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6 A COMUNIDADE COHAB RAPOSO TAVARES – FASE II

6.1 Aproximação com a comunidade

6.1.1 A COHAB e o Centro Comunitário Raposo Tavares

O Centro Comunitário pesquisado está situado no bairro COHAB Raposo Tavares (Figura 1) no Distrito Butantã da cidade de São Paulo. Trata-se de uma área relativamente pequena e que, ao olhar o mapa, chama a atenção sua delimitação geográfica, ainda que esse não tenha sido um critério de seleção da comunidade a ser estudada. É formada por duas “faixas” paralelas em que uma, mais estreita, é constituída por prédios (à esquerda) e outra por casas (à direita). Entre elas passa a rua principal do bairro, Cachoeira dos Arrependidos, onde estão localizados os pequenos comércios. Essas moradias são circundadas por áreas de vegetação, que deixam clara sua formação, e o acesso se dá pela rodovia Raposo Tavares, diferente de outros locais em que as áreas construídas estão muito próximas e misturam as delimitações dos bairros.

Figura 1 - Delimitação do bairro COHAB Raposo Tavares e localização do Centro Comunitário Raposo Tavares. Fonte: Google mapas.

O primeiro contato com a comunidade foi a visita ao Centro Comunitário que, devido à proximidade das instituições permitiu que eu observasse uma parte do parque, a Escola Municipal de Ensino Fundamental “Maria Alice Borges Ghion”, a Escola Municipal de Ensino Infantil “Benedito Castrucci” e também a Escola Técnica Estadual “Raposo Tavares” (ETEC). Espaços que pude conhecer melhor depois: de modo pontual na participação em uma reunião na escola, nas observações eventuais no parque e de modo sistemático na ETEC, devido aos grupos de práticas corporais.

Depois, com o decorrer da pesquisa, outros espaços foram identificados. Nas conversas com a turma do Judô e do Origami fiquei sabendo mais sobre a quadra que há na COHAB, que faz parte do “projeto do centro cultural”; com a coordenadora do grupo da Terceira Idade soube da existência de uma pequena praça no ponto final dos ônibus; com as ACS outros equipamentos educacionais do bairro.

Os equipamentos da comunidade estão no seu entorno, todos próximos. Tomando o Centro Comunitário como referência a escola de ensino fundamental está a sua frente, o parque à direita e ao fundo, a igreja do lado esquerdo e seguindo a calçada em direção à igreja chega-se a ETEC. Há também, logo na entrada na rua de acesso à COHAB, uma igreja evangélica.

Já o “centro cultural” trata-se de um projeto, citado por várias pessoas, e que é esclarecido pela secretária. Ela confirma que o espaço da quadra e o terreno vazio que tem ao lado fazem parte da intenção de construir um “centro cultural”. Os moradores gostariam que houvesse no local biblioteca, sala de jogos e outras atividades. Para concretizar esse projeto estavam tentando conseguir verbas, inclusive com a organização de um abaixo assinado entre os moradores da COHAB, mas, até aquele momento, só havia a quadra. Disse que era uma moradora específica que coordenava o projeto do “centro cultural”, no sentido de que era ela quem corria atrás das coisas para continuarem lutando para levar o projeto adiante: “lutam pela parte de lazer”.

Outro espaço importante e que tem marcas na história da comunidade é o parque. Espaço já citado nas entrevistas com as coordenadoras das equipes de ESF que atuam na área, depois nas falas de Angelina e, de modo particular, quando pude perguntar especificamente sobre ele na conversa que tive com a secretária e também em ata55 de reunião realizada entre moradores e demais instituições envolvidas com o projeto. Perguntei se ele também foi reivindicação da comunidade. Clara contou que quando a prefeitura fez a desapropriação da favela o projeto do parque já era previsto. Uma construtora ganhou a licitação para fazer o parque e, de acordo com a ata da referida reunião, houve participação, além da subprefeitura do Butantã, de vários moradores da comunidade e de instituições como a UBS, supervisor da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, participação de estudantes de arquitetura da USP, entre outros, para discutir o projeto do parque. No momento da construção, o espaço do Centro Comunitário foi usado para guardar máquinas e puxar ponto de energia. A secretária disse que ficaram ali por dois anos e que não teve problema nenhum. Em troca eles pagavam as contas de água do Centro Comunitário e nesse período ajudaram em outras coisas, como consertar o portão grande do estacionamento e refazer o muro que tinha sido danificado.

A partir do tema do parque, entramos na história da desapropriação do morro. Ela contou que a demolição aconteceu em 20 de março de 2008 e que nunca mais vai esquecer:

“foi muito triste, muito forte, veio de tudo: bombeiro, polícia civil, militar, defesa civil, tudo o que você puder imaginar apareceu aqui”. Contou que com máquinas passaram por cima de

tudo, derrubaram as casas, não havia diferença entre nada. Das pessoas que moravam ali, apenas cinco famílias não fizeram acordo com a prefeitura. Recordou que no dia foi um desespero porque já tinham ameaçado várias vezes que viriam derrubar, mas ia passando o

55Ata da reunião realizada em 7 de maio de 2008. Disponível em:

<http://parquecohab.wordpress.com/2008/05/07/lancamento-do-parque-da-co>. Acesso em: 14 de novembro de 2011.

tempo e as pessoas achavam que não ia acontecer, então no dia foi aquele desespero. Algumas famílias entraram na proposta da COHAB e hoje moram nos predinhos, mas muitos foram para outros lugares.

Explicou também que quando ocorreu a ocupação do morro fizeram uma abertura que não existia, se referindo à parte mais larga, ainda com áreas de terra, por onde passam os ônibus, “aquilo não existia, nesse espaço construíram muitos barzinhos”.

Sobre as diferenças entre os prédios e as casas, Clara diz que eles foram construídos ao mesmo tempo e nesse período aconteceu o acidente na favela do Morumbi. Luiza Erundina, prefeita na época, cedeu a última rua para as pessoas que perderam as casas lá, mas sem estrutura, só os terrenos. Lembra de um caso que recebeu destaque na mídia, uma senhora que perdeu cinco pessoas da família no acidente, ela diz que esta senhora mora na COHAB até hoje. Os prédios foram entregues em 1989.

Em relação ao Centro Comunitário também fui conhecendo seus detalhes aos poucos e, depois, soube das outras representações que seus espaços tiveram devido ao contato que fui tendo com suas histórias. O portão de entrada é simples, pequeno. O corredor cimentado leva do lado direito às salas utilizadas para aulas, grupos e reuniões. No total são quatro e na parte final há uma outra na qual mora uma família. No primeiro contato, chamaram a atenção nessas salas as paredes de ferro, apenas algumas partes são de alvenaria. O telhado é de amianto, a fiação elétrica aparente, o chão de cimento e as divisórias de uma sala para outra variam entre ferro e madeira. No período de observação tive a oportunidade de acompanhar atividades que aconteceram em todas elas. A primeira é mais voltada para as atividades artesanais: há máquinas de costura, mesas grandes, guarda-roupas e armários em que são guardados diferentes tipos de materiais, como retalhos de tecido e confecções já feitas pelos grupos. As outras salas estão mais preparadas para aulas e reuniões: há cadeiras de estudo, lousas, estantes com livros, cartazes com letras do alfabeto, nome de alunos, mapas, enfeites produzidos pelos alunos do MOVA (Movimento de Alfabetização de Jovens e Adultos). Elas também são como depósitos, guardam outros tipos de móveis de doação, como berço e cadeiras de banho. Faz divisa com o lado direito das salas a construção do salão da igreja. Do lado esquerdo há outra construção, essa toda de alvenaria que é composta por um salão, uma pequena cozinha, dois banheiros e a secretaria. Ainda do lado esquerdo, na parte externa do Centro Comunitário, há um terreno grande de terra com pedrinhas, algumas estruturas de ferro para barracas e palco.

No que se refere à história do Centro Comunitário, os dados que apresento aqui são resultado das informações daqueles que fazem parte da sua história e que foram se

complementando, algumas de modo imprevisto, outras com questionamento mais direcionados, que incluem as conversas durante as observações, especialmente no grupo da Terceira Idade, com moradores e pessoas responsáveis por atividades, como a Angelina coordenadora da Terceira Idade, e a Ivone coordenadora do MOVA, até um momento específico para tratar desse tema quando conversei com Clara que é administradora/secretaria do Centro Comunitário. Inclui também as entrevistas da primeira fase da pesquisa com as coordenadoras das equipes branca e vermelha que desenvolviam atividades no Centro Comunitário.

As primeiras informações sobre o Centro Comunitário Raposo Tavares vieram das entrevistas da Julia e da Beatriz. Por meio delas soube que ele abrigava grupos das equipes branca e vermelha da UBS Jardim Boa Vista e oferecia outras atividades, além daquelas vinculadas à UBS, como aulas de Judô e distribuição de leite e de cestas básicas. Das entrevistas também veio o reconhecimento de que esse Centro Comunitário é uma referência para a população e foi construído com apoio de uma “igreja” católica em um terreno que havia ao seu lado cedido pela prefeitura.

Essa informação sobre o terreno é retomada, primeiro quando a moradora responsável pelo grupo da Terceira Idade levou um álbum de fotografias das atividades e eventos relacionados ao Centro para eu ver. Nele havia várias fotos de uma passeata pelas ruas do bairro em que os moradores apareciam segurando faixas com dizeres: “todos

precisam de Deus”; “por que destruir uma entidade que foi construída pelo povo?”; “contamos com a compreensão das autoridades”. Perguntei sobre essa passeata. Angelina

explicou que ela foi realizada porque o terreno é da prefeitura, mas havia sido concedido para uso do Centro Comunitário e que não tinham tido problemas. Mas em determinado momento receberam uma carta da prefeitura que solicitava a restituição do local. Por isso a passeata. Contou: “o povo já tinha dito que se fosse mantido o pedido eles iriam quebrar tudo, inclusive a igreja”, e que no prédio da igreja foi bastante dinheiro, no Centro Comunitário

não, as paredes de ferro foram mantidas. Nesse momento entrou em cena uma pessoa importante na história do Centro Comunitário, padre Adriano. Angelina contou que ele também interveio e levou até a prefeitura o posicionamento dos moradores. Mas deu tudo certo. Explicou que para justificar a pertinência do Centro Comunitário foi preciso manter atividades sociais para atender a comunidade e afastar as ameaças de fechamento.

A conversa com a secretária Clara especifica melhor a situação do Centro Comunitário. Ela explicou que não está na secretaria desde o início, mas como mora bem em frente ao Centro Comunitário acompanhou tudo e também do que ouviu de padre Adriano e

de outras pessoas. De acordo com ela, Angelina e Ivone, o Centro Comunitário começou a funcionar em 1994. Clara começou a participar da comunidade em 1998 e entrou na secretaria em 2000. Falou que no início a comunidade se reunia para rezar as missas no “centro cultural”, no terreno, usando também as casas em frente. Foi assim por uns dois anos e então construíram a “escola de lata”56, se referindo às salas do Centro Comunitário onde acontecem aulas e reuniões.

A “escola de lata” foi originalmente a Escola “Maria Alice” de 1ª a 4ª séries. Foi construída pela prefeitura porque só havia escola do outro lado da rodovia Raposo Tavares e era muito difícil atravessar, pois na época não existia passarela. Contou que as mães tinham que se juntar para conseguir parar o trânsito da rodovia e atravessar para o outro lado, por isso, pleiteavam uma escola para o bairro. Resolveram o problema construindo uma na COHAB que ficou conhecida como “escola de lata”, devido às paredes das salas de aula serem de ferro. Depois é que construíram o prédio novo de alvenaria para abrigar a escola que hoje fica em frente ao Centro Comunitário, assim puderam usar a construção anterior da “escola de lata” para realizar as missas e as aulas de catequese. Então os moradores da COHAB formaram a comunidade Nossa Senhora Aparecida, já com a ajuda do padre Adriano.

Também contou que a prefeitura quis derrubar a escola, mas a comunidade se organizou para pedir formalmente na secretaria da COHAB licença para usar o prédio, pois o terreno estava registrado na secretaria da COHAB/prefeitura. Conseguiram uma concessão de uso por dois anos. Nesse tempo construíram o prédio da igreja ao lado e também fecharam uma área que era apenas coberta (hoje é o salão onde há aulas de Judô e fica também a secretaria). Explicou que essa área já tinha uma cozinha e era usada para as crianças comerem a merenda. Lembrou que esse salão já foi usado para muitas atividades, palestras, receber políticos e festas. Quando houve desapropriação do morro também foi usado para fazer o cadastro dos moradores pela prefeitura e receber as indenizações, comentou: “o uso é para a comunidade”.

Quando venceu a concessão, descobriram que o terreno não estava mais vinculado à secretaria da COHAB, passou a ser inscrito na prefeitura como uma área institucional – o que significa que nela só podem ser construídas UBS, praça, escola, mas, como disse, “não igreja”. Por isso, estão como “invasores” no terreno. Devido a essa condição, os moradores

56Outras “escolas de lata” ou “escolas de latinha” foram construídas em São Paulo durante a gestão de Celso

Pitta. A proposta era que estas escolas atendessem uma demanda emergencial de vagas na rede pública de ensino. Entretanto, o processo de substituição por construções adequadas foi lento e, em algumas escolas, ainda existem salas que funcionam como anexo da nova construção.

têm receio de investir na melhora dos prédios, pois para isso seria usado o dinheiro da comunidade: “não podemos usar o dinheiro da comunidade em algo que pode ser tomado/destruído depois”. Disse que já veio um engenheiro para ver o que era possível fazer

para melhorar a construção. Ele veio por intermédio do Aurélio Miguel. Falou mais uma vez que não poderiam fazer as melhorias com o dinheiro da comunidade, seria melhor contar com a ajuda da Câmara Municipal, por intermédio, por exemplo, do Aurélio que é vereador. É por isso também que o salão da igreja não tem cruz, nem sino, e que chamam de “salão”, porque ela não poderia ser construída ali57. Hoje a permanência deles está condicionada a desenvolverem ações sociais, “senão já teriam tomado o terreno”. Apesar disso, acredita que “hoje isso já é mais difícil de acontecer, pois agora o Centro Comunitário é uma referência para a COHAB”.

Ivone, moradora da COHAB e coordenadora do MOVA, também explicou que não estava na fundação do Centro Comunitário, que ocorreu em 1994. Mas disse que ela foi iniciativa dos moradores: “foi a comunidade que construiu tudo”. Falou também da ajuda do padre Adriano: “ele é um guerreiro! Quem ia cumprimentá-lo via suas mãos sempre sujas de

barro”. Perguntou se eu conhecia as comunidades Munk e Santa Maria, porque “ele fez grandes obras nessas comunidades também” e que é o tipo de padre “que entende o sacerdócio verdadeiramente, que tem o dom verdadeiro e o lado da ajuda social muito forte”.

Foi ele quem a convidou para ser coordenadora do MOVA, porque na época tinha o magistério e também era ACS da UBS. O padre dizia que poderia ajudar a descobrir quem eram e onde estavam aqueles que poderiam ser alfabetizados, pois a sua formação e o seu trabalho permitiam a proximidade com as pessoas e, assim, ao entrar nas casas poderia falar também sobre o MOVA. Ela está na COHAB há doze anos.

A participação do padre Adriano na consolidação da igreja e do Centro Comunitário é percebida na gratidão, apreço e admiração que os moradores têm por ele. Joana que mora em um dos predinhos ao lado do Centro Comunitário e da igreja conta que:

“quando começaram a construir a igreja e o Centro Comunitário via da minha janela o padre agachado trabalhando, naquele calorão, com um boné na cabeça ajudando na construção”. Disse que na época não havia dízimo e conseguiam o dinheiro para as obras

57 Contou que existem outras duas comunidades cristãs, além da “Nossa Senhora Aparecida”, também formadas

com a ajuda do padre Adriano, que pertencem à Diocese “Nossa Senhora da Clausura”, são elas: “Nossa Senhora do Rosário” na Munk (neste caso ela explica que é uma igreja mesmo, que conseguiram comprar o terreno com doações, padre Adriano conseguiu doações de fora, da Itália por exemplo, por isso, lá há cruz e sino) e a “Santa Maria” no bairro que tem o mesmo nome. Falou que a partir de 2009 o novo padre também está tentando formar outra comunidade no Jardim das Rosas, que será chamada “São Frei Galvão”. Atualmente as missas são rezadas nas casas.

pedindo ajuda uma vez por mês nas casas. As pessoas doavam quando podiam qualquer valor. Fez distinções com o padre atual58: “ele já é diferente, tem outro jeito de trabalhar, ainda é difícil se acostumar”. Uma das professoras do MOVA também relatou que foi muito difícil

quando o padre Adriano saiu, pois o considera como “uma pessoa abençoada, iluminada e fez muito pela comunidade, pela questão social, mas estamos nos acostumando, é que cada também tem o seu jeito né”.

De acordo com Angelina, Clara e a professora do MOVA, fazia cerca de dois anos que o padre Adriano estava trabalhando em outra região, mas que ele não havia abandonado a comunidade da COHAB, sempre quando podia passava por lá. Tive a oportunidade de presenciar tal situação. Padre Adriano, tão comentado e querido pelos moradores, fez uma visita justamente em um dos dias em que eu estava observando o grupo da Terceira Idade. Fiquei particularmente feliz por esse encontro, pois ele é uma figura central na história da comunidade e do Centro Comunitário. As senhoras na sala se surpreenderam e foram ao encontro do padre para cumprimentá-lo. Angelina me apresentou e explicou que estava fazendo uma pesquisa ali, e ele disse tranquilamente: “ah, que bom”. Disse que era um prazer poder conhecê-lo, pois ele era muito “famoso e querido ali”. Ele respondeu: “não, não, eles é

que são generosos comigo”. Depois de cumprimentar a todas, ele se retirou e foi para o salão.

Sobre as atividades desenvolvidas no Centro Comunitário a secretária contou que já fizeram de tudo um pouco, dependendo das necessidades e oportunidades que surgem. Por exemplo, quando a ETEC começou a funcionar, organizaram um “cursinho pré-vestibular” para preparar os jovens da COHAB para fazer o exame exigido para conseguir uma vaga nessa escola. Conseguiram professores da USP e as aulas aconteceram por quatro meses no salão do Centro Comunitário. Explicou que a moradora que coordena o projeto do “centro cultural”, ajudou nisso. Também tentam se aproximar da instituição, disse que há representantes da comunidade no conselho da ETEC, do qual ela mesma já fez parte. Ou então a “feirinha”, que era montada uma vez por semana quando um supermercado da região doava alimentos. Eles precisavam arrumar um carro para buscar as frutas, verduras e legumes doados e montavam a feira no salão. Também abrem um espaço para o Bazar da “Associação da Síndrome de Willians”. Explicou que a sede é no bairro Belém, que fica muito longe, mas como tem uma mãe da comunidade que participa dessa associação elas tentam trazer algumas atividades para a COHAB.

58 Na volta ao Centro Comunitário em 2012 já havia ocorrido outra mudança, um novo padre estava à frente da

Como as aulas de Judô, também tiveram outras atividades, como aulas de inglês e de balé. No caso dessas atividades cobrava-se R$25,00, dos quais R$20,00 iam para o professor e R$5,00 ficavam para o Centro Comunitário. Mas ela disse que “as coisas não duram muito tempo”. Em relação aos professores ela observou que eles procuram o Centro

Comunitário para oferecer alguma atividade quando estão sem emprego. “Foi assim com o balé. Montam as turmas, depois conseguem aulas em outros lugares e começam a ‘espremer’ os horários aqui, aí ocorrem desistências. Acabam abandonando por questões profissionais”.