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A Estratégia de Desenvolvimento do Turismo da Bahia

No documento Turismo Pelo Brasil (páginas 68-88)

1991–2002

Paulo Renato Dantas Gaudenzi

Paulo Renato Dantas GaudenziPaulo Renato Dantas Gaudenzi

Paulo Renato Dantas GaudenziPaulo Renato Dantas Gaudenzi

Secretário de Estado da Cultura e Turismo da Bahia

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residente Oswaldo Trigueiros, senhores diretores do Conselho de Turismo, da Con- federação Nacional do Comércio, meus amigos conselheiros, senhoras e senho- res: eu me sinto muito à vontade em aqui estar, por vários motivos. O presidente do Conselho, Oswaldo Trigueiros Júnior, quando era diretor da Varig, eu dizia que ele era o meu irmão mais velho; um baiano que nos ajudou muito, não só do ponto de vista do apoio, mas, também, das considerações e dos aconselhamentos, que nós fazíamos questão de ouvir, sobre o assunto em que trabalhávamos, para conduzir as atividades da nossa Bahiatursa, que eu tive a honra de presidir por 14 anos.

Hélio de Souza também, àquela altura, era um companheirão, irmão, que muito nos ajudou.

Hoje, vejo aqui reunidas várias pessoas, um grupo enorme de companheiros, de diver- sas lides, da Abav, Skal, hotelaria, companheiro secretário Gérard, amigo meu de longa data, do início da Bahiatursa, na época ele na Varig; Glória, na Embratur na- quele momento; Cartolano, Gilson, todos companheiros com quem tive oportunidade de trabalhar, juntos fizemos muitas peripécias pelo mundo, fazendo com que o mun- do ficasse menor.

Um outro ponto importante nesta Casa, é que eu tive oportunidade de duas vezes aqui estar para fazer, como hoje, apresentações; Nevinha me deu a informação que eu não tinha mais, fiz aqui umas considerações sobre o turismo na Bahia em 1980, quando nós iniciávamos a primeira administração na Bahiatursa; depois em 1982 também fizemos aqui umas considerações sobre os caminhos da Bahia, que era um programa que o governo do Estado instituiu a partir de 1992 e que hoje nós temos muito orgu- lho de ver todo realizado. Àquela altura, na minha primeira administração, o gover- nador do Estado era o atual Senador Antônio Carlos que, sem dúvida nenhuma, nos seus três governos foi quem deu à atividade do turismo na Bahia a sua cara, ao acre-

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ditar e ao se empenhar, de forma absoluta, tendo essa atividade como uma das suas prioridades, em todos os seus governos, por entender que turismo, como nós entende- mos, é uma atividade econômica, e das mais importantes quando levada a sério, geradora de emprego e renda.

Então, nesses anos todos em que eu tenho trabalhado, nesses períodos em que eu trabalhei, por três vezes, a Bahia foi governada por Antônio Carlos. Tivemos a volta, em 1991, do governo Antônio Carlos, quando se retornou toda essa atividade turística. Tivemos a sucessão com Paulo Souto, que tinha sido antes vice-governador e secretá- rio da Indústria, Comércio e Turismo, e com isso a nossa atividade sempre teve um papel importante dentro do governo. Eu costumo dizer que temos consciência de que a Bahia fez muito, e hoje estou aqui mais uma vez para mostrar essa estratégia. Temos orgulho, alguma vaidade, mas a Bahia fez muito porque sempre entendeu que a continuidade era muito importante para o Estado do ponto de vista econômico, e sempre houve interesse governamental para que isso se realizasse. E as coisas só se realizam quando há definição política. Quando existe definição política as coisas são mais fáceis de serem feitas. Só para exemplificar isso: quando a Bahiatursa fazia parte da Secretaria da Indústria e Comércio, que depois tornou-se Indústria, Comércio e Turismo, tinha mais de 40%, ela sozinha do orçamento da secretaria. Claro que essa secretaria tinha uma série de outras empresas, outros órgãos da área comercial, da área industrial, da área de mineração, mas isso era uma amostra que o governo dava, prestigiando com recursos às necessidades que deviam ser executadas, para que a atividade do turismo tomasse corpo.

Eu vou iniciar a minha apresentação com uma consideração finalística. Nós não temos dúvidas de que a Bahia, é isso que eu vou tentar mostrar, se prepara, vem se preparando, para tornar-se, sem nenhuma dúvida, o grande pólo do turismo brasilei- ro, quer do ponto de vista do turismo interno, e isso não vai demorar muito, nós já estamos por aí, e no turismo internacional nós temos uma longa batalha ainda pela frente, mas, seguramente, hoje nós somos, depois do Rio de Janeiro, o grande pólo de atração de estrangeiros. Vamos crescer muito mais com a infra-estrutura que estamos montando.

O que eu vou apresentar, está sendo chamado “A estratégia de desenvolvimento do turismo da Bahia”.

Em 1991, o Senador Antônio Carlos, ao voltar ao governo, pediu que a Bahiatursa fizesse um novo estudo. Nós tínhamos ultrapassado aquilo que já apresentamos nesta Casa em 1992, que foram os caminhos da Bahia, que eram algumas cidades do inte-

rior, que nós incorporamos ao turismo, e em 1991 nós fizemos um programa, ousado, de 12 anos, quatro já se foram, mais quatro já estão indo, e nós vamos ganhar a eleição em 4 de outubro e vamos fazer mais quatro anos de turismo forte; fizemos um programa ousado, porque entendíamos também que as coisas de turismo não podiam ser feitas em curto prazo, num médio prazo é como nós estamos trabalhando. Então, esse programa que nós vamos apresentar é um programa de 12 anos, que vai de 1991 a 2002.

O primeiro trabalho foi refazer a geografia turística da Bahia. Então, nós dividimos o Estado; nós temos 1.100 quilômetros de costa, seguramente desses 1.100 quilômetros nós devemos ter 800 e tantos de praia mesmo, então definimos a Costa dos Coqueiros, que é a parte norte acima de Salvador até o limite com Sergipe; a Bahia de Todos os Santos, em Salvador; a Costa do Dendê, que é a região em torno de Valença e Morro de São Paulo; a Costa do Cacau, que é em torno de Ilhéus; a Costa do descobrimento, que é em torno de Porto Seguro e a Costa das Baleias, que é no extremo Sul da Bahia, em torno de Caravelas, abrangendo o Parque Nacional Marinho de Abrolhos. E, bem no coração do Estado, nós elegemos uma área, que é a Chapada Diamantina, a região em torno da cidade de Lençóis. Quando eu estou dizendo cada uma dessas regiões, eu tenho citado uma cidade e essas cidades são o que nós chamamos os high lights de cada uma dessas regiões. Na Costa dos Coqueiros, no Norte, é a Praia do Forte, que não é nem uma cidade, é um distrito, depois tem Salvador, depois Valença, com Morro de São Paulo, depois nós temos Ilhéus, depois Porto Seguro e, lá embaixo, Caravelas. Estou reafirmando esses nomes porque nós vamos ver depois que estrutura vai ser montada em cima dessa divisão.

O governo montou três estratégias básicas. Infra-estrutura, ou seja, aprimorar e fazer crescer o produto turístico da Bahia. Uma estratégia de marketing para esses produ- tos e formação de recursos humanos, principalmente para reforço dessas áreas infra- estruturadas.

O governo definiu um programa de 12 anos, em torno de US$ 2 bilhões.

Quando a gente fala isso as pessoas se assustam, mas a gente vai ver que, com um bilhão, do que já foi executado, e US$ 650 milhões do que está sendo executado hoje, a soma disso aí já ultrapassa bem mais da metade do programa.

É um programa, volto a repetir, de 12 anos, de 1991 a 2002. O primeiro ano nós, praticamente, consumimos na elaboração de projetos iniciais, estratégias, buscas de parceiros. É um programa tido, por muita gente, como ambicioso, mas é um progra- ma factível. O governo próximo, nesses próximos quatro anos, vai investir esse resto

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Para vocês terem uma idéia, há um mês, entreguei ao Governador Cesar Borges, que era o vice-governador, e hoje é o governador do Estado, porque o Paulo Souto saiu para ser candidato ao Senado, o programa dos próximos quatro anos dele, que é candidato à reeleição. Não é coisa extraordinária, porque se nós tínhamos uma programação até 2002, nós já sabíamos o que era e o que nós precisávamos, é claro que no correr disso aí algumas coisas vão ser ajustadas, novidades aparecem, outras coisas podem ser modifi- cadas, mas a programação básica do governo, entregamos ao governador, candidato à reeleição, em mãos, inclusive com valoração daquilo que poderá ser executado, para concluirmos esta programação.

O que representam US$ 2 bilhões? Representam recursos que foram, estão sendo e serão dispendidos na área de saneamento básico, que é o ponto mais forte para a melhoria do produto, e nós temos US$ 788 milhões, que estão sendo investidos em água, drenagem etc.

Segundo ponto é transportes. Nós temos uma série de rodovias já executadas, sendo executadas e que serão executadas, interligando áreas de interesse turístico. Depois nós temos uma parte forte também dos aeroportos.

A parte de patrimônio histórico, com 160 milhões.

A parte de energia e outros. Em outros, entram problemas de recuperação ambiental, hospitais, Corpo de Bombeiros, Batalhão de Polícia etc. E uma série de outros custos que importam muito na composição e melhoria do nosso produto turístico.

Das áreas que recebem os recursos, é claro que a área de Salvador e da Baía de Todos os Santos é aquela que recebe a maior quantidade. E se a gente imaginar que desse US$ 1 bilhão, US$ 640 milhões representam a despoluição da Baía de Todos os Santos e o saneamento básico da cidade de Salvador e de mais 10 cidades em torno da Baía de Todos os Santos. Nós estamos fazendo isso porque acreditamos, piamente, que o futu- ro do turismo só acontecerá se não houver poluição, onde tiver poluição, degra- dação ambiental, não vai continuar no mapa das áreas de interesse turístico do mundo.

Então o governo teve muita coragem de empregar US$ 640 milhões. Poucos governos têm coragem de fazer isso, porque é dinheiro enterrado que o povo não vê. Mas, gra- ças a Deus, isso tem que ser mostrado, mostrando a prática do que deve ser o discurso, e o povo passa a entender; a gente já sente no País essa consciência contra a poluição, contra a degradação ambiental etc. O governo da Bahia está investindo só na região

metropolitana, Salvador e o entorno da Baía de Todos os Santos, US$ 640 milhões vieram para esgotamento sanitário. Salvador, que hoje tem 26% da cidade atendida, vai passar, com esse projeto, que já está executado na sua quase totalidade, para 84%, e todas as cidades, são 10, no entorno da Baía de Todos os Santos. São cidades que hoje têm seus esgotos jogados nos rios, rios esses que desembocam na Baía de Todos os Santos.

Esse é um trabalho de muita profundidade, para o qual nós temos, seguramente, uma resposta forte.

O governo da Bahia imaginou que a melhor fórmula que ele teria para comemorar os 500 anos do Descobrimento do Brasil, o encontro das raças, que foi em Porto Seguro, era preparar aquela região para a sua população e para os turistas, que são habitantes temporários de qualquer lugar. Nós não estamos preocupados com festas, festas exis- tirão certamente, a iniciativa privada vai fazer, a Globo vai fazer festa, outras entida- des vão fazer festa, nós estamos preocupados em preparar isso. Na chamada Costa do Descobrimento, áreas como o Município de Cabrália, Porto Seguro, Belmonte, os dis- tritos de Trancoso, Arraial da Ajuda, Coroa Vermelha, está se investindo uma coisa nunca vista neste País, se a gente for fazer uma relação habitantes/investimentos, não tem nada igual ao que nós estamos fazendo na Costa do Descobrimento, inclusi- ve nós estamos mostrando isso ao governo federal, ao presidente Fernando Henrique, aos ministros, antes ao ministro Kandir e agora ao ministro Paiva, do Planejamento, que o governo federal também tem que fazer alguma coisa, tem que ajudar, acabar com o analfabetismo na região do descobrimento, que é a melhor forma de presen- tear o Brasil ao comemorar os 500 anos, nós achamos que estamos corretos. Nós estamos investindo US$ 242 milhões em cidades que, conjuntamente, três ou quatro reunidas, não chegam a 200 mil habitantes. É muito dinheiro numa área de população pequena para esses recursos, mas não tenham dúvida de que são áreas da maior importância para a atividade do turismo e é o rosto do Brasil, os 500 anos. Outro fato também importante é a região da Chapada, onde nós temos um investi- mento, também, forte e esse investimento passa muito pela preservação ambiental. A preocupação que nós temos com a Chapada Diamantina é por ser ela uma região, parecida com a Chapada dos Guimarães, Barra dos Viadeiros, e que tem uma vanta- gem já hoje comparativa, tem aeroporto, que nós acabamos de inaugurar, no dia 6 de junho. É um aeroporto para jato, para Boeing 737, é no caminho de Brasília, o que vai facilitar a gente ter vôos regulares e várias empresas de São Paulo, pelo menos três operadoras, já estão se preparando para fazer os fretamentos para a região da Chapada.

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Nós partimos do pressuposto de que tinha que haver não só rodoviárias, mas, acima de tudo, aeroportos. Nós só acreditamos nessas possibilidades.

Nós estamos preparando a Bahia, como eu disse, para receber turistas de qualquer parte do Brasil e nessas áreas de interesse turístico, tudo através de avião a jato, pelo menos o 737. Nós não acreditamos em turboélice e não estamos para brincadeira. Esses dois pontos, Salvador e Porto Seguro, onde nossos aviões maiores chegaram a ir, são aeroportos que hoje estão recebendo vôos internacionais. Em Porto Seguro, para vocês terem uma idéia, desde que nós retomamos, o aeroporto foi feito e, depois de dois anos, teve que ser ampliado. Porto Seguro merece uma consideração muito espe- cial, eu acho que é um fenômeno nacional do Turismo. A cidade tem 75 mil habitan- tes e recebeu, no ano passado, 600 mil; o aeroporto recebeu quase 500 mil passagei- ros. Nós fizemos o aeroporto em 1993, eu fui voto vencido, àquela altura, numa reu- nião com o secretário de Transportes e de Planejamento e o secretário de Indústria e Comércio, que depois veio a ser o governador, que era o Paulo Souto, eu tomei três a um na reunião porque eu dizia para eles que o aeroporto tinha que ser feito já prevendo o Airbus e o 767. E eles não quiseram fazer em 1993. Não levamos dois anos para ampliar o aeroporto para receber o Airbus e o 767. Desde que fizemos essa reforma, no ano passado, nós temos dois vôos semanais da Argentina para Porto Seguro, e na estação de julho e a partir de outubro até março, nós temos tido seis a nove vôos, por semana, da Argentina. Nós temos hoje dois aeroportos; tivemos que provocar com isso a Polícia Federal, a Receita, que não existia por lá, e isso teve que ser provocado, hoje existe, e hoje temos dois aeroportos recebendo vôos internacionais.

Temos o aeroporto de Ilhéus que é da Infraero.

Temos o aeroporto de Lençóis, que nós também construímos todo com recursos do Estado, como foi o caso do de Porto Seguro, é bom ver que nós não temos recursos federais. Esse dinheiro todo vem de recursos do orçamento do Estado e empréstimos que o Estado tem feito com organizações bancárias: Banco Mundial, Banco In- teramericano, bancos japoneses, com KFW da Alemanha e temos tido empréstimos do BNDES. Mas, dinheiro do governo federal, nós ainda estamos esperando. Vamos ter, porque nós já gastamos mais com o descobrimento, aliás, o descobrimento não é da Bahia, é do Brasil, nós estamos gastando 200 e tantos milhões e o governo federal tem que botar alguma coisa. Isso não é choro, porque no Sul o pessoal tem mania de achar que somos chorões, mas nós fazemos e mostramos.

pode gastar, como gastou ano passado, US$ 1 bilhão de recursos, de investimento. Gastou, no ano retrasado, 700. Nos outros anos, 400. O governador da Bahia, Antônio Carlos, colocou o Estado no lugar certo, fez as reformas que os outros estão fazendo hoje, desde 1991; o Estado da Bahia paga 56% da sua receita líquida ao pessoal, quer dizer, não chega nem aos 60% que a Lei Camata prevê, eu acho que no Brasil só tem nós e mais um Estado ou dois, no máximo, que cumprem a lei. O Estado da Bahia paga com 15% dos seus ganhos os empréstimos, em termos de longo prazo. Não temos empréstimos de curto prazo. Não temos dívida imobiliária, dívida equacionada para 20, 30 anos. Gastamos 12% a 13% de custeio da máquina administrativa e sempre sobram 12%, 13% e 15% de recursos próprios para investir. Então, nós somos um Estado organizado, e por isso somos penalizados; quando vamos ao BNDES, quando vamos aos bancos federais, a primeira coisa que eles perguntam é: “O que vocês pre- cisam aqui para se ajustar na Lei Camata?” Nós não precisamos, estamos ajustados. “Então, não tem linha de crédito para isso.” Por isso é que nós podemos recorrer ao Banco Mundial, ao Banco Interamericano, porque o Estado é organizado, paga, tem despesa e compromissos, nós não temos dívidas. Então, nós estamos investindo. Eu estou fazendo questão de dizer isso, porque a gente abrir a boca para dizer que nós temos um programa de turismo, claro que passa por tudo, porque turismo mexe com tudo. Agora mesmo ficou todo mundo: secretário de Transporte, de Administração, de Saneamento, então, nós conseguimos esse dinheiro para eles gastarem nas suas áreas específicas, dentro de um programa, que aí é que está a força da atividade Turismo. O governo entendeu, fez um programa infra-estrutural que é para o Estado cumprir. A Secretaria de Transportes tem que cumprir; Secretaria de Saneamento tem que cum- prir, porque o governo acha que isso é prioridade e por aí vai chegar dinheiro. Com certeza vai chegar.

Então, temos outros aeroportos. O aeroporto de Caravelas, que é um aeroporto que foi construído na guerra e em que também desce Boeing.

Temos o aeroporto de Morro de São Paulo, eu falei, Morro de São Paulo/Valença. O aeroporto que nós estamos construindo para essa região que é a Costa do Dendê, que hoje é um ponto importante para nós, vai atender a Ilha de Itaparica; para vocês terem uma idéia, esse aeroporto fica a 97 quilômetros da porta do Clube Med. O Clube Med hoje, desembarca seus passageiros em Salvador, leva pelo menos 30 a 40 minutos para chegar ao ferry, mais uma hora de ferry, mais 15/20 minutos para chegar ao hotel; eles vão chegar em uma hora do aeroporto ao hotel. Claro que nós temos outros investimentos nessa área.

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Aeroporto 2 de Julho, Aeroporto de Salvador. Esse é um caso interessante. Hoje eu vinha conversando com o Dr. Percy, presidente da Nordeste, sobre a Infraero. Esse é um aeroporto interessante, e é um aeroporto de propriedade da Infraero. Esse aeropor- to que aí está hoje, 25% dele foram pagos pela Bahiatursa, quando eu era presidente, na minha segunda administração, e agora, o governo está fazendo, com a Infraero, uma ampliação desse aeroporto. Nós vamos fazer toda a pista, mudança de toda a área de administração, de cargas, de prestação de serviços, para poder ampliar o ter- minal. Vamos modernizar e ampliar o terminal. Nós vamos mais do que duplicar. O aeroporto vai sair da capacidade de atendimento de 1.500 milhão de passageiros para quatro milhões. O interessante é a gente ver que isso é uma grande proposição, que vai custar US$ 140 milhões, o aeroporto Infraero, também está incluído o sistema viário. Nós vamos fazer uma nova pista para chegar ao aeroporto de um determinado ponto, para facilitar e não ter problema de engarrafamento. A Infraero vai ganhar um novo aeroporto, ampliado sem botar dinheiro. Vamos ter alguma ajuda do governo federal. A Embratur assinou conosco e vai nos dar US$ 50 milhões. Os outros US$ 90 milhões nós vamos botar. Já estamos botando US$ 45 milhões de dinheiro e estamos tomando US$ 45 milhões no Banco Interamericano de Desenvolvimento. Então, o governo faz isso porque entende que esse negócio tem que ir para a frente.

Estradas EstradasEstradas

EstradasEstradas. Nós só vamos falar do sistema viário básico que o governo construiu para ligar as áreas de interesse turístico. É interessante a gente mostrar que praticamente toda a costa está ligada por uma via paralela à BR-101, que é uma estrada federal. Nós fizemos na costa todas as ligações, faltam dois ou três pontos, que são grandes traves- sias de risco em que nós estamos fazendo serviços de balsas ou pontes, para fechar os 1.100 quilômetros da costa interligados.

É importante também a gente mostrar a ligação Vitória da Conquista-Itapetinga, BR- 101, a estrada que nós construímos para Porto Seguro, para facilitar o acesso de quem vem de Brasília e Goiás a Porto Seguro e mais lá no Oeste, entre Correntina até Goiás, cidade de Posse. Essa estrada fez diminuir em 300 quilômetros a distância entre Brasília e Porto Seguro, entre Goiânia e Porto Seguro. Resultado fantástico, porque a cada dia

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