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Filhos malcriados é agressivos O problema da autoridade em crise não é do vizinho, não acontece no

Vamos às questões que tratam de crase Por fim, veremos uma série de questões do Cespe que tratam, simultaneamente, de CRASE e REGÊNCIA.

E 3 Em “tende a aumentar” (R 12), não há sínat indicativo de crase porque antes de forma verbal não se emprega artigo definido feminino.

1 Filhos malcriados é agressivos O problema da autoridade em crise não é do vizinho, não acontece no

exterior, não é confortavelmente longínquo. É nosso. Parece 4 que criamos um bando de angustiados, mais do que seria

natural. Sim, natural, pois, sobretudo na juventude, plena de incertezas e objeto de pressões de toda sorte, uma boa dose 7 de angústia é do jogo e faz bem.

Mas quando isso nos desestabiliza, a nós, adultos,

e nos isola desses de quem estamos ainda cuidando, a quem 10 devemos atenção e carinho, braço e abraço, é porque,

atordoados pelo excesso de psicologismo barato, talvez tenhamos desaprendido a dizer não, nem distínguimos 13 quando se devia dizer sim.

Ter um filho é necessariamente ser responsável.

Ensinar numa escola é ser responsável. Estar vivo, enfim, é 16 uma grave responsabilidade.

Lya Luft. Sobre pais e filhos. In: Veja, 16/6/2004, p. 21 (com adaptações). Considere as idéias e as estruturas lingüísticas do texto acima para julgar os itens subseqüentes:

Para preservar a correção gramatical, se o termo “adultos” (R.8) fosse substituído por um termo no feminino, a preposição antes de “nós” (R.8) sofreria contração com o artigo feminino e receberia acento indicativo de crase.

Acordo Ortográfico: houve alteração na grafia de “idéias", "lingüísticas” e “subsequentes”.

O termo regente, o verbo “desestabiJizar”, é transitivo direto (algo desestabiliza alguém), ou seja, nâo é o verbo que exige a preposição, mas, sim, o pronome obiíquo "nós”. Estes pronomes - nós, vós, eJe(s), ela(s) - quando atuam como oblíquos vêm sempre regidos por preposição (algo desestabiliza a nós).

Só que, acompanhando o pronome oblíquo, existe apenas a PREPOSIÇÃO, não havendo, assim, nenhuma possibilidade de .haver crase, diante da impossibilidade de colocar um artigo definido feminino antes do pronome.

Por isso, a mudança do substantivo “adultos" não modifica em nada a relação entre a preposição e o pronome pessoal: “quando isso nos desestabiliza, a nós. mulheres,..”. Item errado.

m Preserva-se a coerência textual ao se substituir o pronome “quem” (R.9) pelo pronome aue: mas para se preservar a correção gramatical será, então, necessário retirar-se a preposição que o antecede.

O pronome relativo “quem” é usado quando o referente for “pessoa” e está sempre acompa­ nhado de preposição. Nesse caso, a preposição é exigida pelo verbo CUIDAR (alguém cuida de alguém/algo), presente na oração subordinada adjetiva (“...desses de quem estamos ainda cuidando...").

Se, em vez de usarmos o relativo “quem”, quisermos usar o relativo universal “que”, haveria mudança tão somente no emprego do pronome, em nada se alterando a regência do verbo CUI­ DAR, que continuaria a exigir a preposição: "...desses de que estamos ainda cuidando...”).

Assim, está incorreta a afirmação de que, para preservar a correção gramatical, seria necessário : retirar a preposição. Essa retirada provocaria erro à construção, item errado.

Ü 3 (UnB CESPE/DEFENSOR/2004)

Texto para as questões que se seguem.

Não temos dado muita atenção a uma de nossas mais importantes riquezas nacio­ nais. Trata-se de nosso patrimônio lingüístico. Exatamente as línguas ou idiomas e dialetos falados em nosso país. Qual é a situação atual e importância? Há proteção legal para eles? É o que tentaremos analisar,

O idioma, como uma das formas de expressão de uma cultura, constitui um bem cultural e como tal tem caráter difuso, ou seja, é de uso comum do povo e seus titulares são pessoas indeterminadas.

O patrimônio lingüístico de um pais é um dos seus maiores bens, além de seu maior legado às gerações futuras, poís, com a transmissão dos idiomas, transferem-se milhares de características, fatores e costumes especiais e únicos.

Por conseqüência, a morte de um idioma implica perda imensurável a um país e, inclusive, à humanidade, pois perde-se, além da forma básica de comunicação, uma cultura com todas as suas expressões, como folclore, história, musicalidade, religião etc.

Portanto, a manutenção de um idioma é um fator importantíssimo para a identidade de um povo, por constituir um dos seus principais suportes culturais, além de ser uma expressão preservadora de sua dignidade e orgulho. Dai a necessidade de conhecermos nosso riquíssimo patrimônio lingüístico, conscientizarmo-nos de sua importância e da necessidade de protegê-lo, inclusive com uma efetiva aplicação da legislação, se for preciso.

Antônio Silveira. R. dos Santos. Patrimônio lingüístico: Importância e proteção. ín: Correio Braziliense, Direito e Justiça, 5/7/2004, p. 3 (com adaptações).

Cap. 7 - CRASE

A respeito da organização do texto acima, julgue os seguintes itens:

Na iinha 1, é gramaticalmente opcionai o emprego do sinai indicativo de crase em “a” , mas seu uso tornaria o sentido de “atenção” menos genérico e mais especifi­ camente direcionado para “riquezas nacionais” (R.2).

Acordo Ortográfico: houve aiteração na grafia de "iinguistico” e “conseqüência".

Não temos dado muita atenção a uma de nossas mais importantes riquezas nacionais.

O termo regente “DAR”, verbo principal da iocução verba! "temos dado”, exige a preposição “a” antes de seu complemento indireto (dar atenção A aiguém/aígo}.

: Na posição de termo regido, temos a expressão “uma de nossas mais importantes riquezas”, que impossibilita o emprego do artigo definido feminino antes de si. Em função disso, está ERRADO afirmar que o emprego de acento grave seria opcional. E!e seria, sim, inadequado, por não haver crase, item errado.

§ H Em “Por conseqüência, a morte de um idioma implica perda imensurável a um país e, inclusive, à humanidade, pois perde-se, além da forma básica de comunicação, uma cultura com todas as suas expressões, como folclore, história, musicalidade, religião etc.”, o emprego da preposição que antecede os termos “um país” e “hu­ manidade” é exigido pelas regras de regência segundo as quais está empregado o verbo implicar.

Acordo Ortográfico: houve alteração na grafia de “conseqüência”.

O verbo IMPLICAR é originalmente transitivo direto (implicar alguma coisa), mas já apresenta r inovação sintática, em função de sua proximidade semântica com outros verbos transitivos f; indiretos.

Contudo, o examinador passou longe dessa discussão. O complemento verbal é perda, ligado diretamente ao verbo (mantendo, assim, a regência originária). Esse substantivo, por sua vez,

\C è o íermo regente de dois termos regidos: "um país” e “humanidade”, ligando a eles por meio

v da preposição “a” (perda a um país e à humanidade).

U O erro da questão está em afirmar ser o verbo iMPLiCAR o termo regente, item errado.

M (UnB CESPE/TCDF - AnaHsta/2002)

1 Em gerai, quando falamos de violência, pensamos em

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