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Rio de Janeiro: o Plano Maravilha Gérard Bourgeaiseau

No documento Turismo Pelo Brasil (páginas 118-134)

Gérard Bourgeaiseau

Gérard Bourgeaiseau

Gérard Bourgeaiseau

Gérard Bourgeaiseau

Secretário Especial de Turismo da Prefeitura do Rio de Janeiro

O

Plano Maravilha foi uma vontade política do Prefeito da Cidade do Rio de Janei- ro. Quando ele me convidou, no dia 17 de novembro de 1996, quando ele foi eleito, eu nem tive tempo de agradecer ao Prefeito Luiz Paulo Conde o convite para ser Secretário de Turismo e Presidente da Riotur, acumulando o Riocentro, que ele já deu a idéia que queria que se fizesse uma política para o Turismo para a Cidade do Rio de Janeiro.

Ele tinha tido uma grande experiência como Secretário de Urbanismo, quando idea- lizou o Plano Estratégico da Cidade, que ele presidiu durante os anos de 1993 até ser eleito prefeito da cidade.

E a cidade tinha muitas políticas, em vários campos, no campo social, de transporte e outros, mas para o turismo não tinha. Por que não tinha política? Porque a gente sempre viveu em cima da beleza da cidade do Rio de Janeiro, a infra-estrutura do turismo, os seus grandes profissionais, que são altamente criativos e, principalmente, pelos cariocas que sabem receber, como ninguém, todos os turistas, brasileiros e es- trangeiros. Mas, no mundo competitivo, no mundo onde a tecnologia está cada vez mais avançada, que é um mundo difícil, nós não poderíamos continuar a ser amadores. Então, foi uma vontade política da gente fazer o Plano Maravilha. Foi um instrumen- to agregador de esforços, em que mais de 1.500 pessoas da sociedade carioca foram consultadas. Nessas 1.500 pessoas, nós tínhamos pessoas, obviamente, ligadas direta- mente ao Turismo, mas muitas não tinham nada a ver com o Turismo. Foram mesas- redondas, foram pesquisas feitas na chegada e na saída de turistas, pesquisas feitas na Argentina, Estados Unidos, Inglaterra, França, Espanha, Itália, Alemanha, porque há um grande contingente de turistas que fazem viagens de longa distância, mas que não vêm para o Brasil. E nós queríamos saber dessas pessoas, que têm poder aquisiti- vo, por que não querem vir ao Brasil, quais as razões. Então, essas pesquisas foram muito importantes e a gente conseguiu fazer um diagnóstico e desenvolver uma es- tratégia de desenvolvimento durante esse primeiro semestre. O trabalho demorou de janeiro a agosto de 1997. Em cima do diagnóstico, nós elaboramos o plano operacional,

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que ficou pronto em novembro, e passamos a implantar o plano de ação, Plano Mara- vilha, a partir de janeiro de 1998.

Os objetivos do Plano Maravilha são:

1) Incrementar os fluxos turísticos para o Rio, consolidando sua liderança no turismo receptivo.

2) Criar uma nova imagem no Brasil e no exterior, como referência na América Latina. 3) Geração de renda e emprego.

Em 1997, nós tínhamos 4.042.000 turistas internacionais e brasileiros, domésticos, e nós estamos vislumbrando para o ano 2000, 7.000.000; isso quer dizer 73% de aumen- to de turistas. E todo mundo achou que era uma meta que não seria atingida, que a gente estava exagerando, como muita coisa não tem credibilidade, e nós falamos que nós tínhamos uma receita de 1,18 bilhões, em 1997, e que a gente poderia ter um incremento de 125% na receita, chegando a 2,65 bilhões, no ano 2000. Posso assegu- rar que no ano de 2001, quando eu terei o prazer de voltar aqui, é sempre um prazer voltar aqui, eu já fiz duas ou três palestras aqui, e não fiz antes, apesar do convite do Sr. Oswaldo Trigueiros e do Hélio, insistentemente, porque não queria vir, para um plenário tão importante, com pessoas que conhecem tão bem o turismo, com promes- sas, porque eu acho que todo mundo está farto de promessas. Então, esse tempo que eu demorei a vir aqui é para poder apresentar resultados concretos. Vocês podem ter certeza que em 2001 nós vamos ultrapassar essas metas, largamente.

Esse é o resultado do Turismo, que em 1996, o Rio de Janeiro recebia 813 mil turistas estrangeiros, passou para 1.100.000 em 1997; 1.455.000 em 1998, e atingimos 1.724.000 turistas em final de 1999, e o Brasil atingindo 5.300.000, de acordo com os dados da Embratur.

Não se enganem quanto a essa subida, aparente, maior que a do Brasil, isso é o con- trário, o Rio de Janeiro está crescendo mais do que o Brasil. Por quê? Porque tem um problema da escala que a gente não conseguiu resolver e está aqui a subida do Rio de Janeiro em termos de turismo. O Rio de Janeiro cresceu mais do que o Brasil nesses últimos três anos graças a Deus, e é muito bom para o Brasil, porque o Rio de Janeiro se desenvolvendo nós vamos ter a possibilidade de beneficiar o Brasil todo.

A participação que já foi no passado do Rio de Janeiro de 37%, passou para 30%, os alunos podem olhar as estatísticas e dados, é que houve uma mudança de metodologia

na Embratur em 1996 para 1997, redistribuindo o aumento desses percentuais, e o Rio de Janeiro ficou com 30%. Quer dizer, nós não baixamos, é devido a uma mudan- ça de metodologia, ficamos com 30,2%, e passamos para quase 33% em 1999, e tenho certeza que no ano de 2000 nós vamos estar em torno de 35% a 36%.

Florianópolis passou de 14,0% para 17,69%; e a razão desse segundo lugar é por causa do tráfego de fronteira, por causa do tráfego da Argentina, que tem esse fluxo muito grande no Sul do Brasil.

São Paulo passou de 18,4% para 13,74%, porque São Paulo não tem um mercado de turismo, e como o Brasil todo cresceu muito, São Paulo perdeu participação em vista disso. Salvador, que estava com quase 11%, ficou com 12,67% na participação.

Foz de Iguaçu, de quase 9% passou para 11,78%, no turismo internacional. Os resultados da área internacional.

A Argentina, que é realmente o gerador maior de turismo para o Brasil, seguido da Europa e depois dos Estados Unidos. A Europa traz o dobro de turistas dos Estados Unidos.

No primeiro café da manhã que eu pude oferecer à indústria, no mês de março de 1997, coloquei que a Europa era o nosso mercado mais promissor, que era o mercado que a gente teria maior possibilidade para trazer turistas, ao contrário do que todo mundo achava que são os Estados Unidos. E eu fui realmente criticado na época, diziam que eu estava totalmente enganado, que os Estados Unidos eram o mais im- portante. E aqui está a comprovação de que a Europa é o mais importante. Por quê? Porque a Europa tem laços culturais conosco. O europeu tem muita mais facilidade de viajar para o exterior, descobrir novas culturas, enquanto os Estados Unidos não têm quase nenhuma relação com o Brasil. As relações entre o Brasil e os Estados Unidos são relações comerciais. As relações culturais dos Estados Unidos são com o Pacífico, devido a Segunda Guerra Mundial; com a Europa; com a Irlanda; com as suas origens na Polônia, na Alemanha, na Itália e em outros países europeus, e conosco, América do Sul, não têm nenhuma relação cultural. E nós temos inúmeras colônias européias estabelecidas aqui, só os portugueses vieram colonizar, o resto veio se esta- belecer, e o europeu gosta de descobrir novos destinos. Então, eu digo que cada vez que gasto um dólar na Europa eu tenho que gastar cinco nos Estados Unidos, porque é muito mais difícil atrair o americano que, primeiro, não conhece geografia.

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Um dia, eu estava num evento no exterior, promovendo o Rio de Janeiro, e uma senhora falou: “meu filho trabalha no Departamento do Estado e disse para eu não vender nada abaixo do Rio Grande, devido às revoluções”. Então, eu perguntei: que revoluções? “Nicarágua, Guatemala e tudo”. E eu disse isso é tão longe do Brasil. E alguns anos atrás, quando houve a Guerra das Malvinas, que já foi bem mais recen- te, nós sofremos um imenso cancelamento, porque todo mundo na Europa pensava que em Copacabana você podia botar a cadeira e assistir à Guerra das Malvinas. E quando aquele avião inglês, que devia sobrevoar a Ilha de Santa Helena, do outro lado do Atlântico, veio pousar em Recife, por um problema técnico, então, realmente, nós ficamos no “coração da guerra”.

Então, a idéia de geografia é um negócio tremendo. Por isso eu acredito muito na Europa e na Europa a gente tem as subdivisões com a Alemanha, Itália, França, e está num crescimento muito bom.

Então, o verão começou no dia 21 de dezembro e terminou no dia 21 de março. O reveillon trouxe esse ano 272.695 turistas, e o impacto econômico do reveillon na cidade, valor estimado que circulou pela cidade, foi de 278.930 milhões de reais. O carnaval do ano 2000 trouxe 320.137 turistas, gerando um dinheiro circulando pela cidade de quase 350 milhões de reais.

E, tirando esses dois eventos, nós temos o verão, de dezembro a março, são 75 dias, nós tivemos 1.568.688 turistas, gerando uma receita de 2.520 bilhões de reais. E nós tivemos o melhor verão, eu acho, de toda a história do Rio de Janeiro, que totalizou 2.164.731 turistas, gerando 3.146 bilhões de reais.

Esses dados foram obtidos em cima de pesquisas controladas, isso não foi feito no “olhômetro”. E vocês podem calcular tudo isso com os dados. A gente tem que ver que seria impossível o parque hoteleiro poder acolher todo esse número de turistas. Mas nós temos um grande contingente de pessoas que alugam apartamentos, ficam em residências de amigos aqui no Rio de Janeiro. E nós fizemos pesquisa, inclusive, em todos os pedágios, em todas as estradas de entrada no Rio de Janeiro, na Rodoviária, nos Aeroportos Internacional Tom Jobim e no Santos Dumont. Agora, nós vamos co- meçar pesquisas mensais, para ver o que anda no Rio de Janeiro.

Então, isso é um recorde, e isso prova que aquele total de dois milhões de turistas, que nós estamos esperando no final do ano, em termos internacionais, e sete milhões no total, vai ser ultrapassado.

Quais são os enfoques do Plano Maravilha?

O desenvolvimento de novos produtos, porque você tem que ser criativo, você tem que oferecer cada vez mais produtos, para interessar os possíveis turistas brasileiros e in- ternacionais. Melhorar os nossos produtos atuais. Ter um sistema de informação para a indústria de turismo saber como elaborar os seus planos de marketing e saber como estamos realmente, e, também, atrair investidores para, obviamente, investir na cidade. O nosso plano de marketing turístico é qualidade na prestação de serviço em todos os fornecedores de serviço, que é o novo profissionalismo.

O Macroprograma 1 O Macroprograma 1 O Macroprograma 1 O Macroprograma 1

O Macroprograma 1: desenvolvimento de novos produtos.

É a criação de novos produtos para melhorar a atratividade do Rio, tanto para o cario- ca, que é muito importante, que nós temos que visar primeiro o carioca, primeiro o cidadão, para o turista usufruir aquilo que o carioca vai gostar, porque se nós fizer- mos alguma coisa que não satisfaz o cidadão, que não satisfaz o carioca, nós não vamos ter sucesso com os turistas. Devido ao desenvolvimento de novos produtos teve um investimento de US$ 2,500 milhões, que é o City Rio, os ônibus turísticos, o que é algo extraordinário – vocês devem ter visto os ônibus maravilhosos, com ar-condi- cionado, janelas panorâmicas, que têm um sistema hidráulico, eletrônico, eu não sei bem, que nivela a entrada do ônibus ao nível da calçada, para permitir o pessoal da “melhor” idade ter facilidade em subir nos ônibus, não ter o constrangimento das senhoras subirem nesses ônibus que precisam de uma escada para subir e, para os portadores de deficiência, tem o sistema de poder entrar e fazer os passeios. O número de usuários está cada vez mais aumentando. São 13 ônibus que circulam, de meia em meia hora, tem horário prefixado, o que é extremamente interessante; eu recomendo a todos conhecerem.

A Lagoa Rodrigo de Freitas, que virou um point no Rio de Janeiro, com os quiosques, com a diversidade que existe. Antigamente na Lagoa, à noite, não acontecia nada e, hoje, a gente fica na Lagoa até às duas, três, quatro horas da manhã, bebericando, com comida árabe, ouvindo uma boa música, num lugar absolutamente extraordi- nário que cinco anos atrás, ninguém imaginava que podia se transformar no que é. Na Baía da Guanabara, depois do problema do Bateau Mouche, nós não tivemos mais nenhum investidor para oferecer passeios marítimos. Afinal de contas, nós vivemos à beira do oceano. Hoje, nós temos, novamente, saveiros, que estão oferecendo passeios pela Baía de Guanabara e para fora dela.

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O nosso prefeito tem muito carinho pela história, pela cultura, e está desenvolvendo uma revitalização do Centro Histórico, como a que foi feita em Paris – a gente não está fazendo de novo, mas, pelo menos, hoje em dia, a gente está passando à ação – que é revitalizar os pontos importantes desta cidade, como a Praça XV, onde já foi feita uma parte, e outras vão ser feitas, como a Praça Tiradentes, o Morro da Conceição, Santa Teresa e “n” outros projetos de revitalização da cidade.

Centros de Lazer e Entretenimento – mostrando confiança na cidade, investimentos como a Terra Encantada, o Rio Water Planet, Wet & Wild, NY City Center, Games Works, Parque da Mônica, que vai abrir agora, e o GloboPark, que vai ser um parque temático sobre comunicação, feito pela Globo, que vai começar a ser construído no ano que vem; esses investimentos são da ordem de US$ 560 milhões.

Restaurantes RestaurantesRestaurantes

RestaurantesRestaurantes. Também há uma rede interessada na nossa culinária. Hoje nós não precisamos mais pensar que só São Paulo oferece. Hoje em dia nós podemos oferecer aos paulistas restaurantes do maior gabarito, da maior sofisticação; podemos oferecer uma diversidade de botequins extraordinários e aqui nós temos empresários, como o grupo do Porcão, que investiu no Porcão Rio’s, que tinha entrado em decadência; hoje o Porcão Rio’s, no Flamengo, novamente virou um ponto de encontro dos cario- cas. O Marius, quem diria, investiu num super-restaurante no centro da cidade, está lotado no almoço e lotado de noite. Em Copacabana, ele reformulou o seu restaurante e, amanhã, está inaugurando, onde era o Guimu, o Marius Peixes e Crustáceos, por- que ele teve um problema de acústica e não queria incomodar os vizinhos. Então, para não incomodar os vizinhos, ele preferiu mudar a figura do Guimu, e passar a ser um restaurante especializado em peixes, que amanhã ele vai dar de presente para a cidade.

O Hard Rock Café vai ser um lugar extraordinário, no Citá América. Eu fui no lança- mento do lugar, que vai abrir daqui a algumas semanas, e eu lhes digo que é imperdível o lugar. Tem um terraço absolutamente deslumbrante; no final da tarde, para ver o pôr-do-sol lá na Barra, vai ser algo bárbaro. Vocês vão ver a Lagoa, a Floresta da Tijuca, é um lugar realmente encantador, extraordinário; escolheram um lugar que só o Rio oferece. Aliás, hoje eu fui descobrir um restaurante de 360 graus do Hotel Everest, que oferece uma vista que, nós, que recebemos turistas, homens de negócios, temos que levar lá, para eles ficarem “babando” vendo essa beleza que é esta cidade do Rio de Janeiro. Mas isso são investimentos caros, são investimentos sofisticados, que mostram muita confiança na cidade do Rio de Janeiro.

O Macroprograma 2 O Macroprograma 2 O Macroprograma 2 O Macroprograma 2

O Macroprograma 2: melhoria dos produtos atuais, diversificando seus serviços e melhorando sua qualidade, para consolidar o destino do Rio de Janeiro.

Hotelaria, com uma ocupação de 63,07% em 1996; 63,14% em1997; 66,20% em 1998; 68,44% em 1999; janeiro fechou com 77%, reveillon estava 100%, carnaval também, e eu acho que essa ocupação é ainda superior, porque, para a gente achar vaga em hotel hoje no Rio está difícil, graças a Deus, então, eles estão podendo fazer uma reforma em todos os hotéis. Não há nenhum hotel no Rio de Janeiro que não passou por uma reforma profunda. Nos últimos anos, a hotelaria, devido à ótima ocupação, devido a essa retomada, devido a essa subida e ocupação constante, investiu US$ 135 milhões em renovação. E quando faz renovação é mudança de elevador, mudanças estruturais. Há hotéis que foram totalmente dissecados e refeitos. Agora, o Miramar vai passar pelo mesmo processo, acabou de ser comprado pelo grupo Windsor. O Hotel Nacional, se Deus quiser, vai a leilão daqui a algumas semanas, e seria o último a ser reaberto.

Novos hotéis Novos hotéis Novos hotéis Novos hotéis

Novos hotéis. Nós temos investimentos na ordem de US$ 332 milhões em novos ho- téis. Se vocês me chamassem há cinco, seis, sete anos, e me dissessem: “vamos fazer um hotel no centro da cidade”. Eu diria: “não, vamos para outro lugar, porque o centro da cidade não dá”. E o grupo Windsor está investindo no Guanabara, comprou o prédio do lado, vai passar de 260 apartamentos para 460 apartamentos, vai ser todo refeito. E aí perguntei: que tipo de hotel vai ser esse? É para um pessoal que vem de manhã, trabalha até altas horas da noite, na cidade, precisa voltar para o quarto, trocar de roupa, dormir; no dia seguinte voltar a trabalhar e ir embora para a sua cidade. Em geral são pessoas que ficam uma noite ou duas. Há uma grande demanda disso no centro da cidade. Em Copacabana, temos o Marriott, que vai abrir agora em dezembro. Hotel Riviera, que está sendo totalmente refeito. Luxor também, com um novo hotel. Em Ipanema temos o Star Properties, que comprou aquele hotel que nun- ca abriu, na esquina da Prudente de Moraes, se não me engano, com Farme de Amoe- do. Na Barra, nós temos o Royalty, que está construindo um hotel em que 200 aparta- mentos já ficam prontos daqui a um mês ou dois meses, e assim que acabar o de 200, eles vão fazer a segunda obra com mais 80 apartamentos. Renaissance, que vai ter um hotel de 510 apartamentos, Pousadas vai ter um investimento lá. Rio Office Park também vai ter um hotel. Rede Windsor está construindo o Mar da Barra Palace, com 450 apartamentos. O Barra First Class é um apart-hotel que já foi lançado e já come- çou a construção. O Blue Tree, com a Wrobel, já está em construção, na Sernambetiba. O Grupo Accor vai ter um hotel de 200 apartamentos, o Water Planet vai desenvolver

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vários hotéis, de diferentes módulos, até 800 apartamentos, e a GloboPark vai ter três hotéis com 600 apartamentos. Isso vai gerar em torno de 4.000 apartamentos que vão gerar 4.000 novos empregos.

(Então, o pessoal da Faculdade de Turismo, de olho na hotelaria, que eu acho que é um grande filão para o futuro, porque o que está se construindo de hotéis no Rio e no Brasil, é algo para vocês tomarem nota. Isso é a única nota que vocês têm que tomar, porque o resto está escrito, mas é um conselho de um tio mais velho.)

Temos a melhoria de produtos atuais, lei de apart-hotéis, que passou para facilitar o desenvolvimento, não como os apart-hotéis eram feitos, mas, agora, tem uma certa restrição, que “X” apartamentos têm que ser colocados à venda para o turismo. E a Lei de Incentivos Fiscais para o Turismo, lazer e entretenimento, está em tramitação na Câmara de Vereadores.

A melhoria de produtos atuais A melhoria de produtos atuaisA melhoria de produtos atuais

A melhoria de produtos atuaisA melhoria de produtos atuais. Há cadeias internacionais investindo no Rio. O Grupo Accor, com o Sofitel Rio Palace; Pestana com Carlton Rio Atlântica; o Pousadas com o Caesar Park; o Marriott; o Meliá; o Star Properties; isso dá um plus para a cidade do Rio de Janeiro em termos internacionais, e isso também atrai outras cadeias internacionais, vendo que seus concorrentes estão se estabelecendo aqui, talvez che- guem atrasados, mas serão bem-vindos.

O Rio de Janeiro investiu, em 1998, em sua manutenção e limpeza – US$ 723,3 mi- lhões, o que não é pouca coisa; e, ainda, não temos os números do que foi investido em 1999.

Uma das razões da melhoria da cidade são os aspectos sociais, e o Favela-Bairro, de que foi desenvolvido o primeiro projeto e agora o segundo, nesses dois projetos nós vamos atingir 40% das favelas, e nós vamos atingir com isso 75% da população favelada na cidade do Rio de Janeiro, com um investimento de quase 700 milhões. O que é o Favela-Bairro? O Governo Carlos Lacerda foi o último governador que transferiu uma favela, não sei se foi a favela da Catacumba ou da Praia do Pinto, naquela época, e foi para a Cidade de Deus. E dali, todos os outros governos sonha- ram que bastava ir em todos os morros, transportar para alguma área longe, na Zona Oeste, enfim, nessas áreas. Mas, por falta de dinheiro, vontade política, “n” outras razões, nada disso foi feito. Então, o Prefeito Conde, como Secretário de Urbanismo, deu a idéia, porque essas pessoas estão morando nas favelas há déca- das; são pessoas que criaram as suas raízes, têm as suas famílias, os seus amigos há

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