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O processo de criação e implantação do SIPAM/SIVAM ocorreu sobre muitas críticas e pressões que envolveram diversos seguimentos políticos e científicos. Nesse contexto, a sociedade de maneira geral ficou a margem das discussões. Mesmo com as pressões sofridas os argumentos relacionados à segurança e defesa nacional foi o mote para que essas barreiras fossem superadas. O argumento básico para a defesa da implantação dos sistemas girou em torno da internacionalização da Amazônia, dentre outras ameaças e vulnerabilidades identificadas pelos militares.

Eu tenho certeza que todos ouviram falar do projeto SIPAM. Ainda há uma confusão do que é o SIVAM, o que é SIPAM. O que é militar, o que é civil. Onde está vinculado, que tipo de produto desenvolve e aí a idéia é que nessa oportunidade aqui eu possa passar para você informações sobre a nossa instituição. Então, eu vou lhe falar um pouco da cronologia, de onde surgiu a idéia de se criar um sistema de proteção da Amazônia, sistema de vigilância da Amazônia, e onde que a nossa instituição está posicionada nesse processo. Então, em 1990, o Ministério da Aeronáutica assumiu o desenvolvimento do programa de implantação do SIVAM. Na verdade houve um movimento internacional muito forte que a gente continua acompanhando hoje, com a discussão de se a Amazônia é um patrimônio do Brasil ou um patrimônio internacional, com toda a discussão de internacionalização da Amazônia, e que preocupou o governo brasileiro. Então, em 1990, o Ministério da Aeronáutica iniciou o desenvolvimento do programa de implantação do SIVAM Sistema de Vigilância da Amazônia. Em abril de 1992, tecnicamente, começou a fazer o desenvolvimento da concepção do SIVAM. Em dezembro de 1992, a configuração do sistema. Em setembro de 1993, ajustes da configuração e preparação dos procedimentos para a seleção das empresas que iriam participar do projeto, já com 5600 horas de trabalho, da equipe técnica para fazer o detalhamento do projeto. Em dezembro de 1994, o Senado aprovou o financiamento externo no valor de 1 bilhão e 395 milhões de dólares nesse projeto. Sem dúvida nenhuma, esse foi um dos maiores projetos desenvolvido pelo governo no país, quase 1 bilhão e meio de dólares. Em 27 de maio de 1995, o Presidente da República autorizou a assinatura do contrato comercial da empresa Raytheon. Isso também foi alvo de uma disputa muito forte entre empresas e governo dos Estados Unidos, empresas e governo da França, principalmente, na Europa, para ver quem forneceria tecnologia para esse projeto. Em julho de 1997, o contrato do SIVAM entrou, efetivamente, em vigor. Houve toda uma disputa por esse contrato, discussões no Senado, CPI, houve uma CPI discutindo o projeto. Até que ele,

finalmente, foi iniciado em 1997. E em fevereiro de 2002, houve a criação do SIPAM. (Marcelo Lopes, Diretor do CENSIPAM).

Um dos principais motivos que incentivaram a criação do SIPAM/SIVAM na região foi a deficiente área de cobertura dos radares de controle de tráfego aéreo, que fazia da região um dos maiores “pontos cegos” do País. (Jorge Lopes, Analista Intelectual do CTO-Belém)

Cronologicamente, a estrutura do SIVAM foi montada antes da criação do SIPAM. A estrutura tecnológica era premente, face à complexidade para sua estruturação e em função de que, no início, o sistema tinha como escopo o apoio a atuação militar na região. Acreditamos que nesta conjuntura se encontra a origem da confusão que a sociedade ainda hoje faz, quanto à abrangência e escopo da atuação do SIPAM/SIVAM. Projetado inicialmente para o apoio às operações militares, questões políticas referentes às pressões externas e internas quanto à preservação ambiental e os problemas quanto ao financiamento de um projeto eminentemente militar fizeram com que o projeto inicial fosse incrementado.

[...] Controle de tráfego aéreo, nós não fazemos, controle de tráfego aéreo, quem faz é o SIVAM, que é o sistema de vigilância, não é? O SIVAM, inclusive, toda essa estrutura foi criada pelo SIVAM, para fazer a vigilância. Aí, em 1993 e, por esse decreto aqui, decreto n°4200 de 17 de abril de 2002, foi criada uma nova estrutura chamada SIPAM. Na realidade é CENSIPAM, Centro Gestor Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia. (Edson Rocha, Gerente do CTO-Belém).

O SIVAM foi um órgão inicial, que iniciou a instalação da infra-estrutura que corresponde ao Sistema de Proteção da Amazônia. Então, como unidade governamental, como órgão, ele não existe mais. Ele foi transformado, porque a concepção do sistema, ele tem uma vertente militar muito forte, muito forte. Porque a idéia mesmo de sistema era a proteção do tráfego aéreo. Quer dizer, o objetivo, vamos supor, primordial, o controle de tráfego aéreo. Porque não existia. Realmente a Amazônia tinha essa fragilidade. Você saía de Porto Velho, de qualquer lugar da Amazônia era obscuro. Não tinha controle nenhum, nem monitoramento. Então, para fazer isso dependeu de recursos pesados, foram U$ 1.395.000.00. E havia necessidade de financiamento. E os órgãos financiadores, dos Estados Unidos, que foi o Eximbank que financiou, não podem, por determinação legal deles, financiar atividades militares. Então, por conta, uma saída para esse problema foi criar a área verde, que é o SIPAM. Então, tem a área azul, que é o SIVAM, agora transformado em CINDACTA 4. E a área verde, que é a parte civil, que é a proteção ambiental. Então, essa é a diferenciação entre SIVAM e

SIPAM. Quando começou a funcionar o sistema, aí, ele foi transformado em SIPAM. E o SIVAM, por sua vez, aquela infra-estrutura, que propicia fazer esse controle do tráfego aéreo, de vôo, isso ficou com o CINDACTA 4. Em termos de recurso, para você ter uma dimensão, a parte da Aeronáutica, que é o Cindacta 4, ela está em mais de 1 bilhão de dólares. De U$1.395.000,00, mais de 1 bilhão de dólares é essa parte azul. E o restante dos 300 milhões é a parte civil, que é de proteção ambiental. (José Neumar, Gerente do CTO-PVH).

Aqui, do CENSIPAM, uma questão importante para que você entenda. Parte desse projeto que foi adquirido com esse financiamento de 1 bilhão, quase 1 bilhão e meio de dólares, ficou sob o controle da Aeronáutica e deu origem ao CINDACTA 4, que faz o controle do espaço aéreo na região da Amazônia Legal. E outra parte ficou subordinada à Casa Civil da Presidência da República, que é a quem nós somos subordinados. A nossa chefe direta é a ministra Dilma Roussef na Presidência da República. Então, o CENSPAM com o foco em desenvolver projetos de natureza civil, na área de proteção ambiental, na área de sensoriamento remoto, na área de meteorologia, hidrologia, na área da inteligência ficou subordinado à Casa Civil da Presidência da República. Em julho de 2002, houve a inauguração do primeiro centro técnico operacional, que foi o centro técnico operacional de Manaus. Nós temos três centros técnicos operacionais. O de Porto Velho, o de Manaus e o de Belém. E a sede do sistema em Brasília. Então, nós ficamos, eu fico sediado em Brasília. Então, assim foi uma idéia da diferença. (Marcelo Lopes, Diretor do CENSIPAM).

Existe por meio dos gestores do SIPAM uma preocupação em explicar como os sistemas estão distintos, conforme observado nos depoimentos anteriores. O que é civil e o que é militar no sistema está muito bem evidenciado e entendido pelos gestores do sistema e seus parceiros. Observamos que no início do desenvolvimento das atividades do SIPAM não havia uma preocupação efetiva em apresentar para a sociedade esta distinção. Isso porque os gestores do sistema não viam isso como relevante. Ao serem questionados sobre as ações para esclarecer o fato de que o SIPAM/SIVAM não é uma iniciativa eminentemente militar e sobre o que tem sido feito atualmente para esclarecer a nação a esse respeito, constatamos que algumas ações vêm sendo desenvolvidas com mais ênfase. Com relação ao esclarecimento desse ponto aos demais países amazônicos, constatamos que isso ocorre a partir do discurso político e da diplomacia, além da apresentação do sistema em seminários e congressos por toda a América Latina.

É, eu já te expliquei no início, não é? A concepção, realmente, ela é feita de tal forma militar e foi criada essa parte ambiental, não é, que seria o SIPAM, e os trabalhos que nós estamos fazendo, a relação que a gente tem com os parceiros, inclusive, com as Forças Armadas, não é, elas estão mostrando que existe algo mais do que uma concepção militar dentro do sistema. Existe a concepção militar, sim, mas tem outras coisas mais acrescentadas a isso. O resultado disso aí é o nosso portal hoje, que tem informações lá que elas são totalmente públicas. Inclusive, a orientação da direção é que a gente torne cada vez mais pública a informação que a gente produz. (José Neumar, Gerente do CTO-PVH).

É que, na verdade, a nossa relação com os militares, quer dizer, é só que eles detêm os equipamentos. Por exemplo, aeronaves, sensores, é de responsabilidade militar. Mas a implementação dos dados, a divulgação dos dados, somos nós que fazemos. Quer dizer, então, o mais importante que é o conhecimento, o dado gerado, a informação gerada, o resultado gerado, nós que administramos e nós que divulgamos. Então, o importante disso, ele é civil. É o que está sendo feito por unidade que é o conhecimento da informação e dos dados. (Zeno Rodrigues Viana Filho, Coordenador Técnico do CTO-Porto Velho).

A gente está adotando alguns mecanismos de divulgação. Porque, na realidade, você tem que mostrar a cara do SIPAM. No nosso site você vê muito pouco isso. Mas, o que está sendo adotado aqui, por exemplo, no SIPAM, congressos, eventos científicos realizados aqui, onde você apresenta o SIPAM. Nós temos alguns projetos de cunho social, como SIPAM na Escola, em que técnicos do SIPAM vão fazer palestras sobre a atuação do SIPAM na Amazônia. Então, você se tornar, através da mídia também, conhecido. Porque aí, você pode estar dizendo: o SIPAM realiza, na realidade, monitoramentos e define metodologias capazes de avaliar como está sendo feito o uso da cobertura, avaliar metodologias que cuidem da hidrologia, por exemplo, previsão hidrológica, monitoramento hidrológico, previsão de tempo e monitoramento de tempo . Então, você dizer que o SIPAM faz isso e não faz o controle do tráfego aéreo, que é uma coisa militar, não é? Hoje, o pessoal está fazendo greve exatamente para tirar o controle do tráfego aéreo da Aeronáutica. Então, quem faz o controle é a Aeronáutica. Então, a gente estava preocupado com isso, está expondo mais o SIPAM a sociedade e a mídia. É lógico que, isso foi começado ano passado, aliás, a partir de 2005. Mas a gente ainda não atingiu o nível desejado. Por exemplo, é fácil você encontrar uma criança de 2º grau ou 1º grau, que não sabe para quê serve o SIPAM. Então, a gente só vai conseguir isso através do esclarecimento da comunidade. Então, tem que procurar esses mecanismos, palestras, mais divulgação na mídia, uma homepage bem mais adequada, onde você procura mostrar o que o SIPAM faz. Então, tem que procurar isso, não é? . (Edson Rocha, Gerente do CTO-Belém).

Por sua vez, a modelagem interinstitucional que caracteriza o SIPAM tem o seu escopo e objetivo muito bem entendido e aceitos pelos gestores. A perspectiva multidisciplinar que caracteriza as ações de intervenções para o estudo, proteção e desenvolvimento do meio ambiente faz parte das falas que justificam a importância da estrutura definida para o SIPAM, senão vejamos:

Meio ambiente é o foco e a essência do SIPAM. Porque aqui a gente faz um monitoramento ambiental, não é? Isso nos vários aspectos, desde a questão do uso de solo, da meteorologia, hidrologia, principalmente isso. E o desenvolvimento de metodologias está bem voltado para o entendimento do meio ambiente. Mas, para estudar o meio ambiente, como uma área bem completa, a gente precisa ter relações institucionais, interações entre instituições. E o SIPAM tem parcerias. Porque o meio ambiente, para ser bem entendido, é necessário o conhecimento das diversas áreas de concentração, como biólogos, pessoal de direito, hidrólogos, meteorologistas, botânicos, etc. Para você ter um entendimento do meio ambiente amazônico, você precisa fazer um estudo multidisciplinar ou interdisciplinar. Eu gosto dessa maneira que o SIPAM atua na região, uma maneira de parceria, é um diferencial do SIPAM essa busca de parcerias. A gente está preparado para discutir as questões ambientais, ela está sempre sendo feita através de projetos interinstitucionais. O pessoal fala atuações interdisciplinares. Tem gente que não gosta da palavra multidisciplinar porque é como se fosse um monte de disciplina que não interagem. Então, a turma gosta mais do interdisciplinar, porque são várias disciplinas interagindo entre si. Os biólogos, os advogados, os meteorologistas, os hidrólogos, etc., trabalhando com o entendimento do Meio Ambiente.

(Edson Rocha, Gerente do CTO-Belém).

A estrutura organizacional segundo Oliveira (2001) deve ser delineada de acordo com os objetivos e as estratégias estabelecidas, ou seja, a estrutura organizacional é uma ferramenta básica para alcançar as situações almejadas pela empresa ou instituição pública. Nesse sentido, a estrutura pressupõe a ordenação e o agrupamento de atividades e recursos, visando ao alcance de objetivos e resultados estabelecidos. A estruturação do SIPAM e do SIVAM foi modelada seguindo esse princípio de objetividade e estratégia. Se de um lado, o SIVAM implica em uma estrutura tecnológica de apoio a ações de defesa, segurança e proteção da Amazônia, por outro o SIPAM implica na reunião de um conjunto de instituições públicas e privadas, civis e militares voltadas para esse fim.

A estrutura tecnológica do SIPAM (SIVAM) e a sua estrutura institucional podem ser resumidas conforme as falas a seguir. Observamos claramente nestes depoimentos as distinções estruturais existentes entre esses dois sistemas, apesar de fazerem parte de um

mesmo propósito e objetivo. Quanto à estrutura tecnológica registramos o seguinte depoimento:

Foram aplicados em torno de 1 bilhão de dólares em equipamentos e sistemas que ficam sob controle da Aeronáutica, e em torno de 373 milhões de dólares diretamente no controle do CENSIPAM. O Ministério da Defesa, ele tem como atribuições o controle do espaço aéreo, o Centro de Coordenação e Salvamento e a defesa aérea. Foram adquiridas aeronaves com sensoriamento remoto, os R-99 Bravo, três aeronaves. Isso foi um projeto desenvolvido pela Embraer. Então, aqui entrou a tecnologia brasileira. Os aviões são da Embraer com uma série de sensores que foram colocados pela Raytheon, que gerou o desenvolvimento de um novo produto com um alto conteúdo nacional por parte da Embraer, agregando valor nacional. Foram adquiridas e modernizadas as aeronaves também. Cinco C130, quatro HS800, cinco aeronaves para utilização na logística, estações meteorológicas de superfície, radares meteorológicos, estações meteorológicas de altitude, aeronaves de vigilância, também utilizando a plataforma da Embraer, radares fixos e radares transportáveis.

Do lado do CENSIPAM, com o objetivo de fazer um monitoramento e estudos sócio-ambientais, cenários prospectivos para o monitoramento do uso do território, monitoramento e alerta sobre fenômenos naturais, secas, enchentes, incêndios. Educação, inclusão social e suporte para implementação de políticas públicas. As principais ferramentas: estações meteorológicas terrenas, quatorze detectores de raios, 753 DSAT. O SIPAM tem uma rede de telecomunicações cativa, própria, que utiliza satélite para conectar, hoje, 666 pontos dos nove estados da Amazônia Legal. É permitida a esses pontos a utilização de telefonia, portanto, transmissão de voz, transmissão de dados através de aparelhos de fax e acesso à intranets do SIPAM e à internet utilizando esse sistema via satélite nesses 600 pontos, 666. Nós temos 753, mas foram retirados os terminais urbanos, e agora, efetivamente, estão funcionando os sistemas em áreas remotas. Estações meteorológicas de superfície, plataformas de coleta de dados e digitações de recepção terrenas. Plataformas de coleta de dados, 200 plataformas que foram distribuídas na região da Amazônia Legal e que tem uma aplicação na área de hidrologia que são operadas pela ANA e pela CPRM. A idéia do projeto é trabalhar num conceito multiusuários. Então, tem toda essa infra-estrutura que foi adquirida pelo projeto. (Marcelo Lopes, Diretor do CENSIPAM).

Por outro lado, o universo institucional do SIPAM é definido de acordo com as competências e objetivos descritos em seu decreto de criação nº. 5.135 e no PPA. Assim, este universo institucional se compõe de órgãos e instituições, governamentais ou não, com

atuação e interesse na Amazônia legal brasileira que em ação conjunta com o SIPAM podem colaborar para a proteção e o desenvolvimento sustentável da Amazônia.

A idéia é que os diversos órgãos do governo federal, dos governos estaduais e do terceiro setor, inclusive, possam se beneficiar com essa tecnologia. Então, o CENSIPAM atua como um órgão de articulação envolvendo instituições como o INPE, o IMPA, o Emílio Goeldi, que são do Ministério da Ciência e Tecnologia, Defesa Civil, Secretaria de Desenvolvimento da Amazônia, Ministério da Integração Nacional, Ibama e ANA, Ministério do Meio Ambiente, Embrapa, Ministério da Agricultura, DNPM, CPRM, Petrobrás, Ministério de Minas e Energia, Receita Federal, Ministério da Fazenda e, seguindo o ciclo, envolvendo universidades da Amazônia. Hospitais, postos de saúde, Ongs, portanto, o terceiro setor. Órgãos municipais de meio ambiente, órgãos estaduais de meio ambiente. Capitania dos Portos, e aí entra o Ministério da Defesa, Ministério da Justiça, Polícia Federal. O GSI dentro da Casa Civil também. Então, a idéia é que o CENSIPAM promova essa articulação institucional para que esse conjunto de instituições possa se beneficiar da infra-estrutura tecnológica que foi instalada através desse projeto do SIPAM. Eu vou deixar alguns desses slides com você, são extremamente importantes para depois você verificar e usar como referência, eles dão uma idéia de quantos pontos de presença do governo federal, do Estado brasileiro foram viabilizados através dos recursos desse projeto70. Então, através do projeto SIVAM, cada ponto desses recebeu investimentos do governo federal como os antigos Centros Regionais de Vigilância, Centros de Vigilância, Unidades de Vigilância, em diversos pontos na Amazônia Legal. É importante a gente ver. Então, aqui o canteiro de obras do complexo que foi construído lá em Manaus, que gerou o Centro Técnico Operacional do CENSIPAM e a sede do CINDACTA 4, que é o órgão responsável pelo controle do tráfego aéreo em toda a região Norte. Então, aquela primeira parte do CENSIPAM. Esta segunda parte é a parte que fica sob o controle da Aeronáutica com radar meteorológico, é um radar primário de controle do tráfego aéreo com sistema de VHF/UHF, transmissão de voz e dados. O sistema de recepção do NOA. Aqui é o canteiro de obras em Belém, que gerou o CTO de Belém e a unidade de vigilância, de Belém, da Aeronáutica. Aqui é o canteiro de obras de Porto Velho que gerou o nosso Centro Técnico Operacional, aqui de Porto Velho, a unidade de vigilância de Porto Velho, da Aeronáutica, que fica ao lado do prédio. Unidade de vigilância de Guajará-mirim. Unidade de vigilância de Jacareacanga. Manicoré. Macapá. Conceição do Araguaia. São Félix do Xingú. Sinop. Tefé. Tirió, Vilhena. Tabatinga. Rio Branco. Santarém. Porto Esperidião. Cruzeiro do Sul. E a unidade de vigilância do Cachimbo onde, inclusive, foi construído uma usina hidrelétrica para alimentar todo esse complexo 70

O entrevistado se refere a um conjunto de slides preparados para serem apresentados em uma palestra de divulgação dos potenciais do SIPAM/SIVAM na Colômbia.

construído. São Gabriel da Cachoeira, São Luís, São Félix do Araguaia, Imperatriz, Boa Vista, Porto Trombeta. Então, essa figura aqui, eu acho importante isso, quase que para dar uma prestação de contas para a população brasileira do recurso que foi alocado nesse projeto e o retorno que foi dado. Podemos imaginar que isso foi um retorno significativamente a presença, aí, por parte da Aeronáutica, mas, isso integrado Exército, Marinha, enfim, e a outros órgãos do governo federal, aumentou significativamente a presença do governo brasileiro na região. Então, praticamente, cada ponto desses do mapa recebeu alguma parte desse investimento. Foi uma convicção estratégica do Estado e uma decisão correta desse País, nesse momento. (Marcelo Lopes, Diretor do CENSIPAM).

Dada a complexidade estrutural do Sistema, em 2004 foi definido o

alinhamento estratégico do SIPAM.71 Este trabalho foi desenvolvido pelos servidores do

SIPAM, com apoio técnico do Departamento de Programas de Gestão, da Secretaria de Gestão, do Ministério do Planejamento e teve como finalidade formular as definições estratégicas do novo órgão(CENSIPAM) gestor do SIPAM criado em 2003.O trabalho de propor o alinhamento estratégico surgiu da necessidade de avaliar as atribuições e os serviços prestados pela instituição o que, como, por que e para quem estes eram executados , de forma a permitir a reestruturação e dimensionamento da força de trabalho. Um dos aspectos analisados neste processo foi a missão institucional do SIPAM. A missão constitui-se no elemento fundamental de gestão das organizações. Nela se explicita claramente o seu compromisso com a sociedade, bem como explicita a sua razão de ser, de existir e o seu