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Consiste na articulação entre as formas verbais no período. Os verbos estabelecem, assim, uma correspondência entre si.

Esse tipo de questão, normalmente, o candidato consegue acertar usando o "ouvido". Observe que alguma coisa parece estar errada na seguinte construção:

“Se você se acomodasse com a situação, ela se tomará efetiva

Esse “mal-estar auditivo* acontece porque não houve harmonia entre a forma verbal da primeira j oração {acomodasse) - que indica hipótese, possibilidade no passado - com a da segunda

(tomará) - que indica certeza no futuro.

J: A título de curiosidade (e somente com esse propósito - nada de ficar decorando listas des- necessárias), seguem aiguns exemplos de construções corretas sob o aspecto de correlação }í verbal:

a) “Exijoque me digaa verdade" - presente do indicativo + presente do subjuntivo.

$. b) “Exigique me dissessea verdade” - pretérito perfeito do indicativo + pretérito imperfeito

do subjuntivo.

| c) “Esperoque ele tenha feitouma boa prova” - presente do indicat»vo+ pretérito perfeito | composto do subjuntivo.

B d) “Gostariaque ele tivesse vindo” - futuro do pretérito do indicativo + pretérito mais-que- | perfeito composto do subjuntivo.

| e) “Se você quiser omaterial, eu o trarei - futuro do subjuntivo + futuro do presente do | indicativo.

|! f) “Se você quisesseo livro, eu o t r a r i a pretérito imperfeito do subjuntivo + futuro do § pretérito do indicativo.

1 Observe a relação indicada no item f. PRETÉRITO IMPERFEITO DO SUBJUNTIVO e FUTURO | DO PRETÉRITO DO INDICATIVO.

|| Já falamos sobre esse ‘‘casamento” entre CONDIÇÃO (apresentada pelo subjuntivo) e HIPÓ- | TESE (apresentada pelo indicativo).

P

|§ “Mas, se o mundo chegasse a esse ponto e constituísse um império global, isso signi- i ficaria - ao mesmo tempo e por definição - o fim do sistema político interestatal. ”

jSi

| O fato expresso pela oração condiciona! (“... se o mundo chegasse a esse ponto...” ~ pre- If térito), se realizado, acarretaria o feto expresso pela oração principal (“... significaria ... o fím §j do sistema político interestatal...” - futuro do pretérito). O emprego desse tempo verbal do !f indicativo se deve à condição estabelecida na oração imediatamente anterior. Perfeita colocação | do examinador. Item certo.

EE3 (UnB CESPE/TJBA - Administrador/2005 - adaptada) 1 Quase todas as grandes potências já foram

colonialistas e anticolonialistas, pacifistas e belicistas, liberais e mercantüistas, e quase todas elas, além disso, já

PORTUGUÊS - Questões comentadas — CESPE

4 mudaram de posição várias vezes ao longo da história. Nesse contexto, as previsões, liberais ou marxistas, do fim dos estados ou das economias nacionais, ou mesmo da formação 7 de algum tipo de federação cosmopolita e pacífica, são

utopias, com toda a dignidade das utopias que partem de argumentos éticos e expectativas generosas, mas são idéias 10 ou projetos que não têm nenhum apoio objetivo na anáiise da

lógica e da história passada do sistema mundial. Apesar de tudo isso, é possível identificar através da história a

13 existência de forças que atuam na direção contrária do poder global e do império mundial. Forças que impediram ~ até agora - que esse processo de centralização do poder 16 chegasse até o seu limite imperial, o que provocaria a

dissolução do sistema político e econômico mundial. idem, Ibidem.

Com referência às idéias e estruturas do texto acima, julgue o item a seguir: Na linha 16, o emprego do futuro do pretérito em “provocaria” justifica-se pelo emprego do subjuntivo em “chegasse” e admite como gramaticalmente correta a substituição pela forma teria provocado ou por iria provocar.

Acordo Ortográfico: houve alteração na grafia de ideía(s).

A primeira parte da afirmação (“o emprego do futuro do pretérito em ‘provocaria ‘justifica-se pelo emprego do subjuntivo em ‘chegasse’...')já foi objeto de comentário na questão anterior. Em relação à possibilidade de troca de “provocaria” por “teria provocado” ou “iria provocar", vimos que a primeira opção nada mais é do que a forma composta no mesmo tempo verbal. A segunda apresenta uma locução verbai com o verbo auxiliar moda! “ir”, na indicação de tempo futuro.

Essa, aliás, é uma prática bastante comum em nossa linguagem: em vez de usarmos o futuro do presente [comprarei, sairei, estarei),usamos uma locução verbal como o auxiliar “ir" (vou comprar, vou sair, vou estar).

Além do tempo adequado (futuro do presente do indicativo, que, aiiás, quase nunca é usado 1 por parecer pomposo no colóquio), há outras maneiras de indicar ação futura certa:

- IR + INFINITIVO = “Vou/Irei fazer [em vez de “farei”] as contas para ver se vou poder

& sa,r [em vez de “poderei sair”} com você.1’.

- HAVER + DE + INFINITIVO = “Há de surgir [em vez de “surgirá”] uma estrela no céu cada vez que ‘ocê sorrir..." (Gilberto Gií).

- PRESENTE - Ébastante comum o emprego do presente do indicativo em ações futuras. Esse é um caso de ENÁLAGE, assunto a ser estudado mais adiante - “Faco [em vez de “farei”] esse trabalho amanhã".

[ A primeira das construções alternativas para o futuro (IR + INFINITIVO) foi empregada na ;í opção, em relação ao futuro do pretérito do indicativo: “iria provocar*. Como o verbo auxiliar foi empregado no futuro do pretérito, houve a manutenção do aspecto verbal original, sendo ^ possível a substituição. Item certo.

M {UnB CESPE/SECAD TO - Nível Superior/2008) Inteligência artificial

1 Não foi difícil descobrir o assassino. Afinal, o major Rich tinha um ótimo motivo para matar Arnold Clayton: amava a esposa da vítima e era correspondido. Segundo a 4 polícia, o major usou uma arma para livrar-se de Clayton e

escondeu o corpo em um baú.

7 o grande detetive Hercuie Poirot, do clássico conto policial O Mistério do Baú Espanhol, da escritora britânica Agatha Chrisfíe. Persistente, ele sai em busca de pistas, descobre 10 fatos novos, tira conclusões espantosas e, por fim, apresenta

ao leitor outro criminoso.

Será que um computador também seria capaz de 13 encontrar o verdadeiro assassino? Durante um curso da

Universidade de Essen, os alunos testaram diversos programas concebidos em estudos sobre inteligência 16 artificial (IA). Para isso, utilizaram o caso apresentado em

O Mistério do Baú Espanhol, servindo-se da IA para

desvendar as estratégias intelectuais do detetive Poirot 19 A grande questão era se a IA era capaz desse exercício

. intelectual ou se apenas fazia uma boa imitação da inteligência humana. Interessava saber se apresentaria 22 características que poderiam ser associadas a um

comportamento inteligente. O objetivo era verificar se o software conseguiria descobrir o assassino tão rapidamente 25 quanto Poirot

Mas será que esses programas-detetive se tornarão, em algum momento, tão inteligentes quanto seus modelos 28 humanos? $e pensarmos apenas na capacidade de processar

o maior número possível de fatos no menor tempo, então os

programas de IA são realmente eficazes. E com uma 31 vantagem: são dotados, como qualquer software, da

capacidade de lidar com quantidades muito maiores de dados do que as pessoas.

34 No entanto, os cérebros artificiais são inferiores aos humanos p or pelo menos dois motivos. Por um lado, precisam de todas as informações para chegar à conclusão 37 correta. Por outro lado, a lógica dos programas de IA imita a racionalidade humana, afinal, não conhecemos nenhuma outra. Na verdade, os programas de IA trabalham como 40 analistas de dados. Em princípio, não são muito diferentes do

nosso cérebro. Portanto, ainda não podemos esperar que superpoirots eletrônicos acabem com o mundo do crime. Mente&Cérebro, fev./2007 (com adaptações).

Com base no texto Inteligência Artificiai, julgue o item a seguir:

No segmento “se a IA era capaz desse exercício intelectual ou se apenas fazia uma imitação da inteligência humana” {R.19-21), as formas verbais poderiam ser correta­ mente substituídas por seria e faria, respectivamente.

^ O verbo SER em "... se a IA era capaz...” encontra-se no mesmo tempo verbai do verbo FA- F ZER da seqüência: ou se apenas fazia uma imitação...”: pretérito imperfeito do indicativo.

Por isso, qualquer alteração de tempo verbal da primeira deve corresponder à alteração da segunda. No caso, o examinador sugere o emprego do futuro do pretérito: seria e faria. Tal íi proposição mantém a correção gramatical do período. Item certo.

EB (UnB CESPE/DPF - Escrivão/2002)

1 Em 10 de dezembro de 1948, a Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou a Declaração Universal dos Direitos Humanos, ainda como 4 parte das atividades inaugurais da organização, fundada

em 1945, visando construir um tempo novo para a humanidade.

PORTUGUÊS — Questões comentadas — CESPE

na íntegra? No Brasil, p o r exemplo, o infeliz e absurdo slogan praticado por muitos, afirmando que “direitos 10 humanos são direitos de bandidos”, tem servido para a

justificação de todo tipo de absurdo cometido, negando o que é, na essência, ligado à proteção da vida e da 13 dignidade humanas. “Todos os seres humanos nascem

livres e iguais em dignidade e direitos”, enunciado do artigo primeiro, é, em si, um programa de trabalho 16 praticamente inesgotável. Os desafios da construção

solidária - porque trabalhada em conjunto, fortalecida, sólida - da liberdade e da igualdade, sob as oscilações 19 decorrentes da ordem mundial, passando da bipolaridade

para as polaridades difusas ou múltiplas polaridades, demonstram que a Declaração estabeleceu apenas 22 direções, que têm ajudado a humanidade a manter-se,

minimamente, no caminho da sobrevivência. Em tempos de violência, tão globalizada como a 25 economia, há os que colocam sob suspeita e risco o

respeito aos direitos humanos. Erro brutal, porque, se faltarem até os mínimos que a consciência humana 28 estabeleceu para si mesma, não se terá mais a base

comum sobre a qual caminhar.

Roseli Fischmann. Correio Braziliense, 10/12/2001 (com adaptações). Em relação ao texto, julgue o item subseqüente.

- O emprego da locução verbal “tem servido” (R.10) indica que o slogan a que se refere já não serve mais.

Acordo Ortográfico: registramos “Assembfeia” e “subsequente”.

■ . A forma verbal “tem servido” é conjugação do verbo SERVIR no pretérito perfeito composto, para indicar um aspecto durativo de uma ação que teve início no passado e persiste até hoje. É, pois, incorreta a afirmação de que tal slogan já não serve mais. item errado.

Quando dois ou mais verbos formam uma única unidade de sentido, como acontece com essa .. construção de tempo composto, temos uma LOCUÇÃO VERBAL.

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