somat´orio, tamb´em sai se defi- nirmos

b

k=a

f(k) =

p

k=a

f(k) +

b

k=p+1

f(k),∀a, b, p∈Z, com a condi¸c˜ao inicial,

s

k=s

f(k) = f(s)∀s∈Z.

Que implicam com argumento semelhante ao aplicado para os multiconjuntos, que

p1

t=0

f(−t) =

p

t=1

f(k) e

s1

k=s

f(k) = 0∀s∈Z.

Podemos assumir esse somat´orio como ja tendo a propriedade estendida e definir a uni˜ao a partir dos somat´orios, como fazemos a seguir .

(12)

CAP´ITULO 1. MULTICONJUNTOS 11

Defini¸c˜ao 10 (Uni˜ao de multiconjuntos-segunda defini¸c˜ao). Definimos

n

k=1

(A, gk)) = (A,

n

k=1

gk), onde para cadak inteiro temos uma fun¸c˜aogk:A→R.

1.1.1 Soma sobre multiconjunto

Defini¸c˜ao 11 (Soma sobre multiconjuntos ). Definimos

k(A,g)

f(k) := ∑

kA

g(k)f(k).

1.1.2 umero de elemento e ocorrˆ encia

Defini¸c˜ao 12 (N´umero de ocorrˆencias de um elemento). O n´umero de ocorrˆencia de um elementok ∈A de (A, g) ´e dado por g(k).

Defini¸c˜ao 13 (N´umero de elementos e anti-elementos de um multiconjunto ). Definimos o n´umero de tipos de elementos de um multiconjunto (A, g) como a soma

N(A) =

kD

1 em que D⊂A eg ´e n˜ao nula em D .

Definimos o n´umero total de (A, g) como Nt(A) = ∑

kA

|g(k)|.

SeparamosA =B∪C em queB ´e tal queg(k)≥0 emB eC ´e tal queg(k)≤0∈C.

Definimos o n´umero de elementos de A como N e(A) =

kB

g(k),

e o n´umero de anti-elementos (ou d´ıvidas) como N d(A) =

kC

g(k), valendo

N e(A) +N d(A) = N t(A).

(13)

CAP´ITULO 1. MULTICONJUNTOS 12

Exemplo 2. O multiconjunto {Banana10, casa1, carro1, dinheiro1, Hotel0} possui 4 ti- pos de elementos, n´umero total de 13, uma d´ıvida e 12 elementos .

1.2 Produto sobre multiconjunto

Defini¸c˜ao 14 (Produto sobre multiconjunto). Seja (A, g) um multiconjunto definimos o produt´orio sobre ele como

k(A,g)

f(k) =

kA

f(k)g(k) supondo f(k)g(k) bem definido .

1.3 Aplica¸ oes de multiconjuntos

1.3.1 Ra´ızes de polinˆ omios

Para estudar ra´ızes de polinˆomios com coeficientes sendo n´umeros complexos, podemos considerar nosso conjunto universo como sendo Ω =Co conjunto dos n´umeros complexos . As ra´ızes podem aparecer com multiplicidade , por exemplo P(x) = (x1)2 , possui raiz 1 com multiplicidade 2, podemos representar suas ra´ızes pelo multiconjunto

A={12}.

Em geral, um polinˆomio qualquer P(x) deC[x] pode ser escrito comoP(x) =

n

k=1

(x ak)αk , logo suas ra´ızes s˜ao os elementos do multiconjunto

A={(a1)α1,(a2)α2,· · · ,(an)αn}, os ind´ıces s˜ao a multiplicidade das ra´ızes .

Propriedade 9. Sejam p e g polinˆomios com multiconjuntos de ra´ızes associados Ap e Ag respectivamente, ent˜ao o polinˆomio produtop.g possui como multiconjunto associado para raizes a uni˜ao Ap∪Ag. Em s´ımbolos, vale que

Ap∪Aq =Aq.p.

(14)

CAP´ITULO 1. MULTICONJUNTOS 13

Demonstra¸c˜ao.

Sejam A o conjunto de ra´ızes de p, B conjunto de ra´ızes de q, ent˜ao seja A∪B = {a1,· · · , an}, se uma dessas ra´ızes n˜ao aparece na fatora¸c˜ao de p ou q, colocamos seu expoente como nulo, e por isso podemos escrever

p(x) =

n

k=1

(x−ak)ck, g(x) =

n

k=1

(x−ak)dk ⇒p(x).g(x) =

n

k=1

(x−ak)dk+ck Por isso o multiconjunto de solu¸c˜oes de p´e

Ap ={(a1)c1,· · · ,(an)cn} o multiconjunto de solu¸c˜oes de q ´e

Aq ={(a1)d1,· · · ,(an)dn} o multiconjunto de solu¸c˜oes de pq ´e

Aq.p={(a1)d1+c1,· · · ,(an)dn+cn} por´em a uni˜ao dos multiconjuntos ´e

Ap∪Aq ={(a1)d1+c1,· · · ,(an)dn+cn}, pois somamos as fun¸c˜oes, portanto vale que

Ap∪Aq =Aq.p. Exemplo3. Sejap(x) =

n

k=1

(x−ak)ck, ent˜ao podemos escrever o polinˆomio como produto sobre o multiconjunto de suas ra´ızesAp ={(a1)c1,· · ·,(an)cn},

p(x) =

kAp

(x−k) =

kA

(x−k)ck

1.4 Multiconjunto e fatora¸ ao

Exemplo 4. Um n´umero fatorado como n=

m

k=1

pαkk,

(15)

CAP´ITULO 1. MULTICONJUNTOS 14

pode ser escrito como produto sobre o multiconjunto {(p1)α1· · ·(pm)αm}= (A, g),

n= ∏

k(A,g)

k =∏

kA

kαk.

Exemplo 5 (mmc). O mmc de dois n´umeros n =

t

k=1

pαkk, m=

t

k=1

pckk

´e dado por

mmc(n, m) =

t

k=1

pmaxk {αk,ck}

corresponde a um n´umero com multiconjunto associado a uni˜ao (no sentido de conjunto), dos multiconjuntos associados a n e m .

Exemplo 6 (mdc). O mdc de dois n´umeros n =

t

k=1

pαkk, m=

t

k=1

pckk

´e dado por

mdc(n, m) =

t

k=1

pmink {αk,ck}

corresponde a um n´umero com multiconjunto associado a interse¸c˜ao (no sentido de con- junto), dos multiconjuntos associados an em .

Exemplo 7 (Produto). O produto de dois n´umeros n=

t

k=1

pαkk, m=

t

k=1

pckk,

corresponde ao produt´orio sobre a uni˜ao no sentido de multiconjuntos dos multiconjuntos associados a n e m .

Referências

Documentos relacionados

J´a definimos uni˜ao de conjuntos ao apresentar axioma da uni˜ao, aqui relembramos a defini¸c˜ao da uni˜ao de dois conjuntos e demonstra-... mos propriedades

1.2 Nomenclaturas Sobre

∆ n˜ao ´e um n´umero real, logo a equa¸c˜ao do segundo grau possui ra´ızes complexas conjugadas se os coefi- cientes a, b e c s˜ao reais, caso sejam complexos as ra´ızes

Usaremos esse resultado para demonstrar propriedades neste texto, em que iremos tratar, quase sempre, de n ´umero positivos.. b

Dois corpos s˜ao ditos isomorfos se existir um isomorfismo entre eles.. Para todos os efeitos dois corpo isomorfos s˜ao

Esse texto ainda n˜ao se encontra na sua vers˜ao final, sendo, por enquanto, cons- titu´ıdo apenas de anota¸c˜oes informais. Sugest˜oes para melhoria do texto, corre¸c˜oes da

Os racionais s ˜ao densos na reta e s ˜ao enumer ´aveis, ent ˜ao podemos tomar uma sequˆencia (x n ) que enumera os racionais, logo pra essa.. Para que isso aconte¸ca ´e necess

Veremos depois que esse crit´erio n˜ao ´e suficiente, pois existem s´eries em que o termo somado tende a zero mas a s´erie diverge, como ´e o caso da s´erie harmˆonica.. Z