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Análise comparativa das demonstrações contábeis básicas da empresa Lojas Americanas S.A.

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Academic year: 2021

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(1)

UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SUL

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS, CONTÁBEIS,

ECONÔMICAS E DA COMUNICAÇÃO

CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

LEONARDO RODRIGUES BELLINAZO

ANÁLISE COMPARATIVA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

BÁSICAS DA EMPRESA LOJAS AMERICANAS S.A.

IJUÍ (RS)

2015

(2)

LEONARDO RODRIGUES BELLINAZO

ANÁLISE COMPARATIVA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

BÁSICAS DA EMPRESA LOJAS AMERICANAS S.A.

Trabalho de conclusão de curso apresentado no curso de Ciências Contábeis da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, como requisito para a obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis.

Prof. Orientador: IRANI PAULO BASSO

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RESUMO

O presente estudo tem como foco principal a análise das demonstrações contábeis da empresa Lojas Americanas S.A., empresa de capital aberto, grande rede de varejo situada nas principais cidades brasileiras. Esse tema desenvolvido visa demonstrar a real situação patrimonial, econômica e financeira da empresa objeto de estudo nos anos de 2010 a 2014, destacando a importância desta ferramenta no processo decisório das organizações. Os objetivos deste estudo consistem em analisar a posição, evolução e tendências patrimonial, financeira e econômica da empresa objeto de estudo; para isso, foi necessário revisar a literatura referente ao tema, levantar os demonstrativos contábeis básicos da empresa, aplicar as principais técnicas de análise de demonstrações contábeis, apurando os indicadores financeiros e econômicos, analisar e interpretar os indicadores, e ainda relatar conclusões de ordem econômica, financeira e patrimonial na perspectiva de melhorar as condições dos gestores nos processos de tomada de decisões. A pesquisa classifica-se, quanto a sua natureza, como aplicada, já quanto aos objetivos, classifica-se como descritiva, sendo sua forma de abordagem qualitativa e quanto aos procedimentos técnicos como pesquisa bibliográfica, pesquisa documental e estudo de caso. No trabalho prático, após a atualização dos valores das demonstrações contábeis básicas para o último ano da série em estudo, foram realizadas as análises em valores absolutos e relativos, análise do balanço de fundos, análise de liquidez, endividamento, lucratividade, rentabilidade, indicadores de atividade, e de solvência, evidenciando a situação econômica, financeira e patrimonial da empresa, além de demonstrar a importância que os indicadores fornecidos pela técnica contábil da análise de balanços proporcionam para o investidor e para os gestores da empresa.

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Cálculo do fator de atualização pelos índices médios do IGPM...45

Quadro 2 - Balanço patrimonial em valores atualizados...46

Quadro 3 - Comparativo do balanço patrimonial em valores atualizados...47

Quadro 4 - Demonstração do resultado do exercício em valores atualizados...50

Quadro 5 - Comparativo da demonstração do resultado do exercício em valores atualizados – reais mil...51

Quadro 6 - Análise vertical do balanço patrimonial em valores relativos...53

Quadro 7 - Comparativo da análise vertical do balanço patrimonial em valores relativos....54

Quadro 8 - Análise vertical da demonstração do resultado do exercício em valores relativos... 56

Quadro 9 - Comparativo da análise vertical da demonstração do resultado do exercício em valores relativos...57

Quadro 10 - Análise horizontal do balanço patrimonial em valores relativos...59

Quadro 11 - Comparativo da análise horizontal do balanço patrimonial em valores relativos 2010 – 2014...60

Quadro 12 - Análise horizontal da demonstração do resultado do exercício em valores relativos...63

Quadro 13 - Comparativo da análise horizontal da demonstração do resultado do exercício em valores relativos...63

Quadro 14 - Apuração do capital circulante líquido da empresa Lojas Americanas S.A. em reais mil...66

Quadro 15 - Apuração da variação do capital circulante líquido da empresa Lojas Americanas S.A. em reais mil...66

Quadro 16 - Demonstração das variações dos grupos de contas do não circulante da empresa Lojas Americanas S.A. em reais mil...67

Quadro 17 - Resumo do balanço de fundos da empresa Lojas Americanas S.A. do ano 2, em reais mil...67

Quadro 18 - Resumo do balanço de fundos da empresa Lojas Americanas S.A. do ano 3, em reais mil...69

Quadro 19 - Resumo do balanço de fundos da empresa Lojas Americanas S.A. do ano 4, em reais mil...70

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Quadro 20 - Resumo do balanço de fundos da empresa Lojas Americanas S.A. do ano 5, em

reais mil...71

Quadro 21 - Cálculo do capital circulante líquido em valores atualizados - reais mil...73

Quadro 22 - Cálculo do coeficiente de liquidez circulante em valores atualizados – reais mil...74

Quadro 23 - Cálculo do coeficiente de liquidez seca em valores atualizados – reais mil...75

Quadro 24 - Cálculo do coeficiente de liquidez geral em valores atualizados – reais mil...77

Quadro 25 - Cálculo do coeficiente de liquidez imediata em valores atualizados – reais mil.78 Quadro 26 - Cálculo do coeficiente de dívidas circulantes em valores atualizados – reais mil...79

Quadro 27 - Cálculo do coeficiente de dívidas totais em valores atualizados – reais mil...80

Quadro 28 - Cálculo do coeficiente de dívidas de longo prazo em valores atualizados – reais mil...81

Quadro 29 - Cálculo do coeficiente de segurança máxima em valores atualizados – reais mil...82

Quadro 30 - Cálculo da margem de lucro operacional bruto...83

Quadro 31 - Cálculo da margem de lucro operacional líquido...84

Quadro 32 - Cálculo da margem de lucro líquido do exercício...85

Quadro 33 - Cálculo da rentabilidade do capital social...87

Quadro 34 - Cálculo da rentabilidade do patrimônio líquido...88

Quadro 35 - Cálculo da remuneração do ativo total...89

Quadro 36 - Cálculo da taxa de retorno do investimento operacional...90

Quadro 37 - Cálculo do tempo médio para retorno do investimento operacional...91

Quadro 38 - Cálculo do grau de imobilização do patrimônio líquido...92

Quadro 39 - Cálculo do exame de rotação dos estoques...93

Quadro 40 - Cálculo do exame do prazo médio de cobrança de duplicatas...94

Quadro 41 - Cálculo do exame do prazo médio de pagamento de duplicatas ...96

Quadro 42 - Cálculo do exame do prazo relativo das duplicatas ...97

Quadro 43 - Cálculo do coeficiente de overtrading...98

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 - Composição do ativo...48

Gráfico 2 - Demonstração das fases do resultado...51

Gráfico 3 - Representação percentual dos grupos do ativo ...55

Gráfico 4 - Representação percentual das fontes de recursos...55

Gráfico 5 - Representação percentual das fases do resultado...57

Gráfico 6 - Evolução dos ativos em números índices...61

Gráfico 7 - Evolução das fontes de recurso em números índices...62

Gráfico 8 - Evolução das fases do resultado em números índices...64

Gráfico 9 - Balanço de fundos – composição percentual das fontes ano 1/2...68

Gráfico 10 - Balanço de fundos – composição percentual das aplicações ano 1/2...68

Gráfico 11- Balanço de fundos – composição percentual das fontes ano 2/3...69

Gráfico 12 - Balanço de fundos – composição percentual das aplicações ano 2/3...69

Gráfico 13 - Balanço de fundos – composição percentual das fontes ano 3/4...70

Gráfico 14 - Balanço de fundos – composição percentual das aplicações ano 3/4...71

Gráfico 15 - Balanço de fundos – composição percentual das fontes ano 4/5...72

Gráfico 16 - Balanço de fundos – composição percentual das aplicações ano 4/5...72

Gráfico 17 - Evolução do capital circulante líquido...74

Gráfico 18 - Evolução dos coeficientes de liquidez circulante...75

Gráfico 19 - Evolução dos coeficientes de liquidez circulante...76

Gráfico 20 - Evolução dos coeficientes de liquidez geral...77

Gráfico 21 - Evolução dos coeficientes de liquidez imediata...78

Gráfico 22 - Evolução dos coeficientes de dívidas circulantes...79

Gráfico 23 - Evolução dos coeficientes de dívidas totais...80

Gráfico 24 - Evolução dos coeficientes de dívidas de longo prazo...81

Gráfico 25 - Evolução dos coeficientes de segurança máxima...82

Gráfico 26 - Evolução da taxa de margem de lucro bruto...84

Gráfico 27 - Evolução da taxa de margem de lucro operacional líquido...85

Gráfico 28 - Evolução da taxa de margem de lucro líquido do exercício...86

Gráfico 29 - Evolução da taxa de rentabilidade do capital social...87

Gráfico 30 - Evolução da taxa de remuneração do patrimônio líquido...88

Gráfico 31 - Evolução da taxa de remuneração do ativo total...89

(7)

Gráfico 33 - Tempo em anos para retorno do ativo operacional...91

Gráfico 34 - Grau de imobilização do patrimônio líquido...92

Gráfico 35 - Tempo em dias de giro dos estoques...94

Gráfico 36 - Tempo em dias para recebimento de clientes...95

Gráfico 37 - Tempo em dias para pagamento de duplicatas...96

Gráfico 38 - Prazo relativo de duplicatas...97

Gráfico 39 - Coeficiente de overtrading...98

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LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

CCL Capital circulante líquido

CDC Coeficiente de dívidas circulantes CDLP Coeficiente de dívidas de longo prazo CDT Coeficiente de dívidas totais

CFC Conselho Federal de Contabilidade CLC Coeficiente de liquidez circulante CLG Coeficiente de liquidez geral CLI Coeficiente de liquidez imediata CLS Coeficiente de liquidez seca

CMLB Coeficiente de margem de lucro operacional bruto CMLLE Coeficiente de margem de lucro líquido do exercício CMLOL Coeficiente de margem de lucro operacional líquido COver Coeficiente de overtrading

CPCT Coeficiente de participação de capitais de terceiros CPDCP Coeficiente de participação de dividas de curto prazo CRAT Coeficiente de rentabilidade do ativo total

CRCS Coeficiente de rentabilidade do capital social CRPL Coeficiente de rentabilidade do patrimônio líquido CSM Coeficiente de segurança máxima

DC Demonstrações contábeis

DRE Demonstração do resultado do exercício ERE Exame de rotação dos estoques

GIPL Grau de imobilização do patrimônio líquido NBC Normas Brasileiras de Contabilidade

PL Patrimônio líquido

PMCD Prazo médio de cobrança de duplicatas PMPD Prazo médio de pagamento de duplicatas PRD Prazo relativo de duplicatas

TCC Trabalho de conclusão do curso

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SUMÁRIO

LISTA DE QUADROS ... 4

LISTA DE GRÁFICOS ... 6

LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS ... 8

INTRODUÇÃO ... 11

1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO ... 12

1.1 DEFINIÇÃO DO TEMA DE ESTUDO ... 12

1.2 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO ... 12 1.3 PROBLEMATIZAÇÃO DO TEMA ... 12 1.4 OBJETIVOS ... 13 1.4.1 Objetivo geral ... 13 1.4.2 Objetivos específicos ... 13 1.5 JUSTIFICATIVA ... 14 2 REFERENCIAL TEÓRICO ... 15 2.1 CONTABILIDADE ... 15

2.1.1 Conceituação, objeto e finalidades ... 15

2.1.2 Técnicas contábeis básicas ... 16

2.1.3 Princípios de contabilidade ... 17

2.1.4 Relatórios e demonstrações contábeis ... 18

2.2 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS ... 20

2.2.1 Caracterização e finalidades da análise de demonstrações contábeis ... 20

2.2.2 Obtenção e preparação das demonstrações contábeis para análise de balanços .. 21

2.2.3 Atualização de valores para fins de análise comparativa de balanços ... 22

2.2.4 Análise de balanço em valores absolutos ... 22

2.2.5 Análise de balanço em valores relativos ... 23

2.2.6 Análise do balanço de fundos ... 24

2.2.7 Análise de balanços por índices econômicos e financeiros ... 25

3 METODOLOGIA DO ESTUDO ... 40

3.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA ... 40

3.1.1 Quanto à sua natureza ... 40

3.1.2 Quanto à forma de abordagem do problema ... 41

3.1.3 Quanto aos seus objetivos ... 41

(10)

3.2 COLETA DE DADOS ... 42

3.2.1 Instrumentos de coleta de dados ... 43

3.3 ANALISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS ... 43

4. ANALISE DOS RESULTADOS ... 44

4.1 REESTRUTURAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES PARA ANÁLISE ... 44

4.2 ATUALIZAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES PARA ANÁLISE ... 44

4.3 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES EM VALORE ABSOLUTOS ATUALIZADOS ... 45

4.4 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM VALORES RELATIVOS.51 4.4.1 Análise vertical ... 52

4.4.2 Análise horizontal ... 57

4.5 ANÁLISE DO BALANÇO DE FUNDOS ... 64

4.6 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES POR ÍNDICES ECONÔMICOS E FINANCEIROS ... 72

4.6.1 Análise da liquidez ... 72

4.6.2 Análise de endividamento ... 78

4.6.3 Análise da lucratividade ... 82

4.6.4 Análise da rentabilidade ... 85

4.6.5 Análise de indicadores de atividades ... 90

4.6.6 Análise de solvência ... 97 4.7 CONCLUSÕES DA ANÁLISE ... 99 4.7.1 Situação financeira ... 99 4.7.2 Situação patrimonial ... 100 4.7.3 Situação econômica ... 101 CONCLUSÃO ... 102 REFERÊNCIAS ... 104

(11)

INTRODUÇÃO

A Contabilidade, como ciência e como técnica, estuda e controla o patrimônio das organizações. A técnica de análise de balanços é uma das áreas de atuação de um profissional da Contabilidade, tendo por base as demonstrações contábeis elaboradas pelas entidades em geral, o conhecimento contábil, a legislação e normas aplicáveis, com a finalidade de extrair dados e informações para geração de indicadores que possibilitem dar aos usuários embasamento de natureza econômica e financeira para a tomada de decisões internas e/ ou externas.

No capítulo 1, apresenta-se a contextualização do estudo, abrangendo a definição do tema bem como a caracterização da organização objeto do estudo, o problema a que o trabalho procurou dar respostas, além dos objetivos a serem alcançados e a apresentação da justificativa pela qual se deve a realização desta pesquisa.

Na sequencia, capítulo 2, é apresentada, de forma resumida, a fundamentação teórica, que é o produto da pesquisa sobre a teoria relacionada com os temas contabilidade e análise de demonstrações contábeis, visando proporcionar embasamento para a realização da parte do estudo prático do trabalho de conclusão de curso.

No terceiro capítulo é apresentada a metodologia utilizada nas tarefas de elaboração do projeto e das tarefas relativas à parte prática do TCC, para atender os propósitos deste estudo, contendo a classificação da pesquisa, o plano de coleta de dados bem como seus instrumentos, seguido do plano de análise e interpretação dos dados.

O último capítulo apresenta a análise dos resultados obtidos com o estudo aplicado, onde são evidenciadas várias formas de análise das demonstrações contábeis, indicadores e a interpretação dos mesmos, extraindo conclusões das análises, na sequência são apresentadas as conclusões do trabalho e as referências bibliográficas.

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1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO

Neste primeiro capítulo apresenta-se a contextualização do assunto que será abordado no trabalho de conclusão de curso constituída da definição da área e do tema em estudo, uma breve caracterização inicial da organização, seguida da problematização do tema abordado, do estabelecimento dos objetivos a serem alcançados e da apresentação da justificativa em realizar a tarefa de conclusão de curso na área escolhida.

1.1 DEFINIÇÃO DO TEMA DE ESTUDO

A Contabilidade, como ciência e como técnica, estuda o patrimônio das organizações, consubstanciado em diversas áreas da atividade humana. Neste contexto, uma das áreas de atuação de um profissional da Contabilidade é a área de análise de balanços, tendo por base as demonstrações contábeis elaboradas pelas entidades em geral, o conhecimento contábil, a legislação e normas aplicáveis. Sendo assim, o tema do estudo é a análise das demonstrações contábeis básicas dos últimos cinco anos da “Lojas Americanas S.A.” com a finalidade de extrair dados e informações para a interpretação da situação patrimonial, econômica e financeira da entidade.

1.2 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO

A Lojas Americanas S.A. é uma das mais tradicionais redes de varejo do país. Com mais de 80 anos de atividades, a empresa conta com 948 lojas nas principais cidades do país e com 4 centros de distribuição: em São Paulo, Rio de Janeiro, Recife e Minas Gerais, atuando também no comércio eletrônico, representado pela B2W – Companhia Digital. A rede comercializa mais de 60 mil itens de 4 mil empresas diferentes, o que faz com que a Lojas Americanas detenha uma grande participação do comércio brasileiro de brinquedos, bombonière, lingerie, CD´s e DVD´s, entre outros.

1.3 PROBLEMATIZAÇÃO DO TEMA

A contabilidade tem como um dos seus objetivos gerar informações a partir da análise das demonstrações contábeis da entidade, buscando gerar indicadores que possibilitem dar aos usuários embasamento de natureza econômica e financeira para a tomada de decisões internas

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e/ ou externas.

Para Assaf Neto (2002, p.48), “A análise de balanços visa relatar, com base nas informações contábeis fornecidas pelas empresas, a posição econômico-financeira atual, as causas que determinaram a evolução apresentada e as tendências futuras”.

A técnica contábil da análise de balanços é uma ferramenta fundamental para a empresa objeto do estudo e também para terceiros interessados, agregando valor às informações contábeis, possibilitando a visualização das limitações e oportunidades, oferece maior segurança no momento do investidor realizar sua aplicação, bem como atender outras necessidades de ordem financeira e econômica para outros usuários como fornecedores, empregados entre outros.

Matarazzo (2010, p.3), relata que, “as demonstrações financeiras fornecem uma série de dados sobre a empresa, de acordo com as regras contábeis. A Análise de Balanços transforma esses dados em informações e será tanto mais eficiente quanto melhores informações produzir”.

Neste contexto, questiona-se: Como se apresentou a real situação patrimonial, econômica e financeira da empresa objeto de estudo nos últimos cinco anos?

1.4 OBJETIVOS

Os objetivos apontam o que se quer atingir com a realização do trabalho e se dividem em geral e específicos.

1.4.1 Objetivo geral

Analisar a posição, evolução e tendências, patrimonial, financeira e econômica da empresa objeto de estudo, através dos indicadores fornecidos pela técnica contábil da análise de balanços, tendo por base os cinco últimos exercícios.

1.4.2 Objetivos específicos

Os objetivos específicos buscam delinear as etapas particulares que se deseja atingir com a realização de cada aspecto básico do trabalho de conclusão de curso por parte do proponente do projeto. Assim, seguem os seguintes indicativos de propósitos estabelecidos para o presente projeto de trabalho de conclusão de curso.

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 Revisar a literatura referente ao tema de estudo, como embasamento teórico-técnico do proponente para a realização das tarefas prática do TCC.

 Levantar os demonstrativos contábeis básicos da empresa a ser estudada, adequando-os para a aplicação da técnica contábil de análise de balançadequando-os.

 Aplicar as principais técnicas de análise de demonstrações contábeis, apurando os indicadores financeiros e econômicos da empresa em estudo.

 Analisar e interpretar os indicadores da situação patrimonial, financeira e econômica da empresa objeto de estudo.

1.5 JUSTIFICATIVA

A análise de balanços é a técnica contábil que visa extrair informações dos demonstrativos contábeis para auxiliar os usuários internos e externos na compreensão da situação patrimonial, financeira e econômica, assim como contribuir nas decisões de investimentos.

Para a empresa, a análise das demonstrações contábeis proporcionará diversos indicadores que podem ser divulgados para atrair novos investidores.

Com relação ao Curso de Ciências Contábeis da Unijuí, aumenta o acervo de trabalhos na área de análise de demonstrações contábeis e se constituirá em mais um meio de estudo disponível para interessados na área de conhecimento estudada, especialmente os alunos do curso, profissionais e empresários em geral, contribuindo para o desenvolvimento intelectual e profissional de cada um.

Na condição de acadêmico do Curso de Ciências Contábeis, com a realização do presente trabalho, busca-se um aprofundamento dos conhecimentos construídos no decorrer do curso, em especial na área econômica e financeira.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

Neste capítulo, são resumidos os principais fundamentos teóricos que sustentam a base conceitual de sustentação técnica e/ ou científica, a área de conhecimentos em que serão as atividades práticas e técnicas do trabalho de conclusão de curso sustentadas.

2.1 CONTABILIDADE

Concebida para o registro, controle, estudo dos patrimônios individualizados de pessoas físicas e em especial de pessoas jurídicas, tem se constituído em importante instrumento no dia a dia das organizações em seu processo decisório. Nos tópicos que seguem, serão apresentados os principais aspectos que fundamentam essa importante área do conhecimento humano.

2.1.1 Conceituação, objeto e finalidades

A contabilidade é a ciência social que tem como objetivo o estudo e o controle do patrimônio das entidades sob os aspectos qualitativos e quantitativos, fazendo isso por meio do registro dos demonstrativos contábeis. Segundo Santos; Barros (2013, p.25), “A Contabilidade ocupa-se do estudo e do controle do patrimônio das entidades (empresas). E faz isso por meio dos registros contábeis dos fatos e das respectivas demonstrações dos resultados produzidos como o Balanço Patrimonial”.

Para Bruni (2011, p.2), “a Contabilidade, de forma simples, pode ser conceituada como a ciência que tem o objetivo de registrar todos os acontecimentos verificados no patrimônio de uma entidade”.

Na mesma linha de pensamento, Basso (2011, p.26), complementa o conceito de contabilidade como:

[...] conjunto ordenado de conhecimentos próprios, leis cientificas, princípios e métodos de evidenciação próprios, é a ciência que estuda, controla e observa o patrimônio das entidades nos seus aspectos quantitativo (monetário) e qualitativo (físico), e que, como conjunto de normas, preceitos, regras e padrões gerais, se constitui na técnica de coletar, catalogar e registrar informações de suas variações e situação, especialmente de natureza econômica e financeira e, complementarmente, controla, registra e informa situações impactantes de ordem socioambiental decorrentes de ações praticadas pela entidade no ambiente em que está inserida.

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No que diz respeito ao objeto de estudo da contabilidade, nos ensina Santos; Barros (2013, p.25), “na Contabilidade, o objeto é sempre o patrimônio da entidade. O patrimônio é definido como um conjunto de bens, direitos e obrigações para com terceiros, pertencente á entidade”.

Basso (2011, p.27), diz que o objeto de estudo da contabilidade “[...] é o patrimônio, geralmente constituído por um conjunto de bens, direitos e obrigações pertencente a uma determinada entidade”.

Por sua vez, a contabilidade tem como finalidade, segundo Basso (2011, p.28), “[...] gerar informações de ordem física, econômica e financeira sobre o patrimônio, com ênfase para o controle e o planejamento – processo decisório”.

Então, a contabilidade é considerada uma ciência social, possuindo como objeto de estudo o patrimônio sob os aspectos qualitativos e quantitativos com a finalidade de gerar informações econômicas para auxiliar no processo decisório das organizações.

2.1.2 Técnicas contábeis básicas

A Contabilidade se utiliza de quatro grandes técnicas contábeis para tornar-se útil e compreensível a seus mais diversos usuários, conforme Basso; Filipin; Enderli (2015), assim fundamenta as técnicas contábeis básicas:

- Técnica da Escrituração: Registro cumulativo dos fatos contábeis nos livros de escrituração contábil permanentes (Diário e Razão) e auxiliares (Inventário, Caixa, Entradas e Saídas de Mercadorias e outros).

- Técnica das Demonstrações Contábeis: São relatos econômicos e financeiros, que tiveram origem na escrituração contábil, conhecidos como Balancete de Verificação, Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado do Exercício, Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido e Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos, bem como de outros demonstrativos que estão surgindo e já são usados por empresas de grande porte e entidades sujeitas á obrigação legal específica, como é o caso do Balanço Social, da Demonstração do Valor Adicionado e Demonstração dos Fluxos de Caixa.

- Técnica da Auditoria: É o exame dos procedimentos administrativos, operacionais e das práticas contábeis, envolvendo a escrituração e as demonstrações contábeis, para certificar sua lisura, legalidade, correção e fidedignidade.

- Técnica da Análise de Balanços: Extração de dados e informações para interpretação, estudos e projeções da situação patrimonial, econômica e financeira da entidade.

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2.1.3 Princípios de contabilidade

A Resolução CFC nº 750/93, alterada pela Resolução CFC nº 1.282/10, define os seis princípios de contabilidade:

O Princípio da Entidade caracteriza o Patrimônio como, “[...] afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas [...]”. Sendo assim, “[...] o Patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição”. (Res. CFC nº 750/93).

A soma do patrimônio da pessoa física com o patrimônio da pessoa jurídica não resultará em uma nova entidade, pois são patrimônios distintos.

O Princípio da Continuidade, “[...] pressupõe que a Entidade continuará em operação no futuro e, portanto, a mensuração e a apresentação dos componentes do patrimônio levam em conta esta circunstância”. (Res. CFC nº 1.282/10). Este princípio afirma que o patrimônio, depende das condições em que provavelmente se desenvolverão as operações da entidade, sendo assim, a entidade deve concretizar seus objetivos continuamente.

O Princípio da Oportunidade, “[...] refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas”. (Res. CFC nº 750/93). Este princípio exige completa apreensão, registro e relato das variações ocorridas pelo patrimônio da entidade.

O Princípio do Registro pelo Valor Original, “[...] determina que os componentes do patrimônio devam ser inicialmente registrados pelos valores originais das transações, expressos em moeda nacional”. (Res. CFC nº 750/93).

O Princípio da Competência determina que, “[...] os efeitos das transações e outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem, independentemente do recebimento ou pagamento”. (Res. CFC nº 750/93). Sendo assim, este princípio não está relacionado com o recebimento ou pagamento, mas com o reconhecimento das receitas geradas e despesas incorridas no período.

O Princípio da Prudência determina, “[...] a adoção do menor valor para os componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido”. (Res. CFC nº 750/93).

Com os seis princípios definidos, existe base para a correta interpretação das Normas Brasileiras de Contabilidade, que tiveram novas siglas estabelecidas pela Resolução CFC

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1.328/11, sendo elas: Normas Profissionais: NBC PG – norma geral; NBC PA – do Auditor Independente; NBC PI – do Auditor Interno; NBC PP – do Perito.

As normas profissionais estabelecem qual a conduta desejável para um profissional da contabilidade.

2.1.4 Relatórios e demonstrações contábeis

As demonstrações contábeis compreendem o conjunto de informações que devem ser elaboradas pelas organizações em determinada data. Segundo Basso (2011, p.293), “[...] o legislador entendeu oportuno estabelecer como obrigatoriedade mínima, a elaboração de cinco demonstrativos que evidenciem, de forma sintética, as informações econômicas e financeiras das entidades em geral, especialmente das sociedades comerciais”. Desta forma, geralmente ao fim de cada exercício social a entidade elabora as demonstrações contábeis, acompanhadas das notas explicativas, que relatam a movimentação do patrimônio e das atividades da empresa.

Estes cinco demonstrativos obrigatórios são divididos em básicos e complementares, sendo classificados como básico o balanço patrimonial e a demonstração do resultado do exercício, e são classificados como complementares a demonstração dos fluxos de caixa, a demonstração das mutações do patrimônio líquido e a demonstração do valor adicionado.

O balanço patrimonial, “[...] pode ser entendido como uma representação quantitativa e sintética dos elementos que compõem o patrimônio de uma entidade numa determinada data, revelando a posição financeira e patrimonial estática, isto é, na data do seu levantamento” (BASSO, 2011, p.294).

Complementando a ideia sobre balanço patrimonial, Basso; Filipin; Enderli (2015, p.26), escrevem que:

Nele são expressas de forma resumida as contas sintéticas que sintetizam as informações que evidenciam a posição financeira dos grandes grupos de contas que expressam em valores, a situação dos bens, direito e obrigações do patrimônio, bem como do capital próprio da entidade, numa determinada data.

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Assim, o balanço patrimonial, em sua estrutura, é formado por duas colunas, onde do lado esquerdo são mostrados os bens e direitos e no lado direito as obrigações e o grupo do patrimônio líquido. Em ambos os lados, os itens são demonstrados por ordem de liquidez, e devem ter o total igual nas duas colunas.

Em relação à demonstração do resultado do exercício, Basso; Filipin; Enderli (2015, p.31), nos ensinam que:

A Demonstração do Resultado do Exercício tem a finalidade de evidenciar, de forma resumida, a formação do resultado, destacando dedutivamente as diversas fases do resultado pela exposição sintética das receitas, custos e despesas ocorridas no período, segundo o princípio da competência.

Para Assaf Neto (2002, p.75), “A demonstração de resultados do exercício visa fornecer, de maneira esquematizada, os resultados (lucro ou prejuízo) auferidos pela empresa em determinado exercício social, os quais são transferidos para contas do patrimônio líquido”. Desta forma, a demonstração do resultado do exercício demonstra as faze da geração do lucro ou prejuízo da entidade, se constituindo de uma das principais demonstrações elaboradas pela contabilidade, uma vez que evidência a formação do resultado da entidade.

A demonstração dos fluxos de caixa, “[...] evidencia as modificações ocorridas no saldo de disponibilidades (caixa e equivalentes de caixa) da companhia em determinado período, por meio de fluxos de recebimentos e pagamentos” (MARION, 2010, p.54).

Na visão de Basso; Filipin; Enderli (2015, p.34), a demonstração dos fluxos de caixa:

Demonstra, de forma resumida, as principais origens e aplicações dos recursos que transitaram pelo Caixa e equivalentes de Caixa da entidade no período a que se referem as correspondentes demonstrações contábeis básicas, divididas em: 1) das Operações; 2) dos Financiamentos e 3) dos Investimentos.

Portanto, a demonstração dos fluxos de caixa consiste em um importante instrumento gerencial, pois evidencia, entre outros aspectos, as origens e as aplicações de recursos que passaram pelo caixa da empresa.

Já a demonstração das mutações do patrimônio líquido evidencia as movimentações ocorridas no patrimônio líquido da entidade, onde constam os saldos de inicio e fim do período.

Segundo Matarazzo (2010, p.31),

A Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido apresenta as variações de todas as contas do Patrimônio Líquido ocorridas entre dois balanços,

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independentemente da origem da variação, seja ela proveniente de aumento de capital mediante novos aportes ou de incorporação de lucros gerados no exercício, ou de simples transferência entre contas, dentro do próprio Patrimônio Líquido.

Por sua vez a demonstração do valor adicionado tem como finalidade evidenciar a riqueza gerada pela entidade bem como a sua distribuição. Basso; Filipin; Enderli (2015, p.34), conceituam a demonstração do valor adicionado da seguinte forma:

Demonstra, de forma resumida, a formação da riqueza gerada pela entidade, a sua distribuição entre os elementos que contribuíram para sua geração, tais como empregados, financiadores, acionistas, governo e outros agentes, bem como a parcela da riqueza gerada e eventualmente ainda não distribuída.

Portanto, a demonstração do valor adicionado tem como intuito promover a transparência das informações geradas pela entidade, contribuindo para a avaliação das atividades empresariais por parte dos seus usuários, em geral pelos acionistas das companhias de capital aberto.

Através destes cinco demonstrativos, já é possível extrair significativas informações sobre a entidade, porém, com as técnicas de análise das demonstrações contábeis, o universo de informações, inclusive gerenciais, se torna muito mais amplo.

2.2 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

A análise das demonstrações contábeis é uma técnica utilizada para tornar as informações contidas nos demonstrativos contábeis uteis e compreensíveis aos diversos usuários da contabilidade.

2.2.1 Caracterização e finalidades da análise de demonstrações contábeis

A análise das demonstrações contábeis consiste em gerar informações da situação patrimonial, financeira e econômica das entidades, através dos dados extraídos das demonstrações.

De acordo com Sá (2006, p.16), “Análise de balanços é o estudo da situação de uma parte, de um sistema de partes ou do todo patrimonial de uma empresa ou de uma instituição sem fim lucrativo, mediante a decomposição de elementos e levantamentos de dados contábeis”.

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A Análise de Balanços permite uma visão da estratégia e dos planos da empresa analisada; permite estimar o seu futuro, suas limitações e suas potencialidades. É de primordial importância, portanto, para todos os que pretendam relacionar-se com uma empresa, que como fornecedores, financiadores, acionistas e até como empregados.

Para Assaf Neto (2002, p.48), “A análise de balanços visa relatar, com base nas informações contábeis fornecidas pelas empresas, a posição econômico-financeira atual, as causas que determinaram a evolução apresentada e as tendências futuras”.

Sendo assim, a finalidade principal da análise das demonstrações contábeis é promover o entendimento da real situação econômico financeira da empresa em estudo aos diversos usuários, constituindo-se em uma importante ferramenta de gestão.

2.2.2 Obtenção e preparação das demonstrações contábeis para análise de balanços

Existem várias maneiras de obter as demonstrações contábeis das empresas, as que estão obrigadas por lei a publicá-las podem ser encontradas em sites ou jornais, porém as empresas que estão desobrigadas pela lei, é necessário solicitar as demonstrações contábeis aos responsáveis pela empresa.

O passo inicial para realizar uma boa análise é averiguar se estamos de posse de todas as demonstrações contábeis necessárias para a realização da análise, inclusive notas explicativas, em seguida devemos averiguar a credibilidade destas demonstrações contábeis, as demonstrações contábeis são confiáveis quando elas estão assinadas por contador, publicadas em locais confiáveis e que atendam aos requisitos legais, Lei das Sociedades por Ações (MARION, 2010).

Apesar das demonstrações contábeis terem uma estrutura legal definida para sua apresentação, o plano de contas não é único, assim como varia o ramo de atividades de uma empresa para outra, cada empresa vai ter particularidades nas suas demonstrações, em especial no balanço patrimonial, sendo necessário realizar uma padronização das demonstrações. Neste sentido, vem o segundo passo, que consiste em “[...] preparar as DC de forma conveniente para a análise. Essa etapa denominamos de Reclassificação de Itens nas Demonstrações Contábeis” (MARION, 2010, p.9).

Para Silva (2008, p.174),

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objetivo trazê-las a um padrão de procedimentos e de ordenamento na distribuição das contas, visando diminuir as diferenças nos critérios utilizados pelas empresas na apresentação de tais demonstrações contábeis. Outro objetivo é fazer com que as demonstrações atendam ás necessidades de análise e sejam apresentadas de forma homogênea, simples de visualizar e fáceis de entender, isto é, de correlacionar os diversos itens, seguindo critérios próprios adotados internamente na empresa que esteja procedendo à análise.

A reclassificação das demonstrações contábeis vai possibilitar a análise e facilitar a visualização e entendimento dos dados.

2.2.3 Atualização de valores para fins de análise comparativa de balanços

Com o passar do tempo, a moeda perde seu poder aquisitivo, portanto, outra etapa necessária antes de realizar a análise das demonstrações, é a atualização dos valores das demonstrações de anos anteriores, fazendo com que seus saldos tenham mesmo valor monetário da ultima demonstração da serie analisada, para que possam ser comparadas entre si, compensando-se os efeitos da inflação. “[...] os demonstrativos objetos de análise devem ser corrigidos tendo em vista as variações do poder aquisitivo da moeda [...]” (IUDÍCIBUS, 2010, p.77).

A atualização monetária é fundamental mesmo em períodos de baixa inflação, pois “[...] uma taxa de inflação de 10% ao ano projeta a duplicação dos índices gerais de preços em pouco mais de 8 anos, mascarando significativamente o estudo da rentabilidade da empresa”. (ASSAF NETO, 2002, p.56).

Complementando, Basso; Filipin; Enderli (2015, p.53), dizem que:

As demonstrações contábeis ao serem elaboradas, geralmente em 31 de dezembro de cada ano, permanecem com seus valores inalterados e ao longo do tempo vão ficando defasados em razão da perda do poder aquisitivo da moeda, conhecida nos meios econômicos por inflação.

Então, para ter uma base de dados confiáveis, considera-se prudente atualizar os valores das demonstrações contábeis ao valor presente da última demonstração contábil da série analisada, evitando que os dados fiquem distorcidos em função das variações do valor da moeda ocorridas no período.

2.2.4 Análise de balanço em valores absolutos

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série analisada, após a atualização dos valores originais das demonstrações para o último ano da série em que se está realizando a análise comparativa, a fim de evidenciar as alterações que ocorreram na organização.

As comparações dos balanços de anos sucessivos podem ser consideradas como fotografias extraídas em sequência, como um filme cinematográfico. Esse filme poderia mostrar o andamento dos negócios e facilitaria fazer uma previsão relativamente prudente para o futuro, o que se constitui, em verdade, no maior interesse do analista. O escopo é conhecer as tendências na vida da empresa durante os anos de funcionamento, porque com base no passado, conhecendo o presente, poderemos prever o futuro. (VERTES; WÜRCH, 1990, p.53).

O objetivo de fazer estas comparações é para identificar tendências da empresa, a partir da comparação das demonstrações de uma serie sequencial de demonstrativos, para então, conhecendo o seu passado e presente, fazer análises e projeções futuras.

2.2.5 Análise de balanço em valores relativos

Este tipo de análise tem o objetivo de evitar a apressada percepção superficial, causada á primeira vista, pelo censo comum de deduzir que quanto maiores os valores nas demonstrações contábeis, melhor será a situação da empresa. Para isso, as demonstrações contábeis têm seus valores reduzidos a uma grandeza uniforme de 100 ou 100% na análise vertical e a números índices no caso de análise horizontal. (BASSO; FILIPIN; ENDERLI, 2015).

“É basicamente um processo de análise temporal, desenvolvido por meio de números e índices”. (ASSAF NETO, 2002, p.100).

A análise de balanços em valores relativos subdivide-se em análise vertical e análise horizontal.

2.2.5.1 Análise vertical

A análise vertical compara valores entre si, determinando sua representatividade dentro do grupo ou do todo, ou também, a representatividade do grupo dentro do todo.

Para Santos; Barros (2013, p.214), “A análise vertical caracteriza-se em atribuir a um valor de referência das demonstrações financeiras a grandeza máxima de análise. Essa grandeza, normalmente, é expressa pelo percentual de 100%”.

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A análise vertical estuda a estrutura de composição dos itens ao longo do tempo. Para isso assume total dos ativos ou total dos passivos e PL igual a 100% no Balanço Patrimonial ou Receitas Líquidas iguais a 100% na DRE e a partir desta conta assumida como base (100%) analisa a evolução dos números.

Portanto a análise vertical evidência a importância de cada conta no conjunto dos valores expressos nas demonstrações contábeis, fazendo uma análise da evolução dos números ao longo da série analisada.

2.2.5.2 Análise horizontal

A análise horizontal compara os valores das mesmas contas, ou grupos, nos diferentes anos das séries analisadas, tradicionalmente é comparado com o período mais antigo das demonstrações analisadas.

Segundo Iudícibus (2010, p.83), “A finalidade principal da análise horizontal é apontar o crescimento de itens dos Balanços e das Demonstrações de Resultado (bem como de outros demonstrativos) através dos períodos, a fim de caracterizar tendências”.

Para Assaf Neto (2002, p.100), “[...] é a comparação que se faz entre os valores de uma mesma conta ou grupo de contas, em diferentes exercícios sociais. É basicamente um processo de análise temporal, desenvolvido por meio de números e índices”.

Matarazzo (2010, p.172), ensina que, “A análise horizontal baseia-se na evolução de cada conta de uma série de demonstrações financeiras em relação á demonstração anterior e/ou em relação a uma demonstração financeira básica, geralmente a mais antiga da série”.

Portanto, através da análise horizontal é possível verificar o desenvolvimento de contas, ou mesmo de grupos de contas, em um determinado período de tempo.

2.2.6 Análise do balanço de fundos

A análise do balanço de fundos consiste em identificar quais contas tiveram seus saldos utilizados como fonte ou aplicação de fundos.

O balanço de fundos, “[...] tem como objetivo demonstrar as alterações havidas nos valores de dois inventários através das variações sofridas durante o exercício, especialmente as alterações ocorridas nos valores correntes”. (VERTES; WÜRCH, 1990, p.71).

Para verificar quais contas foram fonte ou aplicação de fundos, basta comparar o saldo inicial com o saldo final da conta em determinado período. Esta diferença entre o saldo inicial

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e final, dependendo da natureza da conta, indica a fonte ou aplicação de fundos. (BASSO; FILIPIN; ENDERLI, 2015).

Portanto, o balanço de fundos é constituído de todas as contas patrimoniais, tendo seus saldos finais e iniciais comparados, para a empresa obter um bom resultado em seu balanço de fundos é necessário estar em boas condições financeiras, tendo gerado lucros no período comparado, ou ao menos sem ocorrer prejuízos.

2.2.7 Análise de balanços por índices econômicos e financeiros

A análise de balanços por índices econômicos e financeiros é a técnica mais utilizada, pode ser obtida através da elaboração de índices, geralmente designados de quocientes, coeficientes ou taxas, obtidos através de relações entre duas grandezas.

Para Matarazzo (2010, p.81), “Índice é a relação entre contas ou grupo de contas das Demonstrações Financeiras, que visa evidenciar determinado aspecto da situação econômica ou financeira de uma empresa”.

Na visão de Iudícibus (2010, p.92):

O uso de quocientes tem como finalidade principal permitir ao analista extrair tendências e comparar os quocientes com padrões preestabelecidos. A finalidade da análise é, mais do que retratar o que aconteceu no passado, fornecer algumas bases para inferir o que poderá acontecer no futuro.

A análise por índices tem a função de mostrar de forma mais clara e ampla a situação econômica ou financeira de uma empresa.

2.2.7.1 Análise da liquidez

Os indicadores de liquidez têm por objetivo demonstrar a capacidade da entidade de liquidar suas obrigações em determinada data, ou seja, a capacidade da empresa de saldar seus compromissos em dia. “Trata-se, pois, de encontrar os coeficientes que mostrem a situação das dívidas da entidade em relação aos seus meios de pagamento”. (BASSO; FILIPIN; ENDERLI, 2015, p.115).

Neste sentido, Assaf Neto (2002, p.171), afirma que, “Os indicadores de liquidez evidenciam a situação financeira de uma empresa frente a seus diversos compromissos financeiros”.

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Sendo assim, o estudo da liquidez subdivide-se em quatro indicadores básicos, que no conjunto formam o denominado quadrinômio da liquidez, sendo eles: capital circulante líquido, coeficiente da liquidez circulante, coeficiente da liquidez seca, e o coeficiente da liquidez geral. (BASSO; FILIPIN; ENDERLI, 2015).

Portanto a análise da liquidez tem por finalidade evidenciar a capacidade financeira da empresa em liquidar todos os seus compromissos.

2.2.7.1.1 Capital circulante líquido

O capital circulante líquido demonstra o que sobra ou falta da diferença entre o ativo circulante e o passivo circulante e “[...] expressa a quantidade em valor de: dinheiro, devedores e créditos diversos a curto prazo e de estoques que sobram para a entidade após ter liquidado suas dívidas de curto prazo [...]”. (BASSO; FILIPIN; ENDERLI, 2015, p.116). A formula apresentada pelos autores identificados é a seguinte:

CCL = Ativo Circulante (-) Passivo Circulante

Segundo os referidos autores, quanto mais sobrar de ativo circulante após a liquidação do passivo circulante para a empresa, melhor é sua situação, entretanto, este indicador deve ser analisado dentro de um conjunto de indicadores.

2.2.7.1.2 Coeficiente de liquidez circulante

O coeficiente de liquidez circulante, segundo Bruni (2011, p.128), “[...] representa quantos reais a realizar no curto prazo a empresa possui para cada real a pagar dentro de um horizonte de 12 meses”.

Basso; Filipin; Enderli (2015, p.118), ensinam que este coeficiente “[...] procura evidenciar a proporção que existe entre os valores do Ativo e do Passivo Circulantes de uma entidade em um dado momento [...]”. Obtido através da aplicação da seguinte fórmula:

CLC = Ativo Circulante Passivo Circulante

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é a capacidade da empresa em financiar seu capital de giro, entretanto, um CLC muito elevado representa que a empresa esta deixando de realizar investimentos, no entanto, sob o ponto de vista financeiro, para o coeficiente de liquidez circulante ser favorável, deverá sempre ser superior a 2,0, isso significa dizer que para cada 1,0 de passivo circulante, a empresa tem 2,0 de ativo circulante.

2.2.7.1.3 Coeficiente de liquidez seca

O coeficiente de liquidez seca tem por objetivo verificar a capacidade que a empresa tem de liquidar suas obrigações de curto prazo apenas com disponível e duplicatas a receber, caso sofresse uma total paralização de suas vendas, ou se seu estoque se tornasse obsoleto. (MARION, 2010).

Na visão de Assaf Neto (2002, p.172), “Essencialmente, a liquidez seca determina a capacidade de curto prazo de pagamento da empresa mediante a utilização das contas do disponível e valores a receber”. O indicador é encontrado, segundo Basso; Filipin; Enderli (2015, p.120), a partir do uso da seguinte fórmula:

CLS = Ativo Circulante (-) Estoques Passivo Circulante

Como este coeficiente indica se a empresa terá condições de liquidar suas dívidas sem vender seus estoques, seu resultado terá de apresentar o índice mínimo de 1,0, revelando assim, uma condição boa para a organização enfrentar momentos de dificuldades em suas vendas.

2.2.7.1.4 Coeficiente de liquidez geral

Constitui-se em demonstrar a liquidez total da organização. “Mostra a capacidade de pagamento da empresa a longo prazo, considerando tudo o que ela converterá em dinheiro (a curto e longo prazo), relacionando-se com tudo o que já assumiu como dívida (a curto e longo prazo) [...]”. (MARION, 2010, p.79).

Segundo Basso; Filipin; Enderli (2015, p.122), encontra-se o coeficiente da liquidez geral com a aplicação da seguinte fórmula:

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CLG = Ativo Circulante (+) Ativo Realizável a Longo Prazo Passivo Circulante (+) Passivo Realizável a Longo Prazo

Estes autores consideram uma situação de tranquilidade financeira da entidade quando o coeficiente de liquidez geral não ser inferior a 1,5, pois assim teria uma boa garantia de que conseguiria fazer frente aos compromissos totais sem enfrentar dificuldades de caixa no futuro.

2.2.7.1.5 Coeficiente de liquidez imediata

É considerado complementar no estudo da liquidez e não encontra unanimidade entre os autores sobre a indicação de parâmetro de comparação. “Para efeito de análise, é um índice sem muito realce, pois relacionamos dinheiro disponível com valores, que vencerão em datas as mais variadas possível, embora a curto prazo”. (MARION, 2010, p.81).

Afirma Assaf Neto (2002, p.172), que o coeficiente de liquidez imediata:

Revela a porcentagem de dívidas a curto prazo (circulante) em condições a serem liquidadas imediatamente. Esse quociente é normalmente baixo pelo pouco interesse das empresas em manter recursos monetários em caixa, ativo operacionalmente de reduzida rentabilidade.

Deste modo, para se chegar a este indicador utiliza-se a seguinte formula, segundo Basso; Filipin; Enderli (2015, p.124):

CLI = Disponibilidades Passivo Circulante

Portanto, autores consideram um índice de liquidez imediata de 0,20 como situação satisfatória, já que as empresas não visam interesse em manter elevados recursos monetários em caixa.

2.2.7.2 Análise de endividamento

Assim como devem ser analisados a capacidade da organização de saldar suas obrigações, também é de fundamental importância analisar as evoluções ou retrações na estrutura de capital e do endividamento, saber qual é a garantia que a entidade oferece para a cobertura dos compromissos assumidos. “Quanto maior for a proporção dos recursos próprios

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sobre os recursos de terceiros melhor será a margem de garantia de dívidas que a entidade oferece a seus credores”. (BASSO; FILIPIN; ENDERLI, 2015, p.126).

Para Iudícibus (2010, p.97):

Estes quocientes relacionam as fontes de fundos entre si, procurando retratar a posição relativa do capital próprio com relação ao capital de terceiros. São quocientes de muita importância, pois indicam a relação de dependência da empresa com relação a capital de terceiros.

Quanto a qualidade da dívida, na pior das hipóteses, a proporção favorável seria de maior participação de dividas de longo prazo, visto que estas proporcionam a empresa maior tempo de planejamento para gerar recursos e saldar os compromissos. Situação mais difícil quando a composição do endividamento apresentar significativa concentração no passivo circulante, já que a empresa terá poucas alternativas, e acabará tendo de vender seus estoques com valores reduzidos, assumir novas dívidas de curto prazo que irão aumentar as despesas financeiras. (MARION, 2010).

Sendo assim, o estudo do endividamento compreende vários indicadores, como: coeficientes de dívidas circulantes, coeficiente de dívidas totais, coeficiente de dívidas de longo prazo, coeficiente de segurança máxima e coeficientes de dívidas complementares.

2.2.7.2.1 Coeficiente de dívidas circulantes

Esse coeficiente estabelece uma relação entre as dívidas de curto prazo que a empresa possui, para cada um real de patrimônio líquido da entidade.

O limite máximo desse coeficiente é de 1,00, pois quanto menor, melhor é a garantia que a empresa possui de arcar com suas obrigações. Caso a empresa possua esse coeficiente em seu máximo, pode-se dizer que a mesma já esgotou sua capacidade de endividamento. Calcula-se pela seguinte formula, segundo Basso; Filipin; Enderli (2015, p.127):

CDC = Passivo Circulante Patrimônio Líquido

2.2.7.2.2 Coeficiente de dívidas totais

Esse coeficiente mostra a capacidade que a empresa possui de quitação das suas dívidas de curto e longo prazo, ou seja, suas dívidas totais, o limite máximo aceitável é de

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1,00, isto é, as dividas totais não podem ultrapassar o valor do patrimônio líquido. Encontra-se esEncontra-se coeficiente, Encontra-segundo Basso; Filipin; Enderli (2015, p.129), pela Encontra-seguinte fórmula:

CDT = Passivo Circulante + Passivo Não Circulante Patrimônio Líquido

2.2.7.2.3 Coeficiente de dívidas de longo prazo

Esse coeficiente avalia o endividamento de longo prazo da empresa. Compara o capital circulante líquido somente com as dívidas de longo prazo, ou seja, as dívidas que irão vencer depois do exercício social seguinte.

Em determinado dia essas dívidas se tornarão de curto prazo e precisarão ser liquidadas. Também não deve ultrapassar o coeficiente 1,00, caso contrário, a empresa mostra que não possui condições de quitação das dívidas de longo prazo. Encontra-se o coeficiente de dívidas de longo prazo pela seguinte fórmula, segundo Basso; Filipin; Enderli (2015, p.131):

CDLP = Passivo Exigível a Longo Prazo Capital Circulante Líquido

2.2.7.2.4 Coeficiente de segurança máxima

É a segurança máxima que a empresa pode oferecer a seus credores, caso tenha que vender todo o seu ativo para liquidar seu passivo. Este coeficiente não pode ultrapassar 0,50, ou seja, o total de suas dívidas deve permanecer em no máximo 50% do valor do ativo da entidade.

É encontrado, segundo Basso; Filipin; Enderli (2015, p.132), pela formula:

CSM = Passivo Total / Ativo Total

2.2.7.2.5 Coeficiente de dívidas complementares

Dois outros indicadores podem vir a ser utilizados, com a finalidade de facilitar na hora da caracterização financeira da empresa. São eles:

a) Coeficiente de Participação de Capitais de Terceiros – confronta as fontes de terceiros com o próprio Patrimônio Líquido.

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b) Coeficiente de Participação das Dívidas de Curto Prazo sobre as Dívidas Totais- mostra a composição do endividamento no curto prazo.

São calculadas pelas seguintes fórmulas, respectivamente, conforme Basso; Filipin; Enderli (2015, p.134):

CPCT = Passivo Total

Passivo Total + Patrimônio Líquido

CPDCP = Passivo Circulante Passivo Total

“Portanto, quando uma empresa financia todo o seu Ativo com seu capital próprio, pode-se concluir que a situação financeira é a melhor possível, e na medida que vai contraindo dívidas, sua situação financeira vai se debilitando”. (BASSO; FILIPIN; ENDERLI, 2015, p.126).

Visto que as empresas buscam ofertas de capital de terceiros para ampliar suas aplicações, é necessário ter certo cuidado, manter um equilíbrio entre valores de capital próprio e de capitais de terceiros, para assim, conseguir uma tranquilidade financeira.

2.2.7.3 Análise da lucratividade

Através dos indicadores de lucratividade podem-se comparar as diversas fases do resultado da entidade, e também é possível medir a capacidade econômica da empresa. Só será possível analisar a lucratividade se a empresa apresentar lucro. Bruni (2011, p.165), salienta que, “É preciso compreender o lucro, analisando de diferentes formas como o lucro bruto, o lucro operacional próprio, ou o lucro líquido”. Portanto, serão analisados estes indicadores de lucratividade.

2.2.7.3.1 Margem de lucro operacional bruto

A margem de lucro operacional bruto demonstra a relação entre as vendas e os custos, portanto, quanto maior e mais estável for o coeficiente durante os períodos analisados, melhor é o desempenho da empresa em relação a si mesma. (BASSO; FILIPIN; ENDERLI, 2015).

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percentagem de cada unidade monetária de venda que sobrou, após a empresa ter pago o custo dos seus produtos ou das suas mercadorias”.

Basso; Filipin; Enderli (2015, p.137), definem a formula como:

CMLB = Lucro Operacional Bruto Receita Operacional Líquida

2.2.7.3.2 Margem de lucro operacional líquido

A relação entre o lucro operacional sobre as vendas líquidas consiste na margem de lucro operacional líquido, este índice demonstra a margem de lucro após os custos e despesas operacionais.

“Este indicador evidência a margem de lucro que a entidade opera após absorver os custos (Margem de lucro Operacional Bruto) e as despesas operacionais (líquidas), evidenciando, sobretudo, sua eficiência operacional”. (BASSO; FILIPIN; ENDERLI, 2015, p.139). Estes autores definem a formula como:

CMLOL = Lucro Operacional Líquido Receita Operacional Líquida

Sendo Assim, quanto mais alto for o coeficiente, melhor, pois as operações da empresa serão mais lucrativas.

2.2.7.3.3 Margem de lucro líquido do exercício

A margem de lucro líquido do exercício evidencia a parcela de lucro líquido final do exercício que restou para a entidade em proporção as suas vendas líquidas. De acordo com Bruni (2011, p.169), “A margem líquida representa a porcentagem de cada unidade monetária de venda que sobrou, após a empresa ter pago seus produtos, demais despesas e impostos”.

Assim, este coeficiente pode ser obtido através da fórmula ensinada por Basso; Filipin; Enderli (2015, p.141):

CMLLE = Lucro Líquido do Exercício Receita Operacional Líquida

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Torna se importante o estudo deste indicador, uma vez que o lucro líquido remunera os capitais investidos pelos sócios e evidencia o que sobra de lucro líquido em cada unidade monetária de receita operacional líquida, permitindo constatar o desempenho final das operações realizadas. Portanto, quanto maior for o coeficiente, melhor é a situação financeira da empresa.

2.2.7.4 Análise da rentabilidade

A rentabilidade mostra os percentuais de remuneração de seus diversos tipos de capitais e ou outros fatores de remuneração da empresa. “Os indicadores de rentabilidade buscam analisar os lucros auferidos pela entidade de forma relativa, geralmente analisados em relação aos investimentos feitos pelo conjunto de fornecedores de capital (sócios e terceiros) ou apenas pelos sócios”. (BRUNI, 2011, p.209).

Complementando, Basso, Filipin, Enderli (2015, p.143), explicam que, “Quanto maiores forem os indicadores e de preferência crescentes do primeiro para os demais anos da série em estudo, melhor é o indicador de rentabilidade”.

Neste contexto, os indicadores de rentabilidade são: rentabilidade do capital social, rentabilidade do patrimônio Líquido, remuneração do ativo total, e taxa de retorno do investimento operacional.

2.2.7.4.1 Rentabilidade do capital social

O coeficiente de rentabilidade do capital social demonstra quanto a empresa está remunerando o capital investido pelos seus sócios. Segundo Basso; Filipin; Enderli (2015, p.143), a formula para encontrar o coeficiente é a seguinte:

CRCS = Lucro Líquido do Exercício / Capital Social

2.2.7.4.2 Rentabilidade do patrimônio líquido

Evidencia em quanto a entidade remunerou o seu capital próprio na serie analisada. Para Iudícibus (2010, p.111), “A importância do quociente de retorno sobre o patrimônio líquido (QRPL) reside em expressar os resultados globais auferidos pela gerência na gestão de recursos próprios e de terceiros, em benefícios dos acionistas”.

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Para obtenção do coeficiente de rentabilidade do patrimônio liquido, utiliza-se a seguinte formula, segundo Basso; Filipin; Enderli (2015, p.145):

CRPL = Lucro Líquido do Exercício Patrimônio Líquido

Como já mencionado, quanto maior for este coeficiente, melhor será a situação financeira da entidade, uma vez que no longo prazo, este influencia nos preços das ações de empresa da bolsa de valores.

2.2.7.4.3 Rentabilidade do ativo total

Esse indicador evidencia em quanto os ativos da empresa foram remunerados, visto que os ativos representam as aplicações dos recursos da entidade e é por meio deles que são realizadas as suas atividades.

Bruni (2011, p.213), destaca que, “[...] é, provavelmente, o mais importante indicador de análise contábil financeira. Representa a relação entre os resultados da entidade e o volume de recursos nela investidos por sócios e terceiros, valor representado pelo ativo total da empresa”.

O coeficiente de remuneração do ativo total, segundo Basso; Filipin; Enderli (2015, p.146),é a seguinte:

CRAT = Lucro Líquido do Exercício Ativo Total

Da mesma forma, quanto mais alto for o coeficiente, melhor é a situação financeira da entidade, pois terá um retorno mais rápido em relação aos investimentos realizados.

2.2.7.4.4 Taxa de retorno do investimento operacional

Verifica o tempo médio que os resultados operacionais levariam para que ocorresse o retorno total dos investimentos operacionais aplicados na empresa. Basso; Filipin; Enderli (2015, p.148), definem a formula como:

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TRIO = Lucro Operacional Líquido Ativo Operacional

2.2.7.5 Indicadores de atividade, giro ou ciclometria

A análise de ciclometria tem por finalidade evidenciar os prazos que a empresa está tendo no giro dos seus estoques, quanto tempo está levando para receber dos seus clientes e quanto tempo está levando para pagar os seus fornecedores.

“Para fins de análise, quanto maior for a velocidade de recebimento de vendas e de renovação de estoque, melhor. Por outro lado, quanto mais lento for o pagamento das compras, desde que não corresponda a atrasos, melhor”. (MARION, 2010, p.110).

Complementando, Iudícibus (2010, p.100), ensina que, “[...] quanto maior a rotatividade, tanto melhor; e isto certamente é verdade, desde que a margem de lucro sobre as vendas se mantenha constante ou, se diminuir, diminuir menos do que o aumento da rotação”.

Baseado nestes conceitos, inúmeros indicadores de atividade ou ciclometria podem ser elaborados, sendo que entre os mais habituais destaca-se: grau de imobilização do patrimônio líquido, exame de rotação dos estoques, exame do prazo médio de cobrança de duplicatas, exame do prazo médio do pagamento de duplicatas, e o prazo relativo de duplicatas.

2.2.7.5.1 Grau de imobilização do patrimônio líquido

Busca identificar o montante de capital próprio investido no ativo permanente da organização. Iudícibus (2010, p.118), explica que, “Este quociente pretende relatar qual a porcentagem dos recursos próprios que esta imobilizada em plantas e instalações, bem como outras imobilizações, ou que não está em giro”. Basso; Filipin; Enderli (2015, p.151), ensinam que, “Via de regra, quanto maior o percentual, pior é para a situação financeira, pois deixa cada vez menos recursos próprios livres para aplicação em ativos rentáveis”.

A fórmula mais comum é a seguinte, segundo Basso; Filipin; Enderli (2015, p.151):

GIPL = Ativo Permanente x 100 Patrimônio Líquido

Portanto, quanto maio for o percentual, pior é a situação financeira da entidade, ou seja, menos é o montante de recursos próprios livres para aplicação em ativos destinados ao

(36)

empreendimento.

2.2.7.5.2 Exame de rotação dos estoques

O exame de rotação dos estoques verifica quantos dias, em média, o estoque demora a ser vendido. Segundo Matarazzo (2010, p.267), “[...] representa, na empresa comercial, o tempo médio de estocagem de mercadorias; na empresa industrial, o tempo de produção e estocagem”.

Bruni (2011, p.182), destaca que, “O índice de giro dos estoques (IGE) procura expressar quantas vezes em um ano o estoque se renovou por causa das vendas. Normalmente, quanto maior a rotatividade, melhor a situação da empresa”.

Sendo assim, Basso; Filipin; Enderli (2015, p.153), apresentam a seguinte fórmula:

ERE = Vendas Estoque

Com a aplicação desta fórmula, encontraremos quantas vezes o estoque girou na empresa no período, para saber a média de dia que o estoque levou para girar, basta pegar 365 dias que correspondem a um ano, e dividir pelo número de vezes que o estoque girou na empresa no período.(BASSO; FILIPIN; ENDERLI, 2015). Portanto, como já comentado, quanto menos dias levar para girar, melhor é a qualidade do estoque.

2.2.7.5.3 Exame do prazo médio de cobrança de duplicatas

O prazo médio de cobrança de duplicatas tem o objetivo de demonstrar quanto tempo e empresa leva para receber seus créditos. Para Bruni (2011, p.185), “[...] indica o período que a empresa deverá esperar, em média, antes de receber suas vendas a prazo”.

Para Matarazzo (2010, p.261), “O volume de investimentos em duplicatas a receber é determinado pelo prazo médio de recebimento de vendas”. Sendo assim, através da formula apresentada por Basso; Filipi; Enderli (2015, p.156) encontra-se o prazo médio de cobrança de duplicatas:

PMCD = Valor Duplicatas a Receber x 365 Valor Vendas a Prazo do Ano

Referências

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