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A visão dos galeristas sobre os seus públicos

Capítulo II: Galerias e Públicos da Arte

4. Os públicos das galerias de arte na Rua de Miguel Bombarda, Porto

4.1. A visão dos galeristas sobre os seus públicos

A entrevista às galerias de arte contemplou, como já foi referido anteriormente, uma parte dedicada aos públicos. Neste ponto pretende-se conhecer a opinião das galerias de arte relativamente aos seus públicos, de como estes são constituídos. Solicita-se, da mesma forma, a opinião destes espaços relativamente ao seu posicionamento na missão educativa dos indivíduos e grupos sociais.

Um segmento específico dos visitantes das galerias são os compradores, relativamente aos quais se pediu aos entrevistados que delineassem uma espécie de tipologia.

Na sua maioria, os entrevistados, responderam que o perfil dos compradores é muito variado, mas geralmente são indivíduos com muito poder de compra. Os galeristas variam a sua opinião quanto à formação cultural deste segmento.

Por exemplo, o director da galeria Fernando Santos refere que há predominância nos indivíduos com grande capacidade económica, mas com pouca formação cultural.

No entanto, o director da galeria Quadrado Azul caracteriza-os igualmente como sendo indivíduos com rendimento económico elevado, mas com formação cultural e escolaridade elevada.

Da mesma forma, a galeria Por Amor à Arte responde que estes pertencem à classe alta, são geralmente indivíduos cultos e atentos ao mundo da arte contemporânea.

A galeria Arthdobler distingue dois tipos de compradores: aqueles com grande poder de compra, que geralmente são empresários e maioritariamente estrangeiros, e aqueles que compram obras de arte a preços mais acessíveis, que geralmente compõem a fatia das profissões liberais.

O perfil do comprador, na opinião da galeria Trindade, situa-se entre os 35 e 55 anos, é médico, advogado, professor, engenheiro, pertence à classe média e média alta.

Muitos dos galeristas apontam que é cada vez mais frequente verificarem jovens compradores, verifica-se uma transmutação que pode ocorrer entre o mero visitante e visitante comprador. Muitos vêem por isso, o evento das inaugurações em simultâneo um factor positivo que poderá criar novos compradores.

Quanto aos critérios de compra por parte dos compradores a maioria responde que são os nomes dos artistas que interessam como critério principal na aquisição de obras de arte.

A galeria Fernando Santos partilha desta opinião, pois considera que os critérios seguidos para a compra são geralmente os nomes dos artistas. Refere, no entanto, que os galeristas têm aqui um papel fundamental em aconselhar e mediar o comprador.

A galeria Quadrado Azul também considera que é o nome do artista a determinar a escolha das obras por parte deste grupo.

A galeria Por amor à arte aponta que a razão pela qual adquirem obras de arte se deve a um cruzamento de vários factores, nomeadamente o nome do artista, a cotação do mesmo no mercado da arte e o gosto pela arte.

A galeria Arthdobler refere que pelo facto de não serem uma galeria de nome, os compradores adquirem as obras de arte de que gostam.

A galeria Trindade diz que cada vez mais estes compram pela peça em si mesma, mas o nome do artista continua a ser outra condição importante.

O director das galerias In Transit e WC Cointaner alega que estes compram com motivos de investimento e afinidade estética. As galerias Graça Brandão e Sala Maior alegam que estes não têm uma estratégia definida, que esta é muito variável e pouco coerente.

Quanto aos públicos, os visitantes destes espaços, foi igualmente pedido para os entrevistados traçarem um perfil. Algumas respostas afirmam que estes são muito heterogéneos, mas que são sobretudo indivíduos com algum conhecimento de arte. O facto de a Rua de Miguel Bombarda ter uma grande visibilidade faz com que as respostas tendam a classificar estes visitantes de heterogéneos.

Por exemplo, a galeria Fernando Santos vê o público habitual desta galeria como sendo heterogéneo, justificando o factor da visibilidade da Rua para este fenómeno.

A galeria Sala Maior traça também o perfil do público habitual desta galeria de muito heterogéneo. Responde que estes são novos e velhos, das mais diversas profissões e

de rendimentos distintos.

No entanto, também se encontra um grande número de respostas que demonstram especificidades neste segmento.

A galeria Quadrado Azul considera que relativamente ao tipo de público que visita geralmente esta galeria, este é variado, embora predominem os indivíduos mais cultos.

A galeria Por Amor à Arte considera o seu público muito interessado pela arte, normalmente são estudantes, coleccionadores e artistas a frequentar este espaço.

A galeria Arthdobler responde que quanto ao perfil do público, este é considerado heterogéneo, mas sobretudo surgem estudantes de arte.

A galeria Trindade traça o perfil dos públicos habituais a esta galeria como sendo, geralmente, pertencentes à classe média, média alta, com estudos universitários e com “bom gosto”.

O director das galerias In Transit e WC Cointaner afirma que os públicos são geralmente de classe média alta, com cursos superiores e público especializado em arte contemporânea.

Por último, a galeria Graça Brandão, relativamente ao tipo de público, tem a opinião, que de facto não há um perfil que se possa estipular, porque simplesmente não há público. Considera, portanto, que a frequência do público a esta galeria está em decadência.

Relativamente ao tipo de público nos dias das inaugurações em simultâneo todos os entrevistados consideram que este é muito mais variado do que nos dias habituais.

As galerias Fernando Santos, Quadrado Azul, Arthdobler, Sala Maior afirmam que nos dias das inaugurações o público é extremamente variado.

As galerias Por amor à arte, Trindade, Graça Brandão e In Transit e WC Cointainer são da opinião que nos dias habituais os visitantes são aqueles que realmente se interessam por arte, com o intuito de comprar ou por gosto. Nos dias das inaugurações aparece mais variedade, uns pelo carácter cultural, outros pelo carácter social e festivo. As galerias afirmam que nas inaugurações é visível um público mais generalista, enquanto que nos dias normais assiste-se a um público mais especializado.

Quanto à frequência do público verifica-se que todas as galerias respondem que nos dias de inaugurações e também nos fins-de-semana a frequência a estes espaços é bastante superior, comparado com os dias da semana.

Relativamente à frequência a estes espaços, desde o seu ano de abertura, constata- se que a maioria das respostas salienta uma maior frequência de público nos dias de hoje. Mais uma vez, o evento das inaugurações em simultâneo é apontado como o responsável deste fenómeno. Alguns apontam para o facto de haver mais público, mas menos interessados em adquirir arte, como o director da galeria Sala Maior menciona.

A galeria Graça Brandão e Quadrado Azul afirmam porém, que a frequência do público está em decadência e que actualmente essa frequência é menor nos seus espaços de exposição comparado com o ano de abertura.

Relativamente ao interesse da galeria em atrair uma grande variedade de público aos seus espaços e as formas que esta acciona para o alargamento desse leque, as respostas foram variadas.

Algumas respostas são afirmativas, por exemplo o galerista Fernando Santos afirma que tem todo o interesse em atrair todo o tipo de público a esta galeria, pois poderão ser futuros compradores, para além do objectivo pedagógico que considera essencial neste espaço. As formas de atracção ao público passam sobretudo pela divulgação.

O galerista da galeria Graça Brandão considera que as galerias são os espaços mais democráticos que existem para se ver arte e a forma de atrair o público é realizando boas exposições.

A entrevistada da galeria Por amor à arte refere a importância da democratização da arte e esta galeria tanto recebe os interessados, como os leigos, no entanto a entrevistada afirma o prestígio que é ao receber certo tipo de público. Esta galeria procura atrair o público ao realizar um programa de exposições interessantes com uma divulgação profícua.

A galeria Arthdobler pretende atrair todo o tipo de público, considerando isso uma vantagem, por aumentar a divulgação das obras e por sua vez as vendas. Procuram atrair o público através de uma divulgação diversa.

Da mesma forma, a galeria Trindade interessa-se em atrair todo o tipo de público, pois acredita que é de incentivar e cultivar as visitas a exposições. Costuma fazer divulgação nas agendas locais, nos convites, nas newsletters de forma a atrair mais público.

Outras respostas dizem que não há interesse em atrair uma grande variedade de público, mas sim aqueles que verdadeiramente se interessam por arte.

Por exemplo, o galerista da galeria Quadrado Azul não tem interesse em atrair todo o tipo de público a esta galeria, pois na opinião do entrevistado, nem todos se interessam por arte contemporânea. Procura atrair o público específico geralmente através dos convites, eventos e publicidade.

O director da galeria Sala Maior estará interessado naquele público que realmente se interessa por arte, e não aquele que visita unicamente a galeria por uma questão social. Procuram atrair o público através da divulgação e também com a porta sempre

aberta.

O director das galerias In Transit e WC Cointainer interessava-se em atrair todo o tipo de público a estes espaços. Afirma ter sido através da qualidade das exposições, das propostas menos comerciais e mais experimentais que procurou atrair o público a estes espaços.

A entrevista incluiu uma pergunta relativa à opinião das galerias sobre a relação dos visitantes com os seus espaços e com as obras de arte expostas. As entrevistas referem as seguintes respostas.

A galeria Fernando Santos acredita que, de facto, há diferenças no acesso às obras por parte dos seus públicos, mas afirma que é a ver que se vai educando o gosto. Salienta, portanto, que a galeria tem um papel fundamental na educação das pessoas.

A galeria Quadrado Azul considera que o seu público tem uma muito boa relação com o espaço da galeria e com as obras que expõe, pois já é um público conhecedor.

A galeria Por amor à arte afirma que o carácter alternativo que o espaço oferece e a imprevisibilidade de algumas das propostas apresentadas, faz com que os visitantes se sintam confortáveis neste espaço.

A galeria Sala Maior considera que a relação que o público estabelece com a galeria e as obras expostas é variável, dependente de um gosto mais fácil ou difícil.

A galeria Arthdobler considera que o público se sente muito confortável no espaço, sendo que o mais difícil, é segundo a entrevistada, o acto de entrarem e expressarem uma primeira opinião.

O director das galerias In Transit e WC Cointainer acredita que as pessoas nestes espaços encontravam trabalhos que suscitavam outras formas de discutir a realidade onde se inserem, eram expostas obras que faziam pensar e desarmar as expectativas

mais estereotipadas.

Por último, a galeria Graça Brandão considera que não cabe à mesma saber como os visitantes se envolvem no seu espaço.

Foi também perguntado se as galerias consideravam pertinente ou desejável a existência de um serviço educativo na Rua ou na própria galeria em questão. Aqui também se registam respostas muito diversificadas.

O entrevistado Fernando Santos afirma que gostaria de ter um serviço educativo na galeria, por considerar que as galerias são espaços importantes na difusão da cultura e educação de públicos na cidade do Porto.

A galeria Graça Brandão afirma que as galerias são os espaços mais democráticos para se ver arte, afinal não se paga para pagar e a porta está sempre aberta, no

entanto, refere que não lhe interessa ter um serviço educativo na Rua, ou na galeria, pois considera que não compete a um galerista educar os indivíduos.

A galeria Quadrado Azul não tem opinião sobre esta questão, embora considera que uma galeria é um espaço importante de difusão cultural.

A galeria Por amor à arte refere que estariam interessados em obter um serviço educativo na Rua, ou na galeria, caso a Câmara Municipal do Porto apoiasse essa iniciativa. Considera o espaço de uma galeria muito importante na difusão da cultura numa cidade. Acredita que as galerias estão mais próximas do público do que propriamente um museu, pois a entrada é gratuita e a proximidade que estes espaços estabelecem com os visitantes é maior.

A galeria Sala Maior não acha pertinente a ideia de um serviço educativo na Rua ou na sua galeria, embora também aponte que as galerias são espaços importantes na difusão e educação dos públicos da cidade.

A galeria Arthobler considera que seria muito interessante existir um serviço educativo na Rua, de forma a organizar, por exemplo, visitas escolares.

A directora da galeria Trindade considera que a organização de um serviço educativo na Rua ou na própria galeria seria uma boa ideia, de forma a contribuir para a cultura e formação das novas gerações.

As galerias In Transit e WC Cointainer relativamente a um projecto de serviço educativo nos espaços em questão, apontam o facto de estas galerias já terem realizado muitas visitas guiadas a escolas secundárias e superiores. Acredita que, de facto, as galerias são espaços de difusão e educação cultural, apesar de criticar uma programação muito conservadora da parte da maioria das galerias.

Perante os resultados, constata-se que a maioria das galerias entrevistadas considera que estes espaços são importantes na difusão da cultura e na educação de públicos da cidade. No entanto, verifica-se que nenhuma galeria activa acções e estratégias específicas neste sentido. Averigua-se que estes espaços, pelo facto de serem de índole comercial (à excepção das galerias In Transit e W.C. Cointainer), para além da sua componente cultural, têm dificuldades em agendar acções concretas de forma a alargar os seus públicos. Como se verificou, algumas respostas alegam que as

galerias são espaços muito democráticos com um acesso livre. Apontam este factor como sendo determinante na atracção de novos visitantes. Verifica-se, que pelo facto destes espaços serem de carácter privado, se diferenciam dos museus na missão pública de desenvolvimento das competências culturais e sociais individuais e colectivas.

Relativamente ao perfil dos públicos verifica-se que alguns dos entrevistados o concebem como sendo bastante heterogéneo, enquanto outros o classificam como muito específico e especializado. A variação dos públicos consoante as diferentes ocasiões é, contudo, da opinião geral das galerias.

O fenómeno das inaugurações em simultâneo conduziu a um alargamento dos públicos, apesar de muitos dos entrevistados apontarem a falta de interesse nas obras por parte destes novos visitantes. Alguns galeristas referem também que a particularidade da Rua se está a massificar. Esta popularização traduz-se numa maior heterogeneidade de públicos, o que significa que diversos interesses e vontades estão agora em jogo na Rua. Poderá haver aqui uma oportunidade em aproximar públicos que até agora se demonstravam distantes deste tipo de manifestação cultural.

4.2. Os públicos

Foram realizadas 50 entrevistas semi-directivas aos públicos da Rua de Miguel Bombarda. Através desta técnica de recolha de dados antropológicos e sociológicos, pretendeu-se essencialmente conhecer quem são os visitantes das galerias de arte instaladas na Rua.

No entanto, é importante salientar que, apesar de se querer caracterizar os segmentos de públicos desta manifestação cultural, é adquirido o facto que a caracterização dos públicos obedece a uma lógica de heterogeneidade.

De referir, a este respeito, a preocupação em ultrapassar o risco de impasse heurístico em que estas entrevistas tendem a incorrer. Ou seja, as tipologias criadas, associadas à identificação de diferentes combinatórias de práticas culturais, parecem criar um instrumento potencial, de forma a permitir conhecer definitivamente as especificidades dos públicos. No entanto, as entrevistas testemunham opiniões subjectivas, e por isso, entre outras razões, os resultados obtidos não esgotam a pluralidade ou outras características estruturais desses públicos.

Quadro 1: Públicos das galerias de arte. Se costuma visitar as Galeria de

Arte na Rua de Miguel Bombarda N=50 %

Sim 42 84%

Não 8 16%

Se observarmos o quadro 1 verificamos que 84% dos entrevistados costumam visitar as galerias de arte da Rua de Miguel Bombarda. O que significa que 16% dos entrevistados não costumam visitar as galerias de arte da Rua de Miguel Bombarda. Salienta-se, portanto, um número bastante significativo de indivíduos que costumam visitar as galerias de arte nesta amostra.

Nas restantes questões a amostra será então dividida pelos visitantes e pelos não visitantes. Embora haja questões em que os não visitantes não foram abordados. É

importante salientar também que a noção de não-visitantes, ou de não públicos não é de exclusão, ou definida pela negativa, embora este estudo não vai dar tanta relevância aos não visitantes, visto só corresponderem a 16%.

Quadro 2: Género Sexo N=42 Visitantes % Visitantes N=8 Não visitantes % Não visitantes Feminino 19 45% 5 62,5% Masculino 23 55% 3 37,5%

O quadro 2 demonstra que 55% dos visitantes é do sexo masculino e que 45% é do sexo feminino, sendo este número muito equilibrado. Relativamente aos não visitantes 62,5% é do sexo feminino e 37,5% do sexo masculino.

A repartição dos visitantes por género revela uma quase equivalência apesar da maior presença masculina. Quadro 3: Idade Idade N=42 Visitantes % Visitantes N=8 Não visitantes % Não visitantes 20 - 30 22 52,4% 4 50% 30 - 40 13 31% 2 25% 40 - 50 4 9,5% - - 50 - 60 3 7,1% 2 25%

Relativamente à idade dos entrevistados visualiza-se no quadro 3, que 52,4% dos visitantes têm idades compreendidas entre os 20 e 30 anos, e que 31% situam-se

entre os 30 e 40 anos. Nos não visitantes verifica-se que 50% também se localiza entre os 20 e 30 anos.

Estes resultados significam que são um público essencialmente jovem. No que à idade diz respeito importa, desde logo salientar a intensa juvenilidade da amostra. Existe um forte segmento de jovens adultos.

Quadro 4: Nível de instrução / escolaridade Nível de instrução / escolaridade N=42 Visitantes % Visitantes N=8 Não visitantes % Não visitantes Nível secundário - - 4 50% Estudante universitário 6 14,3% - - Bacharelato 1 2,4% - - Licenciatura 27 64,3% 3 37,5% Mestrado 8 19% 1 12,5%

O quadro 4 demonstra que 64,3% dos entrevistados visitantes são licenciados e 19% têm nível de mestrado. Quanto aos não visitantes 50% tem o nível secundário, sendo que 37,5% possui uma licenciatura.

Significa que os visitantes são sobretudo indivíduos com uma escolaridade bastante elevada. Verifica-se, apesar da pequenez da amostra, que a escolaridade dos não visitantes não é tão elevada.

Quadro 5: Profissão / ocupação Profissão / Ocupação N=42 Visitantes % Visitantes N=8 Não visitantes % Não visitantes Estudantes 4 9,5% - -

Profissões intelectuais e científicas (incluí áreas artísticas)

31 73,8% 2 25%

Empregados e assalariados do

terciário 6 14,3% 3 37,5%

Desempregado - - 2 25%

Não respondeu 1 2,4% 1 12,5%

Relativamente à profissão / ocupação verifica-se que 73,8% dos visitantes têm profissões intelectuais e científicas em que muitas estão ligadas às áreas artísticas (designers, fotógrafos, artistas, arquitectos, etc).

Relativamente aos não visitantes 37,5% está entre os empregados assalariados do terciário, 25% está desempregado e 25% tem profissões intelectuais e científicas.

Quadro 6: Frequência das visitas Frequência das visitas às

galerias de arte N=42 %

Diariamente 1 2,4%

Semanalmente 5 11,9%

Mensalmente 35 83,3%

O quadro 6 demonstra a frequência com que os visitantes visitam as galerias de arte na Rua de Miguel Bombarda.

Verifica-se que 83,3% visita as galerias mensalmente, o que pode corresponder ao evento mensal das inaugurações em simultâneo. Terá que ver também com o facto de as exposições alterarem mensalmente. Só 2,4% visita diariamente, 11,9% visita semanalmente e 2,4% trimestralmente.

Quadro 7: Razão da visita A razão da visita às galerias

de arte (N=42) N=42 %

Lazer 15 35,7%

Gosto por arte 26 61,9%

Outras razões 1 2,4%

O quadro 7 corresponde aos motivos de visita às galerias. Verifica-se que 61,9% respondeu “gosto por arte” e que 35,7% teve como resposta o “lazer”.

Quadro 8: Espaço das galerias de arte Como considera os espaços

das galerias Visitantes Não visitantes

Intimidatório - 4 Frio 6 1 Institucional 4 - Elitista 18 3 Próximo 5 - Confortável 10 -

No quadro 8 verifica-se como os entrevistados, tanto os visitantes como os não visitantes, consideram os espaços das galerias em termos do tipo de ambiente que estas oferecem. Nesta questão as respostas foram de escolha múltipla e por essa razão não se apresenta no quadro as percentagens, mas os números de resposta.

Demonstra-se que em 24 respostas dos visitantes se considera que as galerias são espaços “abertos a todo o tipo de públicos”. Seguem-se 18 respostas que concebem estes espaços como “elitistas”, 10 respondem que estes são espaços “confortáveis”, 6 respondem que estes são espaços “frios” e 4 respondem que estes são espaços “institucionais”.

Verificamos que muitos consideram o espaço de uma galeria democrático e aberto a todo o tipo de públicos, embora haja também um número significativo de respostas no sentido oposto, que apontam para o facto de estas serem elitistas.

Quanto aos não visitantes, 4 respondem que estes espaços são “intimidatórios”, 3 respondem que são espaços “elitistas” e 1 responde que são espaços “frios”. Neste caso, verifica-se que os não visitantes consideram negativamente os espaços das galerias.

Quadro 9: Frequência de outros espaços culturais Frequência de outros espaços culturais N=42 Visitantes % Visitantes N=8 Não visitantes % Não visitantes Sim 42 100% 5 62,5% Não - - 3 37,5%

Por último, apresenta-se o quadro 9 onde se verifica que 100% dos visitantes costuma frequentar outros espaços culturais na cidade do Porto. Foram referidos exemplos, como a Casa da Música, o Museu de Serralves, o Museu Soares dos Reis, o Teatro de S. João e Carlos Alberto e idas ao cinema.