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Claudia Kozlowski - Série Questões Comentadas - Português - CESPE - Ano 2010

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Texto

(1)

Vicente Paulo

Marcelo Alexandrino

n

E D,t T O R A

r *

METODO

1^1

Vicente Marcelo SÃO PAU 10

(2)

© EDITORA MÉTODO

Uma editora integrante do GEN | Grupo Editorial Nacional Rua Dona Brígída, 701, Vila Mariana - 04111-081 - São Paulo - SP

Te!.: (11) 5080-0770 / (21) 3543-0770 - Fax: (11) 5080-0714

V isite nosso site: w w w .editoram etodo.com .br metodo@grupogen. com. br

Capa: Rafaei Molotievschi

CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO NA FONTE

SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ.

Kozlowski, Claudia

Português : CESPE : questões comentadas e organizadas por assunto / Claudia Kozlowski; coordenação [da série] Vicente Paulo, Marcelo Alexandrino. - Rio de Janeiro : Forense ; São Paulo : MÉTODO, 2010.

Bibliografia

1. Língua portuguesa - Problemas, questões, exercícios. 2. Serviço público - Brasil - Concursos. I. Universidade de Brasília. Centro de Seleção e Promoção de Eventos. II. Titulo. III. Série.

10-3301. CDD: 469.5

CDU: 811.134.3*36

ISBN 978-85-309-3266-4

J

A Editora Método se responsabiliza peios vícios do produto no que concerne à sua edição (impressão e apresentação a fim de possibilitar ao consumidor bem manuseá- -lo e iê-lo). Os vícios relacionados à atualização da obra, aos conceitos doutrinários, ás concepções ideológicas e referências indevidas são de responsabilidade do autor e/ou atualizador.

Todos os direitos reservados. Nos termos da Lei que resguarda os direitos autorais, é proibida a reprodução total ou parcia! de qualquer forma ou por qualquer meio, eletrônico ou mecânico, inclusive através de processos xerográficos, fotocópia e gravação, sem permissão por escrito do autor e do editor.

Impresso no Brasii Prínted in Brazi!

(3)

DEDICATÓRIA

À minha família, em especial aos meus pais, Clélia e Hamilton, pelo exemplo e

apoio.

Ao Eduardo, pelo companheirismo em todos os momentos.

As queridas Clara e Luana, simplesmente por existirem.

Aos alunos — presentes ou aproximados pela tecnologia

-

pelo reconhecimento e

carinho demonstrados durante todos esses anos de magistério voltado para concursos

públicos.

(4)

“Para falcjf, é engraçada, com um

modo senhoril; para cantar, ê suave

,

com um certo sentimento que favorece a música;

para pregar, é substanciosa, com uma gravidade

que autoriza as razões e as sentenças

. "

Francisco Rodrigues Lobo (1580 - 1621), poeta português, sobre a Língua Portuguesa

(5)

NOTA DA AUTORA

Caros leitores,

E com imensa alegria que ofereço a vocês o resultado de um dos maiores prazeres

que tenho na vida: lecionar!

O livro Português — CESPE — Questões comentadas e organizadas por assunto

tem por base o material usado em aulas à distância ministradas no sítio Ponto dos

Concursos e objetiva subsidiar a preparação de candidatos para os certames organizados

por aquela banca examinadora.

Sabqjnos que a preparação para concursos públicos exige dedicação e persistência.

Como professora para concursos públicos há tantos anos, o que mais escuto (sem

falsa modéstia) é que “não gostava da matéria, mas mudei de opinião depois de suas

aulas”. Esse reconhecimento me deixa muito feliz. Afinal de contas, aprender não deve

ser sinônimo de sofrer.

Nós, professores de Língua Portuguesa, ainda temos uma grande vantagem: a nossa

língua está aqui, ali, acolá, à nossa volta, queiramos ou não. É um anúncio na rua, uma

revista no consultório dentário, uma canção no rádio, e lá está ela, linda e paciente,

aguardando para ser descoberta* explorada* aplicada! Por que, então, não nos valermos

desses meios de comunicação para treinar a forma correta de usá-la?

Na preparação para concursos públicos, a Língua Portuguesa tem papel decisivo

e tem sido responsável por surpresas, muitas vezes desagradáveis para o candidato que

não se prepara adequadamente.

Como fazer para obter boa nota na disciplina (e isso se aplica a qualquer outra)?

No primeiro momento, deve o candidato (re)ver os tópicos indicados no editai do(s)

concurso(s) que pretende prestar, estudando-os com afinco.

Em seguida, é de suma importância “conhecer a banca”, ou seja, a partir da reso­

lução de questões de provas anteriores, perceber o posicionamento doutrinário adotado

em determinada ocasião pelo examinador e a forma como certo assunto é cobrado.

É nesse ponto que este livro se mostra tão especial e completo - além de indicar a

resolução da questão, numa linguagem direta (e também, sempre que possível, agradável

e descontraída), apresentamos uma revisão teórica capaz de sanar qualquer dificuldade

que o aluno eventualmente possa enfrentar.

Agora, é só encarar o desafio com fé e perseverança para, ao fim, “correr para

o abraço” !

(6)

SUMÁRIO

1. À p a la v ra ...

13

Processos de formação de palavras...

14

Classes gramaticais...

18

Semântica ...

23

Homonímía...

24

Paronímia...

24

Denotaçao e Conotação...

26

2. O rto g ra fia ...

31

Novas regras de emprego do hífen...

32

3. V erb o ...

43

Conjugação verbal... -...

43

Tempos e modos verbais...

46

Derivação verbal...

56

Correlação verb al...

61

Locução verbal...

64

Formas nom inais...

65

Infinitivo...

65

Gerúndio... ...

65

Particípio... ...

65

Vozes verbais...

69

Sujeito indeterminado...

80

4. Sintaxe de c o n c o rd â n c ia ...

83

Concordância nominal...

84

(7)

Adjetivo na função de predicativo do objeto...

85

Adjetivo na função de predicativo do sujeito...

87

Concordância verbal...

89

Termos partitivos ou expressões quantitativas...

99

Expressões quantitativas aproximadas...

101

Verbos haver e existir...

104

Casos de flexão de infinitivo... ...

106

Parecer + Infinitivo...

110

Expressão denotativa de realce “é que” ...

111

5. P ro n o m e s... 113

Pronomes demonstrativos... ...;...

120

Pronomes relativos...

123

Pronome “se”... ... ...

131

Colocação pronominal...

131

Colocação pronominal em locução verbal...

138

Pronomes de tratam ento...

139

6. S intaxe de reg ên cia... 145

Regência nominal...

145

Regência verbal...

145

Transitividade verbal...

153

7. C r a s e ... 169

^

8. Term os d a oração e análise s in tá tic a ... 195

Termos essenciais da oração...

196

Termos integrantes da oração... ...

212

Termos acessórios da oração... 217

Adjunto adnominal...

217

Diferença entre adjunto adnominal e complemento nominal... 218

Adjunto adverbial... 221

A posto... 223

Vocativo... 225

9. C onectivos - P reposição e C o n ju n ção — e P e río d o s... 231

Preposição... 231

Classificação das preposições... 232

(8)

SUMÁRIO

Conjunção... ... 238

Período com posto... ... 240

Período composto por coordenação... ... 241

Período composto por subordinação...

241

Classificação das orações subordinadas...

243

10. P o n tu a ç ã o ... 267

Ponto... ...

268

Ponto e vírgula... ... 269

Vírgula... ... ... ...

271

Vírgula em orações subordinadas adjetivas...

284

Dois-pontos...

292

Parênteses...

296

Travessão...

296

Aspas...

300

Ponto de interrogação...

301

Ponto de exclamação... 301

Reticências... 301

11. Tipos e gêneros te x tu a is ... 303

Texto literário e texto não literário... 306

Descrição... 307

Narração... 309

Dissertação...

311

Texto informativo...

313

Texto injuntivo ou instrutivo ... ... 315

12. R edação o fic ia l... 317

Parecer... ... 320

Portaria... ... ... 321

Ata...

322

Ofício... 323

Padrão ofício...:...

324

Memorando...

326

Atestado... 329

R eferências bibliográficas... ... 335

(9)

A PALAVRA

ESTRUTURA DAS PALAVRAS

As palavras são constituídas de morfemas, que são unidades mínimas indivisíveis

da palavra. Esses morfemas apresentam significados, que podem ser de natureza lexical

(conceitos e sentidos da língua; léxico é o conjunto de palavras de uma língua, ou seja,

vocabulário) ou de natureza gramatical (gênero, número, modo, tempo).

Os morfemas podem ser classificados como:

— elementos básicos e significativos: raiz, radical e tema; ou

- elementos modifícadores de significação: afixos, desinências e vogal te­

mática.

Há, também, os elementos de Hgação: vogais ou consoantes, também chamados

de infixos.

R aiz — É o elemento mínimo, primitivo, carregado do núcleo significativo que

se conserva ao longo do tempo, comum às palavras cognatas, ou seja, da mesma

família. É objeto de análise da Etimologia, parte da gramática que estuda a origem

das palavras.

A título de exemplo, as palavras estar (em latim, stare) e constar (em latim,

consíare) possuem a mesma raiz: “s f \

Radical — É o elemento comum das palavras cognatas. É responsável pelo signi­

ficado básico da palavra. Ex.: Em terra, terreno, terreiro, terrinha, enterrar, terrestre e

aterrar, o radical comum a todos é terr-. Ao radical juntam-se os demais elementos,

como desinências, sufixos, prefixos, infixos, vogais temáticas, de forma a compor novas

palavras.

Afixos - São partículas que se anexam ao radical para formar outras palavras.

Existem dois tipos de afixos:

Prefixos: colocados antes do radical. Ex.: desleal, ilegal

(10)

PORTUGUÊS - Questões comentadas - CESPE

Infixos - Os infixos, também chamados de vogais ou consoantes de ligação, não

são significativos e, por isso, não são considerados morfemas. Entram na formação das

palavras para facilitar a pronúncia. Por exemplo, em “cafeteira”, o radical é “cafe”, o

sufixo “-eira” e “f” é a consoante de ligação.

Vogal Temática - Vogal Temática (VT) se junta ao radical para receber outros

elementos. Pode existir vogal temática tanto em verbos quanto em nomes. Ex.: beber,

rosa, sala. Nos nomes, as vogais temáticas podem ser a, e, o. Nos verbos, também são

três as vogais temáticas - a, e, i

e estas indicam a conjugação a que pertencem os

verbos ( l.a, 2.a ou 3.3 conjugação, respectivamente).

Nem todas as palavras possuem vogal temática. Há formas verbais e nomes sem

vogal temática. Isso pode ocorrer nos nomes terminados em consoante (rapaz, fácil) ou

em vogal tônica (saci, fé) - casos em que o radica! se confunde com o tem a (resultado

da união do radical com a vogal temática)

ou em algumas conjugações verbais.

Tema - É a união do radical com a vogal temática. Por exemplo, na forma verbal

“cantaremos”, “canta” é o tema: junção de cant (radical) com a (VT).

Desinências

São morfemas colocados no fim das palavras para indicar fiexões verbais ou no­

minais. Podem ser:

1) Nominais: indicam gênero (feminino ou masculino) e número (singular ou plu­

ral) dos nomes (substantivos, adjetivos, alguns pronomes e numerais).

2) Verbais: existem dois tipos de desinências verbais: desinência m odo-temporal

(DMT) e desinência número-pessoal (DNP).

DMT - indica o modo e o tempo (presente do indicativo, pretérito imper­

feito do subjuntivo)

DNP - indica o número e pessoa ( l.a pessoa do singular, 3.a pessoa do

plural)

3) Verbo-nominais (VN): indica as formas nominais dos verbos (infinitivo, gerúndio

e particípio). Ex.: beber, correndo, partido.

^

Pois bem, apresentados os conceitos, vamos ao que nos interessa para as provas

do Cespe - os afixos (prefixos e sufixos). Para isso, teremos de conhecer os processos

de formação das palavras.

PROCESSOS DE FORMAÇÃO DE PALAVRAS

Já conhecemos as “partes” das palavras — morfemas. Agora, veremos a maneira

como os morfemas se organizam para formar novas palavras.

Os principais processos de formação são: Derivação, Composição, Hibridismo,

Onomatopéia, Sigla e Abreviação.

(11)

(UnB CESPE/SEAD PA/2007) Julgue a assertiva abaixo:

As palavras “servidão”, “peonagem” e “abatimento” são formadas pelo mesmo pro­ cesso de derivação.

Derivação consiste no processo de formar paiavras no qual a nova palavra é derivada de outra chamada de primitiva.

A Derivação Sufixai ê um processo de formar palavras no qual um ou mais sufixos são acres­ centados à palavra primitiva.

Ex.: real (primitiva)/reaimente (primitiva + sufixo)

É o caso da questão. A palavra SERVIDÃO provém de SERVO e foi formada pelo processo de derivação sufixai (acréscimo de um sufixo).

Mesmo processo sofreram as paiavras PEONAGEM (derivada, de “PEÃO”} e ABATIMENTO (derivada de ABATER).

Alguns sufixos servem para criar substantivos, a partir de verbos, de adjetivos ou de outros substantivos. Item certo.

Vejamos os demais casos de derivação. Derivação Prefixai

A derivação prefixai é um processo de formar palavras no qual um prefixo ou mais são acres­ centados à palavra primitiva.

Ex.: pôr (pritnitiva)/compor (prefixo + primitiva)/recompor (dois prefixos + primitiva) Derivação Prefixa/ e Sufixai

A derivação prefixai e sufixai existe quando um prefixo e um sufixo são acrescentados à palavra primitiva de forma independente, ou seja, sem a presença de um dos afixos a palavra continua tendo significado.

Ex.: deslealmente (prefixo: des + sufixo: -mente) ~ também existem os vocábulos: desleal/ lealmente

Alguns autores, todavia, não aceitam essa classificação. Juigam que houve, primeiramente, um dos processos para, então, ocorrer o outro.

Derivação Parassintétíca

A derivação parassintétíca ocorre quando um prefixo e um sufixo são simultaneamente acrescen­ tados à palavra primitiva de forma dependente, ou seja, os dois afixos não podem se separar, devem ser usados ao mesmo tempo, pois sem um deles a palavra não se reveste de nenhum significado.

Ex.: anoitecer (prefixo: a + sufixo: -ecer) - não existem “anoite” nem “noitecer”. Derivação Regressiva

Normalmente, as paiavras derivadas são maiores que as primitivas. No processo de derivaçao regressiva ocorre o inverso - normalmente a derivada é menor que a primitiva. Ocorre perda vocabular.

Chama-se deverbal quando, a partir desse processo, um verbo (geralmente indicativo de ação) dá origem a um substantivo abstrato: ATACAR 4 ATAQUE / COMPRAR COMPRA / PERDER

PERDA.

Derivação Imprópria

A derivação imprópria, também intitulada “mudança de classe” ou “conversão”, ocorre quando palavra comumente utilizada como pertencente a uma classe é usada na função de outra, man­ tendo inalterada sua forma.

(12)

PORTUGUÊS - Questões comentadas - CESPE

Outro processo de criaçao de novas palavras chama-se COMPOSIÇÃO e consiste na criação de uma nova palavra a partir da junção de dois ou mais radicais (palavra composta).

Pode ocorrer de duas formas:

- aglutinação ~ ocorre alteração na forma ou na acentuação dos radicais originários (“embora” provém de “em boa hora”).

- justaposição - os radicais são mantidos da forma originai, podendo ser ligados diretamente ou por hífen (bem-me-quer, maímequer).

O Acordo Ortográfico não deixou ciaros os casos em que haverá a supressão do hífen em paiavras compostas, somente prevê a possibilidade de eliminação do sinal nos casos em rela­ ção aos quais se perdeu, em certa medida, a noção de composição, como GIRASSOL e

PARAQUEDISTA. . .

O Novo Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, editado pela Academia Brasileira de Letras, seguiu a lógica da eliminação do hífen quando não houver risco de ambigüidade.

Em reiação ao vocábulo "pé de moleque", não deveria ocorrer dupla interpretação em constru­ ções como “Eu vou comer um pé de moleque” (será que alguém pensou em comer o pé de um menino? Acredito que não). Porisso, esse vocábulo, que indica o doce, perdeu o hífen. Já em relação ao substantivo composto “pê(-)de(-)meia", pode haver ambigüidade, como em “Ele está fazendo um pé(-)de(-)meia”.

Sem hífen, posso entender que o sujeito está costurando (tricotando, quem sabe...) um pé de uma meia (Estou fazendo um pé de meia).

Com hífen, passa a ter o valor de “poupança, economia”: “Estou fazendo um pé-de-meia". Por isso, a palavra não perdeu o hífen - no segundo sentido, continua com o sinal.

Como esse critério pode ser bastante subjetivo, em alguns casos precisaremos consultar um dicionário para verificar se o substantivo composto manteve ou não o hífen.

Outros processos de formação de palavras são:

* Hibridismo - consiste na formação de palavras pela junção de radicais de línguas dife­ rentes;

* Onomatopéia - consiste na formação de palavras peia imitação de sons e ruídos. O Acordo nada prevê em relação ao emprego de hífen de algumas dessas onomatopéias, por isso consideram-se mantidas as regras antigas;

; * Slala - consiste na redução de nomes ou expressões empregando a primeira letra ou sílaba de cada palavra;

* Abreviação ou redução - consiste na redução de parte de palavras com objetivo de E simplificação.

B (UnB CESPE/PMES/2007) >

Julgue a assertiva abaixo:

A palavra “ultra-som” é formada pelo prefixo “ultra” e pelo sufixo "som”.

?;■ A análise dessa questão tomará por base os conceitos ortográficos então vigentes. Mais adiante ^ falaremos sobre as alterações.

I Em reiação ao prefixo, está correta a proposição, mas errou ao classificar “som” como um sufixo, ■i quando, na verdade, se trata de um radicai.

•: Os sufixos, como vimos, são morfemas acrescentados aos radicais para a formação de novas palavras. Mais adiante, iremos ver alguns desses sufixos que são formadores de substantivos. O Acordo prevê nova grafia para essa palavra - o hífen deixa de existir e a consoante “s” é dobrada: ultrassom. Item errado.

B (UnB CESPE7CBMES/2008)

(13)

A palavra “desumanas” é formada por um radical e um sufixo, “des”, que introduz o sentido de negação.

O erro deste item é bastante sutil e pode ter passado despercebido para muita gente ~ o elemento de composição “des” é um PREFIXO, e não um sufixo. Em relação ao processo de formação de palavras com os prefixos “in" e “des”, veja uma das próximas questões. Item errado.

(UnB CESPE/IRBr Dipiomata/2006) Texto: Religião mestiça

Insulado deste modo no país, que o não conhece, em luta aberta com o meio, que lhe parece haver estampado na organização e no temperamento a sua rudeza ex­ traordinária, nômade ou mal fixo à terra, o sertanejo não tem, por bem dizer, ainda capacidade orgânica para se afeiçoar a situação mais alta.

O círculo estreito da atividade remorou~lhe o aperfeiçoamento psíquico. Está na fase religiosa de um monoteismo incompreendido, eivado de misticismo extravagante, em que se rebate o fetichismo do índio e do africano. É o homem primitivo, audacioso e forte, mas ao mesmo tempo crédulo, deixando-se facilmente arrebatar pelas superstições mais absurdas. Uma análise destas revelaria a fusão de estádios emocionais distintos. Euclides da Cunha. O homem/Os sertões. In: Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1995, p. 197.

0 Julgue os itens a seguir, relativo a aspectos semânticos de termos presentes no texto: O prefixo extra-, nos vocábulos “extraordinária” (R.2) e “extravagante” (R.6), tem efeito de superlativo.

: O prefixo “extra” carrega o sentido de “fora de". Uma coisa “extraordinária" não é algo “muito b ordinário”, “muito comum”, mas “fora do comum”. Não tem valor superlativo, como se afirma

na opção.

A partir de agora, o prefixo “extra” irá se ligar por hífen a palavras iniciadas por H ou vogal & £ Caso o segundo elemento se inicie por R ou S, dobram-se essas consoantes. Item errado.

§ Os termos “monoteismo” (R.6), “misticismo” (R.6) e “fetichismo” (R.7) constituem exemplos do uso do sufixo -ísmo, que se disseminou para designar movimentos sociais, ideológicos, políticos, opinativos, religiosos e personativos.

■ A afirmação está perfeita. A banca poderá explorar os diferentes significados de um sufixo. Na í: hora da prova, use o bom senso e avalie a afirmação.

Veja o exemplo do sufixo -ísmo, que pode indicar, entre outras coisas:

- doutrina, escola, teoria ou princípio artístico, filosófico, político, religioso etc.: monoteismo, marxismo, positivismo;

- ato de, prática de ou resultado de: heroísmo, terrorismo;

. - conjunto de características de um grupo/povo: latinismo, brasileirismo; : - prática ou modalidade desportiva: ciclismo, automobilismo, atletismo.

; As palavras em destaque no enunciado se incluem no primeiro sentido. Item certo.

S (UnB CESPE/PMES/2008)

1 Portugal não deu trégua aos moradores da América. Farejava oportunidades de tributar onde germinassem riquezas. Os engenhos começavam a moer cana-de-açúcar e 4 já apareciam taxas para as caixas de açúcar; uma nova

tabema abria suas portas e os barris de vinho chegavam mais caros. O gado que pisava os pastos exigia do seu dono uma 7 contribuição; os carregadores que palmilhavam os caminhos

deixavam nas contagens um pagamento pelos secos e molhados que as tropas levavam. Embarcar mercadorias para

(14)

PORTUGUÊS - Questões comentadas — CESPE

10 a Europa e trazer de lá azeite, bacalhau e sal custava uma fortuna, paga aos cofres da Companhia de Comércio, que fazia esse transporte com exclusividade sob patrocínio régio. 13 Novas riquezas, novos impostos. Um veio de minério era

ferido e lá vinha o fiscal para conseguir o “quinto” que deveria ser oferecido ao rei. Minas Gerais no século XVIII 16 foi, aliás, o paraíso da imaginação tributária. Ali chegaram

a existir mais de 80 impostos simultaneamente. Esse fiscalismo assombrou o Brasil. li/las

19 assombravam mais ainda as reações da população. Um furacão de revoltas contra os impostos varreu a colônia.

Luciano Figueiredo. Revista de História da Biblioteca Nacional, ano 2, n.° 23, ago./2007, p. 19.

Em relação às estruturas lingüísticas e às idéias do texto acima, julgue o próximo item: O termo “fiscalismo” (R.18) é derivado por sufixação da forma fiscal e, pelos sentidos do texto, está sendo empregado para transmitir a ideia de excesso de fiscalização. Acordo Ortográfico: houve alteração na grafia de ideia{s) e lingüísticas.

Essa questão resume muito bem o processo de formação das palavras por derivação sufixai. De modo pejorativo, o autor lançou mão de um neoiogismo (criação de novo vocábulo ao . léxico) para criar “fiscalismo”, com o acréscimo do sufixo “-is mo” para denotar uma prática reiterada, com base na informação de que “AJi chegaram a existir mais de 80 impostos simultaneamente”. Item certo.

H (UnB CESPE/IRBr/2008)

Acerca da organização, da linguagem e dos aspectos gramaticais do texto, julgue (C ou E) o item subseqüente:

O recurso a processos de formação de palavras derivadas pode ser exemplificado em “habitável porém inabitado” (R. 6).

Acordo Ortográfico: houve alteração na grafia de “subsequente”.

Permanece a orientação de que, com os prefixos “des” e “in” diante de palavras iniciadas por & “h", esta consoante cai. Essas são exceções à regra geral do Acordo Ortográfico de emprego k; do hífen. Item certo.

CLASSES GRAMATICAIS

A Nomenclatura Gramatical Brasileira (NGB) enumera em dez as classes gramaticais:

substantivo, adjetivo, artigo, pronome, numeral, verbo, advérbio, preposição, conjunção e

interjeição. Inclui-se mais uma, apresentada sem denominação na NGB, mas reconhecida

por gramáticos consagrados: palavras denotativas.

Para fins didáticos, são separadas em duas categorias: variáveis e invariáveis.

CLASSES DE PALAVRAS

VARIÁVEIS INVARIÁVEIS

Substantivo Advérbio

Adjetivo Palavra Denotativa

Artigo Preposição

Pronome Conjunção

Numerai Interjeição

(15)

Veremos, agora, as questões de prova que abordaram algumas classes gramaticais

e suas características.

B {UnB CESPE/TRE PA - Analisia/2007)

O plural da palavra eleição é formado pela mesma regra que rege a formação do plural de:

A) capitão, sacristão e tabelião. B) pão, espertalhão e pobretão. C) cidadão, fogão e ancião. D) mão, corrimão e irmão. E) ladrão, reunião e lição.

Os substantivos são palavras variáveis, ou seja, podem se flexionar em gênero (masculino, feminino) e/ou número (singular, plural).

Em relação ao número, a regra gerai é o acréscimo da desinência “s” ao vocábulo.

Contudo, a flexão de algumas palavras segue regras especiais e, entre eias, as terminadas em “-ão”.

Normalmente, recebem a forma plural -ões, mas também há casos em que formam -ães ou -ãos. Todos os paroxítonos e alguns oxitonos terminados em -ão formam o plurai -ãos. Certos substantivos chegam a apresentar mais de uma possibilidade. A questão em análise apresenta alguns exemplos.

; A palavra ELEIÇÃO, no plural, é ELEIÇÕES (regra geral). O mesmo acontece com LADRÃO (ladrões), REUNiÃO (reuniões) e LIÇÃO (lições), presentes na opção E (gabarito da questão). Os erros das demais opções são:

a) capitão (capitães); sacristão (sacristãos ou sacristães); tabelião (tabeliães). b) pão (pães).

c) cidadão (cidadãos); ancião (aceitam-se as três formas: anciões, anciães, anciãos). “Fogão” é o aumentativo de fogo" e, por isso, forma no plurai “fogões”.

d) mão (mãos); corrimão (corrimãos - afinal de contas, é derivada de “mão"); irmão (irmãos), v Gabarito: E.

H {UnB CESPE/SEAD PA/2007)

Texto

A assinatura da Lei Áurea, em 13 de maio de 1888, decretou o fim do direito de propriedade de uma pessoa sobre outra, porém o trabalho semelhante ao escravo se manteve de outra maneira: pela servidão, ou “peonagem”, por dívida.

Nela, a pessoa empenha sua própria capacidade de trabalho ou a de pessoas sob sua responsabilidade (esposa, filhos, pais) para saldar uma conta. E isso acontece sem que o valor do serviço executado seja aplicado, de forma razoável, no aba­ timento da conta, ou que a duração e a natureza do serviço estejam claramente definidas.

O sociólogo norte-americano Kevin Bales, considerado um dos maiores especialistas no tema, traça em seu livro Disposable Peopie: New Slavery in the Global Economy (Gente Descartável: A Nova Escravidão na Economia Myndial) paralelos entre os dois sistemas de escravidão, que foram adaptados pela Repórter Brasil para a realidade brasileira.

Julgue a assertiva abaixo:

Na linha 2, o termo “escravo” está empregado com função adjetiva.

■ O adjetivo é uma palavra variável modtficadora de substantivo ou palavra substantivada, exprí- mindo qualidade, estado ou propriedade.

(16)

PORTUGUÊS - Questões comentadas — CESPE

Por exemplo, doméstica, a princípio, seria um adjeíivo. Contudo, em “As domésticas não têm reconhecidos muitos de seus direitos", essa palavra é um substantivo.

Aiiás, é muito estreita a relação entre o substantivo e o adjetivo. Muitas vezes, a posição desses elementos na oração implica alteração de sua morfologia.

A palavra “escravo" é normalmente classificada como SUBSTANTIVO. Contudo, em “o trabalho semelhante ao escravo se manteve de outra maneira”, foi empregada com valor adjetivo, qualificando um pronome demonstrativo (“o”) que se referia a um substantivo (“trabalho”), já que está subentendida a palavra “trabalho” - “semelhante ao ftrabalho] escravo”. Item certo.

K 2 (UnB CESPE/IRBr/2008) Receita de casa

Ciro dos Anjos escreveu, faz pouco tempo, uma de suas páginas mais belas sobre as antigas fazendas mineiras. Ele dá os requisitos essenciais a uma fazenda bastan­ te lírica, incluindo, mesmo, uma certa menina de vestido branco. Nada sei dessas coisas, mas juro que entendo alguma coisa de arquitetura urbana, embora Caloca, Aldari, Jorge Moreira e Emâni, pobres arquitetos profissionais, achem que não. Assim vos direi que a primeira coisa a respeito de uma casa é que ela deve ter um porão, um bom porão com entrada pela frente e saída pelos fundos. Esse porão deve ser habitável porém inabitado; e ter alguns quartos sem iluminação alguma, onde se devem amontoar móveis antigos, quebrados, objetos desprezados e èaús esquecidos. Deve ser o cemitério das coisas. Ali, sob os pés da família, como se fosse no subconsciente dos vivos, jazerão os leques, as cadeiras, as fantasias do carnaval do ano de 1920, as gravatas manchadas, os sapatos que outrora andaram em caminhos longe.

Quando acaso descerem ao porão, as crianças hão de ficar um pouco intrigadas; e como crianças são animais levianos, é preciso que se intriguem um pouco, tenham uma certa perspectiva histórica, meditem que, por mais incrível e extraordinário que pareça, as pessoas grandes também já foram crianças, a sua avó já foi a bailes, e outras coisas instrutivas que são um pouco tristes mas hão de restaurar, a seus olhos, a dignidade cotrompida das pessoas adultas.

Convém que as crianças sintam um certo medo do porão; e embora pensem que é medo do escuro, ou de aranhas-caranguejeiras, será o grande medo do Tempo, esse bicho que tudo come, esse monstro que irá tragando em suas fauces negras os sapatos da criança, sua roupinha, sua atiradeíra, seu canivete, as bolas de vidro, e afinal a própria criança.

O único perigo é que o porão faça da criança, no futuro, um romancista introvertido, o que se pode evitar desmoralizando periodicamente o porão com uma limpeza parcial para nele armazenar gêneros ou utensílios ou mais facilmente tijolo, por exemplo; ou percorrendo-o com uma lanterna elétrica bem possante que transformará hienas em ratos e cadafalsos em guarda-louças.

Ao construir o porão deve o arquiteto obter um certo grau de umidade, mas provi­ denciar para que a porta de uma das entradas seja bem fácil de arrombar, porque um porão não tem a menor utilidade se não supomos que dentro dele possa estar escondido um ladrão assassino, ou um cachorro raivoso, ou ainda anarquistas búl­ garos de passagem por esta cidade.

Um porão supõe um alçapão aberto na sala de jantar. Sobre a tampa desse alçapão deve estar um móvel pesado, que fique exposto ao sol ao menos duas horas por dia, de tal modo que à noite estale com tanto gosto que do quarto das crianças dê a impressão exata de que o alçapão está sendo aberto, ou o terrível meliante já esteja no interior da casa.

Rubem Braga. Um pé de milho. 4.a ed. Rio de Janeiro: Record, 1982, p. 129-131 (com adaptações).

Com base no texto, julgue (C ou E) o item que se segue:

Em “a menor utilidade”, o emprego do adjetivo no grau superlativo estabelece com­ paração entre as três possíveis utilidades supostas para um porão.

(17)

O erro da assertiva está em atribuir ao vocábulo “menor" o vator superlativo do adjetivo “pe­ queno". No caso, ao empregá-lo, não havia a intenção de comparar uma coisa a outra, mas, sim, de indicar valor negativo à palavra subsequente, por estar acompanhado de outra palavra também negativa.

Note que há diferença entre afirmar que “Ele tem o menor valof e “Ele não tem o menor va­ l o r Na primeira construção, temos, sim, uma comparação em relação a valores anteriormente informados (superlativo relativo de superioridade). Já na segunda, em função da presença do advérbio “não”, a palavra “menor” tem vaíor de reforço da negação.

Sempre tome cuidado com assertivas que exploram trechos extraídos do texto original, em que normalmente a banca tenta ludibriar o candidato, item errado.

Ü (UnB CESPE/TRE PA - Anaiista/2005)

Os percentuais de ocupação de cargos de representação política pelas mulheres são baixos em todas as instâncias e, até o momento, o sistema de cotas adotado pelo governo brasileiro, nas eleições, tem ajudado pouco na alteração desse quadro. De fato, ainda é cedo para uma conclusão mais definitiva sobre a sua eficácia, até mesmo porque essa política pode operar em várias dimensões, algumas das quais simbólicas e que só poderão ser mais bem observadas no médio prazo. Mas os resultados obtidos até o momento indicam algumas pistas. Importa lembrar que a lei de cotas em vigor estabelece que os partidos reservem um percentual mínimo de 30% de vagas das compef/pões legislativas a cada um dos sexos. De acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), é possível verificar que, em todas as eleições até agora realizadas, em geral as cotas ficaram longe de ser atingidas. Clara Araújo. Internet: <http://www2.uerj.br>. Acesso em maio/2005 (com adapta­ ções).

No que se refere a aspectos lingüísticos do texto H, julgue a assertiva abaixo: De acordo com as normas gramaticais, a expressão “mais bem” (R.5) deveria ser substituída pela forma adjetiva melhor.

Acordo Ortográfico: a palavra “lingüísticos” perdeu o trema. Essa questão é ÓTIMA!!!!

< Aiguns adjetivos são formados a partir da contração do MAL/BEM com o adjetivo no particípio. £ A união dos elementos, em alguns casos, é tão nítida que se emprega o hífen; em outros casos, ií não (bem-humorado, bem-nascido).

Contudo, não há uniformidade de entendimento em alguns casos: enquanto Houaiss não indica hífen em "bem vestido”, o sinal foi empregado na mesma palavra no Vocabulário Ortográfico da l; Língua Portuguesa (bem-vestido).

í Em todos esses casos, se o adjetivo estiver precedido do advérbio “mais”, a norma culta não ri admite a transformação destes em “melhor” ou “pior’’, mantendo-os separados (“mais bem”,

“mais mal”):

[ Ele é o mais bem(-)vestido da seção.

Ronaldinho Gaúcho é o jogador mais bem pago da atualidade.

r No uso coioquial, contudo, notam-se muitos registros dessa contração: “O time que for melhor : colocado na competição disputará a Libertadores da América”.

v O linguista Celso Pedro Luft distingue essas duas estruturas em: ; (1) mais + bem + particípio;

(2) mais + [bem + particípio].

■. No primeiro caso, o advérbio MAIS modifica o advérbio BEM, que, com o primeiro, pode modificar ■ o adjetivo participial. Admitem-se, pois, as duas formas. Havendo a contração, os dois advérbios K modificam o adjetivo (“casas melhor construídas”); mantendo-os separados, o advérbio “bem” : modifica o adjetivo, enquanto que o advérbio “mais” modifica o outro advérbio (“bem”): “casas

(18)

PORTUGUÊS - Questões comentadas - CESPE

Já na segunda estrutura o advérbio BEM forma uma unidade semântica com o particípio, a ponto de, em alguns casos, ser usado o hifen. Neste caso, o advérbio MAIS não pode se contrair com o outro advérbio, devendo permanecer fora da locução: “mais bem-humorado”. Item errado. Vejamos a próxima questão, bem mais recente.

M (UnB CESPE/TCU - Técnico/2009)

1 O Tribunal de Contas da União (TCU) recomendou ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) a criação de um sistema informatizado para

4 monitorar despesas com os cartões corporativos do governo federal. Auditoria constatou que, a partir de 2004, os saques aumentaram, chegando a R$ 46 milhões em 2007, e precisam 7 ser mais bem acompanhados. O TCU também propôs ao

MPOG a revisão do decreto que regulamenta o uso dos cartões para que os saques sejam feitos somente quando não 10 for possível o pagamento por fatura.

Internet: <tcu.gov.br> (com adaptações).

Julgue os itens a seguir, a respeito das idéias e de elementos lingüísticos do texto acima:

Respeita-se a correção gramatical substituindo-se "mais bem acompanhados” (R.7) por melhores acompanhados.

Mais uma vez, o Cespe seguiu o posicionamento de gramáticos consagrados e optou por manter separados os vocábulos (não haver contração), considerando que "bem observadas" (da questão anterior) e “bem acompanhados” formam uma unidade semântica com valor adjetivo e o advér­ bio “mais” intensifica essa locução adjetiva. Por isso, nessa questão, foi considerado um erro a indicação de “melhores acompanhados”.

Acredito que a banca mantenha esse posicionamento nas próximas provas. Caso contrário, é questão passível de recurso. Item errado.

I B (UnB CESPE/PGE PA/2007) Julgue a assertiva abaixo.

Em “passamos a sentir certa rejeição” (R.8-9), o vocábulo “certa” classifica-se como adjetivo e tem o mesmo sentido que na frase: Ele sempre procurou tomar a atitude certa.

, A banca explorou o valor do pronome e brincou com as palavras.

: Os pronomes classificam-se em: pessoais, possessivos, demonstrativos, indefinidos, interroga- : tivos e relativos, e podem determinar (pronomes adjetivos) ou substituir um nome (pronomes

substantivos).

: A alteração da posição de um pronome adjetivo em relação ao substantivo pode acarretar, in- ' clusive, a mudança de classe gramatical.

; Antes do substantivo, o vocábulo “certa” é um PRONOME INDEFINIDO que, por acompanhar o i nome, tem valor adjetivo (“certa atitude").

i Contudo, ao ser empregado após o substantivo, muda de classe gramatical, passando a ser um ADJETIVO (“atitude certa"), o contrário de “errada”. Item errado.

H l (UnB CESPE/MRE - IRBr bolsista/2009)

1 A Câmara dos Deputados brasileira aprovou, por

265 votos favoráveis e 61 contrários, a adesão da Venezuela ao MBRCOSUL, bloco regional formado p or Brasil,

4 Argentina, Paraguai e Uruguai.

(19)

ainda precisa ser aprovado pelo Senado para entrar em vigor. 7 Os congressos do Uruguai, da Argentina e da própria

Venezuela já votaram pela entrada do país no MERCOSUL. Apenas o Paraguai e o Brasil ainda não chancelaram o 10 acordo. Dados da Comissão de Relações Exteriores e Defesa

Nacional mostram que a entrada do país resultará em um bloco com mais de 250 milhões de habitantes, área de 13 12,7 milhões de km2, PIB superior a U$ 1 trilhão

(aproximadamente 76% do PIB da América do Sul) e comércio giobai superior a US$ 300 bilhões.

16 O deputado Arnaldo Madeira argumentou que o

ingresso da Venezuela no bloco pode ser prejudicial para a economia da região, devido à postura polêmica do atual 19 presidente do país, Hugo Chávez. uNós temos hoje um forte

antagonismo entre o presidente da Venezuela e vários parceiros da região e isso poderá dificultar a integração com 22 outros blocos econômicos. Votamos contra por razões de

ordem econômica e não ideológica”, disse. Antônio Carlos Pannunzio lembrou ainda que a 25 Venezuela deixou de cumprir diversos requisitos

estabelecidos pelo protocolo de adesão. José Genoíno disse que o isolamento da Venezuela poderia levar a uma crise e 28 a um fundamentalismo. “A integração entre países é

pluralista. Não podemos fazer um crivo ideológico sobre quem está na Presidência da República para realizar a 31 integração", disse.

Marta Ciara Cabral. Folha de S.Pauio, 18/12/2008.

Em relação às ideias e às estruturas lingüísticas do texto acima, julgue o item a seguir:

O termo “pelo” (R.26) é resultado da contração das formas antigas da preposição per e do artigo Ia.

; Essa foi uma exceiente questão de prova, que deve ter levado muita gente a erro.

; A dúvida certamente pairou sobre a afirmação de que o artigo seria “Io". Nossa função é mostrar ;i que o examinador tem razão nessa assertiva. O artigo “o” provém da forma arcaica dos artigos £ definidos “e!”, “lo“ e “la”, derivados dos demonstrativos latinos de terceira pessoa “iile", “iila” e % lilud" (masculino, feminino e neutro, respectivamente). Por isso, a forma “pelo” é a contração % da preposição antiga “per” com o também antigo artigo “Io”, exatamente como afirma a banca. p' Questão muito difícil. Item certo.

SEMÂNTICA

E o estudo do seatido das palavras de uma língua. Estuda basicamente os seguin­

tes aspectos: sinonimia, paronímia, antonúnia, homonímia, polissemia, conotação e

denotação.

Sinonimia é a reiação que se estabelece entre duas palavras ou mais que apresentam

significados iguais ou semelhantes — SINÔNIMOS.

Antonímia é a relação que se estabelece entre duas palavras ou mais que apresentam

significados diferentes, contrários — ANTÔNIMOS.

A partir deste ponto, ou seja, em HOMONÍMIA E PARONÍMIA, verificamos

a importância da ortografia: a depender da grafia, o significado da palavra pode

ser alterado significativamente.

(20)

m

PORTUGUÊS - Questões comentadas — CESPE

Homonímia

E a relação entre duas ou mais palavras que, apesar de possuírem significados

diferentes, possuem a mesma estrutura fonológica - HOMÔNIMOS.

As homônimas podem ser:

Homógrafas heterofônicas (ou homógrafas) - são as palavras iguais na escrita

e diferentes na pronúncia. Ex.: gosto (substantivo) ~ gosto ( l.a pessoa do singular do

presente do indicativo do verbo gostar).

Homófonas heterográficas (ou homófonas) - são as palavras iguais na pronúncia

e diferentes na escrita. Ex.: Cessão (substantivo) - sessão (substantivo).

Homófonas homográficas (ou homônimos perfeitos) - são as palavras iguais na

pronúncia e na escrita. Ex.: cura (verbo) - cura (substantivo).

Paronímia

É a relação que se estabelece entre duas ou mais palavras parecidas na pronúncia

e na escrita - PARÔN1MOS (lembre-se: parecidas

parônimas).

Vejamos algumas questões que tratam disso.

M (UnB CESPE/TRE PA/2006)

Certa vez, um vereador discursava em uma câmara municipal, no interior de São Paulo. Seguidamente era interrompido pelo presidente da Casa, que, batendo o martelo, corrigia os erros de português, em nome das “leis da língua portuguesa", presentes na fala do parlamentar, que era estivador. Tinha sido sempre assim: seus discursos ficavam ininteligíveis pelas freqüentes interrupções.

Certa vez, quando o vereador comunista iniciava sua fala com “Senhor presidente. Nós vai...”, soou o martelo que antecedeu o discurso da presidência:

— Excelência, esta é a casa das leis, e não posso permitir que as leis da língua portuguesa sejam nela infringidas. Chamo a atenção de Vossa Excelência, mais uma vez: não é “nós vai”; é “nós vamos" que se diz.

Mais um discurso destroçado! O vereador, então, passou os olhos pelo plenário, encarou o presidente da Câmara e pronunciou:

— Senhor presidente, vocês, burguês, vocês diz “nós vamos1’, mas não vai; nós, comunista, nós diz “nós vai” mas nós vamos.

Paulo C. Guedes. A formação do professor de português: que língua vamos ensinar? São Paulo: Parábola, 2006, p. 7 (com adaptações).

Julgue a assertiva abaixo:

O vocábulo “infringidas” (R.9), que significa transgredidas, desrespeitadas, tem como parônimo o vocábulo infligidas, que, complementado por pena ou castigo, significa aplicadas, impostas.

i Não há muito o que acrescentar, jé que a afirmação está correta. O verbo INFRiNGiR significa £ “contrariar'’, enquanto que “INFLIGIR” quer dizer “aplicar”. Item certo.

SE (UnB CESPE/STJ-lnformãtica/2005) Julgue a assertiva abaixo:

Além de ser correta, a substituição do termo “despendida” (R.9) por dispendida não altera o sentido do texto.

í O verbo DESPENDER significa “gastar” ou “consumir*. O particípio desse verbo possibilita a ' formação do adjetivo “despendida” (gasta/consumida).

(21)

Não existe o vocábulo “dispendida", com T . Talvez a banca quisesse levar o candidato a pensar em “dispêndio”, que se situa no mesmo campo semântico do verbo DESPENDER, por significar “o que se consumiu ou se gastou”.

As bancas examinadoras simplesmente ADORAM expiorar palavras cognatas que sofreram al­ teração ortográfica, como “estender” e “extensão” (o substantivo manteve o “x” do original latino “extendere") ou “umedecer” e “úmido".

Todo cuidado é pouco. Item errado.

I P (UnB CESPE /STJ-lnformática/2005 - adaptada) Julgue a proposição a seguir:

Visando a formação de novas mentalidades, abertas permanentemente as modificações que ocorrem na sociedade, é necessário um constante diálogo das instituições jurídi­ cas do país com as universidades afím do proveito de ambas, e consequentemente, da sociedade brasileira.

Além de problemas de crase (o correto seria “Visando à formação...”), tema que será tratado em capitulo próprio, a questão apresenta um erro de emprego de parôntmos.

; O vocábulo AFIM é um adjetivo e, como palavra variável que é, pode ir para o plural - afins. Significa “semelhante, similar”. Tem relação com a palavra AFINIDADE: “/As pessoas afins ligam- -se em grupos”.

£ Já a palavra FIM {= finalidade) forma a locução prepositiva A FIM DE, no sentido de “com a f finalidade de”t “com o propósito de”: “Deixou sua sogra em casa a fim de passar um fim de

semana sossegado com a esposa”.

í; Há também a expressão “a fim”, usada no sentido de “disposto”, “interessado": “Vou ao cinema.

íí Você estáa fim?”.Item errado.

M {UnB CESPE/Banco do Brasil - TIPO 2/2008) Oficio n.° 15/XXXXX/2008

Brasília, 30 de abriI de 2008

Prezado Senhor José Joaquim da Silva Xavier; DD. Diretor do Banco do Brasil:

1. Comunicamos que a partir desta data nosso banco de dados digitalizados estará acessível para consultas vinte e quatro horas por dia.

2. Solicitamos que sèjam feitos agendamentos, afim de processar com maior agilidade os atendimentos.

Considerando o texto acima como o início de um ofício, julgue o item a seguir: A redação do ofício acima está de acordo com as normas que regem a correspon­

dência

oficiai.

I Novamente, o problema está no emprego de “afim” em “Solicitamos que sejam feitos agenda-

| mentos, AFIM de processar com maior agilidade os atendimentos0.

£ Como vimos, no sentido de “com a finalidade de", deve-se usar “a fim de”. Item errado.

HD (UnB CESPE/ABIN - Agente de lnteiigêncra/2008) 1 A criação da ABIN, em 1995, proporcionou ao

Estado brasileiro institucionalizar a atividade de inteligência, mediante ações de coordenação do fluxo de informações 4 necessárias às decisões de governo, no que diz respeito ao

aproveitamento de oportunidades, aos antagonismos e às ameaças, reais ou potenciais, para os mais altos interesses da 7 sociedade e do país.

Em 2002, o Congresso Nacional, por meio da

(22)

PORTUGUÊS - Questões comentadas — CESPE

10 promoveu o seminário "Atividades de inteligência no Brasil: Contribuições para a Soberania e para a Democracia", com a participação de autoridades governamentais, parlamentares, 13 acadêmicos, pesquisadores e profissionais da área de

inteligência. A contribuição do evento foi significativa para

o aprofundamento das discussões acerca da atividade de

16 inteligência no Brasil,

Internet: <www.abin.gov.br> (com adaptações).

Com base no texto acima, Julgue os itens que se seguem:

Na linha 15, estaria gramaticalmente correta a redação a cerca da atividade. Vamos estabelecer agora a diferença entre três expressões muito parecidas: há cerca de/a cerca de/acerca de.

“CERCA DE” significa “aproximadamente". Pode vir após o,verbo impessoal “haver" na indicação de tempo decorrido (“Há cerca de dois anos...”= “Há aproximadamente dois anos...”)ou após a preposição “a” indicando distância ou tempo, por exemplo ■ {A fazenda fica a CERCA DE 30 km de São Paulo" - “... fica a APROXIMADAMENTE 30 km de São Paulo").

Já a expressão “acerca de” eqüivale a “sobre”: “Ficou pronta a matéria acerca do acidente aéreo” = "... sobre o acidente aéreo”.

Por isso, a sugestão da banca é imprópria, já que o vocábulo adequado seria ACERCA (= sobre) ; e não A CERCA (= a aproximadamente). Item errado.

gS (UnB CESPE/DEFENSORIA DA UNIÃO/2002)

Pensar o corpo apenas como máquina — ou, no limite, a sua substituição por “má­ quinas inteligentes" — é o mesmo que ver sem perceber. A máquina funciona, o homem vive, isto é, estrutura seu mundo, seus valores e seu corpo. O que acontece quando se pensa que as máquinas são equivalentes a seres vivos? Um pensamento artifícialista (segundo o qual ê preciso tudo refazer pelo artifício humano) é levado até um ponto em que o próprio pensamento desaparece. Os cultores do artifíciaUsmo não distinguem, por exemplo, cérebro e mente. Ao desvendarem certos mecanismos do cérebro, pensam ter descoberto o segredo do pensamento. É certo que a vida mental é muito mais complexa.

Adauio Novaes. A máquina do homem e da ciência. In: O homem e a máquina — ciclo de conferências. Rio e Brasília: Centro Cultural Banco do Brasil. 27/3/2001, paginação irregular (com adaptações).

Julgue o item a seguir, com relação às idéias do texto acima e à correção gramati­ cal:

No texto, são empregados como pertencentes à mesma classe gramatical os seguintes vocábulos: “máquina” (1.1), “estrutura” (I.3) e “pensamento” (I.7).

Acordo Ortográfico: houve alteração na grafia de ideia(s).

Essa era mais uma questão preparada para pegar o candidato desatento e apressado. Nunca | . confie no que o examinador lhe propõe - o seu objetivo é confundi-lo. O candidato deveria voltar

ao texto para verificar se esses três vocábulos apresentam-se como substantivos ou não. Em relação a “máquina” e “pensamento”, tudo bem. O problema é “estrutura”, que, no texto, se ; apresenta como conjugação do verbo ESTRUTURAR, na 3.a pessoa do singuiar do presente do in- : , dicativo (“... o homem vive, isto é, estrutura seu mundo, seus valores e seu c o r p o Item errado.

DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO

Esse é o ponto mais explorado nas questões do Cespe quando o assunto é

Semântica.

(23)

Cap. 1 - A PALAVRA

mu

De forma simples, podemos definir:

- DENOTAÇÃO, o uso da palavra com o seu sentido original;

- CONOTAÇÃO como o uso da palavra eom um significado diferente do original,

criado pelo contexto.

Como forma de memorização, dizemos que o sentido DENOTATIVO, ou seja, o

sentido da palavra em sua forma literal, é o indicado, nos dicionários, como a primeira

acepção. Por isso, DENOTATIVO é com D de DICIONÁRIO.

Por exclusão, você guarda em sua memória que sentido conotativo é o sentido

figurado.

M (UnB CESPE/PGE PA/2007) Texto: Transparência até demais?

Os tempos do Grande irmão chegaram. George Orweli os previu para 1984, mas se afirmaram mesmo na virada do milênio, principalmente depois que os atentados de 11 de setembro de 2001 serviram de pretexto para um grau sem precedentes de vigilância do Estado. Dos dois fados do Atlântico, o direito a habeas corpus, afirmado desde a Carta Magna de 1216, está aposentado, considerado velharía quando se trata de supostos terroristas. Telefones podem estar grampeados, e-mail e páginas da Internet podem ser monitorados a qualquer momento. O Grande Irmão está observando você.

Orweli não pôde imaginar quantos Pequenos Irmãos ganhariam poderes semelhan­ tes nem quantas pessoas implorariam, de livre e espontânea vontade, para serem observadas. A Web surgiu em 1993 e o primeiro weblog, em 1994, mas foi em 1999 que passou a se chamar blog e tornou-se mania global. Muitos blogs têm funções informativas, mas o núcleo do fenômeno é a exposição do eu e da intimidade, de maneira banal ou chocante.

A superexposição, a midiatização e o desdobramento da representação não se res­ tringem a intemautas compulsivos.

Tudo e todos chamam freneticamente por atenção por todas as mídias, deixando cada um sem tempo para se conectar com o mundo real e com sua própria interioridade e intimidade.

CartaCapitai, 15/11/2006, p. 10-14 (com adaptações).

Assinale a opção que exemplifica o emprego, no texto, de linguagem conotativa; A) “serviram de pretexto” (R.3)

8} “está aposentado” (R.5) C) “íornou-se manta global” (R.12)

D) “sua própria interioridade e intimidade” (R. 18-19)

| A aposentadoria significa “deixar o serviço (público ou particular), conservando o ordenado, ou parte deie”. O direito ao habeas corpus" não é um empregado, tampouco recebe ordenado. Portanto, não poderia “estar aposentado” no sentido literal {denotativo). Assim, no texto, o adjetivo “aposentado” {:■ foi empregado como “estar em desuso”. É, portanto, um sentido figurado - linguagem conotativa. g Gabarito: B.

EE (UnB CESPE/SESI SP/2008)

1 Passar da condição de devedor à de credor

internacional é fato inédito, mas não surpreendente. O anúncio feito pelo Banco Central representa o coroamento de 4 longo esforço do governo para acabar com as sucessivas

crises decorrentes da dívida externa, Como qualquer grande negócio, o assunto não se resolve de uma hora para outra

(24)

PORTUGUÊS - Questões comentadas - CESPE

7 nem com idas e vindas. Implica obedecer a planejamento estratégico de longo prazo.

No início da década passada, o Brasil deu o primeiro 10 passo no sentido de encarar seriamente o endividamento

externo. Deixando para trás medidas heterodoxas ou

populistas, tão a gosto de políticos inexperientes ou sedentos 13 de popularidade fácil, a equipe econômica traçou medidas

capazes de administrar o problema. Começou por tomar conhecimento do perfil da dívida. Em seguida, organizou-a. 16 Finalmente, partiu para a renegociação. Paralelamente,

flexibilizou o câmbio e zerou a dívida interna atrelada ao dólar.

19 Estava, pois, adubado o terreno para a recomposição das reservas. O atual governo soube aproveitar o ciclo excepcional de prosperidade mundial. Serviu-se do crédito 22 farto, do crescimento do produto e do comércio planetários e

do preço das exportações nacionais. Com credibilidade, o país tornou-se mais atraente para os investimentos produtivos e 25 obteve recursos para o mercado de capitais. Resultado: em

2006, o débito externo estava sob controle. Correio Braziliense, Editorial, 24/2/2008.

Com relação às estruturas lingüísticas do texto, julgue os seguintes itens; ~ A expressão “adubado o terreno” (R.19) está sendo empregada em sentido denotativo. Acordo Ortográfico: houve alteração na grafia de lingüísticas".

; . O sentido da expressão é CONOTAT1VO, figurado, e não denotativo (com “d" de “dicionário”). Não se feia em aplicar adubo em terreno algum, mas na preparação de um ambiente propício ' à recomposição das reservas cambiais brasileiras, item errado.

ÈS (UnB CESPE/PC ES - Perito/2006 - adaptada)

O Estado moderno, não obstante apresentar-se como um Estado minimalista, é potencialmente um Estado maximalista, pois a sociedade civil, enquanto o outro do Estado, autoreproduz-se por meio de leis e regulações que dimanam do Estado e para as quais não parecem existir limites, desde que as regras democráticas da pro­ dução de leis sejam respeitadas. Os direitos humanos estão no cerne desta tensão: enquanto a primeira geração de direitos humanos (os direitos cívicos e políticos) foi concebida como uma luta da sociedade civil contra o Estado, considerado como o principal violador potencial dos direitos humanos, a segunda e terceira gerações (direitos econômicos e sociais e direitos culturais, da qualidade de vida etc.) pres­ supõem que o Estado é o principal garantidor dos direitos humanos.

Boaventura de Sousa Santos. Internet: <http://www.dhnetorg.br>. Acesso em fev,/20Q6 (com adaptações).

Quanto ao texto, julgue o item seguinte:

A palavra “cerne” (R.5) está sendo empregada em sentido figurado, com o significado de “a parte essencial, o âmago”.

Acordo Ortográfico: registra-se “autorreproduz", agora sem hífen.

^ Em Biologia (mais precisamente, Botânica), “cerne” significa a paríe central de um íronco. Se líj não tivesse conhecimento desse significado, o candidato poderia errar a questão. Em linguagem • figurada, é o centro de determinada questão. Assim, confirma-se o emprego conotativo da palavra j: em “Os direitos humanos estão no cerne desta tensão”. Item certo.

E£3 (UnB CESPE/BRB/2005 - adaptada)

A característica mais importante dos grandes bancos nacionais é atuarem diretamente em todas as regiões do país e ainda se preocuparem em expandir a capilaridade,

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