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A elevação significativa da produtividade dos fatores de produção só será obtida com reformas institucionais

PRONOMES RELATIVOS

10 A elevação significativa da produtividade dos fatores de produção só será obtida com reformas institucionais

profundas. Já o acúmulo de capital humano requer 13 investimento em educação, cuja maturação é longa.

Luiz Guilherme Schymura. Folha de S.Paulo, 1.°/12/2006 (com adaptações). Julgue a assertiva abaixo:

A substituição de “cuja” (R.13) por a qual mantém a correção gramatical do período. O pronome relativo CUJO, além de especial, é muito “enjoadinho" - não aceita ser substituído por qualquer outro. Só eie tem o poder de ligar dois substantivos e ainda absorver em sua estrutura algum artigo porventura necessário ao teimo subsequente. Aliás, essa é uma curio­ sidade: o vocábulo realiza a concordância com o termo que vem APÓS e não antes (como acontece com “o qual”, que altera a flexão de acordo com o referente).

Ao ficar entre “educação” e “maturação", indica o vínculo que existe entre esses dois substan­ tivos na oração adjetiva: “a maturação (= desenvolvimento) da educação é ionga”.

Por isso, não aceita a troca peío relativo “a qual”. Item errado.

m (UnB CESPE/ANATEL - Técnico/2006) Como não usar o telefone celular

1 É fácil ironizar os possuidores de telefones celulares. Mas é necessário descobrir a qual das cinco categorias eles pertencem. Primeiro, vêm as pessoas fisicamente incapacitadas, 4 ainda que sua deficiência não seja visível, obrigadas a um

contato constante com o médico ou com o pronto-socorro. Depois, vêm aqueles que, devido a graves deveres profissionais, 7 são obrigados a correr em qualquer emergência (capitães do

corpo de bombeiros, médicos, transplantadores de órgãos). Em terceiro lugar, vêm os adúlteros. Só agora eles têm a

10 possibilidade de receber ligações de seu parceiro secreto sem que membros da família, secretárias ou colegas mal-intencionados possam interceptar o telefonema.

13 Todas as três categorias enumeradas até agora

merecem o nosso respeito: no caso das duas primeiras, não nos importamos de ser perturbados em restaurantes ou durante uma 16 cerimônia fúnebre, e os adúlteros tendem a ser muito discretos.

Seguem-se duas outras categorias que, ao contrário, representam um riscó. A primeira é composta de pessoas 19 incapazes de ir a qualquer lugar se não tiverem a possibilidade

de conversar fiado acerca de frivolidades com amigos e parentes de que acabaram de se separar. Elas nos incomodam, 22 mas precisamos compreender sua terrível aridez interior,

agradecer por não estarmos em sua pele e, finalmente, perdoar. A última categoria é composta de pessoas preocupadas 25 em mostrar em público o quanto são solicitadas, especialmente

para complexas consultas a respeito dos negócios: as conversas que somos obrigados a escutar em aeroportos ou restaurantes 28 tratam de transações monetárias, atrasos na entrega de perfis

metálicos e outras coisas que, no entendimento de quem fala, dão a impressão de que se trata de um verdadeiro Rockfeller. 31 O que eles não sabem é que Rockfeller não precisa de

telefone celular, porque conta com um plantei de secretários tão vasto e efíciente que, no máximo, se seu avô estiver morrendo,

34 por exemplo, alguém chega e lhe sussurra alguma coisa no ouvido. O homem poderoso é justamente aquele que não é obrigado a atender todas as ligações, muito pelo contrário: 37 nunca está para ninguém, como se diz.

Portanto, todo aquele que ostenta o celular como

símbolo de poder, na verdade, está declarando de público sua 40 condição irreparável de subordinado, obrigado que é a pôr-se

em posição de sentido, mesmo quando está empenhado em um abraço, a qualquer momento em que o chefe o chamar.

Umberto Eco. O segundo diário mínimo. Sergio Fiaksman (Trad.). Rio de Janeiro: Record, 1993, p. 194-6 (com adaptações).

Com base nas idéias e estruturas do texto de Umberto Eco, julgue os itens a se­ guir:

O segundo período do texto estaria de acordo com a norma gramatical caso fosse escrito da seguinte forma: É necessária, porém, a identificação da categoria à qual eles pertencem.

Acordo Ortográfico: houve alteração na grafia de “idéias’’. O vocábulo “mal-intencionados” manteve o hífen, uma vez que este prefixo é ligado ao segundo elemento pelo sinal quando este começa por H ou vogai (mai-humorado / mai-assombrado). Por fim, manteve-se o acento diferencial em “pôr” (verbo) e “pôde” (pretérito perfeito do indicativo do verbo PODER).

í Vamos relembrar a dica que foi dada para o emprego dos pronomes relativos. Primeiramente, I identifique o pronome mais adequado. Em seguida, veja se há algum termo (verbo, adjetivo, : substantivo) que exija uma preposição, a ser empregada antes do pronome relativo. : É necessária, porém, a identificação da categoria à qual eles pertencem.

t O pronome relativo "a qual” retoma o substantivo “categoria”. Também poderia ter sido usado \ o relativo universal (que).

i O termo regente, presente na oração adjetiva, exige a preposição “a”: “alguém pertence A alguma coisa”.

I Trocando o pronome pelo nome, a oração adjetiva seria: "eles pertencem à categoria”. íí Como essa preposição “a” iria anteceder a paiavra “categoria” e esta palavra está representada, % na oração adjetiva, peio pronome relativo “a qual”, essa preposição “a” vai se encontrar com jv o pronome relativo “a quai”. O encontro desses dois “as” é o que conhecemos por “CRASE”, £ a ser estudada com mais profundidade em capítulo próprio. Por ora, vamos comentar so- í; mente que, com essa fusão, empregamos apenas um “a” e o acentuamos: “categoria à qual jí pertencem”.

Se a opção fosse pelo pronome relativo “que”, em vez de “a qual", não haveria o encontro de H dois “as”: “... categoria a que eles p e r t e n c e m Item certo.

í;

• Olhemos, agora, uma passagem bastante interessante que merece nossa análise. No primeiro i período do texto (forma original), não foi empregado o pronome relativo “a quai” (que precisaria p de um termo antecedente), mas uma preposição “a” (exigida pelo verbo PERTENCER, confor- ; me acabamos de- ver) e o pronome indefinido “quai". Para ter certeza disso, tente eliminar a í; expressão “das cinco”, mantendo o substantivo “categorias” no plural:

; . “Mas é necessário descobrir a QUAIS categorias eles pertencem”.

j A preposição, como palavra invariável, permanece sem flexão, ao passo que o pronome inde- *' finido “qual” passa a concordar com o substantivo “categorias”.

i; Seria como perguntar: “Eles pertencem a QUAIS categorias?1’.

.If Cuidado, pois a banca poderia ter sido (bem mais) cruel ao afirmar (erroneamente) que “a quai”, no texto originai, seria um pronome relativo, e muita gente boa poderia cair nessa t' conversa fiada...

PORTUGUÊS — Questões comentadas - CESPE

Ü 2 Com igual correção gramatical a forma pronominal às quais poderia ser empregada

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