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4 PARA AGRADAR OGUN

No documento Tratado dos 256 Odus de Ifá Brasil (páginas 167-173)

Um galo, um alguidar, sete ovos de galinha caipira, um obí, dendê. Escrever nos ovos as coisas e os nomes das pessoas que estão atrapalhando. Colocam-se os ovos dentro do alguidar, sacrifica-se o galo no igbá de Ogun, coloca-se no alguidar sobre os ovos e despacha- se numa linha férrea, sobre os trilhos, para que o trem destrua tudo.

I I I I I I I I I I I I I ODITURUPON REZA DE ODITURUPON

Odibatrupon Yabolé apu eté axikale xeyé, axikale kilé foloni owó kilé otó.

A união familiar é assegurada por este signo. É o resultado do encontro de Odi com Oturukpon.

Tudo o que é feito aqui, é fiscalizado por alguém no outro mundo.

Se este Odu trouxer osogbo arun, o doente só ficará bom por um milagre. Em ire indica muita alegria, uma verdadeira fortuna será encontrada.

Em osogbo ejó, a pessoa é muito faladeira e deseja conquistar todas as mulheres. Deve tomar cuidado para não sofrer agressões físicas e bruxarias.

Aqui nasceu o tambor de Yemanjá.

A pessoa é órfã e foi criada por uma filha de Yemanjá.

Tem que respeitar muito o padrinho, a madrinha e principalmente a mulher que o criou.

Quando este Odu surge para um enfermo, o Awo não pode fazer nada por ele, pois pode ocorrer uma troca - o doente se recupera e o Awo vai em seu lugar.

Neste Odu as úlceras são perfuradas dentro do corpo. A pessoa tem seus pensamentos dominados pela maldade. Orunmilá avisa que um grande perigo ameaça sua vida.

Tem que fazer xirê em homenagem a Xangô, com fartura de comidas.

Em osogbo avisa que o Awo não deve assumir compromissos, pois ocorrerão sensíveis mudanças.

Assinala dores no abdome e no corpo, principalmente durante a noite.

Exige união de todos e determina que, se alguém se separar, não deve ser pranteado caso venha a morrer.

Não se deve criar filhos dos outros porque, depois que crescerem, não reconhecerão o bem que lhes foi feito.

Assinala influência de Eguns obsessores provocando doenças nas pernas e na barriga.

A pessoa tem que cultuar Yemanjá, banhar-se nas águas do mar e dar-lhe presentes para que o mal se afaste.

Para ter prosperidade na vida, tem que oferecer um galo a Xangô.

Neste caminho Orunmilá recomendou ao homem que fizesse ebó com folhas da guiné, mas sua recomendação não foi atendida. A mulher, mais diligente, fez o ebó.

É por isto que os homens são atraídos e desejam tanto as mulheres.

A pessoa tem que tomar banho com amasí de erva cimarrona (Mouriri acuta, Gris., cundiamor (planta trepadeira da família das corcubitáceas, de flores semelhantes aos jasmins) e colônia. Depois, com o mesmo banho, lava-se a casa.

Se for viajar, a pessoa deve fazer ebó antes, para que retorne em paz.

Pega-se dois cocôs, pinta-se um de azul e o outro de branco. Deixam-se os cocôs em casa durante sete dias, com uma vela acesa, pedindo-se, todos os dias, aquilo que se deseja obter. No sétimo dia entrega-se a Yemanjá e a Olokun, nas águas do mar.

I I I I I I I I I I I ODITURÁ REZA DE ODITURÁ

Odi Atakofenió, Idi atá kole eiyn aparo oun tufujé loiun si adifafun Obalaxé lebó. Adifafun Orunmilá. Lodafun Obatalá. Orunmilá lorugbó, eiyele lebó.

Este é um Odu de vícios e aberrações sexuais.

Aqui os homens praticam sexo com cabras e galinhas e, as mulheres, com cães e macacos.

É filho de Odi e Otura.

Aqui nasceu a queda de todas as coisas, em todos os aspectos. As coisas desmoronam.

Indica que a pessoa trocou a sopeira de Orunmilá, mas que ele quer voltar à sua antiga casa.

Conta que Orunmilá ficou cego sendo, a partir de então, guiado por sua mulher. Neste Odu o animal sempre encontra seu alimento.

É caminho de Logunedé, filho de Oxun e de Odé. Vive seis meses nas águas e seis meses nas matas. Orunmilá iniciou-o em Ifá.

Fala de pessoas efeminadas que querem ser iniciadas em Ifá, envergonhando seus padrinhos.

O okpele deste signo é feito de iguí ayirê (seso vegetal) e é lavado com omieró de prodigiosa, maravilha, cundiamor e bejuco (cipó cujos talos compridos e flexíveis se estendem pelo solo ou agarram-se em outros vegetais). Come galo e etú no igbá de Xangô.

O iyerosun é feito com sementes de sese vegetal, cabeça de ejá-oro, pó de inhame, broto de folha de mariwo, obí seco ralado, erú (bejerekun), orogbo, Osun e pó de gameleira branca (Baphia nitida).

Aqui nasceu o descontrole sexual e a profanação do sagrado respeito filial. Pais fazem sexo com as filhas, filhos com as mães e irmãos com irmãs.

As mulheres gostam de admirar os próprios seios refletidos no espelho e se excitam com isso. Vivem enamoradas do próprio corpo e só são felizes se tiverem pelo menos três homens.

Assinala dores no peito e nas costas ocasionadas por problemas cardíacos. Em casa todo mundo dá ordens e quer mandar ao mesmo tempo.

Se a mulher estiver grávida tem que fazer ebó para que não venha a morrer durante o parto.

A pessoa é, ou deseja ser, chefe de alguma coisa.

Tem que dar um presente a Obatalá para melhorar sua sorte.

É preciso cuidado para que as coisas mantidas em segredo não sejam descobertas. Deve-se ter uma franga vermelha solta no quintal de casa.

Não se deve dar abrigo a estranhos para que a casa não se arruine. A pessoa tem que estar sempre atenta para não ser presa.

Tem que fazer Santo e usar sempre seus fios de contas. Obatalá escolhe a pessoa para preparar suas comidas. Tem que, diariamente, dar graças a Obatalá.

Não deve batizar ninguém, pois a inveja criará um grande aborrecimento entre os compadres.

A pessoa sente-se mais atraída pelo espiritismo do que pelo culto aos Orixás.

Neste Odu o cabrito queria ser general e o galo queria ser rei e, por isso, foram transformados em esboce.

EBÓ DE ODITURÁ

Um galo, um osso de boi, um pombo, uma codorna, um trapo para secar o suor do corpo e um pedaço de carne bovina.

Passa-se tudo no corpo, sacrifica-se o galo e a codorna, e solta-se o pombo com vida. Em seguida limpa-se o corpo com o trapo, coloca-se tudo dentro de um alguidar, o pano por cima, e despacha-se num lugar onde algum bicho possa comer o ebó.

I I I I I I I I I I I ODIRETÊ REZA DE ODIRETE

Odirete Awari Odi Olowó axukpa odoloro odiguim odafun Orunmilá orubó.

Por este caminho Orunmilá come no alto e a pessoa que lhe der comida deve, no dia que o fizer, comer sentada num banco suficientemente alto para que seus pés não toquem no solo enquanto se alimenta.

Resulta do encontro de Odi com Irete.

Neste caminho, o touro, por fazer favores ao cão, tornou-se escravo para sempre. Assinala fome e troca de cabeça.

Acusa a existência de feitiço para amarrar a pessoa.

O Awo tem que ter cuidado na adivinhação. Não pode falar tudo o que vê para não criar problemas, nos quais, estará envolvido.

Quando fizer ebó por este caminho para uma pessoa iniciada, o Awo tem que fazer antes para si próprio, para não adquirir negatividades.

Determina que o homem não pode viver na companhia de uma mulher que tenha problemas nos órgãos sexuais para que sua potência não seja afetada.

A mulher possui um sinal nos órgãos sexuais ou numa das nádegas, que costuma admirar com o auxílio de um espelho.

Tem dois homens ou relaciona-se com um homem que tem duas mulheres. Neste Odu faz-se trabalhos de amarração com pelos pubianos ou das axilas. Orunmilá fica em cima de um catre e come em cima de uma mesa.

Oxun acompanha a pessoa garantindo-lhe boa sorte.

A amante do homem, que é casada e vive com o marido, terá um filho seu, e tudo será descoberto.

Tem que ter cuidado com ferramentas de trabalho que poderão ocasionar-lhe ferimentos graves. Para que isto não aconteça, faz-se ebó com as ferramentas.

Deve prestar muita atenção ao subir ou descer escadas. Um tombo de uma escada poderá ocasionar sua morte.

Seus fios-de-contas devem chegar ao umbigo. Tem que cultuar Ibeji.

Corre o risco de assumir paternidade de um filho de outro homem. Tem fama de ladrão.

Se for mulher, tem que fazer ebó para poder ter filhos.

Tem que sacrificar um galo para Exú e tomar borí sentada num banco alto, oferecendo etú meji à cabeça.

Se a pessoa sofreu uma amarração, retira-se um pouco de sebo do eixo de uma carroça, ferve-se misturado com azeite de dendê, coloca-se dentro de uma cabaça e oferece-se à Exú para que a amarraçäo se desfaça.

No documento Tratado dos 256 Odus de Ifá Brasil (páginas 167-173)