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O SIPAM tem por finalidade integrar, avaliar e difundir informações para o planejamento e a coordenação das ações globais de governo na Amazônia, visando possibilitar o desenvolvimento sustentável, a proteção e a segurança da região. O sistema apresenta características únicas de complexidade e abrangência, visto que é responsável pela aquisição de dados e monitoramento de 60% do território nacional.

Considerado como um projeto estratégico e concebido com visão de futuro, de proteção e desenvolvimento da Amazônia Legal, uma área vital para o País, seu objetivo é

33É o que se pode observar na figura 16 “Comparativo da Área de Abrangência do CINDACTA após Instalação do SIVAM”

(pág.111). A comparação entre os mapas permite-nos visualizar a extensão desse “espaço cego”.

34 As informações apresentadas neste item têm como referência informações disponibilizadas nos sites dos sistemas: www.sipam.gov.br ewww.sivam.gov.br , em relatórios e documentos confeccionados pelo CENSIPAM, a partir das ações dos Centros Técnico-Operacionais de Porto Velho, Manaus e Belém e nas entrevistas realizadas durante o trabalho de campo.

tornar viável e equilibrado o aproveitamento econômico da região, por meio da exploração racional do seu potencial, em proveito do presente, sem descuidar das ações que possibilitem a conservação dos recursos naturais. Baseado nessa ótica, o SIPAM requer coordenação tanto em nível político quanto estratégico. Partindo desta perspectiva a operacionalização do SIPAM, na visão dos seus criadores e gestores, cria um novo paradigma para a administração pública, em que as organizações trabalham com um conjunto compartilhado de informações, além de passar a agir de forma integrada. A proposta de operacionalização do SIPAM, a partir da rede institucional integrada, inicialmente pode ser representada de acordo com a figura 10. Falamos “inicialmente” pelo fato de que após a sua implantação, essa rede institucional foi ampliada, conforme veremos um pouco mais adiante.

Figura 10: Representação Inicial da Estrutura do SIPAM Fonte: CENSIPAM. Disponível emwww.sipam.gov.br

No que diz respeito à base tecnológica do SIPAM, esta consiste em um avançado sistema de meios técnicos, composto por subsistemas de sensoriamento integrados por satélites, plataformas de coleta de dados, estações meteorológicas, aeronaves de vigilância, estações de radar e exploração de comunicações, instalados e em operação em todos os estados da Amazônia Legal. No item 3.3.2 detalhamos a composição desta tecnologia.

Constituída a partir do SIVAM a estrutura tecnológica do SIPAM está distribuída em três grandes áreas sem fronteiras perfeitamente definidas: Manaus, Belém e

Porto Velho. Cada área corresponde a um Centro Regional de Vigilância (CRV)35, localizado

em cada uma destas capitais e tem o seu trabalho coordenado pelo Centro de Coordenação Geral (CCG), em Brasília. Além dos centros regionais e do CCG, o SIVAM possui diversos Órgãos Remotos e sensores espalhados por toda a Região Amazônica, os quais têm seus dados agrupados e processados nos CRV. As figuras 11 e 12 demonstram como foi configurada a estrutura física e tecnológica do SIPAM, quando da sua concepção. Importante frisar que posteriormente, as nomenclaturas de algumas unidades organizacionais sofreram alterações, conforme demonstrado no item 3.2.1.

Figura 11: Processo de Integração das Informações na Estrutura do SIVAM Fonte: CENSIPAM. Disponível emwww.sivam.gov.br.

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Recentemente os CRV tiveram uma mudança de nomenclatura, e cada um deles é conhecido atualmente como Centro Técnico-Operacional (CTO). Ou seja, os três CRV se transformaram em três CTO.

Figura 12: Estrutura do SIVAM

Fonte: CENSIPAM. Disponível emwww.sivam.gov.br.

3.2.1 - Gestão do SIPAM e sua Estrutura Organizacional

Estrategicamente vinculado à Presidência da República, o SIPAM faz parte da estrutura regimental e organizacional da Casa Civil, tanto como órgão colegiado, por meio do Conselho Deliberativo do Sistema de Proteção da Amazônia (CONSIPAM), quanto como órgão gestor, por meio do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (CENSIPAM), conforme Decreto nº 4.607, de 26 de fevereiro de 2003.

Criado em 1999 o CONSIPAM, órgão colegiado integrante da estrutura básica da Casa Civil da Presidência, tem como função formular as diretrizes para a implantação de ações de governo, no âmbito do SIPAM, sempre em acordo com as políticas estabelecidas pelo Conselho Nacional para o Desenvolvimento da Amazônia Legal (CONAMAZ). O CONSIPAM é presidido pelo Secretário Executivo da Casa Civil da Presidência da República e, como órgão colegiado, é composto conforme a figura 13 apresentada na página seguinte.

Por sua vez O CENSIPAM, criado pelo Decreto 4.200, de abril de 2002, é o administrador e congregador de todo o sistema. Tem como competência propor, acompanhar, implementar e executar as políticas, diretrizes e ações voltadas para o SIPAM, aprovadas e definidas pelo CONSIPAM. Para gerenciar a implementação das ações cooperativas, o CENSIPAM busca articular-se com as instituições da Administração Pública Federal, Estadual, Distrital, Municipal e não governamentais, responsáveis pelo planejamento

e execução das políticas públicas que visam a proteção e desenvolvimento da Amazônia Legal.

Figura 13: Organograma do Conselho Deliberativo do SIPAM Fonte: CENSIPAM. Disponível emwww.sipam.gov.br.

O CENSIPAM atualmente, é composto pelos Centros Técnico-Operacionais (CTO – Manaus, Porto Velho, Belém) Antigos CRV , o Centro de Apoio Logístico (CAL – Manaus), os Centros Estaduais de Usuários (CEU – todos os estados da Amazônia Legal), além do Centro de Coordenação Geral (CCG) em Brasília, onde o CENSIPAM fica sediado. A figura 14 na página seguinte, apresenta o organograma representativo da atual estrutura organizacional do CENSIPAM

A estrutura organizacional do SIPAM, especificamente, constitui-se de uma rede composta por órgãos governamentais das três alçadas, inclusive militares; unidades das Forças Armadas, ONG’s, instituições de ensino e pesquisa e demais instituições que atuam direta e indiretamente na Amazônia. Esta estrutura reside no modelo de co-gestão, onde cada órgão parceiro, ao mesmo tempo em que participa, orientando e auditando realimenta o banco de dados, enriquecendo o processo. Além disso, os órgãos parceiros são também dotados de equipamentos que lhes permitem atuar no sistema. A figura 15 apresentada na seqüência demonstra a atual configuração estrutural do SIPAM.

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