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Mato Grosso no Contexto do Turismo Mundial

No documento Turismo Pelo Brasil (páginas 156-173)

Ezequiel José Roberto

Ezequiel José RobertoEzequiel José Roberto

Ezequiel José RobertoEzequiel José Roberto

Secretário de Estado de Desenvolvimento do Turismo de Mato Grosso

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u gostaria de saudar Oswaldo Trigueiros, presidente do Conselho de Turismo, o vice-presidente, nosso companheiro Hélio Souza, e o José Maria, que é o secretá- rio executivo; saudar a todos os demais conselheiros e conselheiras desta respeitável entidade que é a Confederação Nacional do Comércio, bem como saudar os estudan- tes, acadêmicos, professores da área de Turismo, servidores desta instituição. Dizer que, particularmente, para nós, é um privilégio, uma honra muito grande poder sair do nosso Mato Grosso, do nosso querido Estado, e vir falar para os senhores, que tiraram um minuto do seu tempo, para que pudessem ouvir um pouco da experiência do turismo que nós estamos desenvolvendo em nosso Estado. Um Estado bastante novo, um Estado que está numa fase muito grande de desenvolvimento econômico, atraindo do Brasil e do mundo todo inúmeros investidores e indústrias. Um Estado de característica agropecuária. Um Estado que tem um potencial muito grande. Estamos há um ano e meio na Secretaria de Desenvolvimento do Turismo do Estado de Mato Grosso. Mato Grosso é um dos poucos estados do Brasil que tratam o turismo como uma atividade estratégica, porque nós temos uma secretaria de primeiro esca- lão – talvez três ou quatro estados no Brasil têm uma secretaria de primeiro escalão – em que trata, diretamente, as coisas, os negócios e as atividades do setor turismo do nosso Estado.

O Governador Dante tem uma visão muito larga; é uma pessoa que tem uma referên- cia a nível nacional; ele foi o autor da emenda que restabeleceu a democracia neste País, as Diretas já. É um governador que está em seu segundo mandato. Enfim, ele tem nos apoiado, nos ajudado muito, para que nós possamos buscar os nossos inúme- ros parceiros, para que possamos desenvolver o potencial que o nosso Estado tem; um potencial belíssimo, fantástico; temos oportunidade de desenvolver esse trabalho junto com a nossa equipe.

Aqui, conosco, está o Dr. Lacerda, que é o nosso subsecretário de Turismo. Homem que tem uma larga experiência na área; tem mais de 30 anos na atividade turismo. É um

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dos grandes estrategistas de marketing de turismo do Brasil. É uma pessoa que tem nos ajudado muito, trabalhado muito, e tem sido, praticamente, aquele que tem nos dado uma referência nessa atividade tão estratégica, importante para o Brasil e para o mun- do.

A nossa Assessora de Comunicação, Lana Motta, também nos acompanha, assim como o maestro Abel, que é professor universitário e é mestre nessa cultura mato-grossense da “viola de cocho”.

Sinto-me muito honrado, é uma satisfação muito grande poder estar aqui com os senhores. É um privilégio para nós mato-grossenses, de um Estado tão pequeno desse Brasil. Nos sentimos orgulhosos de poder apresentar para vocês uma parte daquilo que nós estamos desenvolvendo em nosso Estado.

O tema da nossa palestra é Mato Grosso no Contexto do Turismo Mundial.

Vamos fazer uma panorâmica do Turismo no mundo, no Brasil, e, depois, na parte de Mato Grosso.

Iniciamos com uma frase de um publicitário americano, que disse: “Quando você tenta agarrar as estrelas, talvez não consiga agarrar nenhuma delas, mas é certo que não acabará com um punhado de balas nas mãos”. Então, nós temos que pensar alto, pensar para cima, de uma forma que nós sempre vamos ter um resultado positivo. Nós estaremos falando aqui dessa indústria mais poderosa do mundo na atualidade. A indústria que cresce duas vezes mais que o Produto Interno Bruto mundial. Talvez a única indústria que tem seis bilhões de consumidores em potencial, é a indústria do Turismo.

Paulo Senise, diretor internacional de hotéis e resorts, diz o seguinte: “Se a indústria do Turismo fosse um país, seria uma das maiores e mais prósperas nações do mundo, com Produto Interno Bruto superior a US$ 4 trilhões, estaria sendo visitada por 700 milhões de pessoas e teria um mercado potencial global da ordem de seis bilhões de consumidores”. Isso é muito significativo.

Turismo vem da palavra francesa tour, que quer dizer volta. O tour, em inglês, tam- bém quer dizer volta, tornare, em latim, e o tour, em hebraico, que é também uma viagem de reconhecimento.

Foram as viagens motivadas pelo diletantismo, pelo comércio, pela cultura e, tam- bém, pela descoberta. No Século II a.C. até o Século IV d.C, no Império Romano, é que surgiu o primeiro sistema de estradas originadas lá no Império Romano, para o cam- po, o mar, centros termais, templos e festivais, visando, então, a integração do Impé- rio. No século XV surgiram as grandes viagens transoceânicas, lideradas pelos espa- nhóis e portugueses. O Século XVI, com a Renascença, teve a revolução nas artes, nas letras, na ciência e na liberdade do ir e vir. No Século XVII, surgiu o primeiro guia turístico, criado pelo Francis Bacon em 1612. No Século XVIII, John Palmer fez a invenção da diligência, em carruagens, foi o primeiro transporte a conferir o caráter romântico às viagens. No Século XIX, tivemos a invenção da máquina a vapor, que induziu a revolução, especialmente no transporte rodoviário e hidroviário. Então, se intensificam as viagens internacionais através das ferrovias e dos navios. Na primeira metade do Século XX, nós tivemos, então, o advento do automóvel e do avião, quando se criam as condições básicas para a revolução do Turismo. Na segunda metade do Século XX, nós temos o Turismo, que, basicamente, é um sistema de atividades eco- nômicas que impacta mais de 52 setores da nossa economia. Basicamente é esse o conceito que nós temos dessa indústria.

Qual é a classificação básica? Nós temos o turismo de massa, dominado pelo turismo de sol e praia, que domina quase que a maioria dos turismos em todo o mundo. Nós temos o turista cosmopolita e urbano, turismo de neve e esqui, turismo de parques temáticos. Nós temos, também, outra classificação de turismo especializado, ou espe- cífico, ou personalizado, que é o ecoturismo, muito seletivo, o turismo rural, ou tam- bém conhecido como agroturismo e também o turismo de observadores de pássaros. Nós temos na área de esportes radicais, por exemplo, turismo de mergulho, canoagem,

rappel, tracking, pára-quedismo, escalada etc.

Segundo dados de 2000, da Organização Mundial do Turismo, a indústria teve US$ 4 trilhões de faturamento, US$ 700 bilhões em impostos, que corresponde a cerca de 10% do Produto Interno Bruto mundial; 275 milhões de empregos, 10% da força mundial de trabalho, gerada na indústria de turismo; tivemos 700 milhões de viagens internacionais e também US$ 500 bilhões em divisas. A taxa média de crescimento ao ano de 4%, nesse segmento de 20% ao ano. E nas viagens internacionais, 80% delas são de curta distância. Uma observação: Um estudo científico da Organização Mun- dial do Turismo estima que o turismo interno representa, em média, 10 vezes o turis- mo internacional. Então, é uma coisa fantástica.

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de passageiros transportados. Existem no mundo, hoje, 11.000 jatos voando, 5,5% ao ano de crescimento no setor da aviação, e 60% desses jatos, são lotados pela indústria de turismo, especialmente os vôos charter.

A projeção da Organização Mundial de Turismo para 2010, é que chegaremos a um bilhão de viagens internacionais, US$ 1,5 trilhão em divisas. São números gigantes- cos. Projeção para 2020, 300% de crescimento das viagens e 500% de crescimento da receita.

Dados de 1999 indicam chegada de turistas internacionais por região: Europa com 59%, as Américas com 19%, a Ásia Oriental e Pacífico com 14%; os demais continen- tes: África com 4%, Ásia 2%, Oriente Médio com 2%.

Na receita gerada pelo turismo internacional por região, a Europa fica com 51%, as Américas com 27%, a Ásia e Pacífico com 19%. Nós temos os países líderes em 1998, a França recebeu 70 milhões de turistas, é o primeiro país no ranking mundial, a Espanha 47 milhões e a Itália 34 milhões.

Os Estados Unidos, apesar de serem o terceiro em receptivo, recebeu 47 milhões de turistas, teve uma receita maior, 74 milhões; Itália, 30 milhões, a França, 29 milhões. Os americanos têm uma grande estratégia, que faz com que a permanência dos turis- tas seja maior, tem inúmeros parques, enfim, é uma estratégia muito aguerrida, e o Brasil, recebendo quase cinco milhões de turistas, ocupando a 29° posição, uma re- ceita cambial ainda muito pouco significativa: US$ 3,6 bilhões.

Quanto ao Produto Interno Bruto, na Espanha o turismo contribui com 16,1%, na Bélgica com 15,6%, na Grécia com 14,7%, no México com 13,3%, na França com 12%, na Alemanha com 12%, nos Estados Unidos com 9,7%, e aqui no Brasil, segun- do fontes da WTTC, que é o Conselho Mundial de Turismo, com 7,8% do PIB. Quanto aos dados do turismo nacional registro uma frase, que a maioria dos senho- res já conhece, do Rui Barreto que foi presidente da Associação Comercial do Rio de Janeiro: “Ou crescemos do tamanho do Brasil, ou ele se reduz à nossa dimensão”. Quais são as nossas potencialidades? Somos o País mais tropical do mundo. Somos, indiscutivelmente, o povo mais alegre e comunicativo do planeta. Somos uma nação continente unida, nós temos uma unidade de língua e étnica incomparável. Temos a maior floresta do planeta, que é a Amazônica. Temos 7.500 quilômetros de praias tropicais. Temos os mais espetaculares saltos do mundo, ali representados pelas Cata-

ratas do Iguaçu. Nós temos o maior sistema hídrico do planeta. A maior reserva de biodiversidade da terra, que é o Pantanal de Mato Grosso. São potencialidades que o nosso Brasil tem e cujo desenvolvimento precisamos estimular.

Não temos terremotos, não temos tufões ou furacões, enfim, temos absoluta tranqüi- lidade.

Uma frase do presidente da Embratur, senhor Caio Luíz de Carvalho: “2000 é definiti- vamente o ano em que a indústria brasileira de turismo atinge a idade da razão”. Segundo dados de 1999, o Brasil recebeu cerca de cinco milhões de turistas nas prin- cipais entradas no Brasil do turismo receptivo. Janeiro, fevereiro e março são os me- ses em que nós recebemos mais turistas, caindo nos outros meses. Em janeiro, cerca de 728 mil turistas foram recebidos no Brasil.

Principais mercados emissores de turismo para o Brasil são Argentina com 15%, a França com 3%, os Estados Unidos com 14%, a Itália e o Uruguai com 3%. Os maiores emissores são o mercado europeu e a América.

A entrada de turistas no Brasil dá-se na maior parte via terrestre, 48%; via aérea 49%, principalmente desses países do Cone Sul. Via marítima e fluvial, apenas 2 e 1%, respectivamente.

Os principais portões de entrada de turista estrangeiro no Brasil! São Paulo, o princi- pal, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina. Mas, basicamente, São Paulo e Rio de Janeiro são os dois principais portões de entrada.

Pelo Paraná entram no mês de janeiro, 122 mil turistas. Nos três primeiros meses, janeiro, fevereiro e março o fluxo é maior, depois vai caindo, chegando a dezembro com 68 mil turistas.

A entrada de turistas pelo Rio Grande do Sul ocorre preponderantemente nos meses de janeiro, fevereiro e março, recebendo 280 mil turistas, e, em dezembro, chega a 108 mil turistas.

Dado o grande número de eventos que existem, de janeiro a dezembro entra em São Paulo uma média de 120 mil turistas, em média mensal. Isso evita a sazonalidade; faz com que os empreendimentos se fortaleçam e tenham um faturamento 12 meses no ano. O que não acontece no Pantanal, por exemplo, porque você tem o período da seca de seis meses e um período da chuva de seis meses. Você tem uma despesa fixa

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nos seus empreendimentos de 12 meses e, às vezes, só fatura seis meses num ano. Isso é muito complicado. Precisa oxigenar isso e fazer com que o Turismo aconteça 12 meses no ano, como é o caso de São Paulo, através, principalmente, do segmento de eventos, que é um segmento muito crescente. O Mato Grosso está partindo para isso. O governador inaugurou no ano passado um grande centro de eventos, chamado Centro de Eventos do Pantanal, que é do Sebrae nacional, que está entre os melhores do Centro/Oeste, muito moderno, e nós vamos poder, agora, captar eventos no Brasil e no mundo todo, e levá-los para Mato Grosso, o que vai nos ajudar a atrair turistas. As principais cidades visitadas pelos estrangeiros são o Rio de Janeiro, seguida de Florianópolis e São Paulo, depois Salvador. O Rio de Janeiro com quase 30% dos turistas estrangeiros no Brasil.

O gasto médio per capita dos turistas em visita ao Brasil é, segundo dados de 1991 a 1999, e num período de nove anos, de 70 dólares/dia.

Com referência ao turismo interno, temos um desembarque nos aeroportos brasilei- ros de 1991 a 1999 muito crescente. Em 1991, 16 milhões, chegando em 1999 a 28 milhões. Vinte e oito milhões de desembarque nacional! Mato Grosso tem um desem- barque/ano, dados da Infraero de 1999, de 260 mil passageiros.

Os desembarques dos vôos de turismo internacional, no ano de 1991, atingiram um milhão, e, em 1999, chegaram a quatro milhões e oitocentos. Hoje, temos cerca de cinco milhões de turistas.

Como os senhores vêem, pelos dados apresentados, o Brasil ainda ocupa uma posição muito modesta no turismo mundial. Esses dados por si só falam. Ocupamos hoje o 29o

lugar, e temos muita estrada para percorrer. Recebemos quase o mesmo número de turistas que recebe, por exemplo, a África do Sul, que só teve, no ano de 1999, quatro milhões de turistas.

As perspectivas para 2003 mostram que serão investidos até esse ano, em 300 empreen- dimentos, que são hotéis, resorts, pousadas e 10 parques temáticos, cerca de US$ 8 bi- lhões . Esses dados são da Revista Exame; serão gerados até 2003, cerca de 500 mil novos empregos. A indústria de turismo tem uma facilidade muito grande de gerar emprego, porque impacta 52 setores da nossa economia, e cada um milhão investido na área de turismo gera três a quatro empregos a mais, por exemplo, do que qualquer outra indústria automobilística; tem um resultado fantástico em termo de geração de emprego.

Os principais empreendimentos previstos são hotéis em Manaus, no Amazonas, o Marriot Manaus – US$ 30 milhões, em Fortaleza, no Ceará, três resorts – cerca de US$ 150 milhões, em Alquirás; temos um grupo português investindo no Ceará, em Paracurú, cerca de US$ 500 milhões; no Ceará, em Cumbuco, é uma outra praia bastante interessante, outro grupo investindo US$ 25 milhões. São investimentos pe- sados nessa área. O Beach Park, também no Ceará, Fortaleza, fazendo um aquário e mais um hotel de 4 estrelas, investindo cerca de US$ 30 milhões; a Odebrecht inves- tindo no Rio Grande do Norte, no pólo de Pitangui, US$ 90 milhões; Porto de Gali- nhas; na Praia do Francês, em Alagoas, também o Caeser Park, com US$ 30 milhões, enfim, são números muito grandes. Na Bahia, inúmeros empreendimentos também pelo grupo Andrade Gutierrez, Santo André/Bozzano, Multiplan. No Rio de Janeiro, Cabo Frio, Andrade Gutierrez construindo também um resort de US$ 15 milhões. Em Angra dos Reis, outro, Resort Marina. Um grupo italiano está investindo num projeto urbanístico de Camboriú, cerca de US$ 250 milhões. Em Mato Grosso, Poconé, Mato Grosso, Curumba e Bonito, a Odebrecht, em parceria com a Andrade Gutierrez, está investindo também em eco resorts, em hotéis, cerca de US$ 30 milhões até 2003. Em São Paulo estão previstos cinco hotéis de classe mundial, que vão gerar mais 1.500 unidades, investimento de US$ 300 milhões. Estão em construção cerca de 125 novos flats, com mais de 26 mil unidades, investimento de mais de 300 milhões. O Centro de Exposições Transamérica, 22 mil metros quadrados. O Centro de Conven- ções Anhembi, que está ampliando para 25 mil metros quadrados. O novo Centro Internacional de Guarulhos com 200 mil metros quadrados. São Paulo vai se tornar, como o Rio de Janeiro, uma grande capital do turismo de eventos. O complexo hote- leiro de Anhembi, que estava parado há 30 anos, com 780 apartamentos, foi retomado pelo grupo Hollyday Inn, com investimento da ordem de US$ 100 milhões. Serão cerca de 8 bilhões, que serão investidos nos próximos 10 anos na área.

O Rio de Janeiro estava no quarto lugar no ranking mundial de eventos. Isso é inte- ressantíssimo, ranking mundial; 75% da ocupação hoteleira e sete milhões de turis- tas nacionais e internacionais. Rio de Janeiro tem 130 vôos charter, quase que um a cada três dias. Isso é muito significativo; 100 mil turistas de cruzeiros. O Rio de Janei- ro tem 15 novos hotéis inaugurados, e tem investimento na modernização de hotéis de cerca de US$ 132 milhões.

Outros investimentos previstos. Restauração do Hotel Serrador; Consolidação da Bar- ra como um pólo de entretenimento e lazer; Parque da Mônica; Cidade do Rock; Global Park com US$ 200 milhões, a própria restauração do Maracanã, em que foram

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investidos, segundo a Revista Exame, cerca de US$ 25 milhões. Tudo isso são alavancas importantes para o turismo.

Esses são os dados do Brasil.

Bem, segundo o Jorge Santayana, um filósofo hispano-americano: “É correto preferir a nossa terra a todas as outras, porque somos crianças e cidadãos, antes que possamos ser viajantes e filósofos”.

Agora, vamos falar da nossa terra, o Mato Grosso.

Nós temos um potencial fantástico,o Pantanal, que, pela Constituição de 1988, é um patrimônio nacional, e pela Unesco, é um patrimônio, já declarado, certificado, Patrimônio Natural da Humanidade, e também um título de Reserva da Biosfera. Nós temos o ecossistema do Cerrado, representado pela Chapada dos Guimarães, que é um fantástico ecossistema para o turismo de lazer, para o ecoturismo, turismo de estudo, aventura, esportes radicais, enfim, é um parque nacional, que fica a 60 quilômetros da nossa capital, muito visitado. Existe um festival muito grande, que é realizado todos os anos, que é um festival de inverno, geralmente no mês de julho.

O Cerrado é um divisor das bacias Amazônica e Platina, e também é o paraíso do tu- rismo ecológico, místico e esotérico.

Na parte da Amazônia, Mato Grosso tem 550 mil quilômetros quadrados de Floresta Amazônica. Entre os 10 nomes mais conhecidos do mundo, está a Amazônia. Temos a região do Araguaia, que é o maior vale de praias fluviais do mundo. Temos o Vale do Guaporé do Estado, que é um dos mais ricos vales botânicos do Brasil. Temos um grande e diversificado potencial termal. Somos o Centro Geodésico da América do Sul. Somos o portal da Amazônica. E nós somos também o corredor do Pacífico. Tão logo eleito em 1995, o Governador Dante de Oliveira estabeleceu três diretrizes fun-damentais para o desenvolvimento do Turismo em Mato Grosso.

Organização e integração institucional do setor. Meio ambiente e infra-estrutura e também um plano estratégico de ação.

A organização e integração institucional do setor, que é a nossa primeira diretriz, se deu com a criação de uma Secretaria de Estado, que é a SEDTUR, Secretaria de De- senvolvimento do Turismo. Isso é relevante, porque o secretário está na mesa, a nível de primeiro escalão, conversa com o governador, tem autoridade para estar nas reu-

niões com outros secretários, permite um relacionamento, uma articulação muito ampla, e isso é significativo. É diferente de muitos estados, em que são empresas, agências, às vezes há uma dificuldade muito grande de decisão política, e atividade turística é uma coisa muito dinâmica.

Nós criamos a Associação dos Municípios com Potencial Turístico do Estado, chama- se AMPTUR, muito organizada, muito atuante. Também fizemos o Fórum Empresa- rial do Turismo. Todas as entidades empresariais, todos os empreendimentos turísti- cos do Estado, estão representados ali, e tendo um trade totalmente organizado. Te- mos a BEOP, dos organizadores de evento, a Associação Brasileira de Locadores de Automóveis, ABIH – Associação Brasileira de Hotéis, ABAV – Associação Brasileira de Agentes de Viagens, Sindicato dos Empresários do Turismo do Estado, o Sindicato dos Guias de Turismo, enfim, todo o segmento turístico do Estado está organizado em entidades, e através também do conjunto, através do Fórum Empresarial do Turismo. Na parte da segunda diretriz, meio ambiente e infra-estrutura, o governo trabalhou durante cinco anos, com muito afinco, e o Governador Dante de Oliveira esteve on- tem em Brasília, quando foi assinado pelo Presidente Fernando Henrique e pelo mi-

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