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O Pará e seu Potencial Turístico

No documento Turismo Pelo Brasil (páginas 104-118)

Adenauer Góes

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Adenauer Góes

Adenauer Góes

Presidente da Companhia Paraense de Turismo – Paratur

I

nicialmente, meu presidente, eu gostaria de agradecer. Agradecer em nome do Go- verno do Estado do Pará, agradecer em nome do nosso Governador Almir Gabriel, a oportunidade que o Pará e o turismo paraense estão tendo de poder vir falar um pouco sobre o nosso Estado, mas, com toda certeza, também usufruir deste conheci- mento que, seguramente, todos vocês são possuidores, e que nós, lá no Estado, preci- samos, para realmente tocarmos este projeto turístico, e termos, na realidade, o Esta- do do Pará inserido no turismo brasileiro, e quiçá, no turismo internacional. Fazendo breve introdução: o Governador Almir Gabriel em seu primeiro Governo – pois, ele foi reeleito agora no último pleito –, em janeiro de 1995, definiu três verten- tes, as quais o Estado assumiu e vem trabalhando, no sentido de poder ter o seu desen- volvimento, de olho, principalmente, na questão da geração de trabalho, conseqüen- temente de emprego e de melhoria de qualidade de vida do povo paraense.

Estas três vertentes são: a primeira, a agroindústria. Nós temos, na realidade, o segun- do Estado Brasileiro em dimensões geográficas, são 1.250.000 quilômetros quadrados , e, logicamente, não poderíamos deixar de ter em vista a questão da agroindústria. A segunda vertente, é a da verticalização mineral. Ao longo do tempo, todos nós sabe- mos que o Estado do Pará vem sendo, cultural e historicamente, um Estado extrativista. Tivemos, na realidade, a época da borracha, no início deste século, da qual temos ainda demonstrações do fausto desse período, chamado belle époque, inclusive com o Teatro da Paz e vários casarios que lá foram construídos. Depois tivemos a época do ouro, principalmente do garimpo manual, do extrativismo da madeira, onde ainda nos encontramos, e, novamente, no extrativismo mineral, mas já desta vez sendo realizado do ponto de vista mecanizado, principalmente através dos grandes projetos capitaneados pela Vale do Rio Doce, Albrás, Alunorte, Mineração Rio do Norte, por aí assim. E o Governo está no firme propósito de que esse minério, ao ser retirado de lá, também possa ter a sua produção verticalizada no próprio Estado, para que se possa agregar, aí também, a questão a que me referi ainda há pouco, da geração de traba- lho, de emprego e de renda para a nossa gente.

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A terceira vertente é a do Turismo. Dentro destes três aspectos a que acabei de me referir, seguramente creio que concordaremos que, aquele que lida com os sonhos, aquele que lida com a felicidade, aquele que, poderíamos dizer, seria a tarefa mais fácil de ser cumprida, aquele que precisaria, na realidade, do menor quantitativo de investimento financeiro, aquele que, seguramente, seria capaz de dar um retorno mais rápido, através desta questão do trabalho, do emprego e da renda, é, sem dúvida nenhuma, o turismo, que tem como fulcro maior, aqui, na Confederação Nacional do Comércio, este Conselho, que no momento tenho o privilégio de visitar.

Então o turismo e, particularmente, o ecoturismo que é um dos segmentos que mais cresce no mundo, ganhando cada vez mais a nível mundial essa conotação talvez até movido por dificuldades, como o estresse, insegurança e por toda uma gama de situa- ções que todos nós, que moramos nos grandes centros somos forçados a passar, fazen- do com que o meio ambiente ganhe, na realidade, uma perspectiva toda especial como fator de diminuição dessa insegurança, desse estresse.

Este é o principal capital que o Estado do Pará tem, a natureza. Aí reside, na realidade nosso grande potencial, pois é a atividade que necessita de um investimento menor, já que o seu maior investimento já está feito através da natureza, que temos de sobra, e que cabe ao Pará saber usufruir. E aí eu poderia avançar mais, no sentido de que levantamentos recentes de instituições idôneas, como é o caso da Organização dos Estados Americanos (OEA), mostram, de forma inequívoca, que o Estado do Pará, dentro da Amazônia brasileira, dita legal, constituída de nove estados, é detentor de, praticamente, 50% de todos os atrativos dessa região. São 1.084 atrativos catalogados, e eu disse, atrativos, potencial, catalogados pela OEA, colocando, na realidade, o Pará numa situação privilegiada, tanto do ponto de vista de ser possuidor deste manancial, como do ponto de vista da sua situação geográfica, como ponto mais próximo da Europa. Do ponto de vista geográfico mas também histórico-cultural, porque foi por lá, na realidade, que em 1616, com a fundação de Belém, através de Francisco Caldei- ra Castelo Branco, que tudo começou. Dando ao Pará a dimensão continental do Brasil. Agora, passamos a fornecer indicações sobre alguns números do Pará, a fim de que possamos entrar melhor nesse tema do turismo, até porque ele significa, na realidade, negócio, comércio que se traduzem em números. Hoje somos 5.650 milhões de habi- tantes no Pará, com uma população urbana de 53,51% e rural de 46,49%. Gostaria de deixar claro que quando me refiro à urbana me refiro aos grandes centros, às cidades propriamente ditas. Quer dizer, nós temos hoje a população de Belém com 1,35 mi- lhão de habitantes e temos a grande Belém, como a sua área metropolitana, com algo em torno de um milhão e oitocentos mil habitantes.

O que nos leva a levantar esses dados populacionais?

É que nós temos hoje uma população melhor distribuída. Algo em torno de 25% dessa população residindo em Belém, e os restantes 75% distribuídos ao longo do Estado, o que nos possibilitou na realidade, trabalhar algumas estratégias de pólos, como va- mos ver em seguida. Temos um PIB de 12.863 bilhões, em reais. Agricultura, pecuá- ria, responsável por 20,86% deste PIB. A indústria com 41,14%, baseada, principal- mente na questão da extração mineral e dos grandes projetos a que me referi ainda há pouco. Serviços com 37,97%, e um PIB per capita de 2.276 mil. População economi- camente ativa de 21,4%. O Estado do Pará é detentor de 2,241% do poder de compra das famílias brasileiras, o que representa, por ano, 15.344 bilhões. Lá nós não temos uma Secretaria de Turismo, temos uma empresa de economia mista, que é a Paratur, que como instituição é a responsável pelo Turismo, é nosso órgão oficial de turismo, criado em 1971. Tendo como principal missão promover o Estado, tornando-o um destino turístico consolidado no mercado nacional e internacional.

Tenho absoluta certeza que, se não a unanimidade, a grande maioria deste Conselho concordará que a questão da divulgação e da promoção é fator fundamental para que se possa ter o turismo acontecendo na prática; e muito provavelmente alguns dos senhores até poderiam dizer que ao longo do tempo, e até de um tempo mais recente, muito provavel- mente não têm visto o Pará participando com assiduidade maior na mídia nacional e, conseqüentemente, até na mídia internacional. E eu lhes diria que isso é verdade. Nós tivemos, na realidade, nos últimos quatro anos, duas fases muito bem definidas e que eu gostaria de expor aqui aos senhores.

A primeira destas fases, no período de 1995 e de 1996, quando o Governo Almir Gabriel teve preocupação muito grande no sentido do equilíbrio do Estado como um todo. Havia dificuldades orçamentárias muito grandes. Só para os senhores terem uma noção disso: o Pará, em janeiro de 1995, tinha comprometido 92% da sua arrecada- ção com folha de pessoal; de custeio eram 11%, aí nós já tínhamos 103% e de paga- mento de dívidas, de situações de compromisso anteriores, em torno de 30%. Então era um Estado completamente ingovernável, porque de cada cem reais que arrecada- va, já na “boca do cofre”, tinha 133 comprometidos com o pagamento: o que fazia com que tivesse, quando o governador assumiu, três meses de salários atrasados, e fosse considerado dentro do País como um Estado inadimplente, e que não honrava os seus compromissos. Porque, na realidade, não tinha como honrá-los, pois arreca- dava menos do que precisava para pagar.

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Então nós tivemos, em um período de dois anos, que fechar o “ralo”. Era meta, dimi- nuir-se despesas. Foi necessário, além de demitir pessoal, sacrifícios do ponto de vista político para que se pudesse alcançar esse equilíbrio.

A partir de 1997, o Estado passou a ter condição de poder respirar, e, respirando, fazer parcerias com vários segmentos: com o Governo Federal; com a iniciativa privada e com os organismos internacionais, como é o caso do BID e do BIRD.

E a segunda palavra de ordem, o segundo momento então surgiu no Estado do Pará, o momento da infra-estrutura. Foram investimentos maciços. O Governo foi reeleito. Nós, então, estamos tendo condições, agora, de ter uma seqüência administrativa, situação que o Estado nunca havia tido oportunidade de experimentar antes, e desta forma, estamos tendo continuidade de planejamento e de organização, e uma tercei- ra ordem que se chama produtividade.

Nas primeiras etapas, dos últimos quatro anos, não cabia à Paratur a operacionalização do turismo, porque na realidade nós estávamos com muitos problemas para ter um produto efetivamente preparado e pronto para ser colocado e consumido no mercado, cumpriu etapas e, agora, começa, vejam bem, começa a caminhar utilizando infra- estrutura implantada. Inclusive, há 10 dias atrás, tivemos o nosso aeroporto interna- cional inaugurado, que era antigo sonho da nossa capital, de Belém do Pará, que é, sem dúvida, um portão importante e necessário para o turismo. Foi inaugurado às vésperas do Círio de Nazaré. É por isso que agora começamos a trabalhar no sentido da divulgação e da promoção do Pará.

Recentemente tivemos oportunidade de divulgar matérias, em cadernos especializados, não sei se alguns dos senhores leram, mas tivemos publicações no Brasil Turis, na

Ícaro, na Veja, no Caderno de Turismo do O Globo e várias outras matérias que foram

saindo, e que nós pretendemos se tornem cada vez mais freqüentes, para que nós possamos, gradativamente, na medida em que as possibilidades permitam, com serie- dade, trabalhar a operacionalização do nosso turismo.

O planejamento que está sendo feito contempla, na realidade, várias interfaces do turismo, com órgãos e entidades federais. Estamos trabalhando isso muito bem com o Ministério do Turismo, com a Embratur, e há, aproximadamente, 45 dias, tive a opor- tunidade, de aqui mesmo, na Confederação Nacional do Comércio, estar em uma reunião, com o Ministro do Trabalho, com o Ministro do Turismo e com o Presidente da Embratur, tratando de assuntos relativos à questão do Turismo, com órgãos e enti- dades estaduais e municipais, da qual saímos com uma grande esperança em relação

ao turismo paraense, através do programa nacional chamado PNMT (Programa Naci- onal de Municipalização do Turismo).

Dos 143 municípios do Pará, temos 53 municípios que já fizeram adesão a esse progra- ma, que consta de várias etapas mediante oficinas, e que mostra a sensibilização pela importância do Turismo para o Município, que é na realidade onde tudo ocorre, e esse Município precisa dizer que assume a sua responsabilidade em relação ao Turismo, porque daí vem a questão de limpeza urbana, dos Conselhos Municipais de Turismo, da questão do Fundo Municipal do Turismo, e nós depositamos nessa relação com os municípios, que hoje são 53, volto a referir, um crédito muito grande, no sentido de fazer o turismo acontecer.

Os Conselhos Municipais, juntamente com as comunidades, são fundamentais, por exemplo, nessa questão da limpeza, que serve para nós entendermos a importância dessa parceria, desse comprometimento da comunidade para com a questão do Turis- mo. Nós podemos ter a prefeitura que tivermos, o melhor prefeito que tivermos, com- prometido com a questão da limpeza urbana, investindo na limpeza urbana, se nós não tivermos, uma comunidade, uma sociedade consciente de que precisa dar uma parcela de colaboração, muitas vezes poderia até se dizer, não limpando a cidade, mas evitando sujar a cidade. Nós podemos ter o prefeito melhor que tivermos, que nós sempre sujaremos muito mais do que qualquer um tenha condição de limpar. Essa é a verdade.

O lixo é produto do homem. E nós precisamos aprender a administrá-lo, a controlá- lo, bem mais do que já fizemos até agora. As organizações não-governamentais tam- bém são importantes. Os agentes institucionais privados, nacionais. O turismo faz interface com praticamente todas as atividades. O Governo entende que ainda tem uma administração extremamente lenta, paquidérmica, poderíamos dizer assim, que dá respostas com uma falta de agilidade impressionante. Entendendo isso, meus con- selheiros, o Governo está fazendo no Pará uma reforma administrativa.

Em síntese o que é essa reforma administrativa? Havia no Estado, aproximadamente, 70 instituições, entre secretarias, entidades de economia mista, autarquias, fundações etc. O Governo do Estado criou sete secretarias apenas, ditas Secretarias Especiais e colocou nessas secretarias as instituições que têm afinidades, com finalidades seme- lhantes. Como a palavra de ordem no Pará, hoje, chama-se produtividade, foi criada a Secretaria Especial de Produção, assim como foram criadas outras Secretarias Espe- ciais, a de Proteção, de Promoção e de Defesa Social e outras. A Secretaria Especial de

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Produção acomodou aqueles órgãos que têm a ver com setor produtivo. Ou porque financiam ou legalizam, ou porque têm a ver, diretamente, com a produção. Então, nós estamos locados na Secretaria Especial de Produção, que tem, como já disse, a principal finalidade de encontrar o caminho, todos conversando, para se en- tenderem, falando a mesma língua, inclusive para evitar que um puxe para um lado, outro puxe para o outro, e com a finalidade de potencializar os recursos tam- bém. É assim que o Estado está pensando hoje essa questão da administração esta- dual, fazendo a reforma a que estou me referindo.

O Turismo no plano do Governo constitui-se em prioridade no Estado e o governador nos seus pronunciamentos não diz três palavras em que uma delas não seja turismo, na medida em que esta atividade se apresenta como estruturadora para a economia do Estado, aglutinadora e de grande efeito modificador, sendo, determinante do bem- estar social, geradora de renda e distribuidora de riqueza, impactante no espaço físi- co, social, ambiental e cultural.

É objetivo geral do plano de Governo priorizar o Pará como um destino turístico nacional, numa primeira etapa, e posteriormente internacional, compreendendo ações voltadas para o desenvolvimento do turismo nos quatro pólos atrativos.

Nós temos os princípios básicos que são: o desenvolvimento social, dentro da linha a que já me referi, no sentido da geração de emprego, da geração de renda; a descentra- lização, e o turismo é realmente uma atividade descentralizadora e a sustentabilidade, porque na realidade o nosso maior produto é o ecoturismo, e nós precisamos ter a visão bem nítida, preparada realmente, do desenvolver sem devastar. Isso tudo trazen- do resultados positivos para o Estado do Pará.

A sustentabilidade, com resultados permanentes no processo de desenvolvimento, pre- servando a capacidade produtiva, compreendendo a natureza, a cultura e a popula- ção, para que nós não acabemos botando a perder aquilo que podemos chamar de “a galinha dos ovos de ouro”. A descentralização, ampliando a capacidade de ação, re- duzindo custos operacionais e motivando a participação do poder público e da comu- nidade. O desenvolvimento social científico e tecnológico, ampliando a base econô- mica do Estado, com geração de emprego e distribuição de renda, visando resultados sociais.

Aqui eu queria interromper para passarmos o nosso vídeo. Assistiremos a um vídeo, visando entrar ainda mais no clima paraense, vamos dizer assim: no visual paraense.

Depois, então, encerraremos com mais alguns comentários.

O vídeo que vamos ver contempla os pólos a que ainda vou me referir. São quatro pólos turísticos: o pólo Belém-Costa Atlântica, pólo Marajó, pólo Tapajós e o pólo Araguaia-Tocantins. Vocês assistirão a uma coletânea, que nós chamamos “É Pará Isso”.

São vários clipes, que foram passados apenas no Pará. Com uma finalidade principal: durante algum tempo, convivemos com pessimismo em relação ao nosso Estado. Al- gumas pessoas, dizendo que o Pará era a “terra do já teve”. Esta é uma estratégia que passa pelo sentido de resgatarmos a auto-estima, o amor pelo Pará, entendendo que na realidade, aquele que precisa divulgar, de forma mais consistente, de forma real- mente mais viva, é o próprio paraense. Então, foi uma estratégia utilizada no sentido de mostrar as coisas bonitas, belas, que nós temos, e no sentido de incentivar o paraense a conhecer a sua própria terra, e conhecendo sua própria terra, poder resgatar este amor pelo Pará, o “paraensismo”, como nós chamamos.

Achei interessante trazer esses clipes para vocês pelo seguinte: vocês viram que além de dizer “É Pará Isso”, fala-se “Dê Viva aos Turistas”. Estes clipes estão sendo passados desde o início do ano no Estado, com a finalidade do resgate do “paraensismo”, do amor pelo Pará e de desenvolver em cada paraense a vontade de conhecer o seu pró- prio Estado, para poder falar bem dele, para poder divulgá-lo, para poder trabalhá-lo, mas, também, tem a mensagem bem clara da importância do Turismo, da importân- cia de se receber e tratar bem o turista, porque no duro nós todos sabemos que a melhor propaganda, é, na realidade, aquela que se faz boca a boca.

Podemos fazer a melhor divulgação, a melhor campanha promocional, mas se não soubermos receber, se não formatarmos o nosso produto realmente em condições ideais para ser consumido, não conseguiremos manter o processo. Poderemos até encher o Estado do Pará num determinado momento, mas, depois, ele não se mante- rá nos níveis que nós gostaríamos e estamos trabalhando no sentido de conseguir, para fazer uma situação que seja efetiva, concreta, trabalhadora.

Então estamos trabalhando muito essa questão da comunidade, da sociedade, para que entendam a importância do compromisso com o turismo. Estamos trabalhando muito a questão da qualificação profissional, e o Senac tem dado uma contribuição muito grande.

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mente ligada apenas ao turismo. O Sebrae também tem dado uma ajuda muito gran- de nesse processo de formação de mão-de-obra, de qualificação de recursos humanos. Nós temos lá a Secretaria do Trabalho e estamos, depois dessa reunião a que me referi no princípio de minha fala, com a expectativa de termos inclusive o próprio FAT, que é o Fundo de Amparo ao Trabalhador, sendo encaminhado numa situação mais espe- cífica para o turismo, não apenas no Pará, mas no Brasil inteiro, porque o turismo é prioridade no Brasil todo. Então, estamos, na realidade, tentando preparar essa base de olho na questão da qualificação profissional também.

Falei nos pólos prioritários, no sentido de planejamento e de estarmos trabalhando o Turismo no Estado, inclusive em relação aos 53 municípios que fazem parte do nosso Programa Municipal de Turismo, nós temos então quatro pólos. Esses pólos são: Belém/ Costa Atlântica, com entrada por Belém do Pará, e priorizando os municípios do Nordes- te paraense, e que fazem frente, vamos dizer assim, para o Oceano Atlântico. E o Governo, então tem pensado uma série de atividades infra-estruturais, para me- lhorar este pólo turístico, entre elas, o aeroporto de que falei ainda há pouco para vocês.

Nós temos um outro projeto governamental, chamado Estação das Docas, em Belém, e que revitaliza parte do antigo Cais do Porto, que começa a ser gradativamente desativa- do, dentro daquele princípio, que já norteou outras cidades, por este mundo afora, como é o caso de Lisboa, de São Francisco, de Buenos Aires, nós devemos estar inau- gurando a nossa revitalização do Cais do Porto no início do ano 2000. Então vamos ter um novo ponto de atração turística para Belém do Pará, com a Estação das Docas, que inclusive será aberta 24 horas por dia, e que terá uma estação de passageiros específica para receber os turistas de cruzeiros que lá chegarão.

O segundo pólo seria o pólo Marajó, dentro de todo esse ecossistema especial, que contempla essa que falei ser a maior ilha fluviomarítima do mundo, que, de um lado, tem o espetáculo do Amazonas e, do outro, na chamada contracosta, é banhada pelo Oceano Atlântico. É uma ilha que tem uma situação bem definida, durante seis me- ses, áreas alagadas, à semelhança de pantanal, e durante outros seis meses, no verão, a região seca cria um outro tipo de paisagem. Um ecossistema maravilhoso, com uma quantidade impressionante de pássaros, de muitas espécies.

Só para vocês terem uma idéia: tivemos semana passada, durante quatro dias, uma dezena de operadoras de turismo, das maiores do Brasil, e eu ouvi, de pessoas expe- rientes, com mais de 35 anos de turismo no “costado”, os maiores elogios à Ilha do

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