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CAPÍTULO 4 – DESCRIÇÃO DO PERCURSO DE PESQUISA: DA ORIGEM DA IDEIA à

4.3 O processo de construção do instrumento

4.3.1 A aplicação do instrumento

Em 8 de outubro de 2015, em contato com o Núcleo de Avaliação, solicitamos autorização e colaboração para a aplicação do instrumento que elaboramos. A aplicação ficou

combinada para 27 de outubro de 2015, durante uma das reuniões que acontecem às terças- feiras, no Centro de Formação, Tecnologia e Pesquisa Educacional Prof. Milton de Almeida Santos (Cefortepe), com todos os OPs das escolas de EF.

Enquanto aguardávamos o dia da reunião, iniciamos a aproximação com as escolas, via e-mail. A intenção era apresentar a pesquisa e, ainda, combinar a aplicação do instrumento destinado aos professores. Obtivemos a adesão de oito escolas. Com as demais, o contato inicial ocorreu no dia 27, quando realizamos a aplicação do instrumento com os OPs. Além do instrumento e do TCLE, entregamos aos OPs um quadro para que sinalizassem como poderíamos realizar a aplicação com os professores.

No entanto, nesse encontro, apenas 20 OPs estavam presentes e responderam ao instrumento, uma vez que os demais participavam de uma palestra sobre educação integral em outro local. Dos presentes, dois eram de uma mesma escola e, portanto, 18 instituições escolares estavam representadas. Para apresentar a pesquisa às outras 22 escolas, estabelecemos contato com as OPs via telefone. Ao solicitar a colaboração das instituições, nos colocamos à disposição para atender aos OPs e professores, sem comprometer a rotina dos trabalhos.

Das 40 escolas que compõem o universo deste estudo, duas se recusaram a participar da pesquisa. As OPs dessas escolas estavam na reunião do dia 27 de outubro e responderam ao nosso instrumento, contudo, quando solicitada a colaboração para a aplicação aos professores, a resposta foi negativa. Além da conversa na reunião, ainda voltamos a entrar em contato com essas OPs por e-mail e telefone. Como não obtivemos êxito, a orientadora deste estudo também realizou contato por telefone na tentativa de conseguir a adesão das instituições. Na conversa, uma das OPs, apesar de não demonstrar interesse na participação dos professores de sua escola, marcou a aplicação para o dia seguinte, sem abrir possibilidade de negociação das datas. Como já havia aplicação agendada em outra escola no mesmo horário, optamos pela instituição que apresentou mais disponibilidade em nos atender. A outra escola que se recusou a participar, também recebeu um telefonema da orientadora deste estudo, entretanto, novamente, a resposta foi negativa. A OP dessa escola, durante a reunião do dia 27, disse que a instituição é alvo de outros estudos e, por esse motivo, já estava “cheia

de pesquisas” (Diário de Campo, 27 de outubro de 2015).

As demais escolas (38 unidades escolares) colocaram-se à disposição para participar da pesquisa, desde que atendidas as condições oferecidas. Conseguimos realizar a aplicação do instrumento pessoalmente, participando dos TDCs e atendendo aos professores

em seus intervalos, em 20 escolas. Em outras quatro escolas, apesar de combinada a aplicação previamente, no dia agendado, as OPs justificaram a necessidade de priorizar as demandas de trabalho e nos pediram para deixar o instrumento na escola e recolhê-lo nos dias seguintes.

As escolas restantes (14 unidades escolares), apesar de aceitar participar da pesquisa, não oportunizaram nosso comparecimento nas unidades e solicitaram que deixássemos o instrumento para que os professores respondessem de acordo com sua disponibilidade. Nessas escolas, além do TCLE, enviamos breve roteiro de aplicação e envelopes para que os respondentes pudessem colocar o instrumento, lacrar e, desse modo, garantir o sigilo de suas respostas119.

Das instituições que aceitaram participar da pesquisa com a condição de deixarmos o instrumento na escola para os professores responderem de acordo com sua disponibilidade, três delas, no dia combinado para recolher os instrumentos, nos informaram que não havia sido possível efetivar a aplicação. Duas justificaram que a demanda de trabalho do final do ano tinha sido intensa e, a outra, que a escola passava por um momento conturbado, com desentendimento entre os profissionais. Nesta escola, a OP também afirmou que os professores não mostraram interesse em participar. O diretor completou a fala da OP dizendo que os docentes, de modo geral, não querem falar sobre avaliação externa.

Encerramos a aplicação do instrumento em 28 de dezembro de 2015. Das 40 escolas que compunham nosso universo, 35 estão representadas, entretanto, nem todos os professores dessas unidades aceitaram participar deste estudo. Na Tabela 2, temos a quantidade de OPs e professores que responderam ao instrumento de pesquisa.

Tabela 2 – Quantidade de OPs e professores que responderam ao instrumento que elaboramos

Fonte: Elaborada pela pesquisadora. (a) Há escolas de EF com mais de um OP.

O retorno foi maior quando realizamos a aplicação nas escolas e estabelecemos contato com os professores. Nas 20 escolas que disponibilizaram espaço para a conversa com os docentes, foi possível explicar o objetivo da pesquisa, assim como a metodologia utilizada.

119 Esse procedimento não pode ser realizado em duas escolas. Apesar de combinada a aplicação na instituição,

no dia acordado, os OPs solicitaram que o instrumento fosse deixado com os professores para que respondessem de acordo com sua disponibilidade, pois outras atividades seriam realizadas no TDC.

Universo Respondentes Adesão (%)

Orientadores Pedagógicos 44 (a) 40 90,9

Professores de 2o ano 86 61 70,93

Professores de 5o ano 75 50 66,66

Professores de 9o ano 68 44 65,70

Esses momentos de aproximação com os professores foram enriquecidos com diálogos acerca das avaliações externas em larga escala e da política de AIP. Além da conversa sobre a problemática da pesquisa, professores e OP demonstraram interesse pelos resultados e solicitaram devolutiva quanto às informações obtidas. No entanto, a aplicação do instrumento no final do ano letivo não contribuiu favoravelmente com este estudo. Como ressaltado por duas escolas, esse é um período de muitas demandas para os professores e gestores.