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Rev. Bras. Enferm. vol.29 número4

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Academic year: 2018

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(1)

Rn, 29 : 66-69, 1978

MICRORGANISMOS EM ANTISStPTICOS E DESINFETANTES

Auors :

Tokko Murakawa Moriya

orisdaia Carvalho

••

Maria Helena Machado

RBEn/07

MORYA, T . M . , CARVALHO, D . e MACHAO, M . H . - Microrganisms em antiséptl­ cos e deslnfetantes. Rev. Bras. Enf.; DF, 29 : 66-69, 1976.

INRODUÇAO :

São inmeras as possibilddades de in­ fecções cruzadas em hospitais. Tanto o elemento humno (pacientes, médicos, enfermeiros e outrs) como o ar e os objetos inanimados de toda espécie po­ dem ser fatores importanes na disse­ minação das infecções nos hspitais. Exisem fatores que favorecem o desen­ volvimento de qualquer infecção, ou se­ jm o organismo virulento, o individuo suscetivel e as vias de trasmissão do organismo. Sabemos que todos eles abun­ dam o hospital.

Para se evitar a disseminação de in­ fecções existem procedimentos que pc­ derão ser usados, como : a constatação de infecção nos pacienes e no pessoal, o isolamento de pessoas infectads, a imunização, as drogas antibióticas e

quimioterápicas, e as técnicas limpas e assépticas.

Uma rotina permanente de combae às infecções afim de salvaguardar os paci­ entes de riscos de infecções que por ve­ zes trazem conseqüências desstross, devem ser institui ds. Deste modo, oos devem estar conscientes de responsabi­ lidade e assumir o seu papel na preven­ ção de infecções.

Cabe à enfermagem de modo dlreto observar e manter a limpeza a unidade sob sua respdsab1l1dade, entreanto, não é raro encontrarmos técnicas e con­ dições dos materiais negligenciados.

Embora se saiba que s soluções de desinfeantes e antlssépticos podem so­ frer contaminação e acarretar infecções graves e, até mesmo fatais, a devida atenção não tem sido dada a esse pro­ blema na maioria dos hospitais Brasi­ leiros (ANON, Urie, 1973) .

• Axiliar de ensino da Escola de Enfemagem de Ribeirão Preto;' UBP. •• Professor assitente doutor da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, UBP.

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MORYA, T . M . , CARVALHO, D . e MACHADO, M . H . - Microrganisms em antlépti­ cos e desinfetantes. Rev. Bras. Enf. ; DF, 29 : 66-69, 1976.

Na ocasião em que realizamos o nosso estudo, observamos em uma clinica de um hspital de Ribeirão Preto, que an­ tissépticos e desinfetantes do carrinho de curativo, não estavam merecendo os cuidados assépticos que consideramos de importância, ou sej a:

- esterilização dos frascos antes de se colcar s soluções;

- troca de soluções;

- limitação de tempo de permanência s soluções no frasco;

- proteção do canal de drenagem da solução e o orifício de entrada do ar

(suspiro) .

Diante do fato, programamos este tra­ balho com o objetivo de verificar as con­ dições dos antissépticos e desinfetanes no que concene à contaminação por mi­ crorganismos.

AR

L

E :TODOS

Analisou-se 10 antissépticos e desinfe­ tantes que compunham o arsenal dos carrinhos de curativo do posto de enfer­ magem de um hospital de Ribeirão Pre­ to. Estes foram : Permangnato de Potás­ sio; Steylderme; Agua Oxigenada; Mer­ cúrio Cromo; AlcooL; Mertiolate colorido; Violeta de Genciana; Fucsina; Iodo e Alcool para conservação de pinça ser­ vente.

Tods esses produtos, com exceção do Alcool para conservação da pinça ser­ vente estavam acondicionados em fras­ cos de vidro devidamente arrolhados com ampa de borracha apresentando dois orifícios. Um para drenagem da solução e outro para entrada de ar (sspiro) . m ambos os orificios havia um canudo de vidro transfixado comunicando o in­ erior e exterior do frasco.

De cada frasco foram colhidas 4 amos­ tras, obedecendo a um intervaLo regular de 8 dias entre uma colheita e outra.

Uma quantid�de de 10 mI de · cada frasco era então colhida diretamente do

frsco para um tubo de ensaio estéril, tomando-se o cuidado de desprezar a porção inicial do jato da solução.

A semeadura foi realizada com alça padronizada (RIGA'O E SO:-R­ NIN) com a finalidade de quantificar o número de microrganismos viáveis por mI de solução.

O meio de cultura utilizado foi agar infusão de coração mais sangue.

A técnica da semeadura consistiu em llambar a alça, esfriá-la na porção mais superficial da amostra, previamente ho­ mogeneizada por movimentos de rotação. Um aliquota era em seguida cohida do fundo do tubo e colocada no centro da placa contendo meio de cultura. A fim de espalhar a amostra e cobrir inteira­ mente a superfíCie do meio de cultura, a �emeadura foi orientada em 4 direções diferentes.

A leitura foi realizada após 24 horas de incubação em estufa a 37°C, em ae­ rcbiose, deste modo os microrganismos crescidos foram apenas os aeróbics.

s colônias crescids na placa foram examinadas e contadas, e a ese número multiplicou-se o fator 800 para obtermos o número de microrganismos viáveis por mI. Este fator 800 foi udzado em vir­ tude do volume transportado pela alça

1

corresponder respectivamente a - do

-3 800

mI ou seja 1,25 x 10 do ml.

RESULTADOS

Dos antissépticos e desinfetantes estu­ dados, 6 apresentaram crescimento de microrganismos aeróbicos. Foram iden­ tificados Bacilus Subtilis, Sarcina e Sta­ filococus. m vista de ser o noso pro­ pósito verificar as condições assépticas das soluções, os resultados aqui apre­ sentados são em relação a quantidade de microrganismos sem qualificação dos mesmos (Tabela I) .

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EA I - Resultado obtido ds culturas dos ntissêpticos e desinfetntes . nero de icrorsniol viveis

por

l . ( Bacilo sutilis . stafi1ococcus" epiaee e sarcina ).

ercUrlo

ilcool

cm Violeta

o°4 teyldee 12°2 cro .

llcool �rtiolate

luaina Iodo pinça encina.

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100. 000 SO.ÓO +

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l60.00t

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240.000+

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nteúdo do frsco

cmpletdo ntes da colheita.

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(4)

. . MORIYA, T.M., CARVAHO, D . e AO, M . H . - iogs m ntépti-s e deslnfetantes. v. Bras. Enf.; DF, 29 : 6-69, 1976.

s souções de Permanganao de po­ ássio, Steylderme e álCOl foram cm­ pletadas ma vez e apresenaram-se sem contaminação em todas s msras. Quano a vioeta de gengiciana, o seu coneúdo não foi completado e também

o

apresentou contminação. O mer­ cúrio crmo após a adição de outra or­ ção de solução não apresenou crei­ meno de microoganismos, o memo ocorrendo com o mertiolae, ido e a água oxigenada. O álcool usado para cosevação da pinça servene após a troca a solução apresenou-se sento de microrganismos no a da substituição ms apresenou contminação na colhei­ ta pserior. A fucslna apraenou m aumeno progresivo do número de mi­ crorgansmos viáveis com o decorrer do mpo.

DISCUSSAO E CONLUSAO

A ausência de contaminação em l­

s produtos leva-nos a pensar que a fómula quantitativa deases prdutos te­ nha favorecido o não desenvolvimento de microrganisms.

Por outro lado encontrms antlssép­ ticos lnlciamene não contminados e que a parr de m dado momeno or­ nou-se coonizado por microrgnismo, o que nos faz acreitar que a fómula quantiativa do prduo não adequada smada a negigência de cuidados

as-séptiCOS enha levado o favorecmeno da contaminação.

Aqueles produtos que tiveram seus re­ sulados negativados aós os frscos e­ rem sido cmpleados, e outros, mesmo após esse proce�o, contlnuarem com presença de microrganismos, atribumos

responsablldades à quntidade de pro­

duo, recolocado no frsco, embora re­ conheçamos o não controle desa va­ riável.

Apeaar do não controle de as variáveis nese trabalho, ficou evidene que antssépticos e desinfetna odem ser veiculos importanes de infecção, portanto devendo merecer maiores cui­ dados em relação à fómua quantiativa e cuidads assépicos.

LNGS (1970) , na conferência n­ ternacional sobre infecções nosocomiais (ATA, E . U .A. ) disse: Parece-me irracional entar evitar nfecções hospi­ talares por uma variedade de métdos caros e compllcados e deixar que eata­ f11ococos, seudomonas, lebsielas, Sal­ monelas e outros microsganismos vei­ culados em medicmenos e cométios infetem pcienes hospitalizados. Da mesa foma diremos em relação a an­ tlssépticos e deainfetantes.

Preendems readzar novas experiên­ cias no memo lcal onde esta fOI rea­ lizada, forem com s condições estabe­ lecidas atuamente, ou seja, merecendo os cuidados asépticos que considerms de importância e cntrolando mr número de vriáveis.

BmIOGIA

1 . LNGS, O.L. - Contamination of therapeutlc agens - Proo. 01. Int. nos. Cnl. C.O. 1970, p. 241-245. 2 . RIGATO, H . e SO:-N, C . - As

alçs pdronids a avliaço

quantitativa de bacterlur1a. Searaa

Risa Paulista de Mà, 11 (lO) : 199-210, out. 1967.

3 . ANON, Urlel. - Fundamens pra o

ontrole ds infecçs adqu1ds em hospital. Semestre Terapeuto, o.° 8,

Referências

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