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Capítulo II: Galerias e Públicos da Arte

3. Galerias de Arte na Rua de Miguel Bombarda

3.1. A Rua de Miguel Bombarda

(Imagem retirada: http://pt.wikipedia.org/wiki/Rua_de_Miguel_Bombarda

A Rua de Miguel Bombarda situa

freguesia de Cedofeita, Miragaia e Massarelos. nome do médico precursor do republicanismo

A Rua Miguel Bombarda é actualmente uma das principais “artérias da cultura” da cidade do Porto. É uma Rua que contém 15 Galerias de Arte e outras actividades estabelecimentos culturais e criativo

As actividades culturais e criativas, como as galeria culturais, hoje em dia, localizam

da Miguel Bombarda”. No entanto, este estudo foca Bombarda, a mãe das Ruas que iniciou este movimento.

Uma Rua que se caracterizava por ser sossegada e indistinta passou a ser um local de cultura e actividade artística da cidade do Porto. Depois da vinda das galerias de arte, tal como lojas ditas “alternativas”, a Rua começou a despertar a atenção mediática e a curiosidade do público. Parece ser um fenómeno que se repete por quase todo o mundo, quase de um dia para o outro uma rua ou quarteirão abandonados transformam-se num local artístico e cultural.

A Rua de Miguel Bombarda deixou de ser apenas nome de Rua para se

em sinónimo de “rua dos artistas” ou “bairro das artes”, com projecção internacional.

3. Galerias de Arte na Rua de Miguel Bombarda

3.1. A Rua de Miguel Bombarda

http://pt.wikipedia.org/wiki/Rua_de_Miguel_Bombarda)

A Rua de Miguel Bombarda situa-se no centro do Porto e subdivide-se entre a freguesia de Cedofeita, Miragaia e Massarelos. À Rua é atribuído, depois de 1910, o

precursor do republicanismo

A Rua Miguel Bombarda é actualmente uma das principais “artérias da cultura” da cidade do Porto. É uma Rua que contém 15 Galerias de Arte e outras actividades estabelecimentos culturais e criativos.

As actividades culturais e criativas, como as galerias de arte e estabelecimentos culturais, hoje em dia, localizam-se também em outras Ruas da zona – o “Quarteirão No entanto, este estudo foca-se unicamente na Rua de Miguel Bombarda, a mãe das Ruas que iniciou este movimento.

e se caracterizava por ser sossegada e indistinta passou a ser um local de cultura e actividade artística da cidade do Porto. Depois da vinda das galerias de arte, tal como lojas ditas “alternativas”, a Rua começou a despertar a atenção sidade do público. Parece ser um fenómeno que se repete por quase todo o mundo, quase de um dia para o outro uma rua ou quarteirão

se num local artístico e cultural.

A Rua de Miguel Bombarda deixou de ser apenas nome de Rua para se transformar em sinónimo de “rua dos artistas” ou “bairro das artes”, com projecção internacional.

se entre a é atribuído, depois de 1910, o

A Rua Miguel Bombarda é actualmente uma das principais “artérias da cultura” da cidade do Porto. É uma Rua que contém 15 Galerias de Arte e outras actividades e

s de arte e estabelecimentos o “Quarteirão se unicamente na Rua de Miguel

e se caracterizava por ser sossegada e indistinta passou a ser um local de cultura e actividade artística da cidade do Porto. Depois da vinda das galerias de arte, tal como lojas ditas “alternativas”, a Rua começou a despertar a atenção sidade do público. Parece ser um fenómeno que se repete por quase todo o mundo, quase de um dia para o outro uma rua ou quarteirão

transformar em sinónimo de “rua dos artistas” ou “bairro das artes”, com projecção internacional.

Foi em 1993 que surge a primeira galeria de arte na

A partir desta data começam a surgir as restantes galerias.

disponibilidade e acessibilidade dos espaços influenciaram a chegada de outras galerias de arte à Rua. Todas elas se dedicam sobretudo à arte contemporânea. Hoje em dia existem 26 galerias no quarteirão

seus interstícios.

Foi em 1998 que o primeiro projecto “alternativo”

Rua, porque até a essa data só existiriam mercearias, drogarias, cafés e pouco mais. O projecto referido denominava

do mesmo. Este projecto consiste

várias actividades culturais e criativas, um espaço que funcionava como incubador de ideias20. Desde então que começam a surgir outros estabelecimentos na Rua.

(Imagem retirada: www. http://oportocool.wordpress.com/category/z

Actualmente, encontram-se na Rua

se encontrar sectores variados, desde lojas de “design de moda”, espaços de comercialização de design e artes decorativas, espaços de restauração e de lazer nocturnos, lojas de mobiliário, objectos e roupa em

CDs e produção musical e outros sectores vários.

A maioria destas actividades não se restringe ao ramo referido, envolvendo várias vertentes culturais para além da principal exercida. Assim, encontramos nestes

20

O espaço “Artes em Partes” encerrou na Rua Miguel Bombarda em Julho de 2009 e abriu nessa data na Rua do Rosário (perpendicular à Rua Miguel Bombarda)

Foi em 1993 que surge a primeira galeria de arte na Rua, a Galeria Fernando Santos. a data começam a surgir as restantes galerias. Factores como disponibilidade e acessibilidade dos espaços influenciaram a chegada de outras

Todas elas se dedicam sobretudo à arte contemporânea. Hoje no quarteirão, 15 na Rua Miguel Bombarda e as outras nos

o primeiro projecto “alternativo” (à excepção das galerias) surge na Rua, porque até a essa data só existiriam mercearias, drogarias, cafés e pouco mais.

denominava-se Arte em Partes, sendo a Marina Costa a

do mesmo. Este projecto consiste num “centro comercial alternativo” onde se incluem várias actividades culturais e criativas, um espaço que funcionava como incubador de

. Desde então que começam a surgir outros estabelecimentos na Rua.

http://oportocool.wordpress.com/category/z-miguel-bombarda/)

na Rua diversas actividades. Nestas actividades podem se encontrar sectores variados, desde lojas de “design de moda”, espaços de comercialização de design e artes decorativas, espaços de restauração e de lazer nocturnos, lojas de mobiliário, objectos e roupa em 2ª mão, lojas de venda de vinil, CDs e produção musical e outros sectores vários.

A maioria destas actividades não se restringe ao ramo referido, envolvendo várias vertentes culturais para além da principal exercida. Assim, encontramos nestes

O espaço “Artes em Partes” encerrou na Rua Miguel Bombarda em Julho de 2009 e abriu nessa data (perpendicular à Rua Miguel Bombarda).

Rua, a Galeria Fernando Santos. Factores como a disponibilidade e acessibilidade dos espaços influenciaram a chegada de outras Todas elas se dedicam sobretudo à arte contemporânea. Hoje , 15 na Rua Miguel Bombarda e as outras nos

(à excepção das galerias) surge na Rua, porque até a essa data só existiriam mercearias, drogarias, cafés e pouco mais. , sendo a Marina Costa a criadora cial alternativo” onde se incluem várias actividades culturais e criativas, um espaço que funcionava como incubador de

. Desde então que começam a surgir outros estabelecimentos na Rua.

diversas actividades. Nestas actividades podem- se encontrar sectores variados, desde lojas de “design de moda”, espaços de comercialização de design e artes decorativas, espaços de restauração e de lazer 2ª mão, lojas de venda de vinil,

A maioria destas actividades não se restringe ao ramo referido, envolvendo várias vertentes culturais para além da principal exercida. Assim, encontramos nestes

espaços várias actividades culturais realizadas em convivência, tais como exposições, concertos, formação, performances, etc. São, por isso, projectos que se demarcam do comércio mais institucionalizado por vários factores, desde a natureza das actividades em si próprias - demonstrando um certo hibridismo, multidisciplinaridade e ecletismo - aos produtos que comercializam, caracterizados como objectos singulares, peças de autor, que se situam num registo de vanguarda, alternativo e dirigidos a um público específico, ao contrário da produção massificada e generalista do comércio tradicional.

Foi então em meados dos anos 90 que a Rua entra em acção, coincidente com o ritmo que a cidade vivia na altura, pois esta estava em profunda transformação. O novo ambiente cultural da cidade do Porto ficou marcado, decisivamente, pela criação do Museu de Arte Contemporânea em Serralves e pela preparação do Porto 2001, Capital Europeia da Cultura.

Há cerca de dois anos, a Rua passou a albergar outro projecto original, o Centro Comercial Bombarda (CCB): uma galeria abandonada há uma década transformou-se num “centro comercial alternativo”, juntando 22 lojas. A iniciativa partiu uma vez mais de Marina Costa.

Como referido anteriormente, foram Marina Costa e Fernando Santos os impulsionadores da actividade na Rua. Apontam, como sendo a razão principal para a escolha da sua localização nesta Rua, o factor de acessibilidade dos espaços Esta acessibilidade referia-se à abundância da oferta imobiliária (tornando-se fácil procurar e encontrar um estabelecimento que sirva os interesses específicos de cada projecto), às características físicas destes mesmos espaços, cuja dimensão e estrutura favorece a implementação deste tipo de negócios e ainda o custo de ocupação dos imóveis considerado como acessível em comparação com outras zonas. Hoje em dia, este facto foi transformado numa outra realidade, pois a procura e a ocupação crescente fazem desta Rua um local caro para se estabelecer um negócio.

Assim, hoje as razões de ocupação serão outras, e passam sobretudo pelo facto de esta já ser uma rua de comércio “alternativo” com um público específico já estabelecido. Hoje em dia, as actividades comerciais como as galerias, instalam-se na Rua pelo facto de já existirem no local outros espaços que consideraram ter uma estrutura de funcionamento similares aos seus. Também pelo facto, de a afluência do público ao local já se encontra, de certa forma, estabelecida e especificada. Este

fenómeno traduz-se no conceito de cluster cultural sugerido por Montgomery 2004).

A definição de cluster cultural refere

elevada proporção de actividades culturais, relacionadas com a sua produção e consumo e onde se verificam efeitos decorrentes de sinergias e aglomeração económica. Montgomery (2003, 2004) alega que os clusters culturais são dinâmicos, com várias oportunidades de trabalho e carregados de significado, meios onde a cultura é produzida e consumida. Para o autor, são lugares essenciais para gerar e estimular novas ideias e actividades numa cidade.

Desde 1998 que a Rua experiencia inaugurações em simultâneo das galerias de arte, um sábado por mês estas galerias inauguram em simultâneo as suas novas exposições, atraindo muito público nesses dias.

e galerias transformaram-se em visitantes.

(Imagem retirada: www.http://oportocool.wordpress.com/category/z

21

Montgomery (2003, 2004) divide as características dos clusters culturais em três pontos que considera essenciais: actividade, “meio construído” (

essencialmente a diversidade económica, cultural e social; Por

urbana de qualidade, desde os edifícios ao espaço público; Por significado, o autor considera o sentido do lugar histórico e cultural do lugar.

se no conceito de cluster cultural sugerido por Montgomery

A definição de cluster cultural refere-se à existência em determinado local de uma elevada proporção de actividades culturais, relacionadas com a sua produção e consumo e onde se verificam efeitos decorrentes de sinergias e aglomeração ca. Montgomery (2003, 2004) alega que os clusters culturais são dinâmicos, com várias oportunidades de trabalho e carregados de significado, meios onde a cultura é produzida e consumida. Para o autor, são lugares essenciais para gerar e

ias e actividades numa cidade.21

Desde 1998 que a Rua experiencia inaugurações em simultâneo das galerias de arte, um sábado por mês estas galerias inauguram em simultâneo as suas novas exposições, atraindo muito público nesses dias. As inaugurações simultâneas de lojas se em happenings com animação de rua e centenas de

http://oportocool.wordpress.com/category/z-miguel-bombarda/)

(2003, 2004) divide as características dos clusters culturais em três pontos que considera essenciais: actividade, “meio construído” (builtenvironment) e significado. Por actividade considera essencialmente a diversidade económica, cultural e social; Por “meio construído” fala-nos na morfologia urbana de qualidade, desde os edifícios ao espaço público; Por significado, o autor considera o sentido do

se no conceito de cluster cultural sugerido por Montgomery (2003,

se à existência em determinado local de uma elevada proporção de actividades culturais, relacionadas com a sua produção e consumo e onde se verificam efeitos decorrentes de sinergias e aglomeração ca. Montgomery (2003, 2004) alega que os clusters culturais são dinâmicos, com várias oportunidades de trabalho e carregados de significado, meios onde a cultura é produzida e consumida. Para o autor, são lugares essenciais para gerar e

Desde 1998 que a Rua experiencia inaugurações em simultâneo das galerias de arte, um sábado por mês estas galerias inauguram em simultâneo as suas novas As inaugurações simultâneas de lojas com animação de rua e centenas de

(2003, 2004) divide as características dos clusters culturais em três pontos que considera ) e significado. Por actividade considera nos na morfologia urbana de qualidade, desde os edifícios ao espaço público; Por significado, o autor considera o sentido do

Hoje, a Rua de Miguel Bombarda é uma

do Porto seja um destino cultural. A Rua tornou

cidade. O evento das inaugurações em simultâneo contribuiu largamente para este facto. Hoje em dia, a Rua experiencia uma varied

artísticas e culturais.

Foi preocupação neste trabalho focar a atenção às movimentações da Rua, mas principalmente olhar de perto as galerias de arte que a ocupam. De seguida, traça as características principais das galeria