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Além dos problemas elencados com relação à estrutura abordado na categoria A, diversos problemas e críticas são apontados pelos entrevistados. Há uma unanimidade com relação a gestão de recurso humanos, considerado um dos problemas mais críticos e que

merece urgência de tratamento segundo os entrevistados. O capital intelectual constitui-se no maior diferencial das organizações. Em se tratando de uma organização que lida com questões estratégicas para o País, no que tange a defesa, segurança, e proteção da Amazônia, a gestão eficaz do elementos geradores do conhecimento se faz premente e necessária.

O SIPAM/SIVAM atua em um contexto no qual a manutenção de pessoal qualificado em seus quadros deve está pautado em uma política de desenvolvimento de pessoal muito bem definida. Nesse sentido, é necessário a constituição de um quadro próprio de servidores que atuem permanentemente na organização e garanta a continuidade dos diversos projetos que demandam conhecimento e tecnologia de ponta. Essa questão ainda é critica conforme podemos constatar.

Então, nós tivemos, por exemplo, ao assumir Porto Velho em março, fevereiro, março de 2003, nós tivemos que montar toda a nossa equipe com servidores requisitados, não são próprios. Os militares que vêm para cá, eles ficam dois, três anos, depois vão embora. O servidor requisitado, por exemplo, o nosso coordenador técnico, ele é da FUNAI. Era do outro território, está lotado na FUNAI. Ele pode, a qualquer hora, voltar para o seu órgão. Então, nós não temos um quadro próprio de servidor. Agora, recentemente fizemos um processo seletivo simplificado para a contratação de temporários pelo prazo de quatro anos, prorrogáveis por mais um. Então, esse é outro problema que nós temos. (José Neumar, Gerente do CTO-Porto Velho).

Agora, nós estamos com uma deficiência, que é falta de servidor, para essa área específica. Estamos aguardando pessoal da Aeronáutica, que deverá chegar, para recomeçar esse trabalho. Quando nós estávamos, tínhamos a fundação ATECH como prestadora terceirizada desse serviço para nós, ela dava suporte, nós tínhamos uma pessoa da ATECH que fazia esse trabalho. Quando rompemos o contrato com eles, então, nós ficamos desguarnecidos nessa área [...]. (José Neumar, Gerente do CTO-Porto Velho).

Destaca-se como aspecto positivo o excelente relacionamento com o SIPAM. Como aperfeiçoamento do apoio do SIPAM, aponta-se a necessidade de aperfeiçoar os recursos humanos para um melhor aproveitamento dos avanços tecnológicos desse sistema. (Ten. Cel. Machado, Comandante de Operações de Inteligência da 17ª Bda. de Inf. Selva).

O quadro do SIPAM é todo temporário. De alguma forma, temporário. Cedidos por instituições, eu sou um dos cedidos, eu sou cedido pela universidade. A gente não é permanente. Então, a qualquer momento, a gente pode sair. Então, isso, realmente

se reverte em uma ameaça. Atualmente, a gente tem, eu posso te colocar que o quadro tem os melhores técnicos que estão na Amazônia, trabalhando com Meio Ambiente, esses técnicos estão no SIPAM. Alguns dos melhores técnicos estão no SIPAM. Então, é muito preocupante sim, que a gente, em um limite muito curto, possa perder esse pessoal. Através do planejamento estratégico, o SIPAM está realmente se preocupando com a correção dessa ameaça. Isso é uma ameaça ao sistema. (Edson Rocha, Gerente do CTO-Belém).

As atividades desenvolvidas pelo SIPAM/SIVAM, demandam a aplicação de recursos financeiros consideráveis em face do conjunto de projetos e ações propostas. Essa realidade implica na necessidade de desenvolver instrumentos que evidenciem a efetividade dos resultados previstos. No entanto, o SIPAM não possui instrumentos de mensuração de desempenho para esse fim. Têm-se considerado como indicadores de desempenho, por exemplo, os números de missões, em parcerias, ou em apoio aos órgãos parceiros, a abrangência das áreas voadas e imageadas pelas aeronaves do SIVAM, novos acordos de cooperação técnica. Não existe atualmente uma sistemática de monitoramentos dos indicadores que reflita o desempenho global do SIPAM/SIVAM.

As explicações para isso são diversas e , em sua grande maioria, estão pautadas nos demais problemas estruturais e gerenciais do sistema.

Esse é um problema que nós temos, que nós estamos, inclusive, debatendo e foi tema do nosso planejamento estratégico. Primeiro, nós temos que romper com uma cultura no serviço público de que eu tenho essa informação e a informação é minha. Mas, a cultura do serviço público não atende, no momento, a isso. Então, é um trabalho, uma dificuldade que nós temos. Esse é um ponto. O segundo ponto é que, em função ainda do pouco tempo de existência do SIPAM, nós não temos uma visibilidade realmente social, ainda. E muito daquilo que nós fazemos, como nós não temos o poder de polícia, muito daquilo que fazemos, não aparece. Nós temos que criar indicadores. E esse é um dos pontos que nós discutimos no nosso planejamento estratégico no dia 1º, 2 e 3 de março. Nós vamos, e temos prazos, me parece que, está aqui no documento, até o final do ano, de definirmos indicadores, para que a partir daí nós possamos medir a nossa eficácia. (José Neumar, Gerente do CTO-Porto Velho).

Eu acho que tem. A gente está desenvolvendo ainda um mecanismo para verificar o desempenho. A gente tem alguns como formulação de relatórios mensais e anuais. Hoje a gente já faz publicações, não relatório técnico, mas publicações em eventos científicos que, ao final de uma atividade, você faz o fechamento. Mas, eu acho que

o SIPAM precisa desenvolver melhor esse mecanismo de avaliação da produção. (Edson Rocha, Gerente do CTO-Belém).

Bom, nós temos diversos indicadores, desde os indicadores orçamentais que são incluídos no PPA, até o aprimoramento, inclusive, nós estamos desenvolvendo nesse momento, aqui na instituição pelo sentido de que todos os projetos desenvolvidos pela instituição tenham atrelados a ele, os seus indicativos de custo, os seus indicativos de metas, indicadores de desempenho e metas. Então, o nosso foco é o conteúdo da gestão dos projetos, fazer com que a instituição inteira tenha clareza, e que nós, como qualquer instituição pública, trabalhamos com recursos para a população inteira que paga tributos, paga impostos. Portanto, precisamos investir bem esses recursos. Precisamos ter um feedback do cliente para saber se o cliente está satisfeito com o que nós estamos produzindo. Isso precisa ser uma preocupação de toda a instituição. Então, nós estamos trabalhando com bastante afinco no sentido de aprimorar esses mecanismos. Todos eles vêm desde o PPA, que nos obriga a definirmos quantos indicadores passam para as ações que são colocadas no PPA, até cada projeto que vai ser desenvolvido pela instituição que deverá ter o seu conjunto de metas e indicadores de desempenho atrelados para que, ao final de cada exercício, a gente possa fazer uma avaliação e saber, com objetividade, ter a certeza com objetividade, de que os recursos que o governo colocou no CENSIPAM foi gasto devidamente. (Marcelo Lopes, Diretor do CENSIPAM).

Com relação aos objetivos do SIPAM, mais especificamente do CENSIPAM, a lei que o criou estabelece como um de seus objetivos a atualização e constante evolução do aparato tecnológico do SIPAM. Dessa forma, é necessário o desenvolvimento de ações preventivas para atualização de toda a estrutura tecnológica do sistema.

No entanto, ficou evidente na fala dos entrevistados o fato de que em alguns dos instrumentos tecnológicos do SIVAM ocorre o que podemos chamar de “obsolescência prematura”. Isso porque o lapso de tempo entre a aquisição e instalação desses equipamentos foi muito grande, bem acima do padrão em se tratando de tecnologia de ponta.

A nossa estrutura, o SIPAM precisa ter um cuidado porque você sabe que sensores têm uma vida útil. Então, você sempre tem que ter a manutenção e até reposição de sensores ou equipamentos que estejam com a sua vida útil atingida. Mas, o SIPAM está se preocupando. Já tem um projeto de modernização de toda a estrutura. Essa estrutura foi concebida em 1995, então, é natural que mais de três anos depois a gente precise se preocupar. Apesar de a gente saber que a maioria dos sensores são atuais. Então, a estrutura que precisa ser modernizada é bem pouca. Na verdade, a

aquisição de novos softwares que são desenvolvidos para a análise de imagens, de radares. Na realidade, no campo de sensor, de sensoreamento remoto. Na meteorologia, alguma coisa pouca precisa ser atualizada. Isso a gente já está conseguindo através do projeto de pesquisa. Então, eu acho que o ponto mais forte é exatamente a preocupação com a modernização e a manutenção do que já existe na estrutura. Isso pode ser uma ameaça, no futuro, se a gente não cuidar, a gente pode ser ultrapassado. (Edson Rocha, Gerente do CTO-Belém).

Porque da instalação, da concepção do sistema à instalação e recebimento dos produtos, dos equipamentos, de softwares, vai uma distância grande. Então, de lá para cá, você, de repente, o que acontece? Você tem um produto que já está desatualizado, mas que a gente ainda nem começou a trabalhar, vamos dizer assim. (José Neumar, Gerente do CTO-Porto Velho).

Então, aí, você tem uma informação em relação a imagem SAR, é um tipo, é um padrão, é um tipo de imageamento que é feito pelas aeronaves, ela também é guardada, é para ser guardada no nosso banco de dados. Então, hoje nós estamos criando infra-estrutura de computação para pegar essas informações e guardar os seus metadados, para que na hora que se precisar dessa informação para fazer uma análise sobre um dado específico, pegar essa informação e agregar os valores nela para apresentar um produto. Mas aí, o problema que nós temos em cima disso é que quando nós recebemos esses equipamentos e quando nós fomos utilizá-los, já estava uma tecnologia ultrapassada. (Luiz Gilberto D’alligna, Coordenador de Informações Gerais do CTO-Porto Velho).

No momento em que se instalou o produto, digo, toda a infra-estrutura, naquele momento, ou seja, em 97, era tecnologia de ponta. Então, quando se fala dos computadores, dos servidores, das estações de trabalho eram tecnologia de ponta. Ou seja, 96, 97. No entanto, foi se instalar o primeiro em 2003. Ou seja, se levou cinco anos para instalar a infra-estrutura primeiro. São cinco anos, você sabe que quando se fala de informática e de tecnologia da informática, você tem uma evolução muito grande, não é? Então, por exemplo, uma máquina, hoje, que você adquire ela agora com tecnologia de ponta, ela daqui a dois anos, três anos, simplesmente ela está defasada tecnologicamente. Então, o que aconteceu em relação ao SIPAM? De fato, nós tivemos essa tecnologia defasada quando se começou a utilizar. Ok? Então, a gente utilizava e utiliza hoje também para fazer produção. Esses equipamentos hoje, alguns deles, estão totalmente defasados porque você não tem ganho quando desenvolve o produto. Aí você fala ganho em relação ao processamento, ganho na agilidade do desenvolvimento do produto, por exemplo, você quer desenvolver um produto, se ele, se aquela tecnologia, aquela estação de trabalho, ela tem uma condição de processar mais rápido, você,

ao invés de fazer em três, quatro dias, vai fazer em seis, sete dias até por conta, justamente, desse processo. (Zeno Rodrigues Viana Filho, Coordenador Técnico do CTO-Porto Velho).

Conforme percebemos nestas falas, os entrevistados reconhecem essa defasagem tecnológica e apontam que têm atuado no sentido de providenciarem as atualizações. No entanto, esse processo ocorre de forma limitada que contempla elementos pontuais, mas que aparentemente não prejudicam o desenvolvimento das atividades do sistema.

São dez anos de equipamento e de tecnologia instalada que, de fato, ela deu uma defasada. Atualizou-se alguns softwares em termos de melhoria desses softwares, ou seja, falando só o operacional. No entanto, a tecnologia, de fato, deu essa desvalorizada. Uma ou outra coisa, falando sobre software. Então, você tem uma tecnologia e aplicações que foram contratadas. Conseqüentemente, dada essa tecnologia, por exemplo, você rodava em 2003 uma aplicação com uma versão daquela época. Aí você pega essa mesma versão e traz aí a aplicação para agora. Com a versão da época, você tem uma defasagem tecnológica muito grande. Então, hoje, nós estamos fazendo aí ajustes de softwares para poder resolver alguns problemas que a gente tem. Então, esses ajustes estão acontecendo a cada momento e isso é importante. Hoje você já consegue disponibilizar os dados do SIPAM via internet. Localmente, nós estamos catalogando, por meio até de uma tecnologia que nós instalamos, informações que, não só o CTO de Porto Velho está podendo utilizar essa informação como os outros CTOs também vão estar podendo utilizar. Além de os parceiros também vão estar podendo utilizar essa informação em tempo real. Então, por exemplo, o IBAMA, quando quiser alguma informação do nosso banco de dados, dentro dessa parceria que nós temos, ele vai poder utilizar essa informação sem problema. (Zeno Rodrigues Viana Filho, Coordenador Técnico do CTO-Porto Velho).

Nosso grande desafio é tirarmos o máximo do que foi instalado. Agora, todos sabem aqui que o tempo, o gráfico do tempo versus tecnologia tem sido duro. Então, eu não posso comprar, hoje, um equipamento como um microcomputador e, em dois anos, esse microcomputador certamente estará obsoleto, desatualizado, enfim. O SIPAM vai continuar nos dando resposta para um conjunto de demanda mais ele não vai ser, sem dúvida nenhuma, vai estar longe de ser disponível no mercado. Certamente, será um novo produto, talvez mesmo preço, talvez um preço menor e, de qualquer forma, será muito melhor. Então, isso tem esse gap que houve entre a aquisição e a efetiva instalação e o início das operações do sistema. Eu digo o seguinte, nós, no nosso ciclo de planejamento estratégico esse

ano, colocamos nos objetivos estratégicos a ação da assessoria técnica operacional, no sentido de fazer uma avaliação de todo aparato tecnológico e gerar um novo plano diretor de tecnologia da informação principalmente. Nós temos um conjunto de aplicativos e plataformas de software. Aplicativos de banco de dados que é o Oracle versão 8, que foi concebido muito antes de nós termos um avanço significativo dos serviços web. Então, não é um banco de dados socializado. Nós precisamos avançar no sentido de ter novas ferramentas. Estamos definindo isso para avançar. E hoje, não tenho dúvida nenhuma, de que o grande desafio das instituições é criar formas amigáveis de disponibilizar para o mundo através de serviços de web, as suas informações. Então, nós temos consciência disso. Estamos procurando colocar toda a capacidade da nossa equipe técnica para que tenhamos as melhores soluções os recursos, os tributos que são pagos por toda a população, da parte que vem para o nosso projeto sejam bem aplicados, no sentido de que a gente tome as soluções adequadas e gere conta disso para a população. Então, nós estamos efetivamente tratando disso. Eu acho que os equipamentos estão chegando em um limite agora. Nós tivemos também a satisfação de poder contar com a consultoria, que está sendo custeada com recursos que foram concedidos pelo Bid, que a equipe do SIPAM conseguiu aprovar junto ao Bid. Então, são 300 mil dólares em uma empresa de consultoria japonesa que, nos próximos 24 meses, vai estar trabalhando conosco no sentido do aprimoramento, das ferramentas de gestão da direção da instituição, e dar a correta redefinição desse plano de investimentos estratégicos, principalmente, na tecnologia de informação e comunicação. (Marcelo Lopes, Diretor Geral do CENSIPAM).

Uma outra solução que está sendo viabilizada para a atualização tecnológica, mais especificamente com relação a softwares, diz respeito ao uso das chamadas ferramentas livres. Essa saída leva em conta questões óbvias, principalmente no que diz respeito a custos.

Até por conta dessa chamada obsolescência, que aconteceu, dada a implantação do projeto. Veja, o projeto foi concebido em 94, contratados os equipamentos em 97, implantado o primeiro em 2003. Em 2007, ou seja, quatro anos depois, algumas necessidades são naturais dentro um projeto. Isso é natural. Então, hoje, nós temos que contratar, por exemplo, ou até mesmo utilizar software livre, inclusive, nossa vertente, hoje, é voltada para isso, software livre. Até porque os custos, hoje, desses pacotes são muito caros. Então, quando você fala, por exemplo, de um sistema, uma aplicação tipo ARQUIGIS, uma aplicação dessa é muito cara, uma ferramenta dessa é muito cara. Então, nós estamos utilizando as chamadas ferramentas livres. E essas ferramentas livres dão um desembolso quase zero, entendeu? Mas não quer dizer que a gente não possa contratar uma ferramenta de mercado, uma ferramenta comercial. Nós fazemos uma utilização híbrida dessas informações, ou seja, dessas

ferramentas. (Luiz Gilberto D’alligna, Coordenador de Informações Gerais do CTO-Porto Velho).

A interação necessária entre os SIPAM e seus órgãos parceiros também está eivada de problemas que dizem respeito ao não compartilhamento de informações (democratização da informação), fruto da ingerência e da falta de visão sistêmica, duplicidade de esforços que implica na realização das mesmas atividades, dentre outros.

Então, essa cultura está muito impregnada no serviço público. Então, eu acho que um dos grandes objetivos nossos, se nós conseguirmos romper com essa cultura, que não é boa, inclusive. Porque o conhecimento, eu acho, é de propriedade da coletividade. É da nação. Então, essa é uma das dificuldades que nós temos. Por exemplo, atualização do nosso banco de dados, esse é um problema seríssimo que vai depender de articulações em Brasília com os órgãos parceiros, para que isso se efetive. Porque dentro da proposta da criação do SIPAM, está esse problema do banco de dados. E é também coletado a partir das informações dos parceiros. Mas, a cultura do serviço público não atende, no momento, a isso. (José Neumar, Gerente Técnico do CTO-Porto Velho).

Agora, existe um outro tipo de ameaça, por exemplo, a ameaça tecnológica do SIPAM. São outras instituições criadas, às vezes, para fazer o mesmo serviço que o SIPAM faz [...]. Inclusive, a Petrobrás está, também, montando um núcleo de Meio Ambiente, sediado em Manaus, para também desenvolver essa parte de estudos ambientais na Amazônia. (Edson Rocha, Gerente do CTO-Belém).

Existe uma preocupação latente por parte dos gestores, em melhorar as relações institucionais por serem conscientes de que esse modelo de estrutura do SIPAM é o seu grande diferencial e que se constitui no modelo mais ideal para a realização de desenvolvimento da Amazônia.

Eu acho que o trato das relações institucionais. E a gente tem que atuar exatamente buscando a melhoria. O diferencial do SIPAM é isso, buscar interação. A gente não trabalha sozinho. Se não tiver instituição parceira, o SIPAM fica naquela de monitoramento, aquela rotina operacional de monitoramento. Até as previsões que são feitas aí, na hidrologia, meteorologia. Então, a gente deve reforçar esses pontos que a gente chama de diferenciais. (Edson Rocha, Gerente do CTO-Belém).

Outros problemas e fatores críticos foram identificados durante as entrevistas relacionados à estrutura, gerenciamento de processos internos que são comuns a todos os

CTO. A maioria foi identificada durante a elaboração do planejamento estratégico do SIPAM e o diagnóstico dos mesmos está disponível na homepage do sistema.

Nós definimos fatores críticos. E o primeiro fator crítico que nós definimos foi com referência a processo administrativo e operacional. Nós não temos definido, dentro do sistema um organograma do CENSIPAM, do CTO. A gente tem de fato, mas não está estruturado como formalmente, legalmente, deve ser. Nós não temos uma definição de carteira de produtos. De repente, Porto Velho acha que nós temos que produzir o SIGIPLAM. Então, nós produzimos o SIGIPLAM. E lá em Manaus se faz outra coisa, parecida com o SIGIPLAM. E, Belém, faz outra coisa também. Então, nós temos que definir uma carteira de produtos para que a gente faça, realmente, produtos que tenham sentido. Para os nossos órgãos parceiros. E a gente adquira excelência na elaboração desse produto, não é? (José Neumar, Gerente Técnico do CTO-Porto Velho).

No âmbito das ações e operacionalização do SIPAM/SIVAM, frente aos problemas e fatores críticos identificados, fica evidente que o sistema ainda não se institucionalizou na estrutura do Estado. A elaboração e implementação do plano estratégico apontado pelos entrevistados indica que esta realidade é plenamente percebida pelos seus gestores e que há um esforço no sentido de proceder as devidas adequações para estabelecer uma nova conjuntura para o sistema.

As análises estrutural e funcional desenvolvidas a partir do diagnóstico realizado na estrutura dos CTO e CCG demonstram que a efetivação da proposta inicial do SIPAM, como um órgão interinstitucional prescinde da definição de diretrizes mais claras que permitam o gerenciamento mais eficaz dos recursos materiais e imateriais disponíveis para que a sua missão se efetive plenamente.

CONCLUSÕES

No Brasil, como em qualquer outro país democrático, os objetivos nacionais