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No dia 13 de setembro o Lehman Brothers, quarto maior banco de investimentos dos EUA, anunciou que pediria concordata na Corte de Falências do Distrito Sul de Nova York. No dia 29, a Câmara dos EUA rejeitou o plano de socorro de US$ 700 bilhões aos bancos norte-americanos, proposto pelo então presidente George W. Bush. Com a recusa do plano, o temor tomou conta do mercado financeiro no mundo todo, que registrou severas quedas no dia. A Bovespa teve a maior queda desde de janeiro de 1999, recuando 9,36%. Em 1º de outubro, o Senado dos EUA aprovou o plano de resgate aos mercados apresentado pelo governo Bush, ajustado após ter sido rejeitada pela Câmara (PORTAL G1, 2008).

Em outubro de 2008, bancos centrais de vários países anunciaram redução em suas taxas de juros, em uma tentativa de conter a desaceleração da economia mundial, afetada pela crise financeira. Nos EUA, o Federal Reserve anunciou o corte dos juros de 2% para 1,5% (PORTAL G1, 2008).

No final do ano, o governo federal anunciou mudanças no Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF), para o ano de 2009, que resultara em um recolhimento menor de impostos, em mais de R$ 4,9 bilhões, principalmente pela classe média (PORTAL G1, 2008).

Em fevereiro de 2009, a Embraer anunciou, por meio de comunicado ao mercado, o corte de 4.260 postos de trabalho, equivalente a 20% da força de trabalho da empresa. A companhia revisou suas projeções de entregas de aviões em 2009 de 270 para 242 aeronaves, e justificou a crise que afeta a economia global pelas demissões. A General Motors e a Volkswagen também anunciaram milhares de demissões pelo mundo. No dia 27, o governo norte-americano informou que a economia dos EUA contraiu 6,2% no quarto trimestre de 2008, o maior recuo registrado nos últimos 25 anos (ÉPOCA, 2009).

No mês seguinte, o IBGE divulgou recuo de 3,6% do PIB do quarto trimestre de 2008 ante os três meses antecedentes, a maior queda desde o início da série histórica em 1996. O governo federal anunciou programa de moradia popular para construção de um milhão de imóveis para famílias com renda até 10 salários mínimos. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, destacou que o objetivo do programa "Minha Casa, Minha Vida" é a geração de emprego e renda, em tempos de crise global. No final do mês de março, o governo prorrogou os incentivos fiscais para o setor automotivo e estendeu para a indústria da construção (ÉPOCA, 2009).

Reunidos em Londres, no mês de abril, os líderes do G-20 chegaram a um acordo para enfrentar a recessão mundial. As medidas contra a crise foram orçadas em US$ 1 trilhão. Em

junho, a agência Eurostat divulgou que o PIB da zona do euro declinou 2,5% nos três primeiros meses de 2009 em relação aos três meses antecedentes. No Brasil, o PIB do 2º trimestre cresceu 1,9% ante o 1º trimestre, o País saía da chamada recessão técnica, caracterizada por dois trimestres consecutivos de retração econômica (ÉPOCA, 2009).

Em julho, o Copom decidiu, por unanimidade, reduzir a taxa básica de juros da economia de 9,25% para 8,75% ao ano. Era a menor taxa desde 1997. Essa foi a quinta redução consecutiva da Selic desde janeiro, quando o Banco Central começou a atuar mais firmemente para mitigar os efeitos da crise mundial (ÉPOCA, 2009).

Em setembro, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, informou que o governo enviara projeto de lei ao Congresso, com as mudanças para a poupança, a alíquota de 22,5% incidiria sobre a rentabilidade dos depósitos de cadernetas de poupança acima de R$ 50 mil, a partir de 2010 (ÉPOCA, 2009).

A economia dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) teve expansão de 0,8% no terceiro trimestre de 2009, na comparação com o segundo. Os destaques foram as economias do Japão e dos EUA, com expansão de 1,2% e 0,9%, respectivamente. Entre os piores resultados, figura a economia do Reino Unido, que apresentou retração de 0,4% (ÉPOCA, 2009).

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou em dezembro a concessão de uma nova linha de crédito da União para o BNDES, no valor de até R$ 80 bilhões, para o financiamento de investimentos e do desenvolvimento produtivo em 2010 e 2011, principalmente nos setores de infraestrutura, bens de capital, exportações, inovação e ciência e tecnologia (ÉPOCA, 2009).

O PIB do terceiro trimestre de 2009 teve expansão de 1,3% na comparação com os três meses antecedentes, mas na comparação com o mesmo período do ano anterior, a economia brasileira registrou queda de 1,2% (ÉPOCA, 2009). Em 2009 o PIB recuou 0,2%; em 2008, a expansão da economia brasileira ficara em 5,1%. Já a economia norte-americana em 2009 encerrou com queda de 2,4%, a maior desde 1946. Desde 1991 a economia dos EUA não registrava contração. Já o PIB chinês registrou crescimento de 8,7% (PORTAL G1, 2010).

A Secretaria do Tesouro Nacional anunciou, em janeiro de 2010, que a dívida pública federal avançou 7,15% em 2009 para R$ 1,49 trilhão, ao final de 2008 a dívida estava em R$ 1,39 trilhão. A dívida pública cresceu R$ 100 bilhões, o que representara a maior expansão desde 2005, quando o endividamento avançou R$ 143 bilhões (PORTAL G1, 2010).

A expansão do crédito imobiliário tornou o sonho da casa própria mais acessível para muitos brasileiros. De acordo com os números do Banco Central, o volume de crédito

concedido nos dois primeiros meses de 2010 somou mais de R$ 181 bilhões, 47% a mais que no mesmo período de 2009. Os preços dos imóveis disparam nas capitais do País, aumentos superiores a 100% em apenas dois anos (PORTAL G1, 2010).

Em 20 de abril, o consórcio Norte Energia, arrematou, em leilão, a usina de Belo Monte. Localizada no Rio Xingu, no município de Vitória do Xingu (PA), Belo Monte é a segunda maior usina do Brasil, atrás apenas da binacional Itaipu. É considerada a segunda maior obra do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), uma das principais bandeiras do governo Lula (PORTAL G1, 2010).

No dia 13 de junho de 2010, na Convenção Nacional do PT, foi oficializada em votação simbólica, a ex-ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, como candidata do partido à Presidência da República. O vice de Dilma, fora o deputado Michel Temer, do PMDB (PORTAL G1, 2010).

Em junho, o ex-presidente do Banco Central, Gustavo Loyola, afirmou que a taxa de crescimento do PIB era insustentável e fez um alerta sobre o aumento das importações no período: a demanda interna está crescendo mais do que a oferta. Segundo Loyola, a capacidade ociosa da indústria já foi “engolida” e este seria o cenário para o aumento da inflação (PORTAL G1, 2010).

A economia brasileira cresceu 1,2% no segundo trimestre de 2010, de abril a junho, em relação ao trimestre anterior; o resultado ficou um pouco acima do esperado pelo mercado, mas ainda representou uma desaceleração se comparado ao crescimento de 2,7% observado no primeiro trimestre. No semestre, de janeiro a junho, o PIB cresceu 8,9% em relação ao mesmo período de 2009, esse foi o melhor desempenho para um semestre desde o início da série histórica, em 1996 (PORTAL G1, 2010).

A economia chinesa superou a japonesa em termos nominais no segundo trimestre do ano de 2010, o valor do PIB japonês foi de US$ 1,28 trilhão frente a US$ 1,33 trilhão da China.

No dia 21 de julho daquele ano, a autoridade monetária anunciou a terceira alta consecutiva da taxa básica de juros da economia, a Selic, de 10,25% para 10,75% ao ano. A decisão, segundo o BC, foi tomada por unanimidade entre os membros do colegiado (PORTAL G1, 2010).

Ainda em julho de 2010, o presidente norte-americano, Barack Obama, assinou a lei que permitiu a maior reforma financeira desde a década de 1930 no país. A legislação, rejeitada pela indústria bancária, teve o objetivo de evitar outra crise como a que afetou a maior parte dos mercados mundiais entre 2008 e 2009 (PORTAL G1, 2010).

A economia brasileira cresceu 0,5% no terceiro trimestre de 2010 em relação ao trimestre imediatamente anterior. Se comparado com o mesmo período de 2009, o PIB cresceu 6,7% entre julho e setembro. Segundo o IBGE, o setor de serviços foi o principal destaque no crescimento nessa comparação (PORTAL G1, 2010).

Em 3 de outubro, foi realizado o primeiro turno das eleições presidenciais, Dilma Rousseff obteve 46,91% dos votos válidos, e foi com José Serra, 32,61%, para a disputa do segundo turno. A candidata do Partido Verde, Marina Silva, foi a terceira colocada, com quase 20% dos votos válidos (PORTAL G1, 2010).

No dia 29 de outubro, os líderes da União Europeia (UE), reunidos em Bruxelas, aprovaram medidas mais severas para proteger o bloco contra futuras crises financeiras. Com isso, a UE instituíra mecanismos permanentes para verificar o orçamento de cada país e poderia impor multas aos governos que emprestarem ou gastarem em excesso (PORTAL G1, 2010).

A taxa de desemprego, em outubro de 2010, ficou em 6,1% de acordo com levantamento divulgado pelo IBGE. Era a menor taxa desde março de 2002, quando teve início a série histórica. Em outubro de 2009, a taxa de desocupação havia ficado em 7,5% (PORTAL G1, 2010).

O segundo turno das eleições foi realizado no domingo, 31 de outubro de 2010, Dilma Vana Rousseff, 62 anos, foi eleita a primeira mulher presidente do Brasil. A candidata apoiada pelo então presidente Lula obteve 55.752.529 milhões de votos, 56,05% dos votos válidos, derrotando o candidato José Serra, do PSDB (PORTAL G1, 2010).

Em novembro do mesmo ano, líderes das principais economias do mundo reuniram-se em Seul, na Coreia do Sul, para debater o futuro da economia mundial. No centro das discussões, a chamada “guerra cambial”. A desvalorização do dólar prejudicara as exportações dos demais países (PORTAL G1, 2010).

Em dezembro, o Conselho Monetário Nacional (CMN) e a diretoria do Banco Central elevaram a alíquota do depósito compulsório sobre os depósitos à vista de 8% para 12% e, também, sobre os depósitos a prazo, que passou de 15% para 20%. Segundo o presidente do BC, Henrique Meirelles, a medida visava evitar o surgimento de bolhas no mercado de crédito, bem como de riscos para o sistema financeiro (PORTAL G1, 2010).

Em 2010, a economia brasileira cresceu 7,5%. Em valores correntes, a soma de todas as riquezas produzidas pela economia alcançou R$ 3,675 trilhões. O PIB per capita ficou em R$ 19.016. Em comparação com as grandes economias, o ritmo de expansão do Brasil só perdera para China (10,3%) e Índia (8,6%). A China superou o Japão como 2ª potência econômica

mundial. O PIB do Japão em 2010 ficou em US$ 5,474 trilhões, enquanto a China fechou o ano com US$ 5,8786 trilhões (PORTAL G1, 2011).

Segundo levantamento realizado pelo Ibope, em dezembro, a popularidade do então presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, bateu recorde e chegou a 87%. A aprovação do seu governo, com 80%, também alcançou patamares nunca antes registrados (PORTAL G1, 2010).