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Paulo Roberto dos Santos CorrêaPaulo Roberto dos Santos Corrêa

No documento Turismo Pelo Brasil (páginas 46-56)

Paulo Roberto dos Santos Corrêa

Paulo Roberto dos Santos Corrêa

Paulo Roberto dos Santos Corrêa

Paulo Roberto dos Santos Corrêa

Secretário de Estado da Indústria e Comércio do Amazonas e Presidente da Empresa Amazonense de Turismo – Emamtur

A

pós a exibição do vídeo sobre o Amazonas, o meu grande desafio aqui, hoje, é provar para os senhores que ao contrário do dito popular, bom mesmo é progra- ma de índio.

Vamos dar uma revisada aqui sobre as informações básicas do Estado. Informações que eu acho que são absolutamente interessantes.

O nosso Estado tem 1.500 milhão de quilômetros quadrados; ocupa 18% do território brasileiro, é o maior Estado da Federação; responsável por 20% da reserva de água doce de todo o globo terrestre. Até queria fazer um comentário, que me foi feito por um representante da Força Sindical. Houve uma reunião internacional e esse repre- sentante começou a falar, dando um depoimento, e o cidadão que estava comandan- do a reunião pediu para ele falar em inglês. Aí ele ficou irritado, continuou falando em português, houve aquela discussão, aí ele pediu o microfone e disse para ele: “olha, avisa a esse cidadão e a quem está aqui, a nível internacional, hoje você me pede para falar inglês, daqui a 100 anos você vai me pedir por água!” Acho que é baseado nessa perspectiva que nós temos lá.

Uma outra coisa que é um mito também: é que o Estado do Amazonas tem 98,7% da sua floresta intocada. Somente foi retirado, para construir cidades, para construir a zona industrial e para construir a agricultura, que vocês viram aí, do terceiro ciclo, que é um projeto do governador para manter o homem no interior e não emigrar para Manaus. Então, o que se fala de queimadas, de depredação da natureza, no Estado do Amazonas, nós não temos esse problema. E nós temos uma população, no Estado, de aproximadamente três milhões de habitantes, o que dá dois habitantes por quilôme- tro quadrado, fortemente concentrado em Manaus, como vocês vão ver aqui agora. Manaus fica localizada à margem esquerda do Rio Negro, tem 11.684 de quilômetros quadrados e possui 1.500 milhão de habitantes. Um milhão e meio em Manaus e

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1.500 milhão espalhado por todo o Estado. Então, um Estado que tem dois habitantes por quilômetro quadrado, em Manaus passa a ter 128 habitantes por quilômetro qua- drado, uma profunda concentração de renda, porque lá nós temos a zona industrial, então, Manaus é responsável por 99,8% da arrecadação de ICM do Estado. Volto a falar nesse projeto do governador, do terceiro ciclo, que é a idéia de manter o homem no interior, através da agricultura e, com certeza, num projeto que nós estamos queren- do fazer, também através do turismo.

Nós temos um parque industrial com 552 empresas, assim distribuídas:

 pólo eletroeletrônico, 202 empresas;  termoplástico, 37 empresas;  químico, 29 empresas;

 metalúrgico, 26 empresas, e assim sucessivamente.

Então, nós temos hoje 552 empresas atraídas para a Zona Franca de Manaus, não só pela estrutura que o Estado oferece, com algumas limitações, mas ele oferece uma estrutura básica razoável, mas, também pelo pacote de incentivos fiscais que nós temos.

No ano de 1996, essas 552 empresas faturaram US$ 13 bilhões. Hoje, o Estado do Amazonas, apesar de lutar com dificuldade, apesar de fazer os seus investimentos com dificuldade, fica entre o oitavo e o 10o estados arrecadadores de ICMS do País.

Estas são as 25 principais empresas por faturamento: Philips, Coca-Cola, Honda, Gra- diente, Evadin, Semp, CCE etc., ou seja, principalmente eletroeletrônica; hoje, todas as empresas que fazem televisão no Brasil estão conosco. Todas as empresas que fa- zem relógio no Brasil estão lá na Zona Franca de Manaus.

Por que elas vão para lá?

Se a estrutura de negócios de uma determinada indústria não tiver como ponto importante o custo do frete para levar sua matéria-prima para a Região Norte o mercado fornecedor é Sul/Sudeste e trazer o seu produto acabado para o grande mercado consumidor, ou seja, se o frete não for um item absolutamente funda- mental no custo, não há outro Estado no Brasil que ofereça benefícios fiscais como nós oferecemos. Nós temos uma redução substancial de ICMS, pode chegar a 100%. Se uma empresa produz um produto que não existe na Zona Franca de Manaus, no

momento, se ela por exemplo, vai para o interior, até próximo de Manaus, ela pode ter 100% de ICMS de incentivo. E ela, no mínimo, terá 45% de ICMS de incentivo a pagar como redução. E lá a gente não devolve o dinheiro para o empresário. Por exemplo, se o empresário tem a pagar 100 e tem um incentivo de 60, ele cobra do seu consumidor, em qualquer lugar do País os 100, recolhe aos cofres do Estado do Amazonas, 40 e mantém no seu bolso os 60, não tem nenhuma paga para receber no futuro, não existe nada disso.

Pela lei federal a Zona Franca de Manaus foi criada em 1967; ela foi renovada a partir de 1988, por 25 anos, portanto, ela existe no momento até 2013. Pela lei federal é isento de IPI, não há custo de IPI, para a empresa que vende a partir da Zona Franca de Manaus e o Imposto de Importação é reduzido em 88%. Se você importa aqui no Rio pagando 20%, lá você vai pagar 2,4%, é uma redução substancial. Essa Suframa é só para o Amazonas Ocidental, Manaus está localizada no Amazonas Ocidental. A Sudam cobre toda a Amazônia e lá não se paga imposto de renda por 10 anos e isso é renovado.

Portanto, volto a dizer aos senhores, se uma indústria tem uma fábrica em qualquer lugar do Brasil, e que o seu custo de frete para comprar matéria-prima e o seu custo de frete para levar o seu produto acabado, não for algo muito forte no seu processo produtivo, não há outro pacote de benefícios fiscais a ser oferecido, exceto do Estado do Amazonas.

Como eu fui chamado para falar de turismo, já falei de indústria, vamos falar um pouco agora de turismo. Os senhores são especialistas nisso, então eu vou começar, rapidamente, a falar do cenário mundial e depois falar do cenário estadual. É claro que para nós do Amazonas, turismo é uma atividade econômica absolutamente har- moniosa e que tem muito a ser feito. Esse negócio que faturou, de acordo com infor- mações recentes, US$ 3,6 trilhões no ano passado, e um dos negócios que mais cres- cem no mundo na medida em que o homem procura cada vez mais lazer e menos trabalho, ele é responsável por 204 bilhões de empregos diretos e indiretos, um em cada nove trabalhadores do mundo está na atividade turística, portanto, é altamente empregador e essa é uma atividade que utiliza todos os setores da economia: agricul- tura, indústria e, claro, serviço. Portanto, é algo que cresce, é importante, uma de- manda muito grande futura e estando no Estado do Amazonas é algo que tem que ser, sem dúvida, desenvolvido.

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rentes na atividade econômica de turismo, faturamos em 1994, eu não tenho dado mais recente, possivelmente os senhores tenham, US$ 45 bilhões, 8% do PIB, quadragésimo sétimo País no cenário mundial a nível de turismo, atrás da Colômbia, que não é um dado bom, portanto, sem dúvida, o País precisa de uma política mais agressiva de turismo.

Agora, só uma pequena evolução de faturamento do turismo no Brasil, que vem de 1987, de US$ 25 bilhões, chegando a 1994 com US$ 45 bilhões.

Agora, vamos falar sobre o nosso caso específico.

O Estado do Amazonas, hoje, não investe um centavo mais em nenhuma atividade que tenha por objetivo vender o nome institucional do Estado. A gente sabe que Ama- zonas é o nome institucional mais conhecido no mundo. Eu trabalhei 10 anos na Coca-Cola e dizia até, quando eu entrei lá no Estado, que eu defendia oito letras – Coca-Cola –, e passei a defender uma outra marca de conhecimento mundial tão grande como Coca-Cola que é o Estado do Amazonas. Então, a gente não investe um centavo em imagem institucional. O que nós queremos agora é fazer com que essa imagem do Amazonas, a nível mundial e a nível nacional, traga negócios para o Amazonas e negócio de turismo é absolutamente fundamental.

Nós também entendemos, por alguma razão, que não é do nosso conhecimento, que o brasileiro não tem por hábito o turismo de floresta. Estou cansado de receber pes- soas no Estado, no início você fica muito empolgado e feliz; você leva para visitar a floresta e o cara diz: “Fantástico, inacreditável!”. No início a gente fica muito feliz, mas com o passar do tempo a gente começa a se irritar, porque se a pessoa diz isso é porque ela foi com uma expectativa muito pequena, que ela não foi comunicada e ela se surpreende, se se surpreende é porque não foi comunicada adequadamente. Então, é uma missão nossa, como presidente da Emamtur, o governador deixa isso muito claro no seu plano de governo, de tentar entender primeiro e depois fazer com que mudemos esse conceito, principalmente do brasileiro, que não tem o hábito de turis- mo de floresta. Esse termo ecoturismo, é um termo que eu não gosto muito de usar, porque geralmente ecoturismo parece aquele cidadão americano, em final de carrei- ra, que faz cafuné em onça. Na verdade, o que nós precisamos é desenvolver o turis- mo de lazer, turismo de convenção, turismo de parceria, por exemplo, com a praia, por que não fazer uma parceira com Rio, Salvador? Mas, realmente o brasileiro está habituado, pelo que a gente percebe, ao turismo de praia, nós não queremos que diminua o turismo de praia, mas queremos que ele passe a conhecer, passe a gozar e

trazer negócios para o nosso Estado, porque nós somos o Estado que pode oferecer a melhor condição, a melhor qualidade do turismo de floresta.

Com relação a nossa infra-estrutura nós recebemos hoje 72 vôos semanais da Varig, 116 como um todo, 13 da Vasp, 31 da Transbrasil. A nível internacional, recebemos por semana somente nove vôos semanais, mesmo assim são vôos complicadíssimos. Todo mundo que vai para os Estados Unidos saindo de São Paulo ou do Rio de Janeiro passa em cima de Manaus, por que não parar em Manaus? Mas isso é uma discussão que nós estamos tendo e vamos falar lá na frente.

A nossa estrutura hoteleira classificada conta com 3.784 leitos, sendo dois hotéis 5 estrelas: o Tropical, que é o nosso melhor hotel e o Tajmahal e tem outros hotéis, seis de 4 estrelas, seis de 3 estrelas e assim sucessivamente. A hotelaria não classificada oferece 1.553 leitos. Nós temos alojamentos turísticos ambientais, ecológicos, sete hotéis de selva, com 534 leitos. Na frente de cada um dos senhores tem um panfleto falando sobre o nosso hotel de selva, que é algo que vende muito para nível de turismo internacional.

O cenário hoje no Amazonas é o seguinte: no ano passado, nós recebemos 155.749 turistas que entraram por Manaus. O que dá uma média mensal de 13 mil turistas ao mês. O Brasil recebeu o ano passado dois milhões de turistas. Então, nós recebemos 7% do turismo nacional. O que é muito, muito pouco. Desses 13 mil hóspedes, 25% deles são turistas internacionais, na sua grande maioria americanos, alemães e japo- neses. Nós temos 2.500 turistas, três mil hóspedes por mês. Os 75% restantes, vão lá, fazem compras e até apreciam um pouco o nosso turismo, mas eles não vão, funda- mentalmente, por serem turistas; o perfil deles: são paulistas, predominantemente do sexo masculino, 86% masculino, 14% feminino, turismo nacional, idade média de 39 anos, engenheiros, portanto, a missão deles é trabalhar na zona industrial, não são neces- sariamente turistas, passam a ser turistas quando estão lá e nós temos coisas boas a oferecer. Algumas pessoas acham que o Estado do Amazonas é muito longe, eu costumo dizer que ele é eqüidistante, porque ele fica a 2.865 quilômetros do Rio, vôo direto são 3:30h; hoje nós não temos vôo direto, temos que parar em Brasília, mas se fosse direto seriam 3:30h; São Paulo, 3.100 quilômetros, também 3:30h, já existe o vôo direto para São Paulo de Manaus; Miami quatro mil quilômetros e Nova Iorque sete mil quilômetros. Miami dá 4:30h e Nova Iorque dá 6h. Portanto, somos eqüidistantes de grandes centros, tudo para estourar a nível de turismo. Temos agora uma estrada que foi feita pelo governador, a BR-174, vai ser inaugurada muito breve, está praticamen-

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te concluída, que vai nos ligar até Caracas e América Central. Hoje, nós ainda não temos uma ligação via rodoviária com o Sul/Sudeste. Vai ser feito agora um trabalho na BR-319, possivelmente, dentro de um prazo razoável nós vamos ter condições de nos ligar via rodoviária com o Sul/Sudeste, ainda hoje não temos essa ligação. A conclusão a que nós podemos chegar é a seguinte: apesar de termos a marca institucional mais conhecida do mundo, temos como retorno um inexpressivo turis- mo receptivo. Nós estamos cientes e conscientes de que precisamos tomar medidas, a curto, a médio e a longo prazos, para incrementar o nosso fluxo de turismo. O nosso objetivo hoje, no plano estratégico que nós montamos, estabelecido pelo governador, é triplicar o número de turistas em três anos. É um plano estratégico que eu diria otimista, mas razoável se considerarmos, por um lado, o que a gente tem, a nível de estrutura, para oferecer, já hoje, e o que vai ser construído e, por outro lado, o nível ainda pequeno de turistas que nós recebemos. Quer dizer, temos um potencial enor- me para atacar, se soubermos atacar.

O Estado ainda é um Estado pouco conhecido. Eu estava comentando ainda há pou- co, eu tive a oportunidade de levar a Manaus o presidente da Confederação Brasileira de Remo, com quem nós vamos fazer um evento. Esse homem viajou o mundo todo, viajou o Brasil todo, e quando nós estávamos discutindo a ida desse evento para Manaus, para o Rio Negro, mais ou menos com 15 minutos de conversa eu percebi que ele não tinha idéia do que era o Estado, nem do que era a Capital, mais ou menos como há 40 anos atrás, o americano achava que a capital do Brasil é Buenos Aires. Começamos a conversar e eu perguntei: o senhor tem idéia do que é o Estado? Qual é o potencial do Estado? Da Capital? Ele disse: “Olha vocês devem ter umas 150 mil pessoas.” Eu falei: a Capital tem 1.500 milhão de pessoas. Então, o que nós estamos fazendo agora, são eventos de primeiro nível, com transmissão a nível nacional, começando com a tele- visão a cabo, que é a Sport TV, para comunicar ao Brasil o que o Estado é capaz de fazer e todo evento a gente coloca dentro de uma hora de programa, 20 minutos falando do Estado, de outros eventos, falando de nossos eventos folclóricos, exata- mente para começar a comunicar. Nós fizemos uma agenda, porque é fundamental que tenha uma agenda, não pode ser uma coisa pontual. Então, no mínimo, de dois em dois meses, os senhores que têm, por exemplo, a Sport TV, hoje nós estamos usan- do a Sport TV como canal de comunicação, os senhores vão ver algum evento, de primeiro nível, do Estado do Amazonas, sempre em parceria com a iniciativa privada. Eu venho de iniciativa privada, o governo, a estrutura estatal, tem sempre muita dificuldade de arrecadar fundos, então, todos os nossos eventos são feitos com a ini-

ciativa privada e o Estado entra como facilitador do processo. Todo custo é pago pela iniciativa privada. Como eu falei, projetos nacionais, o que a gente pretende e está fazendo é se comunicar. O primeiro que nós fizemos foi um vôlei; nós levamos as campeãs olímpicas. No dia 25 de junho, nós fizemos uma partida, no Sambódromo de lá, montamos uma arena, com areia, e fizeram uma partida lá com transmissão pela Sport TV abrindo com uma música, que é a nossa música, música de Parintins, o espetáculo sempre abre com a música e fecha com um espetáculo esportivo de primeiro nível. Depois, nós tivemos o Festival Folclórico de Parintins, eu espero que pelo menos os senhores já tenham ouvido falar nele, no final da apresentação vou passar uma fita que fizemos na época em que eu trabalhava na Coca-Cola, que até tem um pouquinho de merchandising, mas que é uma festa que considero hoje, sem nenhuma, digamos, demagogia, por ser secretário de Estado ou presidente do órgão do Turismo, uma das melhores festas folclóricas do Brasil. Dito isso também pelo pessoal da Globo que esteve com a gente lá, fazendo a cobertura para o Fantástico, eles que cobrem o carnaval, aqui do Rio há 15 anos disseram: “Realmente, essa festa é de primeiro nível.” Então, essa é uma festa que ajuda a promover o Estado, ela é feita no meio da floresta, a 450 quilômetros de Manaus, é a terceira cidade em núme- ro de habitantes do Estado, 80 mil pessoas, uma cidade que é carente, como toda cidade do interior do Estado, mas que consegue fazer uma festa, com uma beleza plástica, com uma beleza musical, uma participação efetiva porque são só dois gru- pos, de uma beleza muito grande. Todo mundo que vai lá se encanta, se entusiasma pela festa. E não podemos esquecer que essa festa é feita numa arena para 40 mil pessoas, dentro da floresta amazônica, que é algo também que tem uma energia diferente.

Estamos tentando fazer uma parceria com a Globo para tentar colocar o que a gente puder do Estado, abrir brechas para oportunidades.

Na sexta-feira passada, dia 25 de julho, nós conseguimos um bloco, pelo trabalho que foi feito pelo Fantástico conosco, botar um bloco falando sobre essa festa de Parintins nesse programa Criança Esperança, que é capitaneado pelo Renato Aragão que, se- gundo a Globo, é um dos três maiores programas a nível de audiência nacional, atingindo 80 milhões de pessoas. Estou sempre com o pessoal da Globo, tentando colocar, onde puder, o Estado através de seus eventos.

No dia 21 de setembro nós vamos ter uma regata internacional. Os senhores sabem que existe uma prova centenária entre Oxford e Cambridge, e nós conseguimos, atra- vés de contato com a embaixada inglesa, trazer essa prova, pela primeira vez, para o Rio Negro, ela já veio quatro ou cinco vezes ao Brasil, Rio e São Paulo, então, vamos

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fazer uma regata de 12 quilômetros, que é algo que está sendo discutido ainda, porque tecnicamente eles não estão querendo muito. Os ingleses estão um pouco preocupados porque é uma prova de 12 quilômetros contra a correnteza, vindo da Manaus velha para a Manaus nova. Eles estão tão preocupados que vinham aqui para o Rio passar dois, três dias, depois eles iam para Manaus; eles não querem mais ir ao Rio, querem ir direto para Manaus, para treinar. Essa prova vai ter a cobertura da Sport TV, patrocinada pela iniciativa privada, e nós estamos conversando com a BBC de Londres que, na última prova, transmitiu para 400 milhões de pessoas e, como é uma prova centenária, Oxford

versus Cambridge, e no Rio Negro, no Amazonas, tem um apelo que os está sensibili-

zando; a CNN também está interessada. Nós estamos conversando, é tudo de graça, façam a transmissão que quiserem.

Então, é uma forma também de se promover o Estado de forma positiva, não só a nível nacional como internacional, e outros eventos estão por aí, todos os eventos possíveis de primeiro nível, nós vamos estar trabalhando sempre com um período máximo de dois meses. Tudo o que a gente faz a gente cria a logomarca, para poder vender depois. Outro ponto importante: todo patrocinador de um evento passa a ser o padrinho daquele evento ad ceternum, ou pelo menos enquanto o governador Amazonino for governa- dor. No ano que vem, em junho, haverá outro evento de vôlei pago pelas mesmas empresas. Este ano foram a Sharp, Honda, Gillette e Shell.

Esse aí é o da regata, Inglaterra versus Brasil, esse é o tema da regata e nós convidamos seis empresas para patrocinar e elas ficaram de nos responder na próxima sexta-feira. Enquanto elas não dizem sim, não posso promover o nome.

Com relação ao longo prazo nós estamos contatando uma série de empresas nacionais e multinacionais, com experiência, por exemplo: Arthur Andersen, Price, Trevisan, estamos contatando essas empresas que têm experiência, porque a gente ouve muito falar em conversas, em reuniões que nós temos tido lá, eu tentei fazer alguns workshops, por que a gente não tem o turismo mais agressivo? Por que a gente não recebe mais o brasileiro? Por que o brasileiro não tem o hábito de turismo de floresta? E as respostas são as mais diversas possíveis. Por exemplo: me dizem muito que é o preço da passagem. O preço da passagem é caro para qualquer lugar do Brasil. Um carioca sai do Rio de Janeiro, deixa a Praia da Barra, de Búzios, paga 12% mais barato na Varig do que pagaria para ir para Manaus e vai para Fortaleza, para a praia. Eu não quero que ele deixe de ir a Fortaleza,

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